A paralisação começou com uma Medida Provisória encaminhada ao governo que cria prerrogativas políticas para o cargo de delegado e o transforma numa espécie de “policial-juiz

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Foi determinado o fim da greve em todo o país em um reunião na última terça-feira (21/10) entre os 27 sindicatos regionais da Federal Nacional dos Policiais Federais (Fenapef). A decisão foi aprovada por conta da intervenção do ministro interino da Casa Civil, Valdir Simão, e do ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini. Os representantes firmaram o compromisso de solucionar a crise da Polícia Federal.

A greve foi motivada por uma Medida Provisória encaminhada ao governo que cria prerrogativas políticas para o cargo de delegado e o transforma numa espécie de “policial-juiz”. Os policiais afirmam que esta mudança tira a autoridade e a perspectiva profissional dos demais cargos policiais.

“A suspensão da greve mostra que o movimento sindical da Polícia Federal é apartidário e justo. Só queremos trabalhar em paz e sermos reconhecidos pelo nosso esforço e dedicação”, disse o presidente da Fenapef, Jones Borges Leal. Ele também defende a criação de uma Lei Orgânica para os policiais. “Estamos há quase seis anos com salários congelados e nossas atribuições são realizadas na informalidade, pois não temos uma.”

Em comunicado, os policiais afirmam que o governo federal demorou para perceber os efeitos de uma “péssima gestão” da Polícia Federal e seus impactos para os servidores e para a sociedade.

Na segunda-feira (20), a Polícia Federal havia informado a paralisação de atividades por 72 horas na quinta-feira (23) e sábado (23).