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Dilma recebeu o recado como se fosse abuso de autoridade, com alarmismo e uma ordem para demitir petroleiros, o que não aceita

[caption id="attachment_23384" align="aligncenter" width="620"] Ministro do STF Teori Zavascki: Lula quer que ele cuide dos interesses do PT | Nelson Jr./ SCO/ STF[/caption]
Completa hoje um mês que a Operação Lava Jato prendeu 18 pessoas acusadas pela participação no petrolão e apreendeu documentos sobre o esquema de pagamento de propinas na Diretoria de Serviços da Petrobrás, no esquema liderado pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa junto com o doleiro Alberto Youssef. Outras duas pessoas fugiram e entregaram-se depois.
Oito dias antes, um grupo de construtoras que agiam em conjunto acreditava que seria poupado de uma eventual ação policial. Acreditava que as empreiteiras eram importantes demais para serem punidas. Mesmo assim, o grupo articulava uma ação comum de defesa para o caso de ocorrer o que não esperavam: a repressão. Poderia gastar R$ 1 bilhão na defesa de todos.
A comprovação está em documentos e anotações apreendidos pela Polícia Federal junto à Engevix. “Janot e Teori sabem que não podem tomar decisão”, anotou-se num papel. “Pode parar o país”, desafiou-se alguma decisão policial ou judicial contra as construtoras que prejudicasse a indústria da construção e de exploração de serviços de infraestrutura.
Afinal os planos políticos e econômicos do PT no poder se sustentam no apoio de serviços e investimentos das grandes empreiteiras, patrocinadoras de viagens e palestras caras e exclusivas do ex-presidente Lula. Daí as menções das construtoras a Janot e Teori.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ainda não revelara a autonomia que agora demonstrou ao denunciar a corrupção no governo a partir do petrolão. Teori Zavascki é ministro do Supremo Tribunal Federal indicado pela presidente Dilma e atua junto a Janot.
Por ironia, agora o Ministério Público Federal (MPF) deseja que as empresas e pessoas envolvidas no petrolão devolvam aos cofres públicos R$ 1,1 bilhão como indenização, quantia que se aproxima daquele R$ 1 bilhão que as construtoras teriam para pagar a defesa conjunta em caso de repressão.
Cabe ao procurador encaminhar as denúncias ao Supremo na pessoa de Zavascki, encarregado de centralizar no tribunal o processo da Lava Jato e depois distribuí-los a tribunais competentes. Indicado por Dilma a ministro, Zavascki é uma referência do governo. Em sua última passagem por Brasília, Lula demonstrou a petistas estar atento à atuação do ministro no petrolão.
A previsão daquele grupo falhou em relação a Janot, agora que o MPF denunciou criminalmente 36 pessoas pela corrupção na Petrobrás. Entre elas, estão 25 donos, executivos e funcionários de seis empreiteiras: Camargo Corrêa, Engevix, Galvão Engenharia, Mendes Júnior, OAS e UTC. Não chegou a vez da Odebrecht.
Como informou Janot, esta é a primeira leva do petrolão. Gradualmente, as denúncias criminais incluirão autoridades e políticos de partidos beneficiados pelos assaltos à petroleira. O clima deve aquecer quando chegar a vez de Renato Duque, antigo tesoureiro do PT, de onde saiu para operar a Diretoria de Serviços, berço do petrolão.
Esclareceu o MPF, todo o trabalho feito até agora com a participação da Polícia Federal se restringe a Serviços da Petroleira desde 2004, quando o governo Lula colocou Paulo Roberto Costa, o amigo Paulinho, como diretor da área para operar em nome do PP, para repartir o lucro dos subornos com o PT e outros partidos aliados.
A certeza de que não demora a vez de Duque consta de documento entregue pelo MPF à Justiça Federal na quinta-feira. “As condutas de Renato Duque e de outros empregados corrompidos da Petrobrás serão denunciadas em manifestações próprias”, registrou a procuradoria. Segundo o documento, a ação de Duque e Paulinho “garantiam que os intentos do grupo fossem atingidos”.
A disposição do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em denunciar a corrupção do petrolão pairou com uma força inesperada na longa conversa da presidente Dilma com Lula e outros companheiros naquela mesma terça-feira, no Alvorada. Mas o que vazou indica que o PT deseja mais dinheiro da Petrobrás — e não austeridade. Com os olhos no retorno de Lula ao Planalto dentro de quatro anos, companheiros desejam proteger os negócios das empreiteiras, vítimas há um mês de nova etapa da Operação Lava Jato, de modo a permitir a realização de obras no segundo governo Dilma. Entre outras coisas, a Petrobrás bancaria o pagamento de terceirizados pelas construtoras em dificuldades. O problema seria convencer o Ministério Público Federal, chefiado por Janot, a ser compreensivo com questões sociais, como a garantia de emprego, salários e direitos trabalhistas de pessoas empregadas por fornecedores da petroleira. A agressividade recente do procurador-geral pode ser um recurso dele para afastar o MPF da nova trama. Quem esteve no Alvorada relata que Dilma se chocou com a fala de Janot contra a corrupção. Considerou que o procurador cobrava ação dela. Centralizadora e dominadora, ela detesta cobranças, não gosta de prestar contas. Classificou como escândalo a sugestão para a demissão da diretoria da Petrobrás. Chocou-se porque Janot afirmou que o país se “convulsionou” diante do petrolão. A presidente não aceitou que o país seja extremamente corrupto, na fala do procurador. Desapontou-se com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, porque não teria defendido o governo com o vigor e argúcia que ela recomendou ao pedir que respondesse a Janot. Trata-se de algo que pode desviar de Cardozo a vaga de ministro aberta no Supremo Tribunal Federal.

[caption id="attachment_23383" align="aligncenter" width="620"] Lula da Silva aos companheiros petistas: ignorando o escândalo e culpando a “elite” pela criminalização do partido| Ricardo Stuckert/ Instituto Lula[/caption]
Um advogado de júri poderia alegar que a maior prova da culpa dos governistas no petrolão está no fato de que a CPI do Congresso que investigou a Petrobrás encerrou seus trabalhos no meio da semana sem responsabilizar qualquer pessoa e sem encontrar vestígio de saque aos cofres da petroleira.
Ironicamente, a CPI controlada pelo PT fechou as portas na quarta-feira, no intervalo entre dois dias expressivos. Na véspera, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, publicamente, cobrou providências do governo contra a corrupção em seu organismo. No dia seguinte, a procuradoria indiciou criminalmente as primeiras 36 pessoas às voltas com o petrolão.
No entanto, na mesma manhã em que Janot discursou, a presidente Dilma se reuniu por cinco horas com Lula e mais alguns companheiros, na residência do Alvorada, onde almoçaram. Um dos temas servidos foi o impacto no PT do saque à Petrobrás e seu reflexo na estabilidade do governo e no sossego petista.
Enquanto isso Lula participou na noite de quarta de um encontro do PT e demonstrou que está de olho na atuação do ministro Teori Zavascki, indicado por Dilma ao Supremo Tribunal Federal, onde centraliza as informações sobre o escândalo da petroleira. Ocorreu num momento em que comparou mensalão ao petrolão.
Queixou-se de que, no momento em que Zavascki analisar um processo sobre a empresa, a imprensa já terá condenado o PT por antecipação, influenciando a opinião pública e pressionando o Judiciário. Com auditório ocupado por dirigentes e militantes do PT, Lula denunciou a existência de um movimento na elite pela “criminalização do partido”.
“Ah, o PT cometeu o crime de criar políticas que permitiram o reconhecimento internacional de que a fome neste país acabou”, ironizou Lula. “O PT cometeu também o crime imperdoável de ter promovido a maior transferência de renda de todos os tempos através dos aumentos do salário mínimo”, continuou.
E foi em frente com a ironia. “Também cometeu o crime horrível de abrir as portas das universidades para os que nunca sonharam chegar lá. Mas o crime realmente imperdoável foi o fato de a Dilma ter sido reeleita. Nós somos o partido que por mais tempo terá governado este país. Quando Dilma terminar o seu mandato, serão 16 anos.”
Nesse momento, surgiram no público apelos ao “Volta, Lula”. O próprio desviou a conversa. “Ninguém tem que pensar em 2018”, respondeu. “Tem que pensar em primeiro de janeiro de 2015, na posse da presidenta Dilma e na resposta que temos que dar ao país. Ela precisa governar. Vamos repetir aquele refrão: Deixem a mulher trabalhar.”
Era uma nova comparação entre o mensalão e o petrolão feita por Lula. Recorde-se que em 2006, quando ele se apresentou à reeleição, sofria incômodo com contrariedade social diante da corrupção mensaleira. Então surgiu o refrão. “Deixem o homem trabalhar”, propagava o PT.
Agora, entre as palavras de ordem difundidas no encontro petista, estava o apelo à militância para resistir “a toda forma de golpismo”. À saída do auditório, as pessoas recebiam adesivos de outra palavra de ordem antiga, agora adaptada à nova difusão: “Mexeu com Dilma, mexeu comigo”.
A mobilização da militância é um dos recursos táticos discutidos no Alvorada pelos petistas. A ideia é ter um conjunto de táticas que se integrem numa estratégia de autoproteção do governo e do partido diante da onda de denúncias de corrupção, de especial o petrolão.
Aquele auditório de quarta-feira foi alugado, originalmente, para abrigar uma discussão interna dos preparativos para o próximo congresso nacional do partido. No pós-Alvorada passou a ser uma ferramenta de motivação da militância para ir às ruas e redes sociais em defesa do governo e do partido.
Difundiram-se palavras de ordem, para resistir “a toda forma de golpismo”. Como foi dito ao auditório, golpismo são as mobilizações do outro lado, contra a corrupção; o apelo à volta dos militares (que não dispõem de meio de volta); a pregação do impeachment de Dilma; a instalação de uma nova CPI da Petrobrás; e a propagação do petrolão.
A mobilização na posse de Dilma, em 1º de janeiro, é outro recurso tático. O projeto é reunir na Praça dos Três Poderes caravanas vindas de todos os Estados. Assustados com a onda adversa, petistas apostam em grandes manifestações que intimidem e calem o outro. Se alguém mexer com Dilma, mexeu com eles.

[caption id="attachment_23376" align="aligncenter" width="600"] Venina Velosa da Fonseca abasteceu Dilma Rousseff com denúncias | Foto: Reprodução[/caption]
Saiu da sombra a antiga gerente da Petrobrás que prestava depoimentos sobre corrupção na empresa, mas se escondia do público. Agora ela revelou à imprensa o seu simpático rosto, o nome e o sobrenome. Venina Velosa da Fonseca afirmou que, enquanto Dilma Rousseff ministra de Minas e Energia e chefe da Casa Civil, abasteceu-a com denúncias.
O alvo de Venina seria a Diretoria de Serviços na gestão do célebre Paulo Roberto Costa, não por acaso seu chefe. Trabalhou no ninho que gerou e distribuiu entre partidos o dinheiro que vinha do petrolão, doado por empresas que prestavam serviço à Petrobrás.
Se Venina não pode apresentar prova de que Dilma recebeu seus e-mails e documentos sobre o que se passava no seu entorno de sua gerência, a direção da petroleira confirma que acolheu denúncias da moça, examinou, considerou improcedentes e decidiu demitir a então gerente-executiva, mas esbarrou numa licença médica. Mais tarde foi afastada.
A atitude de Venina se enquadra bem naquele código de golpismo que Lula, Dilma e outros companheiros estabeleceram para proteger o PT e o governo contra ataques externos. Sim, a moça é nitidamente golpista. Ainda mais que saiu da sombra e apresentou-se ao público na sexta-feira. Golpista também é a oposição, que se apoia em Venina para pedir a demissão da primeira amiga Graça Foster da presidência da Petrobrás.

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