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Um jornal publicou que o governador Marconi Perillo não move uma palha para atrair Ronaldo Caiado para sua chapa majoritária. Quem acredita nesta história também acredita em mula sem cabeça, em Curupira e, até, em Saci Pererê. Quem leu um Editorial do Jornal Opção, publicado recentemente, deve se lembrar que o governador Marconi disse que gostaria de fazer por Ronaldo Caiado, em 2014, o que o democrata fez por ele em 1998. Nem precisa ser bom entendedor para perceber o que o tucano-chefe disse. A nota é mais plantada do que soja do Sudoeste goiano.
De um petista heterodoxo, com veia de humorista: “Duda Mendonça fez bem em vetar Nerso da Capitinga na chapa de Júnior Friboi”. “Por que”, quis saber outro petista, da ala ortodoxa, “Nerso da Capitinga não pode aparecer no programa eleitoral dizendo que o governador Marconi Perillo também, em 16 anos, construiu sua panelinha?” O petista heterodoxo explicou: “Dois Nersos na televisão não dá pé”. “Dois?”, questionou o ortodoxo. “Sim”, redarguiu o red de extração quase liberal. “O verdadeiro e Friboi”, acrescentou.

Quando lhe falam sobre as eleições de Goiás, a presidente Dilma Rousseff escuta, demonstra interesse, mas não conhece bem os personagens que pretendem disputar o governo do Estado.
Porém, quando o interlocutor abre uma brechinha, Dilma Rousseff costuma perguntar: “O meu candidato está bem, vai ganhar?”
Aí, quando perguntam: “Quem? Antônio Gomide?”, Dilma Rousseff abre um sorrisão e diz: “Não, o Olavinho”. Quem? Ah, sim, o Noleto.
Discreto, Olavo Noleto jamais se apresenta como candidato da presidente e tampouco confirma a “brincadeira” acima.
Em 2016, Sandro Mabel (PMDB) e Olavo Noleto (PT) devem disputar a Prefeitura de Aparecida de Goiânia. Aliados de Mabel dizem que, depois de Maguito Vilela (PMDB), que deu status ao município, por ter sido governador e senador, o eleitor de Aparecida de Goiânia não vai hipotecar apoio a Ozair José (PT). Explicação dos mabelistas: Ozair José seria o José Macedo ou o Ademir Menezes da situação. Noutras palavras, votar em Ozair José seria o mesmo que devolver o poder à dupla Macedo & Menezes. As diferenças estão apenas nos nomes e nos partidos.
Ao dizer, num programa de televisão, que a presidente Dilma Rousseff “é sem vergonha”, o radialista Jorge Kajuru mais uma vez mostra toda sua descortesia com as pessoas. Pode-se não gostar da petista-chefe, mas é inegável que se trata de uma mulher séria, íntegra e competente. Curiosamente, embora seja um profissional competente e íntegro, Kajuru é profundamente desrespeitoso sobretudo com as mulheres, às vezes envolvendo a sexualidade delas, e quase sempre de modo moralista. Porque, exceto se o jornalista revelar o que ocorre, não se sabe.
Vai precisar “nevar” muito no “campo” de Aécio Neves (PSDB) e de Eduardo Campos (PSB) até a eleição de 5 de outubro deste ano. Eduardo Campos mexe daqui e dali, lança Marina Silva — “atriz” do filme “Um Mito Que Cai” — como sua vice e os eleitores não se movem... em sua direção. O governador de Pernambuco, pré-candidato a presidente, não consegue chegar a 15% das intenções de voto. Aécio Neves supera Eduardo Campos, mas está distante da presidente Dilma Rousseff. A petista, se a modorra continuar, pode ganhar no primeiro turno.
O pré-candidato a governador de Goiás pelo PSB, Vanderlan Cardoso, convocou uma reunião na sua casa, no Alphaville, para 7 da matina. Os dirigentes dos pequenos partidos chegaram cedo, foram revistados na portaria e entraram. Na casa de Vanderlan, a empregada pediu silêncio e informou que ele estava dormindo. Os políticos esperaram. O empresário acordou, por volta de 10 horas da manhã, e recebeu os políticos de pijama. Conversa vai, conversa vem, discutindo-se apoio político, quando Vanderlan disse, de supetão: “Se quiserem me apoiar, bem. Se não quiserem, não tem problema. Mas quero dizer que vou ser eleito, pois fui ungido por Deus”. Os políticos ficaram estupefatos e saíram de fininho. Para nunca mais voltar. E estão satisfeitos com o quase “materialismo de resultados” de Júnior Friboi.
Não convidem o empresário Vanderlan Cardoso e o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, para a mesma costela do Costelão Gaúcho, nas proximidades do cult Parque das Laranjeiras. Pode sair um sangue mais vermelho do que as cores do PT e, evidentemente, não será da picanha. Um marqueteiro garante que, para crescer em Goiânia, Vanderlan vai bater sem dó nem piedade no prefeito Paulo Garcia. O marqueteiro avalia que Marconi Perillo está “crescendo” em Goiânia às custas da gestão de Paulo Garcia. Quando falam sobre a possibilidade de segundo turno, o líder socialista esclarece que, primeiro, precisa garantir sua vaga no segundo turno. Portanto, tem de se fazer uma campanha crítica e dura no primeiro turno.
O deputado federal convocou seus aliados e disse que não será candidato à reeleição. Alguns de seus aliados, com sua anuência, vão participar das campanhas de Daniel Vilela, Olavo Noleto e Alexandre Baldy para deputado federal. Mabel está de olho grande nas prefeituras de Goiânia e de Aparecida de Goiânia, na disputa de 2016. Se Júnior Friboi for eleito governador, Mabel pretende assumir uma secretaria, possivelmente a da Indústria e Comércio, ou então vai pleitear um ministério.
Setores do PT goiano avaliam que Júnior Friboi será mesmo o candidato a governador pelo PMDB. "Iris Rezende é melhor e o PT apoiaria sua candidatura, especialmente porque cumpre compromissos. No entanto, há indícios fortes de que Friboi controla a máquina do PMDB. Porém, se Friboi for candidato, o PT deve bancar Antônio Gomide. O motivo é simples: ninguém, no PT, avalia que Friboi é melhor do que Gomide em termos políticos e de capacidade de gestão", afirma um petista.
Raciocínio meio enviesado de um integrante do PP: "Quanto mais José Eliton diz que será vice do governador Marconi Perillo, na eleição de 5 de outubro deste ano, mais parece que fica distante de ocupar a posição que ocupa hoje". O pepista diz que José Eliton é excelente, mas, além de não ter voto, é uma barreira à composição com o DEM. Ele se tornou vice com o apoio do deputado federal Ronaldo Caiado, mas, em seguida, rompeu com o democrata, que o havia bancado e o colocado na política, e migrou para o PP. José Eliton, na base aliada, seria o único contra a composição com Ronaldo Caiado. Pelo menos é o que deputados estaduais e federais e secretários do governo do Estado comentam.
De um petista com grande trânsito em Brasília: "Acho que o governador Marconi Perillo não será candidato à reeleição e vai bancar o economista Giuseppe Vecci para o governo". O Jornal Opção pergunta: "Por que tanta certeza?" O petista admite que não tem certeza e afirma: "Os movimentos de Marconi sugerem uma grande indecisão e, na dúvida, é bem possível que não arrisque. Ele não quer ser, de maneira alguma, o Iris Rezende de 1998".
O prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (PMDB), disse a petistas que erra quem acha que todo mundo tem sair junto no primeiro turno. Sua tese é que todos têm direito e devem lançar candidatos no primeiro turno. Ele aposta que, separadamente, é possível ganhar do governador Marconi Perillo. A união geral deve ficar para o segundo turno. No PMDB e no PT, há um certo otimismo num ponto. Os líderes dos dois partidos acreditam que quem for para o segundo turno com Marconi vai ser eleito governador de Goiás. "Está escrito nas estrelas... vermelhas", brinca um petista.
Pré-candidato a deputado federal, Olavo Noleto (PT), no pouco tempo que tem para circular pelo Estado, conversando com diversas lideranças, diz que está contente com a recepção tanto dos políticos quanto das demais pessoas. "Onde eu achava que não tinha nada está brotando água", afirma Olavo, meio enigmático. Na verdade, ele quer dizer que, em muitos lugares, acreditava que não teria um apoio efetivo, dados os vários compromissos dos políticos, mas, quando vai conversar com as pessoas, percebe que há um apoio real à sua intenção de disputar mandato na Câmara dos Deputados. Um dos segredos de Olavo é que, em seus vários anos em Brasília, quando nem pretendia ser candidato a nada, sempre tratou todos os goianos com fidalguia. No governo federal, nunca fez seleção partidária e ideológica. Sempre tratou os goianos, de quaisquer partidos, como "iguais". O interesse de Goiás sempre esteve acima de qualquer questiúncula partidária. Agora, o petista colhe os frutos de sua visão democrática de como deve ser um governo.
O vereador Elias Vaz, principal porta-voz da Rede Sustentabilidade em Goiás, confirma que as relações do grupo de Marina Silva com o pré-candidato a governador de Goiás pelo PSB, Vanderlan Cardoso, melhoraram. “No início, embora integre um partido de esquerda, Vanderlan estava tentando montar uma chapa com perfil de centro-direita. Ele próprio não é de direita, mas o deputado Ronaldo Caiado (DEM) é de direita. Vanderlan, nas suas propostas, sempre coloca como regras a questão ética e que, se eleito, vai governador com técnicos e não com foco político.” Sobre Júnior Friboi, o pré-candidato do PMDB a governador, Vaz diz que, se não houver uma ação muito forte de Iris Rezende, e não de seus prepostos, o empresário vai se consagrar como candidato. “Hoje, ele é o nome do partido para o governo.” O vereador nota que as vozes que apoiam Friboi têm mandato, enquanto Iris tem sido defendido por políticos que não têm mandato, ou seja, que não estão na política. “A situação de Iris é muito difícil.” Quanto a Antônio Gomide, o pré-candidato do PT a governador, Vaz avalia que seu partido puxou-lhe o tapete. Ao sugerir que sua candidatura depende de alguma coisa, de acordos nacionais, por exemplo, a cúpula partidária estaria dizendo que ele pode não ser candidato. Mas Vaz diz que uma unificação em torno de Gomide garantiria um candidato forte. “Mas o PMDB não apoiará Gomide.” Nem parte do PT, a do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, quer compor com o prefeito de Anápolis. A respeito da reforma administrativa da Prefeitura de Goiânia, Vaz diz que é preciso analisá-la com cuidado. “Em 2013, Paulo Garcia reduziu o número de cargos comissionados de 2000 para 1.150. No entanto, a despesa saltou de 800 mil reais para 2,1 milhões por mês. Outro problema é que, na Prefeitura de Goiânia, há 44 pessoas com status de secretário. No Mutirama havia nove diretorias. A Comdata, embora em processo de liquidação, consumiu 205 mil reais com folha de pagamento em fevereiro. É impressionante, mas o liquidante conta com 32 funcionários.” Vaz vai disputar mandato de deputado estadual. Martiniano Cavalcante, também da Rede Sustentabilidade, deve ser candidato a deputado federal.