Reportagens
Obra do sacerdote redentorista terá cenas gravadas em três países e seis localidades. A Capital da Fé terá cidade cenográfica
Felipe Cândido
Especial para o Jornal Opção
[caption id="attachment_38639" align="alignleft" width="250"] A produção está em fase de captação de recursos em leis de incentivo[/caption]
Com apoio logístico do governo municipal de Trindade, na gestão do prefeito Jânio Darrot (PSDB), realização da Yela Filmes, produção da Fundação Casa de Atores, Grupo de Teatro Desencanto, Cinemix, texto e direção de Fábio PH, o filme “Padre Pelágio – Santificado Seja o Vosso Nome” começa a ser realizado em Trindade.
A obra terá cenas previstas na Alemanha, Itália, Rio de Janeiro, Aparecida do Norte (SP), Goiânia e Trindade, e retratará a atuação de Pelágio Sauter, o padre redentorista alemão que desembarcou no Brasil em 1909 e nunca mais retornou a seu país de origem. Padre Pelágio faleceu na Santa Casa de Goiânia, em 1961, foi venerado pelo papa Francisco em 2014 e conta com evoluído processo de beatificação na Santa Sé, em Roma.
Em favor dos necessitados e enfermos, o padre andava grandes distâncias no lombo de um cavalo e possuía um vasto currículo de curas, muitas delas não explicadas pela medicina. Ele, que é considerado um dos grandes promotores da Romaria do Divino Pai Eterno, afirmava que amava a cidade de Trindade e por ela dedicou quase 40 anos da sua vida.
Cidade cenográfica
A encenação de Padre Pelágio será realizada em três fases da sua existência. Além disso, está previsto grande número de figurantes, figurinos de época, 110 atores com falas, dezenas de técnicos e a construção de uma cidade cenográfica em Trindade. As sequências de reconstituição do velório e enterro do padre — um dos mais concorridos da história de Goiás — e de uma romaria na década de 20 serão momentos de extremo desafio para os realizadores.
A produção atua na captação de recursos em leis de incentivo junto aos governos federais de Brasil e Alemanha e do governo de Goiás, e já conta com apoio da PUC TV, TV Aparecida e Sindicato dos Artistas de Goiás. Ações e mobilizações foram iniciadas, buscando a adesão e contribuição de católicos de todo o Brasil, incluindo a pré-venda do DVD.
Tendo no currículo serviços prestados para as principais emissoras do Brasil, este será o segundo longa-metragem do diretor e autor Fábio PH. “O projeto nasceu há dois anos, após ter engavetado temporariamente a ideia de fazer a novela ‘Me Ensina a Ser’”, conta. Em pesquisas sobre a história de Trindade, o diretor conheceu a trajetória de Padre Pelágio. “Acredito ser, hoje, uma das pessoas que mais entendem sobre a vida dele. Não dá para deixar isso escondido. Padre Pelágio é fabuloso, é uma das provas da presença e dos milagres do Deus vivo na terra”, destacou PH.
O consagrado teatrólogo Amarildo Jacinto assinará a direção de elenco. As oficinas começam a ocorrer no Grupo Desencanto de Teatro. “Padre Pelágio – Santificado Seja o Vosso Nome” será gravado a partir de maio do próximo ano e tem estreia nacional prevista para o dia 23 de novembro de 2016, data dos 55 anos de morte de Pelágio.
Serviço:
- “Filme Padre Pelágio – Santificado Seja o Vosso Nome”
- Informações sobre elenco – Grupo de Teatro Desencanto – 3110-3134
- Apoios e adesões ao projeto – (62) 3506-7013 / (62) 9310-9541

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[caption id="attachment_38016" align="alignright" width="620"] Nos cinco primeiros de 2015, a polícia retirou de circulação mais de 1.500 armas de fogo ilegais em todo o Estado[/caption]
Frederico Vitor
Em Goiás, as forças policiais, em especial a Polícia Militar (PM), responsável pelo policiamento ostensivo e presencial, tem apreendido grande volume de armamentos e munições irregulares nos quatro primeiros meses de 2015. Neste período, de acordo com as estatísticas da Secretaria Estadual de Segurança Pública, foram retirados de circulação 1.522 armas em todo o Estado. O número é menor se comparado em igual período de 2014 (1.603), mas é superior às apreensões efetivadas nos mesmos meses de 2013, quando 1.446 armas foram retiradas de circulação nos 246 municípios goianos.
Estes índices alarmante que, de certo modo, demonstram que a polícia tem trabalhado e intensificado as abordagens de suspeitos e efetivado várias prisões e apreensões, levanta questionamentos preocupantes. Como este armamento e munições estão sendo introduzidos no Estado e servido para as mais variadas práticas criminosas? De onde vêm e para onde vão estas armas e projéteis, e como funciona este comércio ilegal?
Depois que o Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826) passou a vigorar em todo País, a partir de dezembro de 2003, tornando muito mais rigorosa e restrita a aquisição e porte de armas de fogo por cidadãos comuns, se esperava uma drástica redução das taxas de crimes, principalmente os homicídios. Porém a realidade se demonstrou reversa. Nove anos após a vigência da lei, o Brasil atingiu a marca de 56.337 homicídios no ano de 2012, a maior de sua história (10% de todos os crimes do tipo no mundo).
Deste total, 40.077 pessoas foram mortas por armas de fogo, ou seja, 71%. Embora o Estatuto do Desarmamento tenha passado a penalizar com rigor o porte ilegal de armas, o fato de os índices de homicídios no Brasil continuarem entre os maiores do mundo demonstra que o poder público tem falhado em fiscalizar e controlar o comércio ilegal de armas e munições. Afinal, não é mesmo fácil fiscalizar o tráfico de armas e de drogas nos limites territoriais de um país de proporções continentais, com 23.102 quilômetros de fronteiras, sendo 18 mil terrestres e pouco mais de 8 mil de costa marítima. O Brasil faz fronteira com dez países, e pelo menos cinco deles são pontos de partida do fornecimento de armamentos de todos os tipos e calibres.
Desguarnecidas, as regiões fronteiriças do País se tornaram verdadeiras terras sem lei, onde armamentos e projéteis adentram o território nacional escondidos em fundos falsos de caminhões e ônibus, em bagagens, no interior de eletroeletrônicos e também colados ao corpo de pessoas pagas para transportarem ilegalmente este tipo de material — a chamadas mulas. A principal preocupação dos policiais é com o tráfico de armas e munições de equipamentos de uso restrito das Forças Armadas, que em alguns casos nem a própria polícia tem autorização para usar.
As autoridades sabem que parte das armas ilegais em circulação no Brasil é proveniente de países vizinhos, principalmente do Paraguai e Bolívia. Mais recentemente, as autoridades policiais brasileiras detectaram um aumento considerável de armas oriundas da Argentina, Uruguai e Venezuela em posse de criminosos brasileiros. A Polícia Federal tem pouco efetivo para fiscalizar as área de fronteira e as Forças Armadas são cronicamente afetadas em seus orçamentos, comprometendo duramente os esforços para maior presença militar nos limites territoriais do País.
Quando apreendidas, as armas são encaminhadas para as delegacias de Polícia Civil para checagem preliminar de documentação. Posteriormente são encaminhadas para a Polícia Científica para verificação de alteração em suas características identificadoras. Por fim são encaminhada para o Poder Judiciário e depois ao Exército. Sob tutela dos militares, os armamentos apreendidos são doados às secretarias estaduais de Segurança Pública ou são destruídos, como previsto no Estatuto do Desarmamento.
Recorde de homicídios
Em vista destes e de outros fatores, as consequências negativas desta situação refletem tragicamente na sociedade. De acordo com o último Mapa da Violência, um estudo elaborado pelo pesquisador Júlio Jacobo Waiselfisz para a Secretaria Nacional de Juventude, da Presidência da República, em 2012 — o País contava com vasto arsenal de armas de fogo. Naquele ano, 15,2 milhões de armamentos estavam em mãos privadas, nos quais 6,5 milhões eram registrados e 8,5 milhões em situação irregular. Destas últimas, 3,8 milhões estavam sob o poder de criminosos.
A magnitude desse arsenal guarda estreita relação com a mortalidade que essas armas originaram. Os registros do Subsistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde permitem verificar que, entre 1980 e 2012, morreram mais de 880 mil pessoas vítimas de disparo de algum tipo de arma de fogo. Neste período, as vítimas passam de 8.710 no ano de 1980 para 42.416 em 2012, um crescimento de 387%.
Entre os jovens de 15 a 29 anos, este crescimento foi ainda maior: passou de 4.415 vítimas em 1980 para 24.882 em 2012: 463,6% de aumento nos 33 anos decorridos entre as datas. Este enorme crescimento de casos de mortes por armas de fogo na população foi alavancado, de forma quase exclusiva, pelos homicídios, que cresceram 556,6%. Somente em 2012, de acordo com a pesquisa, 1.951 pessoas foram mortas a tiros em Goiás, apresentando um crescimento alarmante de 107,6% no período de dez anos (de 2002 a 2012). O Estado está na sexta colocação no ranking nacional de taxa de homicídios provocados por armas de fogo, à frente do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.
PM fecha divisas do Estado, mas União falha em fiscalizar fronteiras
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Assaltantes de banco alugam armas que custam até R$ 150 mil cada
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No púlpito de pastores ou nos eventos da militância homossexual, há uma busca para impor a própria verdade. Se isso é obviamente ruim para o todo da sociedade, tem quem ganhe com o cabo de guerra

Sem cortar gastos na mais fabulosa máquina administrativa perdulária da história do Brasil, governo ainda quer inventar a Cide dos serviços

Governo quis procurar o PSDB para articular derrubada da medida que será votada na Câmara, mas o presidente da Casa foi mais convincente

Nas redes sociais, as pessoas se sentem à vontade para destilar seus pensamentos preconceituosos e individualistas

País asiático enxerga América Latina como área estratégica de influência econômica. Acordo prevê parcerias em obras importantes, como a construção da Ferrovia Transoceânica
[caption id="attachment_37425" align="aligncenter" width="620"] País asiático enxerga América Latina como área estratégica de influência econômica. Acordo prevê parcerias em obras importantes, como a construção da Ferrovia Transoceânica | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil[/caption]
Frederico Vitor
A China de hoje, com a segunda maior economia mundial, o mais amplo volume de reservas de moedas estrangeiras e com inúmeras cidades exibindo orgulhosos arranha-céus mais elevados que o Empire State Building de Nova York, é a prova da visão e tenacidade de um povo que mira para um futuro grandioso. O gigante do Sudeste Asiático dos dias atuais nada tem com o país das comunas agrícolas, produção econômica estagnada e uma população usando roupas padronizadas e professando fervor ideológico extraídos do “Pequeno Livro Vermelho” de citações de Mao Tsé-Tung — teórico e líder revolucionário que levou o País ao comunismo.
Tais impressões estão no livro “Sobre a China”, de Henry Alfred Kissinger, importante diplomata americano de origem judaica que teve um papel importante na política estrangeira dos Estados Unidos entre 1968 e 1976, inclusive na aproximação sino-americana. A obra de 508 páginas traça a análise histórica da civilização chinesa que, segundo o autor, parece não ter início, sendo mais um fenômeno natural permanente do que Estado-nação convencional. Por muitos milênios, a China nunca se viu forçada a lidar com outros países ou outras civilizações que fossem comparáveis a ela em escala e refinamento.
Entre os anos de 960 a 1279, a China liderava o mundo em tecnologia náutica. Sua frota poderia ter conduzido o império da dinastia Song a uma era de conquistas e explorações.
Contudo, os chineses não buscaram colônias no além-mar como fizeram espanhóis, portugueses, holandeses e ingleses, mesmo tendo uma frota de navios que parecia intransponível em tamanho, número e sofisticação. Quase um milênio depois, os asiáticos querem avançar e explorar o mundo por meio do comércio. E a América Latina, em especial o Brasil, está no radar chinês de investimentos de curto, médio e longo prazo.
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Projeto de ferrovia com capital chinês deve ligar o Atlântico ao Pacífico | Divulgação/Valec[/caption]
Antes centrada na compra de commodities brasileiras e na pequena participação de empresas chinesas na exploração do megacampo de petróleo Libra, no Pré-sal, agora os chineses, os principais parceiros comerciais do Brasil, pretendem investir de forma maciça em infraestrutura (ferrovias, portos, aeroportos, rodovias e hidrelétricas) no País. Em recente visita pelo gigante sul-americano, o presidente chinês Li Keqiang desembarcou em Brasília no dia 19 do mês passado, e trouxe consigo um esplêndido pacote de investimentos que somam 53 bilhões de dólares (R$ 160 bilhões), cifras que sairão direto do Industrial and Commercial Bank of China (ICBC), a maior instituição financeira do mundo.
O volume, talvez o maior acordo bilateral da história anunciado de uma só vez, vem em boa hora, ante o momento de dificuldades econômicas pelo qual passa o Brasil. Atualmente, a produção industrial brasileira tem o pior resultado em seis anos, muito por conta da desaceleração do crescimento da economia. Diante desse cenário, o governo se viu forçado a executar um pesado ajuste fiscal e frear bruscamente os investimentos em infraestrutura — em decorrência da Operação Lava Jato, que apura várias suspeitas de esquema de corrupção na Petrobrás.
Contrastando com a realidade econômica brasileira nada animadora, o pacote de cooperação em 35 acordos, no valor de 53 bilhões de dólares entre Brasil e China, pode ser considerado resultado das crescentes relações bilaterais entre os dois países. Incrementadas principalmente a partir do final do governo Fenando Henrique Cardoso (PSDB), passando pelas administrações de Lula (PT), tornou-se uma orientação do Itamaraty a busca por parcerias com países em desenvolvimento. Os laços continuaram se estreitando, inclusive com a formação do grupo dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). A hora da colheita desses esforços parece ter chegado.
Ferrovia Transoceânica
A cereja do bolo é a participação chinesa na chamada Ferrovia Transoceânica, que ligará a brasileira Ferrovia Norte-Sul à costa do Pacífico, no Peru. A ferrovia que deverá ter uma extensão de 5,3 mil quilômetros, poderá ser concluída entre três e quatro anos. A obra está estimada entre 4,5 bilhões de dólares (R$ 13,5 bilhões) e 10 bilhões de dólares (R$ 30 bilhões). Além de ser um dos projetos-chave na integração sul-americana, este monumental projeto de linha férrea terá um alto valor estratégico para o barateamento do frete e redução do tempo de escoamento de grãos, carne e outros produtos da pauta de exportação brasileira para a Ásia. [caption id="attachment_37423" align="aligncenter" width="620"]
Deng Xiaoping: o pai da China moderna
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Programa de reformas
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Nova superpotência
O setor privado, impulsionado pela renovação de incentivos econômicos individuais, subiu para constituir cerca de 50% da produção industrial bruta em uma economia que havia sido comandada quase que exclusivamente por ordem governamental. O Produto Interno Bruto (PIB) chinês cresceu a uma taxa média de mais de 9% ao ano durante toda a década de 1980, um período de crescimento econômico sem precedentes e quase ininterruptos que continua até o presente momento. Atualmente, o País mais populoso do mundo (1,3 bilhão de habitantes) é a segunda maior economia mundial, detêm 15% da fatia do comércio mundial, é o maior produtor de alimentos e passou os Estados Unidos como maior produtor e o maior mercado de automóveis do mundo. As projeções apontam que a China será a maior economia mundial até 2030, tendo como base o acelerado e sustentado crescimento econômico, alto nível de investimentos estrangeiros e dinamismo de suas empresas.Goiás será beneficiado com expansão de investimentos chineses no Brasil
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Biografia conta a história da vítima que dedicou sua vida para levar o ex-médico à Justiça e, mesmo após duas décadas, conseguiu alcançar seu objetivo

Dominado por um sistema em que a velocidade dos fatos o torna pouco mais do que um robô, o espectador de tragédias não tem por que sentir compaixão — a prima-irmã da empatia — pelas vítimas que transforma em notícia