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[caption id="attachment_76606" align="alignleft" width="282"] João de Deus “atendeu” Roberto Civita, no Hospital Sírio-Libanês, e ganhou uma capa da revista “Veja”[/caption]
Leitores da “Veja” foram pegos de surpresa com a capa da edição nº 2485, de 6 de julho de 2016: “Exclusivo — A luta de João de Deus contra o câncer”. O subtítulo acrescenta: “‘Veja’ acompanhou durante seis meses como o médium mais famoso do Brasil enfrentou um tipo agressivo de tumor no estômago”. De feição laica, a revista trata com ironia médiuns e profetas. No entanto, as dez páginas tratam João de Deus praticamente como o “papa do espiritismo”. A reportagem de Adriana Dias Lopes é respeitosa, como deve ser mesmo, mas o enfoque não parece ser o da “Veja”. É muito a favor, quando seu lema parece ser “somos do contra”.
Na verdade, há uma explicação para contenção da revista, quase sempre “enfant terrible”. A biografia “Roberto Civita: O Dono da Banca — A Vida e as Ideias do Editor da Veja e da Abril” (Companhia das Letras, 534 páginas), de Carlos Maranhão, revela que, quando o criador das revistas “Veja” e “Exame” estava internado no Hospital Sírio-Libanês, em estado grave [leia texto nesta edição], sua família convocou o médium goiano João Teixeira de Faria, o João de Deus.
João de Deus é um espécie de guru espiritual de Lula da Silva, de Dilma Rousseff e do cardiologista Roberto Kalil, do Sírio-Libanês. “Na segunda-feira, 22 de maio [de 2013], quando o médium chegou ao hospital, Roberta lhe falou” de um “pressentimento” sobre o pai, Roberto Civita. O médium disse que Roberta, “seus irmãos [Giancarlo e Victor Civita] e Maria Antonia [mulher de Roberto Civita] deveriam ir a Abadiânia. Recomendou que se vestissem de branco. Titti [Victor] não aceitou o convite. Lá, na quarta-feira, João de Deus levou Roberta para sua sala, onde ficaria sozinha, com uma instrução: ‘Pense muito, pense no seu pai’. Ela fechou os olhos, concentrou-se e nesse momento, segundo afirmaria, teve a visão do pai em Nova York. Ficaria lá até sábado, quando voltou a São Paulo, chorando durante toda a viagem. João de Deus também regressou ao hospital e convocou a família para se reunir no apartamento às oito da noite do domingo, 26 de maio de 2013. Uma hora e quarenta minutos depois, ao fim de 140 dias de internação, Roberto Civita morreu”.

A biografia “Roberto Civita: O Dono da Banca — A Vida e as Ideias do Editor da Veja e da Abril” (Companhia das Letras, 534 páginas), de Carlos Maranhão, menciona o governador de Goiás, Marconi Perillo, na página 268. Roberto Civita convidou Marconi Perillo para almoçar, na Editora Abril. O tucano-chefe “revelou que pensava em implantar um cinturão verde em torno” de Goiânia, capital do Estado de Goiás. Com suas maneiras incisivas, o empresário sugeriu: “Você irá fazer o seguinte. Ao sair daqui, pegue seu avião e não vá para Goiânia. Desça em Brasília e mande o motorista levá-lo direto à embaixada dos Estados Unidos. Procure o embaixador e diga que você quer saber tudo sobre o cinturão verde de Washington”. O editor-empresário só convidava para almoços políticos, empresários, economistas, publicitários, jornalistas que tinham alguma contribuição para melhorar o país.

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O jornalista e crítico literário Marcos Nunes Carreiro, mestrando em literatura na Universidade Federal de Goiás, certamente não compraria — suas preferências vão, todas, para “O Senhor dos Anéis”, do britânico Tolkien —, mas muitos leitores e aficionados pela série “Harry Potter”, com dinheiro farto nas contas bancárias, certamente não hesitariam em comprar a casa de Harry Potter (o personagem central dos romances de J. K. Rowling) que serviu de cenário para o primeiro filme da saga.
A casa está à venda por 555 mil euros — quase 2 milhões de reais. Segundo o jornal português “Correio da Manhã”, “embora a morada real da casa seja diferente da do filme, tudo o resto permanece inalterado, como é o caso do lugar debaixo das escadas que servia de quarto para o herói da saga. Embora o preço da moradia não seja para todos os bolsos, os fãs do feiticeiro não querem deixar passar a oportunidade de entrar no cenário mágico do filme. As visitas à casa têm de ser marcadas com antecedência e esta poderá ser vista no dia 24 de setembro entre as 15h30 e as 17 horas. A empresa responsável pela venda tentou não dar muita importância à história do imóvel, preferindo valorizar os fáceis acessos à mesma, no entanto, é o misticismo e o ambiente de magia que cativa os possíveis compradores”.