Imprensa

Roubava-se no governo de Fernando Collor, com PC Farias na comissão de frente, e o presidente não articulava com o Congresso Nacional e com as elites empresariais
O “Jornal do Brasil” demitiu metade de sua redação, alegando contenção de despesas. Na semana passada, anunciou a contratação do jornalista Jorge Eduardo para o cargo de editor-executivo. Trata-se de um jornalista competente, que, aliado a outros profissionais, terá condições de melhorar o jornal. Hélio Doyle, professor aposentado da UnB, será um dos colunistas do “JBr”.

Tonhão Carabina, que tocou num conjunto musical de Porangatu e tinha pouco mais de 50 anos, teve um infarto
A infância é a cicatriz eterna na vida e na alma de um indivíduo. O que está lá nunca é esquecido, mesmo que às vezes se precise de um exercício, de se forçar a memória, para que os fatos venham à tona com nitidez. Lembro-me de minha infância — nem falo da adolescência — com relativa precisão. Por vezes, quando estou deitado, penso sobre minha vida em Porangatu, onde vivi de 1961, quando nasci, a 1979, quando mudei para Goiânia. Era uma vida disciplinada, dado ter um pai, Raul de França Belém, rigoroso, normativo. Ainda assim, havia liberdade para pescarias, futebol, bolinha de gude (o Artur da vó Conduxa tinha as melhores bolinhas americanas, presentes dos padres franciscanos, salvo engano), bete, finca, pique-esconde, queimada (não era negócio só de mulher, não), peão (ou pião, como dizíamos). Nós fazíamos carrinhos a partir de latas — quadradas — de óleo comestível (de um litro), com molas, e com pneus extraídos de sandálias havaianas. As mães tinham de brigar para que não pegássemos as “lambretas” novas. Nos carrinhos transportávamos gado (feito de ossos de vacas e, na época da fruta, de manga verde; as "pernas" eram palitos de fósforos usados). As estradas e pontes eram feitas nos quintais. Entre as décadas de 1960 e 1970, não se tinha a fartura de brinquedos que se tem hoje. Nosso sonho era ganhar um carrinho de loja, uma bola dente de leite ou de “capotão” e um kichute.
Comecei a jogar futebol muito cedo e não estou sendo cabotino quando digo que era craque. Neilton Borges, um de meus melhores amigos durante toda a infância e adolescência, é uma das minhas testemunhas. Jogávamos futebol todos os dias, à tardinha, até escurecer, no campinho da Praça da Matriz, que alguns chamam de Praça Velha (meu pai detestava quando diziam Praça Velha). Éramos uma grande família, unida e solidária. De vez em quando, por causa de uma entrada mais dura e de palavrões mais candentes, a gente brigava, ficava de mal, mas, no dia seguinte, estava lá jogando, como se nada tivesse acontecido.
Lembro-me de cada jogador e de sua características. Milton, o Pituca, era um driblador insuperável, um craque. Antônio Oliveira, o Tonhão do Conjunto (foto acima), era um marcador implacável, uma espécie de Dunga. O filho de Nicinha e irmão do Paulo e do Carlão era esfuziante, barulhento, amigo e agregador (quando aparecia, a roda logo se formava). Sua especialidade eram os chutões, as entradas duras, mas leais. Zezinho (o Zezinho da dona Luzia) era o nosso Nelinho. Quando chutava todo mundo saía da frente. Não era muito calmo (quando apelava, fechava o semblante), mas era (e é) uma excelente pessoa. Carlos, irmão de Pituca, era veloz e bom jogador. Poucos tinham a energia e a brabeza de Zé Adilson, irmão de Pituca e Carlos. Modesto não era craque, mas era firme. Nilton e Neilton, irmãos de Pituca, Carlos e Zé Adilson, eram bons jogadores. Nilton, grande figura humana, sempre gentil, não era um cracaço. Neilton jogava melhor. João Bereta, sempre amigo e cordato, era o nosso perna de pau. Eu, embora pequeno e frágil fisicamente, era um excelente driblador (depois, passei a jogador no infanto-juvenil do Porangatu. O técnico era o Chapa e um dos craques era o João Roberto Naves, filho do Raulino Naves. Outros bons jogadores eram o Teves, o Periquito e o Valdemarzinho). Nós éramos peladeiros. Sobretudo, nada era tão prazeroso quanto nossos jogos de todos os dias.
Tonhão, que os mais ousados chamavam de Mucura, era um sujeito de uma energia impressionante. Bravo, sorridente, amigo. Ele e os irmãos Paulo e Carlão formaram um conjunto musical e sobreviviam disso. Tonhão era o baterista e Carlão (acima) tinha um belo vozeirão, no estilo de Orlando Silva. Eram artistas de qualidade, afinados, de repertório eclético — cantavam e tocavam muito bem. Animavam festas e tocaram em festivais. Nossa geração tinha o maior respeito pela família do conjunto — The Brothers.
Carlão morreu há pouco tempo. Tonhão, que se apresentava como Antônio Carabina, inclusive no Facebook, morreu na quarta-feira, 4, com pouco mais de 50 anos. Era jovem e forte, mas teve um infarto. É uma parte de minha infância e adolescência que desaparece, mas fica como memória.
Dream time
A fotografia antiga registra, segundo Neilton Borges, “o melhor time de todos os tempos”. A legenda é de sua autoria: “Pituca, Zé Malha Doze (fazia rede de pesca), João Bereta (tinha uma bereta de dois canos que nunca atirou), Zé Adilson, Modesto, Tonhão Carabina (cabeludo e baterista dos bons), Nilton Borges, Neilton Borges, Euler Belém”.

O Twitter @NewsAlfaguara divulgou a notícia, que alcançou repercussão internacional. Mas era mais um boato típico da internet

Na década de 1960, Antônio Avertano da Rocha dirigiu o jornal “A Liga”, no qual trabalhou o poeta Ferreira Gullar

A jornalista Edna Gomes é a nova assessora de comunicação do Instituto Rildo Lasmar e Espaço Bel Lasmar de Estética em Goiânia.
A experimentada profissional pode ser contatada pelo e-mail [email protected].
(Foto do Facebook de Edna Gomes)

José Nelto sugere sua contratação para a área de imprensa do PMDB. Mas o governo do Estado pode nomeá-la para sua área de jornalismo

Obra vai para as livrarias no início de junho, mas já pode ser pedida nos sites das livrarias Cultura (R$ 59,90), Amazon (R$ 52,45) e Travessa (R$ 47,32)

Um dos maiores repórteres americanos, adepto do novo jornalismo, conta, em reportagem e livro, a história de um empresário que espionava clientes mantendo relações sexuais

Em suas memórias, Tarzan de Castro esclarece mistério revelado parcialmente pela obra “A Ditadura Envergonhada”, de Elio Gaspari. Carlos Lacerda disse que o goiano era “primo” do ditador cubano

Não se trata de plágio, e sim de falta de respeito com quem expôs os fatos em primeira mão
Há dois livros muito bons sobre Mikhail Gorbachev, o político que, sem querer querendo, destruiu o comunismo na União Soviética: “O Fenômeno Gorbachev — Uma Interpretação Histórica” (Paz e Terra, 210 páginas, tradução de Maria Inês Rolim) e “Os Sete Grandes do Império Soviético” (Nova Fronteira, 552 páginas, tradução de Joubert de Oliveira Brízida), de Dmitri Volkogonov. Mas faltava em português um relato mais íntimo da vida deste russo extraordinário. Não falta mais. A Editora Amarilys lança “Minha Vida” (544 páginas, tradução de Júlio Sato e Rodrigo Botelho), de Mikhail Gorbachev.
Além de relatar como ajudou a liquidar a Guerra Fria, numa parceria com o presidente Ronald Reagan, dos Estados Unidos — e, por incrível que pareça, com o papa João Paulo 2º —, Gorbachev conta sua história pessoal. Ele fala de seu amor por Raíssa, com quem viveu mais de 50 anos. Ela morreu em 1999, de câncer, o que o deixou inconsolável. O político que “abriu” a União Soviética mora em Moscou. Ele tem 85 anos.
Katherine Mansfield não é mal editada no Brasil; pelo contrário, é bem editada, com tradutores do primeiro time, como Julieta Cupertino, Erico Verissimo, Clarice Lispector, Ana Cristina César, Edla Van Steen e Eduardo Brandão. Mas novas traduções são sempre bem-vindas. A Editora Autêntica promete traduzir sua obra completa. Rogério Bettoni vai traduzir os livros da escritora da Nova Zelândia, começando por “Numa Pensão Alemã” (contos), de 1911, que sai este ano.
O deputado José Nelto disse que vai tentar convencer a jornalista Cileide Alves, de 55 anos, que foi demitida de “O Popular” na semana passada, a participar da assessoria de imprensa do PMDB ou de sua equipe. “Cileide Alves foi minha assessora de imprensa quando fui presidente da Câmara Municipal de Goiânia entre 1991 e 1992. Trata-se de um jornalista competente e mantemos contato há muitos anos. Seu primeiro marido, o Milton, foi meu colega no Colégio Carlos Chagas”, afirma José Nelto. O deputado sublinha que a jornalista “só fica desempregada se quiser”.

Guilherme de Pádua e Paula Thomaz alegam não ter condições de pagar 500 salários mínimos para a autora de novelas da TV Globo e 500 salários mínimos para o ator de novela