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Edmund de Waal, professor da Universidade de Westminster, é autor de um livro excepcional, “A Lebre Com Olhos de Âmbar”. Não é ficção, mas o pesquisador escreve com se fosse escritor, usando sua imaginação poderosa para tornar a realidade atraente e mais rica.  A obra sobre pequenas esculturas japonesas, de madeira e marfim, tornou-se praticamente objeto de culto. O trabalho para preservar os netsukes é quase um pretexto para o autor contar a história de sua família e, no percurso, falar

de escritores, como Proust, e artistas plásticos. Um de seus parentes, figura extraordinária — mecenas de grandes pintores —, tornou-se personagem do romance-romances “Em Busca do Tempo Perdido”. Os leitores apaixonados pelo livro decerto ficaram pensando: quando sairá o próximo? O novo livro saiu em inglês, em 2015, e a edição de Portugal acaba de ser posta nas livrarias, com o título “A Rota da Porcelana” (Sextante, 392 páginas, tradução de Maria Lúcia Lima).

Ainda não li, mas, fiado no histórico de Edmund de Waal, vai para o topo da minha lista para este ano. A editora afirma que se trata da “história de uma obsessão” (subtítulo da obra em inglês): “Acompanhado pelo jesuíta D’Entrecolles, enviado à China do século 18, pelo cientista Tschirnhaus, amigo de Leibniz e Espinosa, pelo dissoluto Böttger, reinventor da porcelona no Ocidente, pelo Quaker William Cookworthy, Edmund de Waal leva-nos agora numa peregrinação pela história do ‘ouro branco’, a porcelona, a sua grande paixão. E nessa viagem conta-nos a história dos homens do último milênio. Fabuloso!”