Em meio a diversas críticas à presidente Dilma Rousseff (PT) por sua atuação tanto como presidente quanto como candidata, ele também teceu vários afagos aos goianos e garantiu que será eleito no próximo domingo (26/10)

Em um de seus últimos compromissos eleitorais antes do segundo turno das eleições, o candidato Aécio Neves (PSDB) esteve brevemente em Goiânia em um comício de sua campanha e do governador Marconi Perillo (PSDB), realizado na Praça Cívica nesta terça-feira (21/10). Em meio a diversas críticas à presidente Dilma Rousseff (PT) por sua atuação tanto como presidente quanto como candidata, ele também teceu vários afagos aos goianos e garantiu que será eleito no próximo domingo (26/10).

“Essa é a última viagem que faço antes de amanhã estar na minha terra, que é Minas Gerais, e depois sigo para o debate final no Rio de Janeiro, mas considero essa minha última viagem de campanha”, disse o senador mineiro. “Não é à toa que a faço em Goiás. Tenho por Marconi Perillo um enorme respeito e faremos uma extraordinária parceria a partir do ano que vem.”

Ao lado de Marconi e de outros nomes da gestão goiana em Goiás, Aécio destacou, principalmente, os avanços da educação no Estado, afirmando que os bons índices obtidos neste ano no Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico (Ideb) servem de “lição” para o Brasil. “Goiás demonstrou que com planejamento e valorização dos professores é possível elevar rapidamente o nível da educação.” Lembrando que Goiás lidera os indicadores no Ensino Médio e Minas Gerais os do Ensino Fundamental, o tucano ressaltou que os dois Estados devem “inspirar” as demais unidades da federação.

Apesar dos elogios, chegando inclusive a dizer que estava em um “chão sagrado”, Aécio foi evasivo quando questionado se contaria com goianos em sua equipe de governo. Disse apenas que teria a honra de estar “cercado por goianos”, pontuando que no Estado há pessoas altamente qualificadas, como o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, por quem nutre grande respeito.

O presidenciável aproveitou a ocasião também para criticar a candidata petista, que, segundo ele, baseia sua campanha em mentiras e, assim, tem promovido o que qualificou de “uma das campanhas de mais baixo nível da história”. Aécio afirmou ter uma “vida honrada” e assegurou que, ainda que continue a manter o foco em propostas para o governo, responderá a todos os ataques no mesmo tom.

“Sou o candidato daqueles que se indignam com as denúncias de corrupção que não cessam, com a incapacidade do governo de melhorar seus indicadores sociais, as obras que jamais terminam, e muitas delas com o sobrepreço que vem se transformando em sua principal marca. O Brasil merece um governo decente, um governo eficiente, qualificado”, declarou.

Entre as propostas apresentadas, ele destacou a segurança pública ao afirmar que impedirá o contigenciamento dos recursos para o setor, intensificará o controle das fronteiras e promoverá mudanças na área penal. Para a educação, Aécio garantiu que não pretende privatizar as universidades federais, e sim valorizá-las.

“A meu ver [o governo atual] age muito pouco na qualificação das universidades. Nós saímos da lista das 100 mais no mundo e temos que retornar”, disse, citando a valorização dos professores, expansão dos campi para locais que ainda não tenham sido contemplados e a vinculação dos cursos com a realidade de cada uma das regiões. “Temos que formar profissionais para atuar na região onde eles vivem. Isso é essencial até do ponto de vista social”, sustentou.