Reportagens

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Chikungunya chega ao Brasil (e a Goiás) como a crônica da epidemia anunciada

Todas as autoridades médicas são unânimes: a doença-irmã da dengue — menos mortal, mas causadora de terríveis dores nas articulações —, chegou para valer. Vai derrubar pessoas, piorar o setor da saúde e prejudicar a economia. E o País não se preparou

Crise anunciada de 2015 pode contar com a publicidade para ser superada?

Todos estão tentando evitar que as profecias apocalípticas para o próximo ano se cumpram. A questão é se os outros setores da sociedade conseguirão ajudar a “despiorar” a situação

Ex-deputado Aldo Arantes justifica a proposta que a OAB e uma centena de entidades levaram ao Congresso Nacional para reformular o sistema político-eleitoral

Helio de Sousa tem o apoio velado do chamado núcleo duro da futura bancada oposicionista. O objetivo é derrotar qualquer nome eleito este ano pela base marconista [caption id="attachment_22656" align="alignleft" width="620"]assembleia17 Foto: Marcos Kennedy[/caption] Afonso Lopes A disputa pela presidência da Assembleia Legisla­tiva está pegando fogo e tem movimentado os bastidores como poucas vezes se viu. A eleição será somente em fevereiro, quando da posse da nova legislatura, mas as negociações estão em ponto de fervura total. De um lado está o deputado Helio de Sousa (DEM), atual presidente após a renúncia do ex-deputado Helder Valin (PSDB), que foi para o Tribunal de Contas do Estado (TCE). Do outro, deputados muito mais próximos da base governista, como José Vitti (PSDB), Lincoln Tejota (PSD) e Chiquinho de Oliveira (PHS). É nesse conflito que tem se inserido o chamado núcleo duro da futura bancada oposicionista na Assembleia, composto principalmente por Ernesto Roller, José Nelto e Adib Elias, todos do PMDB. [caption id="attachment_22658" align="alignleft" width="300"]Helio de Sousa / Foto: Y. Maeda Helio de Sousa / Foto: Y. Maeda[/caption] Em tese, os quatro nomes colocados para a disputa pertencem à base aliada governista. Mas o efeito político da eleição indica em outra direção. Filiado ao DEM, Helio de Sousa foi eleito com os votos conquistados pela coligação liderada pelo PMDB. Ao contrário dos seus adversários na disputa pela presidência da Assembleia. Dentre estes, o mais identificado com o Palácio das Esmeraldas é Chiquinho Oliveira, que foi auxiliar direto do governador Marconi Perillo durante todo o terceiro mandato, e tem longa história entre os marconistas, desde o governo de Nion Albernaz na Prefeitura de Goiânia. [caption id="attachment_22659" align="alignright" width="300"]Chiquinho de Oliveira/ Foto: Y. Maeda Chiquinho de Oliveira/ Foto: Y. Maeda[/caption] Repercussão nacional É de olho nessas questões essencialmente políticas que o núcleo duro da oposição tem trabalhado. Se conseguir derrotar Vitti, Lincoln e Chiquinho, fatalmente os opositores vão faturar em cima, como se fosse uma espécie de cartão de visitas para o quarto mandato de Marconi Perillo. A candidatura e eleição de Helio de Sousa também agradaria ao senador eleito Ronaldo Caiado, presidente regional do DEM e, hoje, principal mandato de atuação oposicionista em nível esta­dual.No campo federal, Caiado, embora não tenha se envolvido até agora nessa disputa, surgiria como vitorioso contra Marconi, até porque as sutilezas da atuação de Helio de Sousa como governista são nacionalmente menos conhecidas do que sua ficha de filiação. [caption id="attachment_22660" align="alignleft" width="300"]José Vitti / Foto: Marcos Kennedy José Vitti / Foto: Marcos Kennedy[/caption] É com esse viés que o caldeirão da disputa na Assembleia Legislativa tem se dado até aqui. Marconi se nega a entrar de corpo e alma a favor de algum candidato, mas liberou seus auxiliares para apoiarem quem quiserem. A maioria, até pela proximidade, tem revelado apoio a Chiquinho de Oliveira. Depois dele, surgem Vitti e Lincoln. Ainda assim, publicamente eles acompanham Marconi, sem fazer declarações de apoio. Mas basta tocar no assunto com a maioria dos integrantes do comando central do governo para a preferência pessoal fluir. De qualquer forma, há unanimidade entre todos os auxiliares de que Marconi não deverá se pronunciar a respeito da eleição na Assembleia, nem contra nem a favor de qualquer candidato. Oficialmente, os quatro candidatos são governistas. Alem disso, como é um poder independente, o governador acha que o assunto, publicamente, é de alçada exclusiva dos próprios deputados. [caption id="attachment_22661" align="alignright" width="300"]Lincoln Tejota / Foto: Marcos Kennedy Lincoln Tejota / Foto: Marcos Kennedy[/caption] O grande problema de Helio de Sousa é sua forma de atuação política. Nos últimos quatro anos, ele sempre foi prestigiado nas administrações de Jardel Sebba e Helder Valin, mas nunca se integrou realmente ao grupo da base, optando por seguir carreira solo, e votando favoravelmente nas questões de interesse do Palácio. Essa falta de grupo foi percebida pelo núcleo duro da oposição, que se aproximou da candidatura de He­lio de Sousa e foi bem recebido, especialmente após a promessa de votação fechada de toda a bancada oposicionista, que será composta por 14 deputados/votos. Para a presidência são necessários no mínimo 21 votos. Num balanço informal feito por um dos integrantes do grupo mais próximo de auxiliares do primeiro time de Marconi ao Jornal Opção, no final da tarde de sexta-feira, 5, o placar estaria empatado, com 14 votos para Chiquinho e os votos da oposição para Helio. Mas as contas podem não ser exatamente essas. Pelo menos dois deputados do PT, Humberto Aidar e Adriana Accorsi, ainda não teriam definido suas preferências. Tudo isso indica que o restante deste mês natalino e janeiro, geralmente dedicado às férias, vai ser bem mais agitado do que nos anos anteriores. A eleição para a mesa diretora da Assembleia Legislativa está pegando fogo.

É preciso ampliar a participação da sociedade nas instâncias de poder

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Nova sede de secretaria deve alavancar serviços de Trindade em prol de beneficiários de programas

Prefeito Jânio Darrot inaugurou novo prédio da Secretaria Municipal de Assistência Social e Atenção à Mulher. Estrutura ampla vai facilitar acesso de quem precisa de acesso a ações como o Bolsa Família e o Renda Cidadã

PT buscará recuperação de Paulo Garcia para chegar forte em 2016

Em 2015, sigla vai perseguir união das tendências para fortalecer a administração, que é mal avaliada

Dizer que Dilma Rousseff “tucanou” é afirmar que PSDB “inventou a roda” da economia. Não inventou

PT não necessariamente se reveste ideologicamente ao permitir que Joaquim Levy consiga fazer o necessário à frente da economia brasileira; ao contrário, prova que consegue ser realista

Oposição cria o 3º turno contra Marconi

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2016 está logo ali

No calendário “civil”, novas eleições somente dentro de longos dois anos. No calendário “político”, as articulações começam já

Influência do dinheiro na eleição enfraquece a nossa democracia

É o que afirma o deputado petista Rubens Otoni, avaliando ainda que o sistema político-eleitoral brasileiro está ultrapassado e precisa ser refeito

Em Caldas Novas, empreendedores discutem o desenvolvimento do turismo regional

Empório das Águas Quentes atrai público interessado em turismo, gastronomia e artesanato. Ator Marcos Palmeira conta os benefícios de produzir alimentos orgânicos

Tratamento de dependentes químicos é uma discussão que precisa ir além das páginas policiais

A cultura brasileira condena grande parte daqueles que acabam se envolvendo com drogas. Mas a questão é mais profunda e passa, sobretudo, pelos aspectos sociofamiliares do indivíduo, que precisa ser praticamente “recriado” durante o tratamento

Chespirito, o homem que descobriu como fazer um continente inteiro sorrir

A morte do criador de Chaves e Chapolin Colorado faz refletir sobre uma nova forma de universalizar e (talvez) eternizar uma obra: a TV como plataforma da arte

“Para Darci Accorsi, com carinho”

[caption id="attachment_21415" align="aligncenter" width="620"]O ex-prefeito, com a filha Adriana Accorsi: “Darci tinha um poder infalível de fazer as pessoas se sentirem felizes”, escreve o professor Marcelo Brice O ex-prefeito, com a filha Adriana Accorsi: “Darci tinha um poder infalível de fazer as pessoas se sentirem felizes”, escreve o professor Marcelo Brice[/caption] Marcelo Brice Assis Noronha Eu nunca soube definir a imagem certa que Darci Accorsi ocupava no meu imaginário. Sempre tive com ele uma relação ambígua. E hoje sei um pouco mais do que se tratava, pelo que diz respeito ao pessoal e ao político. Não porque ele se foi fisicamente. Talvez por uma busca própria em reconhecer a figura que ele era e representa. Darci sempre foi uma figura amável, inteligente como poucos, rápido nas ideias, de uma sedução absoluta, rodeado por todos, atraía as energias para si. Tem uma música de Adoniran Barbosa que diz: “Eu sou a ‘lâmpida’, elas são ‘as mariposa’!”; Darci era essa luz, tinha um poder infalível de fazer as pessoas perto dele se sentirem felizes e animadas. Não tinha tempo ruim com ele. Eu nutria uma admiração juvenil pelo filósofo, professor, líder político, de voz marcante e poderosa, que levava a plateia com a capacidade do político de conduzir pela palavra e pelos rumos mais apropriados para as decisões. Estou aqui misturando a figura pública e a privada, deliberadamente. De algum modo, era assim que eu via o ex-prefeito, que chegou a Goiás no começo da década de 70, em Itapuranga, para fazer sua história como professor. Nossas famílias já tinham muita história juntas quando eu entrei nisso tudo. Meu pai, o professor Reinaldo Pantaleão, e minha mãe, Marilene, participaram ativamente da formação do PT em Goiás. Nessa, estavam Darci Accorsi e Lucide Sauthier Accorsi, na bravura própria dos gaúchos em suas farroupilhas, que, depois da estadia no interior e do nascimento de Adriana Accorsi, migraram para Goiânia. Na capital, marcaram seus nomes entre as grandes personalidades públicas do Estado. Anos depois, tive a oportunidade de conhecer Luiz Pedro, o filho mais novo, que, coleguinha de sala, se tornou meu grande amigo, um irmão que amo e admiro. Aí já sabíamos que meu pai havia sido professor da Adriana e naquele momento era do Sérgio, o filho do meio, o roqueiro mais metal que eu conheci até os 16 anos, sempre acompanhado de sua Aurilene. Pronto, eu já era parte dessa família. E assim os tenho hoje e sempre. Aos 13 anos, viajei com a família Accorsi. Ele, prefeito, dirigindo uma caminhonete, numa volta pelo sul da América do Sul. A certa altura, descíamos uma serra no Rio Grande do Sul, estrada de chão, rodeada por precipícios; no fim da serra, o freio acabou. Foi o momento mais emocionante da minha adolescência. Ele disse: “Meu Deus, acabou o freio!”, e bombeava o pedal; todos procuravam, incessantemente, um cinto de segurança a mais, a Adriana abraçava a filha, o Sérgio dizia (completamente desesperado) “calma, pai!”, o Luiz me olhou e tentou fechar o vidro, não sei por quê; a Lucide pegou na mão dele e disse: “Dinho (assim ela o chamava), calma, vai dar certo, desacelera na marcha...”. E paramos, a poucos metros de um paredão. Daquele dia em diante, eu me senti para sempre parte da família e concordei em rezar no começo do dia, antes de pegar estrada. Tive, com o Luiz, a responsabilidade de pajear a Verônica, filha da Adriana, com alguns meses de vida, e depois a vi crescer, tentando pronunciar meu nome e o adaptando para “Meleco”, o que não deve ser de todo errado. Eu fui acolhido pelos Accorsi como um filho, o que fazia bem a eles e eles a mim. Minha mãe sofria com uma doença grave e Lucide, sem saber, me ensinava, com seu carinho e estima, como as mães são amor. Darci nunca me cerceou. Eu com 15 anos, metido a saber de política e filosofias, queria escutá-lo e, se possível, dar uma opinião. Minha mãe os adorava, porque cuidavam de mim. Meu pai, um humanista, sabia que a formação sadia que eu encontrava naquela relação era inquebrantável. Em um desses domingos de pizza na casa dos Accorsi, Darci me disse: “Fala pro seu pai vir aqui, uai! Pra gente relembrar quando eu era trotskista. Diz pra ele que o velho Brice [Francisco Brice Cordeiro, de onde vem uma parte do meu nome] era porreta, que a homenagem de seu nome é corajosa. Certa vez o Brice falou: ‘Darci, só temos uma solução! Matar o Dom Fernando (bispo progressista) e colocar a culpa na direita! Hahaha!’”. E Darci sorria, o que ele fazia com maestria. E quando íamos, os amigos, almoçar aos domingos na chácara deles, era assim: “Uai, sô! Cêis demoraram demais!”. Escutava o Vila perder no rádio e fumava, pensando em política. No ano em que entrei para o curso de Ciências Sociais, fui dar uma olhada na biblioteca dele, o que eu sempre fazia, enquanto a outra parte da garotada jogava videogame, já que eu sempre perdia; lá, afanei um volume da coleção “Os Pensadores”, o de Durkheim, com a justificativa de que precisaria no curso; ele autorizou, mas todo ano fazia o Luiz me pedir o livro de volta. A casa tem livros, eles gostam de jornais, de filmes, literatura e música, de bebida e comida boa. Eu não entendia como Darci não havia sido governador. Hoje compreendo melhor que não são simplesmente, para o bem ou para o mal, os atributos pessoais de um homem que selam o destino de um político. As circunstâncias não eram propícias e Darci cometeu inúmeros erros de estratégia. Seus companheiros não cessaram de sugar o que havia de resplandecente em sua figura, lhe boicotando, e alguma vaidade o impediu de agir com precisão. Particularmente, meu ímpeto divergia das posições e aproximações que ele fazia. Mas, 20 anos, depois o PT fez um caminho de agregação que ele sabia ser necessário, para fins de força política. Infelizmente, na hora errada e sem mea-culpa, o deixando longe de cena, propositadamente, com medo da grandeza política dele, de seu brilho próprio. Foi dos melhores prefeitos da capital. Na época não tinha reeleição, senão estaria reeleito, pois sempre foi aprovado e reconhecido. Homem aberto, envolvente, carismático, gente boa, “o professor”. A última vez que o vi pessoalmente foi no aniversário do Luiz de 31 anos, no ano passado, se recuperando da cirurgia que havia feito para retirada do tumor na coluna. Dias antes havia sido o casamento do meu grande amigo com sua querida companheira Cynthia. Com menos de 20 dias de cirurgia Darci entrou na igreja para acompanhar a cerimônia e me fez chorar, pela vontade de ser forte e pelo carinho com os seus. Neste ano de 2014, mesmo debilitado, ele participou ativamente da caminhada da sua filha à Assembleia. Sua vivacidade foi fundamental para a vitória dela. Sem dúvida, futura deputada progressista, preparada no seio dessa família que eu adoro! Algumas pequenas lembranças, de várias... Darci vai passear seu brilhantismo por outras bandas. Marcelo Brice Assis Noronha é professor da Universidade Federal do Tocantins (UFT) e doutorando em Sociologia pela UFG.

Ação conjunta vai melhorar o trânsito

Juiz Éder Jorge apresenta Campanha Trânsito Legal e o prefeito Jânio Darrot anuncia medidas importantes na área