Opção cultural

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Mesmo com público morno, Arnaldo Antunes faz show impecável

Acompanhado dos mais do que talentosos Curumin, Chico Salem, André Lima e Betão Aguiar, músico paulistano encerra turnê do disco Já É e revisita toda sua carreira ao vivo

Arnaldo Antunes encerra turnê Já É em Goiânia com participação de Paula Toller

Compositor, cantor e poeta paulistano volta à capital goiana às 19h30 no Flamboyant In Concert para show especial antes de começar a divulgar o CD e DVD Ao Vivo em Lisboa

23º Salão Anapolino de Arte recebe inscrições até 7 de julho

Um dos mais prestigiados eventos do gênero no país tem mais de R$ 70 mil em prêmios em diversas categorias

Entrevista com o poeta Martín López-Vega

“Nenhum leitor de poesia na Espanha duvida de que Lêdo Ivo seja um dos poetas mais importantes da poesia universal do século XX. Ficaria muito triste de saber que o Brasil não reconhece isso. Triste não por Lêdo, mas pelo Brasil mesmo”

O Brasil, a crise generalizada e a inquietante atualidade de Oliveira Vianna

As teses do intelectual fluminense sobre nossas liberdades civis e políticas podem nos ensinar a “ler” melhor a situação crítica pela qual passamos, sobretudo porque subsiste em nosso “DNA civilizacional” um abismo entre as elites políticas e os cidadãos

Apesar do título inapropriado, “A Sexta Extinção” é um bom livro-denúncia

Livro da jornalista Elizabeth Kolbert, que ganhou o prêmio Pulitzer de não ficção, em 2015, é consistente para denunciar as ações humanas deletérias ao ambiente e casos isolados de extinção, porém insuficiente para caracterizar mais uma extinção em massa

Um réquiem à Ucrânia, ou a memória da fome no filme “Colheita Amarga”

Narrativa ambientada entre o ano da Revolução Russa, 1917, e o início da Era stalinista, mostra o horror do genocídio ucraniano levado a cabo pelo Estado soviético

Tagore Biram manda lembrança

Podem até questionar a obra poética de Tagore Biram, principalmente acadêmicos obesos e sebosos de presunção e acadêmicas besuntadas com o cosmético da confraria, mas não podem tirar-lhe os méritos conquistados

BaianaSystem encanta 7,5 mil pessoas na sua primeira passagem pela capital

Quinta noite do festival teve histeria da plateia ensurdecedora da Scalene, além da estreia da banda de Salvador (BA) em Goiânia, que transformou o público em pipoca

Pio Vargas: um beat no Olimpo 

O poeta, que morreu aos 26, em 1991, teve sua obra (quase) completa reunida em livro

Instituto cultural lança terceiro número de revista sobre artes e letras de Goiás

Neste mês de maio, foi lançado o terceiro número da revista Sicoob Cultura, do Instituto Cultural Sicoob UniCentro Brasileira, da cooperativa financeira de mesmo nome. Sicoob Cultura é um periódico que traz conteúdo interessantíssimo àqueles que estão interessados nas letras e artes produzidas em Goiás. A capa da revista conta com a imagem de “Mulher Tropical”, escultura do artista plástico Elifas Modesto. Ao longo do volume, aparecem também a reprodução de algumas pinturas do artista plástico Amaury Menezes. Entre os textos disponíveis, encontramos: Um poema de Adalberto de Queiroz, intitulado “Oh, navios à barra atados”, uma crônica de Aidenor Aires sobre D. Maria Nicolina, um ensaio de Bento Fleury sobre Antonio Americano do Brasil, um conto de Edival Lourenço, intitulado “O Farsante das Águas Ilusórias”, uma entrevista de Miguel Jorge com Moema de Castro Silva Olival, um testemunho de Hélio Moreira sobre Gercina Borges Teixeira, um poema de Heloisa Helena de Campos Borges, intitulado “Sem rodeios”, um excerto do livro “Poder e Paixão”, que trata do “Doutor Corumbá”, de Lena Castelo Branco e, por fim, um ensaio de Nasr Chaul, a respeito do “Concubinato nas raízes de Goiás”. Meu destaque vai para entrevista com a escritora e crítica Moema Olival. Indagada pelo escritor Miguel Jorge se as novas gerações se interessam pela crítica, Olival responde:

Talvez não, em si. Mas, uma vez bem informados no correr do curso fundamental, passam a registrar o seu alcance, a partir do momento em que avaliam, na media de suas possibilidades, ainda em formação, a finalidade primeira da leitura que exige a condição de “saber ler”. Umberto Eco insiste nesse procedimento com toda razão. Para gostar da obra é preciso entender a sua capacidade de abrir novos horizontes, de revelar a riqueza de saber captar e apreender a sua verdade literária, seus meios de expressão, de apreciar os processos estilísticos como, por exemplo, as montagens, as figuras de estilo capazes de permitir a movimentação da trama e o dinamismo da linguagem. Daí, como afirma Eco, distinguir o leitor “um”, ou seja, o leitor cuja leitura horizontal está apenas em função de conhecer o livro, numa busca elementar de seu poder de comunicação, e o leitor “dois”, capaz de apreciar em profundidade aquele universo que se abre às sua apreciação, permitindo uma visão em profundidade de seus valores existências e do manejo de suas possibilidades de persuasão.

Vermeer: o pintor do silêncio ou a metafísica do momento

 A simplicidade e facilidade que emana da sua obra se deve a um trabalho em filigrana, os pormenores estão trabalhados até à exaustão e a aparente banalidade temática, no fundo, esconde uma grande profundidade estética e humana [caption id="attachment_95278" align="aligncenter" width="620"] "Moça com brinco de pérola", um dos mais famosos quadros de Johannes Vermeer
[/caption] Frank Wan Especial para o Jornal Opção Dizia-se que a Holanda se banhava numa alegre e feliz mediocridade, os pregadores protestantes, sempre virulentos contra a posse de bens, iam ajudando a desnudar as casas e os lugares públicos. O protestantismo bom:  o iconoclasta, o anti-arte, anti-imagem. Dizia-se ainda que os holandeses viviam franciscanamente despojados. De alguma forma, os artistas estragam sempre alguma alegre festa burguesa: os pintores mostraram que essa imagem que se tinha dos holandeses é falsa. As igrejas foram vítimas de iconoclastia, mas as casas particulares, os pintores holandeses deixaram esse testemunho para a posteridade, mantinham uma cornucópia visual. A explosão de cor, que antes ficavam apenas nos domínios da corte e do clero, tinha-se transferido para as habitações. A pintura de temática religiosa vai-se transferir paulatinamente para as “cenas do quotidiano”, uma espécie de reality show avant la lettre, em que os retratados são as pessoas comuns e as cenas de gestão normal da vida corrente se tornam o foco do olhar dos pintores. Porque gostamos tanto dos “pintores holandeses”? As respostas a esta pergunta são diversas e são dadas de diferentes perspectivas. Às grandes cenas abertas de conjunto da pintura anterior, os holandeses respondem com um foco nos detalhes em detalhe. O zoom do detalhe confere maior proximidade, humanidade e identificação pessoal ao espetador.  A pintura holandesa é humana, graciosa, leve, aparentemente simples e, quase, conseguimos ver a nós mesmos nas cenas retratadas.  Temos uma experiência estético-solidária: repare-se que é irresistível ver um quadro desses e não nos imaginarmos vivendo naquela época, com aqueles trajes, naquele local e sentimos ainda que, se isso acontecesse, seríamos felizes – como na audição de grande parte de Mozart, sentimos sempre abrir-se uma bolsa de serenidade dentro de nós  logo nos primeiros compassos. Esta experiência está bem retratada na aparente boutade de Woody Allen “quando ouço Wagner, me dá vontade de invadir a Polônia”. Os objetos do quotidiano levam-nos de volta à natureza, mãe de todas as coisas. Johannes Vermeer (1632-1675) é acompanhado na sua época por Gerard Dou, Nicolas Maes, Jan Steen, Gerard Ter Borch, Gabriel Metsu, Pieter De Hooch. A estranha sensação de suspensão do tempo em Vermeer vem dada pela visão  tríptica: troca de olhares, circulação do ar e fluidez da luz. O pintor fixa a pintura num ponto e, com isso, educa-nos o olhar: vemos tudo “a partir” de um ponto. [caption id="attachment_95282" align="alignleft" width="300"] "Mulher de azul lendo uma carta"[/caption] Note-se que temos sempre a sensação de estar a ouvir uma conversa sem dela ser participantes: Vermeer transforma-nos em “voyeurs”. Os retratados são graves e “vaporosos” e nós sentimos apenas a vibração que  exala  destes dois extremos. Parece que surpreendemos pessoas comuns num momento inopinado e passamos a saber um segredo grave sobre a vida delas, como em tudo na vida, um fato privado posto a público é sempre, de alguma forma, comprometedor. A vida dos retratados fica “comprometida” pela captura do nosso olhar: o que pesa de tão importante a mulher da balança? O que diz a carta que a jovem vestida de azul lê? Porque bebe vinho, àquela hora, aquele casal? Eis a magia de Vermeer: capta um momento  e, simultaneamente, todo o ritmo da vida pessoal. Entre duas capturas estéticas torna-nos participantes da cena, cúmplices, invasores mesmo. Sobre a vida pessoal de Vermeer, para além de dados administrativos,  mais nada se sabe. Quando tentamos interrogar a sua obra, Vermeer responde-nos pintando o silêncio. Um silêncio em filigrana, leve como o algodão e suave como uma música de câmara. Hegel, referindo-se aos pintores holandeses da época, afirma que estes pintaram aquilo que era totalmente idiossincrático de cada objeto e situação, “o grau de verdade e de perfeição” é inultrapassável. Para o filósofo alemão, os objetos abandonam-se despreocupadamente o que permite captar o momento ideal. É, na sua belíssima expressão, “o Domingo da vida que tudo iguala e que afasta toda a ideia de mal”. Schopenhauer destaca a captura do tempo. A dita “captura”, segundo Schopenhauer,  dá-se através de uma “redução” do tempo que corre a um único momento. Ao surpreender esse momento, os holandeses dão-nos acesso, por indução, a todo o tempo. Uma vez que, para Schopenhauer, o tempo “em movimento”, passe o pleonasmo, não é capturável. O ato de escrever uma carta, e esta em si, depende totalmente da intenção e conteúdo e varia diretamente com o momento em que aquele que a escreve, bem como o seu destinatário, vivem, basta “deslocar”  ligeiramente o tempo para que um texto mude de sentido. Numa época em que a troca de informação é substancialmente mais lenta, qualquer carta desencadeia um quadro de sensações que perdurarão no tempo – Vermeer procura  espargir o ar circundante com as sensações que decorrem da leitura. É todo esse conjunto que Vermeer procura captar. Tenho sempre a sensação que os leitores de Vermeer não leem cartas, mas releem cartas: aquele ar concentrado de quem procura reverificar se o que leu é o que está a pensar. Élie Faure, na sua histórica “História da Arte”, chama a Vermeer o pintor holandês  que tem todas as qualidades médias de todos os outros. Mais que Rembrandt, é bem possível que Vermeer seja a tal “média perfeita” por diversos motivos, alguns óbvios, que não cabem neste espaço. Faure afirma brilhantemente que Vermeer “não tem imaginação”, limita-se a aceitar a vida totalmente como ela é, despoja-se de tudo o que se interpõe entre ele e o objeto e rende-se-lhe, limitando-se a trazê-lo aos nossos olhos. Para Faure, Rembrandt e Vermeer são dois polos da estética da época. Defenderemos, noutro trabalho de caráter diferente do presente, a escandalosa tese de que Rembrandt “não é holandês”. [caption id="attachment_95283" align="alignleft" width="300"] Fluidez da luz observável no quadro "Oficial e moça sorridente"[/caption] Não posso deixar de mencionar a tese famosa e profunda de Théophile Thoré, segundo a qual, Vermeer não pinta objetos, pinta a luz que passa, isto é, pinta quase sempre a luz dos fins de dia e é por isso que uma estranha “sensação de tempo” exala dos quadros. Todos os quadros são um dia e a eternidade é a soma dos dias finitos e respectivos momentos de luz. Remeto os leitores para outro artigo meu mais técnico onde procuro dar conta da listagem dos quadros “autênticos” de Vermeer. Para não maçar os leitores aqui, direi apenas que é consensual que existem trinta e quatro quadros “autênticos” de Vermeer, apenas vinte e três estão assinados e três perfeitamente datados. Tudo o que sobra é discutível. Pode-se dizer que Vermeer é um dos maiores mistérios da história da pintura:  há poucos pintores sobre os quais se saiba tão pouco. Todo o escritor tem sempre uma concepção/visão do que é a Literatura e a sua obra é o resultado dessa visão: ou se inscreve numa dada linha e a sua obra respira a sua escola, ou é um pioneiro que procura desbravar na Literatura um novo caminho ainda não percorrido – mutatis mutandis, passa-se o mesmo com os pintores. A pintura, no entanto, é muito mais limitadora: tem um caráter mais artesanal, o trabalho e aprendizagem são feitos em coletivo e, muitas vezes, a própria produção é coletiva ou em ambiente coletivo. Espantosamente, não se sabe quem foi o mestre de Vermeer e nem se consegue perceber qual é a sua concepção de pintura. Esse é, talvez, um dos grandes segredos de Vermeer: não tem qualquer concepção do que é a pintura e limita-se a captar momentos com técnicas “normais” para a sua época. Vermeer não tem mestre, não tem discípulos, não mantêm um diário como Delacroix, nem escreveu cartas como Van Gogh e nem sequer pintou um autorretrato. A ideia que o personagem da esquerda do “De Koppelaster” (Gemäldegulerie Alte Meister, Dresde, Alemanha), traduzido normalmente como “L'entremeteuse” e “The procuress”, é um autorretrato é muito frágil para os especialistas, mas muito agradável ao grande público. Em grande parte, a ideia fez escola com as publicações de André Malraux. Não só não é um autorretrato, como, provavelmente, nem o quadro é de Vermeer. A gigantesca maioria dos especialistas recusa a autenticidade do quadro liminarmente,  a ser autêntico, como afirma, por exemplo, Pieter Svillens, seria mais um estudo-ensaio-tentativa do que “uma obra”, mas como em tudo, e sem entrar em detalhes técnicos,  há, no outro extremo, nomes como o de Eduard Trautscholdt que afirmam que não só é autêntico, como é mesmo o início do verdadeiro e mais pujante Vermeer. [caption id="attachment_95285" align="alignleft" width="300"] Outro dos quadros mais famosos de Vermeer, "Moça com chapéu vermelho"[/caption] Vermeer cai praticamente no esquecimento e vai ter de esperar pelos seus dois salvadores: Téophile Thoré e  Marcel Proust. Até ao início do século XIX, público e diktat acadêmico, faziam prevalecer as cenas grandiosas, cenas históricas e a arte de temática religiosa. Vermeer reaparece pela mão de Etienne-Joseph-Théophile Thoré, conhecido como William Bürger, num artigo da famosa revista “Gazette des beaux-arts”. Teóphile Thoré era advogado e crítico de arte, fundou o “La vrai République” (A verdadeira república) que foi imediatamente interditado pelo governo do general Cavaignac. Fruto de sangrentas perseguições, Téophile Thoré refugiou-se em Bruxelas e é aí que toma o pseudónimo de William Bürger. Só reentra em França em 1859. Théophile Thoré desde o início da carreira de crítico de arte tinha sempre defendido o “realismo” em pintura, as suas grandes referências eram Jean-François Millet e Gustave Courbet. Em 1866, numa série de três artigos brilhantes publicados na “Gazette des beaux-arts” dá conta de (re)descobreta de Vermeer. Thoré tinha visitado La Haye em 1842 e, através de um catálogo ocasional, vê o totalmente desconhecido nome de Vermeer. O quadro que está em exposição é o “Gezicht op Delft” (Vista de Delt). Em coleções particulares Thoré tem a oportunidade de ver o agora famoso “a leiteira”. Thoré dedica grande parte da sua vida à procura de obras de Vermeer. Na época, muitas obras se confundiam com as obras de Pieter de Hooch e Théophile Thoré tenta separar as águas. Thoré atribui setenta obras a  Vermeer, mas as técnicas científicas desenvolvidas posteriormente e as técnicas de análise contemporâneas extremamente sofisticadas fazem esse número cair para uma lista de quarenta obras. É a Thoré que se deve a descoberta de quase dois terços das obras de Vermeer.  Pode-se dizer que o mundo deve Vermeer ao extraordinário Théophile Thoré. [caption id="attachment_95286" align="alignleft" width="300"] Marcel Proust, um dos "salvadores" de Vermeer[/caption] O outro “salvador” de Vermeer é Marcel Proust. Vermeer não é apenas uma referência estética para Marcel Proust, Vermeer está no centro de toda a concepção Proustiana de arte e do que é um escritor, chegando mesmo Proust a lançar a boutade, através de Bergotte, “escrever como Vermeer”. Não me alongo aqui sobre o assunto e remeto o leitor interessado neste eixo Vermeer-Proust para o meu ensaio no nº 2 da revista Scripsi “Proust e Vermeer”. A fama de Vermeer pelo mundo é também devida, em grande parte, à posição maior que ocupa a La Recherche du Temps Perdu [Em Busca do Tempo Perdido] na literatura universal. Relembro que um dos personagens principais, Swann, é, na obra, um especialista em pintura e que, durante a acção, escreve um trabalho sobre Vermeer. A presença de Vermeer é total se nos lembrarmos que Bergotte, a grande referência de Marcel,  personagem da Recherche, morre contemplando  a “Vista de Delft”. Se é verdade que, na literatura, a facilidade de leitura é proporcional ao trabalho do autor, em Vermeer também se pode dizer que a simplicidade e facilidade que emanava da sua obra se deve a um trabalho em filigrana, os pormenores estão trabalhados até à exaustão e a aparente banalidade temática, no fundo, esconde uma grande profundidade estética e humana. Frank Wan vive em Portugal. É ensaísta, poeta, tradutor e professor

Projeto “Arte no HGG” apresenta mostra de aquarela sobre o Cerrado

Vernissage será realizado na terça-feira (23/5), no Ambulatório de Medicina Avançada (AMA) da unidade de saúde

Violator retorna a Goiânia com seu Scenarios of Brutality no Monstro Rocks #34

Banda de thrash metal de Brasília (DF) se apresenta ao lado dos grupos Sociofobia, Armum, Frieza, Revolted e Ressonância Mórfica a partir das 20 horas no Martim Cererê

“Deixai toda esperança, ó vós que entrais”: João Santana e a selva selvagem chamada Brasil

O que nós, brasileiros, esperamos? Tal pergunta, em meio à crise generalizada em que vivemos, é da ordem do dia. A figura do marqueteiro pode nos ajudar a refletir sobre isso