“The Wall Street Journal” disse que ex-ministra entrou de forma “extraordinária” em uma das eleições mais acirradas desde a redemocratização

marina silva
A campanha de Marina Silva retrocedeu de forma “dramática sob uma avalanche de propagandas com ataques agressivos”

A ex-candidata à presidência da Republica Marina Silva (PSB-REDE) defendeu em entrevista ao “The Wall Street Journal” que o péssimo estado da política brasileira a motivou a apoiar Aécio Neves (PSDB) neste segundo turno, que ocorre no próximo domingo (26/10). No entanto, antes de declarar seu apoio, a ex-candidata negociou questões fundamentais para ela, como a redução do desmatamento e reformas políticas.

Segundo o jornal americano, Marina ingressou de forma “extraordinária” em uma das eleições mais acirradas desde que o país retomou o caminho democrático, em 1985. Ela entrou tardiamente na disputa a presidente ao substituir o candidato Eduardo Campos (PSB), que morreu em um acidente de avião. Em certo momento, as pesquisas eleitorais a colocaram dez pontos à frente da atual presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT).

No entanto, sua campanha retrocedeu de forma “dramática sob uma avalanche de propagandas com ataques agressivos”. O tucano se beneficiou de sua queda e conseguiu ir para o segundo turno.

Para conquistar o apoio de Marina, que obteve 21% dos votos no primeiro turno no último dia 5, Aécio prometeu políticas de preservação do meio ambiente, além de afirmar que vai promover reformas políticas, como o fim da reeleição. Para a ex-candidata, nem todos seus apoiadores vão votar no tucano. Mas seu apoio pode dar a ele uma vantagem em uma eleição apertada.

No rescaldo de uma campanha dura, Marina afirmou estar comprometida com a tentativa de mudar o Brasil, mas disse que não precisa ser presidente para isto. “Meu objetivo não é ser presidente da República, o meu objetivo de vida é que o mundo seja um lugar melhor, que o Brasil melhore”, completou.