Reportagens

Empresário não saiu completamente do processo eleitoral deste ano, e está articulando a melhor forma de se vingar do tombo que o líder lhe deu

Importante termômetro de insatisfação popular em relação à classe política, o índice de votos anulados pode aumentar em relação aos pleitos anteriores

Secretário de Finanças, Wagner Alves quer obter mais recursos aumentando o número de emplacamentos no município

Após estudo, OAB comprova a inconstitucionalidade da lei municipal que obrigava o pagamento dos 10% aos garçons

Em pouco mais de dez anos, 50 novas aeronaves de asas rotativas foram homologadas no Estado. Acidentes, como o que matou o ex-jogador Fernandão, têm se repetido em território goiano

Economistas apontam para um momento ruim no ano que vem. Assim, quem vencer as eleições de outubro precisará iniciar reformas severas para conter crise prevista

Torcer para a Seleção Brasileira diante de uma Copa do Mundo que dilapida o País é como comprar droga na boca de fumo da esquina e fazer de conta que esse ato não financia o tráfico

Idealizada por pesquisadores da USP, com o apoio da ONU, a criminalização da palmada tem como objetivo abolir o pátrio poder, impondo às famílias a tutela totalitária do Estado José Maria e Silva O casamento, longe de ser uma expressão do amor romântico, é uma instituição do contrato social. A tradicional frase “enfim sós”, que os noivos se dizem mutuamente ao iniciar a lua de mel, não passa de uma figura de retórica. A rigor, desde o instante em que o casamento é celebrado, no cartório ou na igreja, os casais jamais ficarão a sós – a sociedade sempre estará entre eles. O casamento é uma espécie de triângulo social, formado pelos noivos que disseram “sim” e pela sociedade que lhes dirá “não” sempre que um deles quiser infringir o contrato social firmado diante dela. Mesmo quando se revela a própria chave da felicidade íntima, concretizando o amor romântico, o casamento nunca fecha totalmente suas portas à sociedade – ela está sempre espreitando o casal por meio das regras morais da religião, das leis civis do Estado e ou do legado familiar de cada um. Por isso, é natural que o Estado brasileiro, como qualquer outro Estado do mundo, queira se intrometer na vida dos casais. Essa intromissão é necessária devido aos filhos, que compõem o perfil da maioria das famílias. Por delegação da sociedade, o Estado, juntamente com outras instituições, tem o dever de zelar para que os filhos sejam educados e assistidos pelos pais até se tornarem capazes de cuidar da própria vida. No Brasil, a lei que deveria zelar pela saudável convivência familiar é o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), promulgado em 13 de julho de 1990. O problema é que ele não foi criado com o objetivo de fortalecer as relações familiares, prescrevendo deveres mútuos para pais e filhos, à luz dos costumes da própria sociedade; pelo contrário, o ECA é a principal arma dos movimentos revolucionários que usam o Estado capitalista para criar o utópico “homem novo” socialista. Prova disso é a chamada “Lei da Palmada”, que acaba de ser aprovada no Congresso Nacional e criminaliza os pais por uma simples palmada nos filhos.
Uma lei da universidade e da ONU
O Estatuto da Criança e do Adolescente, que se torna ainda mais nocivo com a Lei da Palmada, não foi pensado para atender os interesses da criança cordata, que respeita pai e mãe, mas para fazer as vontades do filho pródigo, que se rebela contra as normas familiares. O ECA não nasceu dos anseios legítimos da sociedade brasileira, mas de uma obsessão ideológica dos movimentos de esquerda com os menores de rua, que, a partir de meados da década de 1970 e até o final do século passado, tornaram-se a principal massa de manobra revolucionária, ocupando, na época, o papel de sementeiras de conflitos sociais que usuários de drogas e moradores de rua exercem hoje. Por isso, eu não fiquei surpreso nem indignado com a aprovação da “Lei da Palmada” pelo Congresso – o que me surpreende e indigna, de fato, é a sociedade não perceber que o Estatuto da Criança e do Adolescente já continha, em si, o ideário da “Lei da Palmada” e não se revoltar contra ele. Sem atacar diuturnamente o Estatuto, é impossível evitar a aprovação de leis como essa. [caption id="attachment_6475" align="alignleft" width="768"]

Psicólogos da USP escreveram projeto de lei
Ora, o mundo tem quase 200 países. Isso significa que, apesar de toda a pressão exercida pela ONU, menos de 10% das nações dedicaram leis especiais contra castigos físicos em crianças. O que a maioria dos países pune – e com toda razão – é o espancamento dos filhos pelos pais, algo que o Código Penal Brasileiro e o próprio Estatuto da Criança e Adolescente também já condenam. Além disso, nos países citados pelas pesquisadoras, os menores de 18 anos que cometem crimes violentos não costumam ser inimputáveis como no Brasil e não têm o rosto totalmente protegido nas reportagens que relatam seus feitos. Sem contar que raramente um país impõe tantas restrições ao porte de arma como no Brasil, fazendo com que os bandidos, menores ou adultos, se comportem com a máxima ousadia e detenham o monopólio da pena de morte no País. Impor a um caldeirão de violência chamado Brasil, com quase 200 milhões de viventes, as mesmas leis de aldeolas escandinavas com menos de 5 milhões de habitantes, como fizeram os pesquisadores da USP com a Lei da Palmada, é não ter o mínimo senso de proporção. O que as pesquisadoras da USP chamam de “luta mundial pela abolição dos castigos imoderados e moderados em criança” é, na verdade, uma minoritária guerrilha intelectual pela abolição do pátrio poder, colocando as famílias sob o poder totalitário do Estado. A força dessa guerrilha – que se tornou hegemônica no meio acadêmico – não resulta do apoio que desfruta na sociedade, mas das fartas verbas que recebe de ONGs, fundações internacionais e da própria ONU. Desde a redemocratização, o Brasil se tornou o laboratório preferencial dos arautos do homem novo, uma espécie de projeto-piloto em forma de país, no qual os ideólogos de esquerda testam suas leis revolucionárias, como a Lei da Palmada, sem levar em conta as culturas locais. Prova disso é que a primeira versão da Lei da Palmada, apresentada em 2003, não foi redigida pela deputada Maria do Rosário, mas por uma equipe de pesquisadores do Laboratório de Estudos da Criança do Instituto de Psicologia da USP. [caption id="attachment_6478" align="alignleft" width="736"]
Exército público de delatores profissionais
Esse projeto de lei do Executivo, que acabou aprovado na semana passada, é lobo em pele de cordeiro. Ao acrescentar três artigos ao Estatuto da Criança e do Adolescente, ele estabelece: “A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou tratamento cruel ou degradante, como forma de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los”. Em seguida, a lei define “castigo físico” como a “ação de natureza disciplinar ou punitiva com o uso da força física que resulte em sofrimento físico ou lesão à criança ou adolescente”. E define como “tratamento cruel ou degradante” a “conduta ou forma cruel de tratamento que humilhe, ameace gravemente ou ridicularize a criança ou adolescente”. Como se vê, a nova versão da Lei da Palmada, rebatizada casuisticamente de “Lei Menino Bernardo”, parece não oferecer nenhum perigo para as famílias. Quem pode ser a favor do “tratamento cruel ou degradante” de uma criança, expressão que mais se destaca quando se lê o primeiro parágrafo da lei? Ocorre que essa expressão entrou aí justamente para ofuscar a criminalização da palmada, que continua embutida na expressão “castigo físico”. Afinal, se “castigo físico” fosse apenas sinônimo de espancamento e não abarcasse também uma simples palmada, não haveria necessidade de acrescentar “tratamento cruel” ao texto. Além do mais, a lei ainda prevê que os direitos da criança nela previstos deverão ser objeto de ampla campanha e integrar os temas transversais dos Parâmetros Curriculares Nacionais do MEC. Ou seja, na interpretação da lei que será disseminada na sociedade, a definição prática de castigo físico vai abranger a palmada – algo que, sem dúvida, será corroborado pelo Ministério Público, ainda que um ou outro promotor, individualmente, possa pensar e até agir de forma contrária. Mas até isso será difícil, pois a lei também prevê que o profissional da saúde, da educação ou da assistência social, bem como qualquer pessoa que exerça cargo ou função pública, tem a obrigação de comunicar às autoridades competentes qualquer suspeita ou confirmação de castigo físico de uma criança, sob pena de incorrer em multa que varia de 3 a 20 salários mínimos. Ou seja, a lei cria um exército público de delatores profissionais, que, com o tempo, irão consolidar a criminalização da palmada, ainda que ela não esteja explicitamente escrita no texto da lei. Em breve, cada filho será o senhorzinho do lar e teremos a paternidade análoga à escravidão. Alguns parlamentares, como o senador Magno Malta (PR-ES), não se deixaram enganar pela Lei Menino Bernardo e denunciaram o seu caráter subjetivo, que continua criminalizando todo tipo de castigo físico, mesmo uma leve palmada. E o deputado Pastor Eurico (PSB-PE) criticou a presença de Xuxa como madrinha da lei, lembrando o seu passado de protagonista do filme “Amor, Estranho Amor”, de Walter Hugo Khouri, em que protagoniza cenas de nudez com uma criança. Ditatorialmente, o partido de Eduardo Campos tomou as dores de Xuxa e destituiu o deputado da Comissão de Constituição e Justiça. O clima bananeiro em que foi aprovada a Lei da Palmada pode ser medido pela entrada de Xuxa Meneghel no plenário do Senado. Ela trazia pela mão um garoto que, depois, se revelou ser o neto do presidente do Senado, Renan Calheiros. Num acintoso desrespeito aos rituais da República, o menino foi posto sentado à mesa diretora da Casa, entre o avô e Xuxa, como se o Brasil fosse uma monarquia, em que o poder se transmite hereditariamente e não há distinção entre o público e o privado. A transformação do neto de Renan Calheiros numa espécie de reizinho da República é reveladora da miséria moral reinante – simboliza a privatização da coisa pública e a estatização da vida privada, numa mistura que relembra a Itália fascista de Benito Mussolini. A Lei da Palmada já é consequência dessa indistinção entre um Estado cada vez mais possuído pelos grupos organizados e uma sociedade cada vez mais destituída de vida privada. É como se os bedéis do Estado, que batem ponto burocraticamente nas repartições, pudessem cuidar da educação de todas as crianças brasileiras – uma missão que exige dos pais de carne e osso enormes sacríficos, inclusive em madrugadas insones, quando velam pela saúde e o bem-estar de seus filhos.Duplo grau de jurisdição na família
Os intelectuais bem-nascidos querem aplicar a todo mundo os seus próprios princípios de vida, sem levar em conta as circunstâncias em que vivem os destinatários de suas leis utópicas. O ideal é que uma criança jamais precise levar sequer uma palmada e aprenda a obedecer a um simples olhar. Mas esse é um ideal, que nem sempre pode ser posto em prática, especialmente nas classes mais pobres, em que a vida é muito dura, e os pais, machucados pela própria desesperança, nem sempre são capazes de dialogar com os filhos, depois de mais uma dura jornada de trabalho, em que enfrentam ônibus lotados para voltar ao barracão minúsculo onde a família se amontoa. Em famílias assim, uma palmada, um beliscão, um cascudo são quase inevitáveis e chegam a ser uma forma de diálogo, uma espécie de rude carinho físico entre pais e filhos, especialmente em famílias arcaicas em que beijos e abraços são raros ou inexistem. Uma pesquisa do próprio Laboratório de Estudos da Criança da USP mostrou que mais de 70% desses castigos físicos são aplicados pelas mães – um fator de desespero para os pesquisadores uspianos, que, volta e meia, promovem palestras, exibição de filmes, apresentações de teatro, concursos de desenhos e várias outras atividades educativas tentando evitar que as mães distribuam palmadas em seus rebentos. Eles nem se dão conta de que as famílias, instintivamente, criam e aplicam uma sábia justiça doméstica que reproduz um dos pilares do processo civilizatório – o duplo grau de jurisdição. A mãe, pelo fato de ficar mais tempo com o filho e, sobretudo por tê-lo carregado no ventre, tende a ter com ele uma relação muito mais emotiva, consequentemente mais fadada à impaciência, aos ralhos, às palmadas. Mas, como diz o provérbio, pé de galinha não mata pinto. Prova disso é que mal acaba de levar uma palmada da mãe, a criança já busca o seu colo para chorar, como se a palmada fosse o prenúncio do carinho. Só quando essa primeira instância da justiça familiar não surte efeito, é que entra a segunda instância – a justiça paterna. Mas o pai, ao contrário da mãe, deve ter maior distanciamento e evitar o castigo físico. Como sabiam os antigos, a mão do pai é pesada. Ele é o juiz de segunda instância, que só deve interferir nos casos mais graves, fazendo valer sua autoridade com um olhar severo, uma palavra firme e, no mais das vezes, com sua simples presença. Quando o pai precisa castigar fisicamente o filho, é porque esse duplo grau de jurisdição familiar está falhando e, nesse caso, sim, a criança tem grande chance de se tornar um filho rebelde, malcriado, às vezes um adulto traumatizado e sem rumo. A Lei da Palmada, ao proibir todo tipo de castigo físico, inclusive quando praticado afetivamente pela mãe, acaba com esse sábio sistema de pesos e contrapesos entre mãe e pai, privando a criança de seu primeiro e educativo contato com a Justiça – que é, antes de tudo, uma hierarquia moral de valores, em que a severidade das sanções é graduada pela gravidade dos atos. Ao desconsiderar essas nuances das relações familiares, a Lei da Palmada chega a desumanizar a criança, como se ela não passasse de um corpo sem alma, cujo maior sofrimento é a dor passageira de uma simples palmada.
Em sua 10° edição, evento apresenta tendências e oportunidades de negócios, contribuindo com a economia do Estado
Yago Rodrigues Alvim
O Centro de Convenções de Goiânia recebe, de 31 de julho a 3 de agosto, a 10° edição da Feira do Empreendedor, realizada pela seccional goiana do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-GO). O objetivo da Feira é fomentar o empreendedorismo e contribuir, diretamente, com o processo contínuo de crescimento econômico do Estado. Além de parceiros, empreendedores, do Estado e no Brasil, com espaço no mercado, por suas inovações, participarão como expositores, na Feira.
Bruno Carneiro é empresário. Suas empresas, Raddar Digital Media e Index Mídias Alternativas nasceram e se consolidaram. Em 2000, no intuito de desenvolver websites, Bruno criou a Raddar. A ideia inicial de um site de pesquisa não funcionou, e cresceu para uma agência. “Pode-se considerar que, hoje, somos vovôs”, brincou, sobre os 14 anos de vida, algo valioso para uma agência de web. Com implementação de outras ferramentas, a empresa atua, recentemente, com o marketing digital e soluções para empresas diversas, através da internet.
[caption id="attachment_6458" align="alignleft" width="385"] Bruno Carneiro expõe suas duas empresas, Raddar e Index, na Feira do Empreendedor, mostrando
que a inovação merece apostas | Foto: Arquivo Pessoal[/caption]
“Teve uma evolução muito grande nessa área e culminou em várias empresas afins”, disse. Com o Sebrae, fez parcerias. Ele fala sobre a linha Sebraetec, promovendo ações aos clientes do Serviço, na área de inovação e tecnologia. Já a Index nasceu há três anos, com o intuito de trazer uma nova modalidade de mídia interna, a chamada “Tv corporativa”. Ela pode ser utilizada de duas maneiras, explicou: para veiculação de mídia de clientes externos, dentro de ambientes internos – academias, salões de beleza, por exemplo; e como comunicação direcionada a colaboradores, um canal fechado da empresa, transmitido por televisão, para veiculação de anúncios, publicidade com um determinado público-alvo.
Essas ideias que consolidaram e empreenderam, ganhando espaço no mercado goiano, serão expostas na Feira do Empreendedor. Com Bruno, será pela terceira vez. A feira está em sua décima edição. Porém, será a primeira vez que ambas as empresas participarão do evento. “A feira é interessante, pois, atrai novos e já consolidados empreendimentos. Tem um olhar peculiar. O Sebrae tem um grande nome e, ao expormos nosso produto, associado a esse olhar, conseguimos demonstrar nossas novas tecnologias ao mercado.”
A Raddar é exemplo de uma ideia inovadora e arriscada para a época. O mercado para criação de sites não era tão estável como hoje. E, assim, se constitui como um caminho para os novos expositores que têm essa característica, valorizada pelo serviço, de inovação. “Passamos por dois, três anos com muitas tentativas e as pessoas não acreditavam no produto. Somos jovens e inovadores e queríamos aplicar essa tecnologia, que já era proposta em outros países. Depois de cinco anos, começou a mudar a demanda, pois a internet começou a fazer parte do dia a dia das pessoas. Os bancos, as redes sociais contribuíram para isso. Com as redes houve uma explosão. Há um acesso contínuo. Hoje, como essa tecnologia está nos smartphones, se carrega a internet para todo lado. A batalha surgiu, foi difícil. Mas hoje a internet está bem consolidada. É um mercado crescente, imaturo, por estarmos aprendendo a lidar com ele e, ainda assim, gera muito resultado para as empresas contratantes”, explicou sobre a jornada.
Já sobre a oportunidade, ele ressaltou que expor novos produtos é bom para demonstrar, aos novos empresários, a capacidade de inovar. É este o tema do Sebrae, aliado ao melhor resultado à quem procura. “Temos novas tecnologias, novas ações” e existe a possibilidade de todos terem, o público, acesso a elas. A empresa, no mundo virtual, se bem estruturada, pode ser pequena ou grande que compete de igual para igual, explicou. Há uma democratização. O site de busca Google propiciou isso. “Se for uma empresa pequena, mas bem organizada, ela consegue disputar no mesmo mercado”, pontuou. A Raddar constata isso. São mais de mil sites publicados, além de assessoria em comunicação digital a tantas outras empresas.
Outros nomes
Ainda na área de Tecnologia da Informação (TI), atua o empresário Adriano Rocha. Ele criou a Siac Sistemas. É uma empresa com mais de 20 anos no mercado, atuando no desenvolvimento de softwares. A especialidade é um software para distribuição de medicamentos. Os outros são destinados à área comercial, prestação de serviços. Neste ano, Adriano falou sobre o desenvolvimento de gestão comercial para micro e pequenas empresas, na nuvem – um sistema web. “É um sistema acessado por qualquer dispositivo móvel – tablet, smartphone, notebook, por exemplo – e a solução contempla, também, a hospedagem de dados em datacenter próprio. O software tem uma característica de não limitar o número de usuários, acesso, emissão de boleto ou nota fiscal. O cliente loca, contrata e já tem disponível o uso do dispositivo”, explicou Adriano, seu produto. A participação na feira é para divulgá-lo. Assim, quem busca estruturar ou incrementar seu negócio, fazê-lo crescer, tem essa novidade. Adriano comenta, também, sobre a possibilidade de encontrar parceiros na feira e sobre a estratégia de certificar canais de negócios, por ser especialista em treinamento e implantação, em suporte aos clientes. “É uma oportunidade a quem quer construir seu negócio com tecnologia nas nuvens”, disse sobre a assistência. Assim, ressalta-se a importância da troca de informações, de conhecimentos, para agregar, com a feira. “Divulgaremos para empreendedores e levaremos oportunidade de negócios para quem quer uma parceria”, disse, complementando: “A nossa solução é uma solução agregadora. Levaremos um conjunto de ferramentas, para que não só implante soluções, mas rentabilize seu negócio”. Adriano é exemplo de uma empresa que tem experiência na gestão de negócios e com o estudo de mercado, das micro e pequenas empresas, pretende contribuir com o público-alvo da feira. “A expectativa é grande, pois é uma inovação.” Em outra área atua Mirian Florêncio. Ela sempre teve o sonho de passar seu conhecimento em estética para outras empresas. Por isso, o intuito de criar uma franquia de alongamento de cílios e design de sobrancelhas, com seu diferencial: a técnica que desenvolveu ao longo de 27 anos de mercado. “É um sonho, que está se realizando e se estruturando em uma franquia, para que atenda com qualidade os clientes” explicou Cladson Viana, que trabalha com Mirian na franquia Floren Cílios e Cia. [caption id="attachment_6460" align="alignleft" width="300"]
Proposta
A Feira do Empreendedor compõe um circuito nacional, coordenado pelo Sebrae nacional. Em Goiás, o evento, que é bienal, está em sua décima edição, todas realizadas no Centro de Convenções. O objetivo, da feira, além de capacitar, desburocratizar processos, é oferecer acesso ao crédito, tecnologia, conhecimento para o público-alvo do Sebrae – potenciais empresários e empreendedores, microempreendedores individuais (MEI), empresários de micro e de pequenas empresas e produtores rurais, atendidos por soluções, ofertadas pelo Serviço. A feira é aberta às pessoas com intenções de negócios e a quem quer abrir ou já tem um negócio oficialmente constituído. “Mercado, estratégia, plano de negócio, gestão profissional, vivências de negócios, mapa de oportunidades e pesquisa são os pilares que o público encontrará na Feira do Empreendedor em Goiânia”, contou o diretor superintendente do Sebrae-GO, Manoel Xavier Ferreira Filho. Todo o escopo do evento foi desenvolvido a partir das necessidades dos clientes em Goiás. A Feira do Empreendedor tem esse objetivo de fomentar a criação de um ambiente favorável para geração de oportunidades de negócio e estimular o surgimento, a ampliação e a diversificação de empreendimentos sustentáveis, além de difundir o empreendedorismo como um estilo de vida. [caption id="attachment_6459" align="alignleft" width="241"]
e a sustentabilidade dos pequenos negócios” | Foto: Edmar Wellington[/caption] Nesta edição, o Sebrae elaborou um estudo sobre as tendências de consumo em Goiás. Do resultado, foram extraídas 18 macrotendências. E, vinculados a essas macrotendências, foram selecionados 70 atividades, negócios prioritariamente para se exporem na feira. O planejamento e a estruturação do evento teve como base esse estudo. Além dessas 70 empresas, de diversas regiões do país, que ampliam as possibilidades oportunas de negócios para o mercado goiano, com sua exposição de ideias, soluções, produtos e equipamentos (considerados inovadores), na feira haverá uma área de formação, com orientações e capacitações técnicas, informações institucionais, do Sebrae e de outros parceiros, que impactam na tomada de decisão do empreendedor e do empresário.
Prospecções
Esses expositores são prospecções de todo país. Há empresas goianas entre eles, com suas soluções e produtos inovadores, que podem ser disponibilizado para os demais empreendedores e empresários visitantes da feira. Em sua maioria, são de outras regiões do país. As tendências significam áreas propícias para negócios oriundos, por exemplo, da internet e conectividade. Há as novas profissões, ligadas à prestação em serviço; outro exemplo, o desenvolvimento de aplicativos para internet; um terceiro negócio, desenvolvimento de jogos eletrônicos; ou digitadores de documentos. Outra tendência é a de mercado pet. Para os negócios, existem as possibilidades de táxi pet ou hotel pet e, ainda, adestramento de cães. Outra tendência é a do envelhecimento populacional, cujas possibilidades são lojas retrôs, condomínios residenciais com foco nessa faixa etária, academias de ginástica para melhor idade, lojas de vestuário especializadas, entre outras. Além das três tendências exemplificadas, há Consumo Consciente e Sustentabilidade, Saúde e Beleza, Economia de Tempo e Praticidade, Consumo em Nichos de Mercado, O Atual Mundo das Crianças e dos Adolescentes, O Poder da Mulher no Mercado, Casais sem Filhos, Mercado Single, Trabalho e Qualificação, Busca da Espiritualidade, Consumo das Classes Emergentes, (In)Segurança, Morar Bem, Franquias e Agronegócios.Parcerias
Na Feira do Empreendedor haverá um stand exclusivo para as entidades que compõem o Sistema S, onde divulgarão seus produtos, suas soluções disponíveis no estado de Goiás. O Sistema S é composto pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e Serviço Social da Indústria (Sesi); pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e Serviço Social do Comércio (Sesc); pelo Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Sest/Senat) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). Em outra linha, algumas entidades realizarão capacitações, em locais distintos. O Senai e o Senac, cada um, terá um espaço para oficinas. O Senar realizará palestras e, com o Sebrae, o encontro com filhos de produtores rurais, sobre a sucessão familiar, dentro das propriedades rurais. É um programa que trabalhará a gestão profissional da propriedade rural – com esses filhos. O Senac também realizará palestras. Ou seja, há esse espaço coletivo de divulgação e outro para capacitação, com palestras e encontros. A Feira é composta de 140 espaços. A entrada principal para a feira é pela Rua 4, no Pavilhão Azul, do Centro de Convenções, que fica no setor central da capital goiana. Lá o público encontrará algumas parcerias nacionais, como Mercado Livre, Facebook, Market Up, que auxiliarão a formatar páginas, na internet, para venda de seus produtos de suas empresas. É um auxilio gratuito. No primeiro piso, os visitantes encontrarão o Centro Sebrae de Sustentabilidade. São soluções do Serviço disponível em todo Brasil, com o fim de levar expertises para as empresas, na redução de custos, com foco na sustentabilidade – todo processo com redução de desperdício, dentro da empresa. Haverá uma área de atendimento, inclusive com a presença de alguns parceiros. Por exemplo, o Vapt Vupt Empresarial. Será segmentado: um espaço para os visitantes que querem abrir um negócio e para os que já têm um negócio aberto, cuja orientação técnica, assessoria, estará disponível para sanar as dúvidas desde a área de marketing, recursos humanos, área de comércio exterior e outras, em 20 pontos de atendimento, com especialistas. Ainda no primeiro piso, haverá um espaço para os MEI. Informações, orientações, palestras específicas serão oferecidas. Além do Sebrae, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Secretaria da Fazenda, Corpo de Bombeiro estarão presentes nesse espaço. Pois, se um MEI quiser se formalizar, dentro da Feira, ele poderá e, assim, já pode contar com as entidades, para sanar dúvidas e dar informações. Outro espaço se chama “Acesso a Crédito e Serviços Financeiros”. Instituições financeiras, como Goiás Fomento, Banco do Povo, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e o Santander, que tem linhas de crédito específico para esse público atendido pelo Sebrae, do MEI à Pequena Empresa. Algumas lojas-conceito, como Loja do Vestuário e Loja da Beleza, estarão como vitrines, para que os empresários possam se espelhar e estruturar, modelando suas empresas. O espaço Start Up é para o público específico de Tecnologia da Informação, já citada TI. Ações simultâneas sobre empreendedorismo digital, com maratonas de negócios, mentorias e palestras – mais de 20 especialistas no assunto, de renome nacional e, também, goianos que fazem sucesso Brasil afora. Educação Empreendedora é um stand com exposição de soluções, para o estímulo do comportamento empreendedor dos estudantes do ensino médio, técnico e universitário. Será demonstrado, especialmente, para os dirigentes das escolas. “Quais as soluções que o Sebrae tem e podem ser desenvolvidas junto aos professores dessas instituições?”, indagou o gestor da Feira do Empreendedor, Marcos Fernando Passos. Isso, para que chegue aos estudantes esse conceito, através das disciplinas. Outro ambiente é Empreendedorismo do Futuro, com o foco em crianças de 6 a 13 anos de idade. Serão desenvolvidas atividades lúdicas e interativas sobre o tema. “Não é uma brinquedoteca. É um espaço que trabalhará de maneira bem lúdica, com essa faixa etária”, explicou. Uma companhia teatral apresentará peças rápidas, até 15 minutos, sobre o assunto. Ainda no primeiro piso, serão realizadas as cinco rodadas de negócio, com o intuito de promover reuniões de negócio, entre grandes compradores e ofertantes de micro e pequenas empresas. Há toda uma metodologia, contou Marcos: uma equipe do Sebrae está contatando empresários do Setor e grandes compradores. O conceito da rodada é promover reuniões de negócios entre grandes compradores e ofertantes, de micro e pequenas empresas. São empresas de Franquias, Confecções, Agronegócios e Turismo. Por exemplo, dos grandes compradores, os supermercados Pão de Açúcar, Extra e Carrefour, dentre outros. “Todo o segmento está sendo convidado para participação dessa rodada”. Quem deseja participar deve se inscrever, previamente, junto ao Sebrae.Cerrado
No piso superior, as exposições compõem o espaço Cerrado. Haverá sete stands para os patrocinadores do evento, alguns já foram fechados, como Secretaria de Indústria e Comércio do Estado, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Correios e o Senar. Há, também, a Economia Criativa, dividida em três grandes áreas: exposição dos Circuitos Turísticos de Goiás, Passarela da Moda – com desfiles de peças criadas, exclusivamente, para Feira; oriundos dos polos de confecção dos municípios de Taquaral, Pontalina, Jaraguá e Goiânia – e a Exposição de Artesanato, com os premiados no Top 100, do Sebrae. Nesse ambiente ainda terá o stand do Sistema S, citado acima, e as capacitações realizadas por essas parcerias e de entidades de crédito, como o Banco do Brasil, Caixa e outros. São mais de 200 capacitações do Sebrae e parceiros. Além disso, haverá palestras magnas, como foco em empreendedorismo e inovação, no Auditório Lago Azul, com capacidade de 650 pessoas sentadas. Já estão confirmados alguns nomes. No primeiro dia da feira, o palestrante Walter Longo, autor dos livros “Tudo que você queria saber sobre propaganda e ninguém teve paciência de explicar” e “O Marketing na Era do Nexo”, palestrará sobre “Empresa do Futuro - como ampliar suas chances de sucesso”. No segundo dia, o designer Marcelo Rosenbaum falará sobre “Inovação - um despertar para o empreendedorismo criativo”. No mesmo dia, o administrador Max Gehringer também palestrará. Seu tema é “O Mercado de Oportunidades para o Jovem do Campo”. Já Marcos Fava Neves palestrará sobre as “Perspectivas do Setor Agropecuário para os Próximos 10 anos”. No penúltimo dia da feira, o jornalista Caco Barcellos vai falar sobre “Profissão Empreendedora”. “Os palestrantes são uma atração a mais para a feira. Toda a feira é uma atração, pois, são espaços diferentes, com temáticas diferentes e inovadoras para o mercado goiano. Em todos os espaços teremos atividades inovadoras que chamarão a atenção do público visitante”, afirmou o gestor. No total são cinco rodadas de negócios, mais de 200 capacitações, com uma expectativa que mais de 4 mil empreendedores tenham atendimento técnico e específico e que passe mais de 10 mil visitantes pela feira. Ainda, há 60 oportunidade de negócios, mais de 21 espaços destinados a parceiros, 16 salas de capacitação, 16 espaços para economia criativa e 6 patrocinadores distribuídos em mais de 10.000 m², de área ocupada. “A feira é um espaço onde negócios podem ser criados ou reinventados. A Feira do Empreendedor cumpre com a missão do Sebrae de disponibilizar soluções para promover o empreendedorismo, o desenvolvimento e a sustentabilidade dos pequenos negócios”, ressalva Manoel Xavier, para que a população visite e possa usufruir da possibilidade de tornar seus sonhos e desejos profissionais, das diversas áreas, realidade.Candidaturas de Vanderlan Cardoso, PSB, e Antônio Gomide, PT, convivem no eixo oposicionista e dividem o mesmo drama: baixa densidade eleitoral e isolamento
Afonso Lopes
Não está nada fácil a vida de dos candidatos oposicionistas em Goiás. No PMDB, Júnior Friboi se cansou da guerra contra Iris Rezende e tirou o time dele de campo, mas o sobrevivente enfrenta uma violenta divisão interna que não lhe permite ter a menor confiança na militância partidária. Solidariedade e PDT ensaiaram alguns passos rumo a um acordo que envolvesse também o DEM, mas as conversações não evoluíram além das intenções iniciais. Antônio Gomide, do PT, e Vanderlan Cardoso, do PSB, precisam diariamente reafirmar a posição de candidatos, e insistirem que não vão desistir.
O problema de Vanderlan é o mesmo de Gomide. Ambos são bons candidatos, tem discursos afiados, alguma experiência política, mas estão hoje com a mesmíssima musculatura que estavam às vésperas de se definirem candidatos. Vanderlan tem até um pouco menos, já que no início mantinha boas perspectivas de ter o PDT em sua coligação. Hoje, essa possibilidade é nula. Ele permanece apenas com o seu PSB, além dos nanicos PRP e PSC. Gomide não perdeu nada desde o momento em que resolveu abandonar três anos de mandato como prefeito de Anápolis. Mas nem isso serve de consolo. Ele não perdeu apoio porque só conta com o seu PT, e mais nada.
É certo que o quadro atual poderá sofrer mudanças de agora até o final deste mês, quando se encerra o prazo final para a realização das convenções partidárias. O sonho dos petistas é juntar e repetir em Goiás a base da aliança da presidente Dilma Roussef. É apenas um sonho. Inúmeros partidos que estão com Dilma em nível nacional formam a base aliada estadual liderada pelo governador Marconi Perillo, como o PSD e o PTB. Nem mesmo o PCdoB, velho aliado automático dos petistas, inclusive no plano federal, fechou com o PT de Gomide. Antes, os comunistas integravam o exército de Friboi. Hoje, se declaram abertos às negociações com todas as candidaturas.
Vanderlan surgiu no cenário eleitoral deste ano no rastro produzido nas eleições de 2010, quando colheu mais 16% dos votos válidos. Mas esse Vanderlan que aí está é nanico em comparação com o Vanderlan 2010. Além de não ter mais apoio do Palácio das Esmeraldas, como teve, ele ficou sem PP e PDT, e não conseguiu agregar nada. A única coisa que ele conseguiu manter até aqui é a perspectiva de votos, na mesma faixa da eleição de 2010, conforme as pesquisas mais recentes.
Não deslancham
Em tese, Vanderlan e Gomide não deslancham, mas também não perdem substrato eleitoral. Já é um lucro enorme, sem dúvida. No mínimo, eles já conseguiram chegar às vésperas das definições partidárias com direito a se sentarem à mesa de negociações. Mas não há o que oferecerem aos demais parceiros do campo oposicionista. Antes de se lançarem candidatos, havia muita expectativa sobre o desempenho que eles alcançariam nas pesquisas eleitorais, ou pelo menos na militância pessoal. Deu chabu. Gomide, que entrou na corrida por último, no início de abril, está do jeito que estava. Vanderlan também não vai nem pra frente e nem pra trás. Por si só, isso seria ótimo, se eles estivessem com porcentuais suficientes para reivindicarem apoio dos demais parceiros de oposição. Gomide, por exemplo, mal conseguiu chegar aos dois dígitos nas pesquisas. É muito pouco para convencer outros partidos a apostarem em seu nome. Como não mostram poder de atração, o PMDB de Iris Rezende tenta atraí-los para resolver os próprios problemas internos. A passagem de Friboi pelo processo de afunilamento interno peemedebista resultou numa das profundas e intensa divisão interna. O que, por sinal, tem interferido na construção de certa perspectiva de poder de Iris Rezende. Essa perspectiva é fundamental para o peemedebista amenizar os problemas internos. Então, sem condições de avançar internamente, ele procura uma ponte nos vizinhos de oposição, Vanderlan e Gomide, o que termina por minar os esforços deles para crescer. Para Vanderlan e Gomide, a aproximação do prazo final das definições partidárias soa como hora da verdade. Eles precisam urgentemente crescer, se não nas pesquisas, ao menos politicamente, agregando aliados. É isso, crescer, ou conviver com a ameaça que a praia passou a representar para ambos.
Falar de física quântica virou moda. Porém, poucos sabem sobre o que ela pode realmente alterar a vida moderna — ou em como seus conceitos de fato podem ser realocados em outras áreas do conhecimento
Fabricar, comercializar, distribuir e veicular emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda com símbolos que remetam a discriminação de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional prevê pena de até três anos de reclusão
Frederico Vitor
No início deste ano, garçom de um restaurante de comida japonesa, localizado no Bairro da Liberdade, em São Paulo, foi fotografado usando um polêmico emblema em seu uniforme de trabalho. A fotografia caiu na internet e gerou grande repercussão nas redes sociais. O ornamento bordado na camisa do funcionário era uma cruz suástica sustentada por um águia, ou seja, um dos símbolos do Nacional Socialismo alemão, mais conhecido como partido nazista, grupo político de ideário ultranacionalista, xenófobo e racista de Adolf Hitler, que governou a Alemanha de 1933 a 1945.
Não demorou muito para que o caso fosse replicado maciçamente na rede mundial de computadores, e os donos do estabelecimento fossem chamados de racistas pelos internautas. A proprietária, uma imigrante sul-coreana, disse à imprensa que comprou os uniformes pela internet sem perceber a presença do controverso emblema. Ocorre que no Brasil usar ou divulgar qualquer símbolo de conotação nazista é considerado racismo, ou seja, crime inafiançável. Mas, de acordo com a lei, o autor da ofensa só pode ser considerado culpado se ficar provado que houve a intenção de fazer apologia ao nazismo.
De acordo com a Lei nº 9.459, de 13 de maio de 1997, no Brasil, se define em crime de preconceito de raça ou de cor, a fabricação, comercialização, distribuição ou veiculação de símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo. A pena é de dois a cinco anos de reclusão e multa. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, por meio de símbolos também se configura em atividade criminosa.
A constituição e o código penal não citam especificamente a suástica, mas usa a expressão “divulgação do nazismo”. A grande maioria dos símbolos antigos como a cruz gamada tem um senso de esoterismo em torno de si. O seu uso pelo partido nazista estigmatizou sua simbologia notadamente na cultura ocidental. Curiosamente, a insígnia tem sido sagrada em várias civilizações antigas em todo o mundo durante mais de 3 mil anos, representando a vida, sol, fogo, poder, força e boa sorte.
Na Índia, por exemplo, continua a ser um dos símbolos religiosos mais importantes, usado principalmente no budismo, no hinduísmo e no jainismo. Nesta última corrente religiosa, a suástica delineia o sétimo santo e os quatro braços que representam os lugares possíveis de renascimento: o animal ou planta, inferno, terra ou o mundo espiritual.
No budismo, a suástica representa a renúncia. Para os hindus, a insígnia simboliza a noite, a magia e a pureza. Por isso também é considerada como símbolo de boa sorte. A cruz gamada era um emblema para os arianos, uma das raças mais antigas que se instalou no Irão e no norte da Índia.
Os arianos se acreditavam superiores em relação aos outros povos. Uma vez que os nazistas consideravam ter raízes arianas, usaram a suástica como estandarte. Desta forma, a cruz gamada tornou-se um símbolo de violência, morte e assassinato. Após a Segunda Guerra Mundial, a suástica passou a ser associada com negatividade e ódio, sendo que sua difusão no sentido de apologia ao regime de Hitler é considerada crime em diversos países, inclusive o Brasil.
O diretor da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Goiás (UFG) e doutor em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFP) Pedro Sérgio dos Santos afirma que pelo princípio constitucional da liberdade de expressão, qualquer símbolo passa a ser proibido caso seja usado como instrumento de incitação ao ódio, racismo e discriminação religiosa. Caso um exemplar da suástica for usado dentro de um contexto pedagógico e informativo, como em livros de Histórias, palestras e aulas, não haveria nenhum problema. “Configura-se em crime racial o uso de qualquer símbolo quando for comprovada a atitude dolosa da situação.”
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Clodoaldo Moreira: “Pode, sem conotações ao racismo e injúria” | Foto: Arquivo Pessoal[/caption]
O advogado e professor de Direito da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) Clodoaldo Moreira dos Santos Júnior afirma que a utilização de símbolos relacionados ao nazismo, segundo a Constituição Federal, não é proibido desde que não haja apologia ao crime. Por exemplo, se a suástica for usada no incentivo de preconceito, racismo e injúria, até mesmo no contexto das redes sociais, é configurado como ação delituosa. “Um símbolo como a suástica sendo usado de forma isolada não tem caráter ofensivo. Para ser considerado crime, a insígnia deve ser acompanhada de dizeres e imagens de ódio.”

A tendência é de que o conjunto de realizações do governo comandado pelo tucano tenha ressonância na vontade do eleitor
Cezar Santos
O tucano Marconi Perillo lidera as pesquisas de intenção de votos para o governo estadual. A constatação é por demais sabida, mas cabe a reiteração por que volta e meia aparecem alguns levantamentos “mandraques” dando conta de que não é bem assim. Mas se Marconi lidera as pesquisas minimamente sérias, isso é o que menos deve preocupar a oposição.
O mais difícil para Iris Rezende (PMDB), Vanderlan Cardoso (PSB) e Antônio Gomide (PT) — será que esses dois últimos vão ser mesmo candidatos? É quase certo que um deles não deve ser, mas aguardemos — será convencer o eleitor a não votar em Marconi Perillo. Depois disso, aí sim, convencer o eleitor a votar neles — é bom registrar que há eleitor que convictamente não vota em certos candidatos, e Marconi também sofre rejeição de parte do eleitorado, mas não se trata desse eleitor que estamos referindo. E porque o eleitor deixaria de votar num projeto que está sendo executado a contento?
Afinal, Goiás sob o comando do tucano ostenta índices invejáveis tanto em realizações de obras físicas quanto em programas sociais. No tocante às obras, foi realizado um amplo programa de restauração de rodovias, justamente um dos motes que a oposição esperava contar para “bater” em Marconi, mostrando a situação precária de algumas vias, herança do desgoverno de Alcides Rodrigues. E além de restauração, o governo faz novas pavimentações.
E o que dizer do Hospital de Urgências da Região Noroeste de Goiânia (Hugo 2) que está praticamente concluído? A unidade vai desafogar o Hospital de Urgências de Goiânia, atendendo um amplo contingente daquela região, englobando dezenas de municípios.
O novo hospital terá Centro Cirúrgico com 22 salas e uma ala para pacientes com queimaduras, composta por 13 leitos, serviço que ainda não é oferecido pelo SUS no Estado. Serão investidos mais de R$ 50 milhões em equipamentos. O custo total da obra gira em R$ 140 milhões. O Hugo 2, por si só, é uma obra que marca uma administração.
O governo também reforma escolas num modalidade nova, repassando recursos para que as próprias comunidades escolares definissem as obras necessárias. E na quarta-feira, 4, o governo autorizou a construção, cobertura e reforma de quadras esportivas em 520 unidades. Investimento na ordem de R$ 116,6 milhões, sendo R$ 40,5 milhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e contrapartida de R$ 16 milhões do Tesouro Estadual, para atender 41 escolas com cobertura e reforma de quadras e 74 escolas com a construção de quadras.
Mais R$ 60 milhões de recursos próprios do Tesouro estão sendo repassados diretamente a 405 escolas para a construção de novas quadras, reformas e cobertura.
A diferença do governo também se estabelece nos programas sociais, como o Bolsa Universitária, que em 15 anos de existência já beneficiou quase 150 mil estudantes com bolsas parcial e integral. E o que dizer do Restaurante Cidadão, que fornece refeição a 1 real?
Além disso, Goiás comemora a terceira posição como gerador de empregos no Brasil. A confirmação se deu através de Índices do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), tabulados pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicas (IMB). Os números confirmaram que de 2010 até março de 2014 – na comparação da taxa de crescimento com outros Estados – Goiás foi o terceiro maior gerador de empregos neste período.
Alguém pode dizer que a segurança pública não está tão bem. Realmente, há problemas sérios nessa área. Mas qual cidade de médio e de grande porte no Brasil que não enfrenta problemas de segurança pública? A situação vem degringolando nos últimos dez anos, justamente por omissão do governo federal, que deixa para os Estados toda a responsabilidade. E mesmo aí o governo tem ações efetivas a mostrar, como a incorporação de voluntários para reforçar o policiamento ostensivo.
Diante desse quadro, como Iris, Vanderlan e Gomide vão dizer ao eleitor para não votar em Marconi? E não se está dizendo aqui das dificuldades políticas de cada um deles: a divisão autofágica do PMDB de Iris; a total falta de articulação e de nomes para compor chapas majoritária e proporcional de Vanderlan; o isolamento de Gomide, que ainda por cima terá sua campanha contaminada pelos maus resultados do companheiro Paulo Garcia na Prefeitura de Goiânia.
Eleitor gosta de resultados. E certamente ele sabe quem está produzindo resultados.
Goiás como bola da vez
“A bola da vez do Brasil é a Região Centro-Oeste e, dentro da Região Centro-Oeste, é o Estado de Goiás.” A frase foi dita pelo governador Marconi Perillo, no 1º Exame Fórum Centro-Oeste, realizado em Goiânia na terça-feira, 3. O evento promovido pelo Grupo Abril/Revista Exame teve objetivo de discutir as potencialidades econômicas e sociais das regiões, e seus desafios estruturais. [caption id="attachment_6406" align="alignleft" width="660"]

Plano piloto da capital elaborado pelo arquiteto Attilio Corrêa Lima, em que três eixos (Avenidas Goiás, Tocantins e Araguaia) convergem para o palácio do governo, sendo interceptado pela Avenida Paranaíba, pode ter o formato de um compasso e de um esquadro, um dos símbolos da maçonaria
Cidade de Goiás é palco para discussões ambientais e humanas: de exibição de filmes a shows, brasileiros e estrangeiros propõem e ganham diversas reflexões