Alckmin lidera corrida à Presidência em SP; Bolsonaro e Lula empatam
12 dezembro 2017 às 12h09
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A menos de um ano da eleição, governador teria 23,7% dos votos no Estado
Pesquisas de intenção de voto agora não significam nada, como bem mostrou uma reportagem da edição impressa do Jornal Opção nesta semana. No entanto, podem servir pelo menos de alerta aos pré-candidatos.
Imagina-se que é assim que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), vai ler o resultado do último levantamento do Paraná Pesquisas divulgado nesta terça-feira (12/12).
Realizada em 76 municípios paulistas com 2,016 eleitores entre 5 e 9 de dezembro deste ano, a pesquisa de intenção de voto para a Presidência da República mostra o tucano à frente da corrida no Estado, com 23,7% das menções.
Só que a liderança não é nada confortável: Alckmin está apenas três pontos percentuais à frente do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e do ex-presidente Lula (PT) — que teriam 19,9% e 19,4%, respectivamente.
Maior colégio eleitoral e Estado mais desenvolvido do Brasil, São Paulo sempre deu vitórias expressivas ao PSDB nas últimas eleições — incluindo ao próprio Alckmin, que venceu surpreendentemente Lula em 2006, à época da reeleição.
Hoje, o cenário do Paraná Pesquisas — que, ressalte-se, é muito prematuro — mostra que boa parte dos votos do partido pode ter migrado para Bolsonaro, representante da “nova direita”, mesmo no Estado que há mais de 20 anos está sob o comando tucano.
Há quem creia que, quando a corrida eleitoral começar para valer, tal fatia do eleitorado tende a se voltar para o PSDB. Pode ser, mas o que fica é o alerta.
Veja os números:
Geraldo Alckmin (PSDB) – 23,7%
Jair Bolsonaro (PSC) – 19,9%
Lula (PT) – 19,4%
Marina Silva (Rede) – 9,6%
Ciro Gomes (PDT) – 4,6%
Álvaro Dias (Podemos) – 3%
Henrique Meirelles (PSD) – 1%
João Amoêdo (Novo) – 0,4%
Manuela D’Ávila (PCdoB) – 0,4%
Nulo – 14,1%
Indecisos – 3,9%
Nacionalmente
Apesar de liderar a corrida em São Paulo, Alckmin tem aparecido nas pesquisas nacionais sempre na casa de um dígito. Na Datafolha divulgada em outubro, ele teria 3% dos votos; já na pesquisa Ibope, 8%.