Reportagens

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Jânio Darrot entrega mais uma unidade de saúde para a região leste de Trindade

UBS foi construída com recursos do município e deve atender as 4 mil pessoas residentes no Jardim Scala

Frente de Iris e Waldir pode forçar base aliada a acordão

Candidatura de apenas um nome começa a ser admitida para dar competitividade e possibilitar ida ao segundo turno na disputa pela Prefeitura de Goiânia

O reino da fantasia no país do “jeitinho”

Todas as grandes nações enfrentam os problemas para conseguir superá-los. No Brasil, a norma é conduta para contemporizar situações

Polícia Federal estaria investigando clínica de Paulo do Vale. Suspeita é de desvio de R$ 285 mil

Auditoria aponta que a Clínica Nefrológica de Rio Verde não comprovou 230 sessões cobradas do SUS e pagas com dinheiro dos fundos Nacional e Estadual de Saúde

Família “estruturada” não é uma questão de tipo, mas de autoridade

É possível que uma criança viva sem pai ou sem mãe. Ou criada pela avó. O que não pode acontecer é que ela cresça sem uma referência a quem se dirigir

Especialistas alertam: Nexus pode causar apagão e falta d’água nos setores Marista e Oeste

Relatório alarmante do Conselho de Arquitetura mostra, mesmo que de forma preliminar, uma série de irregularidades e números assustadores — bem diferentes dos que a construtora apresentou

Sim, precisamos falar sobre o feminismo

É necessário que se volte a atenção para a igualdade que o feminismo busca, e que é seu principal objetivo, e não para o sexismo que infelizmente prevalece na atualidade [caption id="attachment_67835" align="alignright" width="620"]Feminismo Se homens querem se juntar à luta que todas as mulheres travam diariamente por seus direitos, deixem que eles se acheguem e façam força ao movimento[/caption] Ana Paula Carreiro Especial para o Jornal Opção Utiliza-se o termo “feminismo” para denominar ideais e movimentos que tenham como objetivo a sustentação da igualdade política, social e econômica de ambos os sexos. No entanto, pode-se observar que muitos indivíduos têm usado a palavra de forma errada, principalmente no contexto atual, em que se pode perceber uma grande elevação no número de pessoas adeptas ao “movimento”. Não é difícil escutar por aí expressões como: “sou mulher e eu não preciso do feminismo”, “feminismo é vitimismo de mulher preguiçosa”, como também é bastante comum se ouvir de “feministas” que “todo homem é um estuprador em potencial”. As expressões citadas acima provêm de radicalismos que se opõem entre si, mas que não deixam de estar errados. Ora, dizer que é mulher e que não precisa do feminismo é afirmar que a sociedade machista em que se vive hoje é extremamente agradável e fácil para se viver; dizer que feminismo é vitimismo de mulher preguiçosa é afirmar que toda a luta diária de mulheres por uma sociedade mais justa é fútil e vã, assim como dizer que todo homem é um estuprador em potencial é afirmar que tal ato é meramente instintivo. Muitas mulheres justificam as suas palavras generalizadoras com o fato de sempre serem incluídas por homens em ataques como: “mulher que usa batom vermelho é vagabunda”. Todo mundo sabe que isso acontece e realmente não é algo que deve ser aceito, mas revidar na mesma moeda não é a melhor coisa a se fazer. A generalização dos termos só transforma as discussões em algo que não tem credibilidade. É necessário que se volte a atenção para a igualdade que o feminismo busca, isto é, para o seu principal objetivo, e não para o sexismo que infelizmente prevalece na atualidade. Se homens querem se juntar a essa luta que todas as mulheres travam diariamente por seus direitos, deixem que eles se acheguem e façam força ao movimento. O femismo disfarçado de feminismo afasta não só os homens que estão dispostos a ajudar, mas também mulheres, que tomam antipatia por discursos e mais discursos revestidos apenas de ódio. É inegável dizer que o Brasil possui uma cultura em que a objetificação de mulheres é algo normalizado e que isso causa uma grande revolta No entanto, é importante que se saiba discernir aquilo que faz mal e aquilo que vem para agregar valor ao que já está sendo feito para que se alcance a tão esperada igualdade de gênero que por séculos é reivindicada.

Cultura do estupro: quem bebe cerveja e faz xixi sentado depois?

A bifurcação dos caminhos de um menino alemão e um brasileiro em relação ao mundo feminino começa já com a forma com que é exposto a simples comerciais de bebida

Criatividade e comunicação

Pelo menos no papel, as mudanças na legislação eleitoral que entram em vigor este ano devem limitar a importância do dinheiro

Prefeitura paga mais de R$ 20 milhões, mas serviço de sinalização não é cumprido da forma devida

Contrato de R$ 18 milhões assinado em 2014 foi aditivado em R$ 4 milhões em 2015, mas sinalização de trânsito continua quase apagada em importantes vias da cidade

Segurança pública ganha motos e agilidade na região leste de Trindade

Quatro motos XT660 do GPT-Motos já reforçam o quadro de veículos que prestam serviço a bairros em uma região extensa do município

Na gestão que priorizaria a sustentabilidade, surge uma cidade para o sustento do setor imobiliário

Construtoras impõem suas regras e ordens de maneira que se produza um atropelamento, ao mesmo tempo, nítido e obscuro. Afinal, pra que transparência?

No mundo empresarial, inovar é essencial para ter um negócio sustentável

Sebrae disponibiliza ao pequeno empreendedor programas e ferramentas que acreditam na inovação

Previdência é só um dos pontos que precisam de reforma no Brasil, mas é o principal no momento

Uma das principais bandeiras de reequilíbrio fiscal do governo federal, reforma da Previdência deverá chegar ao Congresso com resistências

Explosão das contas levou ao buraco

precipicio Afonso Lopes O Brasil viveu anos muito difíceis na etapa final do regime militar de 1964 e início da nova era democrática. Inflação, taxas de desemprego permanentemente elevadas, parque industrial sucateado, superado tecnologicamente e sobrevivente de um estúpido sistema de proteção contra a concorrência externa. A capacidade de migração social era mínima. Pobres tinham pouquíssimas condições de “melhorar de vida”. A falência do Brasil era cíclica. De tempos em tempos, o país precisava de ajuda financeira ex­terna para seguir vivendo. Tem­pos em que diretores do FMI mandavam mais na economia do país do que os próprios ministros da área. Sucessivamente, os governos da época lançaram mão de planos mirabolantes para alterar o cenário econômico, mas as apostas se resumiam sempre ao combate irreal da inflação — que em determinado período chegou a 80% em um único mês. Até congelamento de preços foi adotado como solução final. E foi assim até 1992, após o primeiro presidente eleito diretamente pela população, Fernando Collor, se apropriar dos saldos de contas correntes e caderneta de poupança. Com seu impeachment, assumiu o vice-presidente Itamar Franco, conforme determina a Constituição Federal. Itamar não entendia patavina de economia. Aliás, a imagem dele era quase a de um palermão, meio fora da realidade. Ele foi socorrido por uma equipe econômica que tinha tentado resolver os problemas da economia anteriormente, e quebrado a cara — plano Cruzado, no governo José Sarney. Liderados por um professor de sociologia, que tinha uma ótima imagem de intelectual, mas que também não tinha boas noções sobre macroeconomia, Fernando Henrique Cardoso, elaborou-se o que veio a se chamar posteriormente Plano Real, o plano de uma nova moeda. Escolados pela inconsistência dos planos anteriores, inclusive daquele que durou praticamente um ano, o Cruzado, desta vez a execução do programa econômico teve início, meio e fim. Inicialmente adotou-se um mecanismo chamado URV, Unidade Real de Valor, que funcionou como fator de segregação entre a esfrangalhada economia existente e a nova moeda a ser criada, que nasceria, assim, desvinculada dos vícios anteriores. Ou seja, por incrível que hoje possa parecer, o nascimento do real foi precedido pela criação de uma moeda “virtual”, a URV. Baseado em um tripé — política fiscal, como forma de controle da dívida, política monetária, que mantém a inflação em patamares pré-estabelecidos, e política de câmbio flutuante, de forma a permitir liberdade ao fluxo de capitais. Além dessa base fundamental sob a qual se ergueu todo o Plano Real, já no governo de Fernando Henrique Cardoso adotou a LRF, Lei de Responsabilidade Fiscal, que limitou a expansão das dívidas públicas — o que ampliou a transparência e a credibilidade da economia como um todo advinda desse controle. O abalo na estrutura Essa estruturação da economia brasileira passou, logicamente, por inúmeros problemas sazonais. Nos governos de FHC, pelo menos cinco grandes crises foram anotadas: dois ataques especulativos contra a moeda e a falência do México, Argentina e Rússia, que causaram desconfiança dos mercados em relação a todas as demais economias. Ainda assim, o tripé foi mantido. Em seu primeiro mandato, o ex-presidente Lula enfrentou uma forte desconfiança inicial, quando o mercado imaginou que ele pudesse abandonar esse conjunto de controle, a matriz fiscal. Sua ação no governo tranquilizou o país e os investidores, superando o problema daquele primeiro momento sem maiores consequências a não ser um período de taxas de juros mais elevada. Sob o comando de Lula, através da dupla Henrique Meirelles, no Banco Central, e Antonio Palocci, no Ministério da Fazenda, viveu um ótimo período inclusive com a explosão dos preços internacionais nas commodities. O dinheiro jorrava fartamente sobre a economia, e o Brasil passou a ser apontado com um real competidor mundial. Mas no meio do caminho tinha uma crise. Uma crise assustadora, que começou com a explosão de bolha especulativa financeiro-imobiliária nos Estados Unidos que se espalhou rapidamente e atingiu em cheio todas as demais economias. O Brasil não foi exceção, e em 2008 o país sentiu a pancada. No ano seguinte, 2009, o presidente Lula adotou várias medidas que, na prática, criaram uma nova matriz fiscal sem se ater aos limites controláveis do tripé do real. O desequilíbrio conseguiu momentaneamente diminuir o impacto da crise mundial, mas Lula não voltou mais ao rigor anterior. Com isso, a base de sustentação da economia brasileira começou a ruir, e não parou mais com a chegada do governo de Dilma Rousseff. É claro que os mercados perceberam que aquele “milagre econômico” do Brasil tinha alguma coisa errada. A começar pela base de sustentação, que era evidenciada por fortíssimo incentivo ao consumo interno via endividamento. Tornou-se então apenas uma questão de tempo para o castelo de sonhos construído a partir de 2009 desabar. O tempo chegou em 2014. O governo, em processo de reeleição, adotou na prática até um congelamento disfarçado de preços dos combustíveis. Foi possível segurar e disfarçar a realidade até outubro. Após a reeleição, o cenário mudou rapidamente. Já não havia como e nem por que disfarçar um buraco que não tinha mais como ser escondido. Naquele ano, após rotina de registros de superávit primário, o governo gastou 34 bilhões a mais do que havia arrecadado. No ano passado, esse rombo subiu para 112 bilhões, e chega agora aos 170 bilhões. Se o país não quiser viver novamente sob as ordens dos auditores do FMI e da ajuda externa como tantas republiquetas espalhadas pelo planeta, terá que remar tudo novamente. A economia, mais uma vez, mostra de maneira clara, nua e radical que não aceita desaforos. l