Jornal Folha de S. Paulo tabelou as escolas por média da nota dos alunos no exame de 2016. Lista não é mais divulgada pelo MEC

Colégio da Polícia Militar de Goiás Anápolis I Dr. Cesar Toledo | Foto: reprodução

Ranking extra-oficial divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo nesta terça-feira (12/12) mostra que das 100 escolas de Goiás que obtiveram melhor desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2016, apenas uma é da rede pública. O Colégio da Polícia Militar de Goiás Anápolis I Dr. Cesar Toledo ocupa a 97ª colocação no ranking.

A Folha listou as escolas a partir dos dados das notas dos alunos por escola divulgados pelo Ministério da Educação (MEC). Este é o primeiro ano que o governo federal não apresenta mais os resultados por escola.

O melhor colégio de Goiás continua sendo o WR, em Goiânia, que obteve uma média de 691.93 nas provas objetivas e 834.51 na redação. Os números colocaram a escola de Goiás em 23º lugar na média nacional.

Em segundo lugar no estado está o Colégio Olimpo de Anápolis — 53º no ranking nacional, seguido pelos Colégio Jaó, Olimpo Integral e o Protágoras Bueno, todos estes de Goiânia. Considerando apenas as escolas públicas, entre as cinco mais bem colocadas de Goiás, três são colégios militares.

Em segundo lugar nas escolas públicas — 103º lugar geral — aparece o Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada em Educação (Cepae), em Goiânia, da Universidade Federal de Goiás, seguido pelo Colégio Estadual Sylvio de Mello de Morrinhos, Colégio da Polícia Militar de Goiás Unidade Polivalente Gabriel Isso, de Anápolis e o Colégio da Polícia Militar de Goiás Unidade Polivalente Modelo Vasco dos Reis.

Em março deste ano o MEC anunciou que não iria mais divulgar as notas do Enem por escola. Segundo a pasta, intenção da divulgação era de que as escolas tivessem acesso às informações sobre a atuação dos estudantes nas provas do Enem e pudessem reforçar o ensino em determinados conteúdos. As escolas poderiam conhecer as médias de qualificação dos candidatos, assim como a porcentagem de estudantes participantes e o desempenho deles em cada uma das provas.

Segundo o ministro Mendonça Filho, as informações geram rankings e são utilizadas pelas escolas como “propaganda falsa”. “O Enem não é um exame que possa permitir avaliação adequada de cada unidade escolar, e quando se faz propaganda utilizando um ranqueamento indevido a partir de uma prova como essa, está se fazendo propaganda enganosa, e o MEC não pode convalidar esse tipo de comportamento”, disse.