Principal nome da “extrema direita” no Brasil, deputado federal chamou líder da Revolução Bolivariana de “esperança” para América Latina

Na Era da internet, nunca foi tão doloroso o ditado “meu passado me condena”. É assim que deve estar se sentindo, na manhã desta terça-feira (12/12), o deputado federal e pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSC-RJ).

Isso porque as redes sociais foram tomadas com um recorte do jornal “O Estado de S. Paulo”, de 4 de setembro de 1999, no qual o hoje “ícone” da extrema direita brasileira derrama elogios ao líder da Revolução Bolivariana, ex-presidente da Venezuela, Hugo Chávez.

“É uma esperança para a América Latina e gostaria muito que essa filosofia chegasse ao Brasil. Acho ele ímpar. Pretendo ir a Venezuela e tentar conhecê-lo. Quero passar uma semana por lá e ver se consigo uma audiência”, respondeu o já deputado e capitão do Exército na reserva.

Se para “turbinar” sua pré-campanha Bolsonaro usa o exemplo “fracassado” do “comunismo” na Venezuela, no final do milênio passado, ele mesmo se declarava “não-anticomunista”. E foi além, chegou a comparar a ideologia com o militarismo.

“Na verdade, não tem nada mais próximo do comunismo do que o meio militar. Nem sei quem é comunista hoje em dia”, completou.

Veja abaixo:

Foto: Acervo Estadão

A internet, claro, não perdoou. No Twitter, os fãs do “mito” saíram em sua defesa.

“Como assim, Bolsonaro acreditou no Hugo Chávez em 1999? Que absurdo! Ops… Eu acreditei no Lula em 2002… A imprensa continua achando que conseguirá queimar Bolsonaro ao mostrar que ele é gente como a gente”, escreveu um.

“Acho cômico, do Bolsonaro querem tolerância zero… Desenterram coisas de 20 anos (como se Lula não tivesse apoiado Chávez e apoia Maduro até hoje – mas isso está suave)…
Já os esquerdas ou PSDB (como preferir) tem milhares de atenuantes… Vai nessa então para ver o futuro…”, rebateu outro.

Teve até gente que questionou a própria Revolução Bolivariana: “Volta para os ataques ao Donald Trump porque com o Bolsonaro você não vai conseguir nada. Essa notícia de que ele apoiava o Hugo Chávez é muito antiga, da época em que o Chaves era um democrata e odiava Fidel Castro.”

Explicação

No Twitter, Bolsonaro postou um vídeo “explicando” as afirmações dadas à época: