Por Italo Wolff

A seca pela qual a capital passa chama atenção para a situação dos recursos hídricos e revela medidas paliativas e falta de entendimento da situação de fato
[caption id="attachment_214027" align="alignnone" width="620"] Uma das diversas nascentes do Córrego Rosão que alimenta o Meia Ponte tem suas margens degradadas | Foto: Fernando Leite / Jornal Opção[/caption]
Pelo fundo dos bairros Jardim Conquista, Dom Fernando I e Dom Fernando II passa o Córrego Rosão, um dos afluentes do Rio Meia Ponte. Há mais de uma década, o rompimento de uma adutora da Saneago causou um enorme processo erosivo que viria a ficar conhecido como “buracão”. O buracão foi aterrado em 2017 e o esgoto, que era despejado no córrego, foi devidamente canalizado, mas, embora haja decisão judicial para recuperação da área degradada, o local continua sofrendo com invasões, despejo de lixo doméstico e uso ilegal dos recursos hídricos. A situação não é melhor no restante da cidade.
Quando a vereadora Dra. Cristina chamou a atenção para a situação dos moradores da região e conseguiu reparar a erosão com fundos de emenda parlamentar municipal, foi acordado que a Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) apresentaria um Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (Prad), mas nunca o fez. Os moradores que formaram a Associação Comunitária do Jardim Conquista (Ascojaco) relatam que o problema está longe de definitivamente solucionado.
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Raquel Alves Batista, vice-presidente da Ascojaco relata que o interesse da associação é transformar o local em um parque, com isolamento das nascentes, reflorestamento da vegetação nativa e desocupação de invasões no local. “Até que isso aconteça, vão continuar aparecendo processos erosivos nesta, que já é uma Área de Preservação Permanente (APP). Isso não é respeitado. Hoje mesmo (1 de outubro) a Amma apreendeu uma fábrica de gelo clandestina que retirava água do córrego para vender no centro da cidade”, afirma a vice-presidente da associação de moradores.
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Região ainda não tem um Plano de Recuperação de Área Degradada | Foto: Fernando Leite / Jornal Opção[/caption]
Manda-chuvas
Há 187 mananciais identificados e que estão distribuídos por todas as regiões de Goiânia. Segundo a assessoria de imprensa da Amma, os principais problemas constatados nestes cursos hídricos são: descarte de entulho e lixo doméstico, lançamento clandestino de esgoto, desmatamento de mata ciliar resultante de invasão de APPs. Não há, entretanto, estudo que monitore a qualidade das águas ou verificação do grau de degradação dos mananciais. Gilberto Marques Neto, presidente da Agência Municipal do Meio Ambiente, afirma que a fiscalização tem sido um dos focos do órgão: “Através de parceria com o Comando de Policiamento Ambiental (CPA) da Polícia Militar, a Amma passou a ter suporte nas abordagens aplicando não apenas medidas administrativas, mas judicializando infratores que podem ser criminalmente processados”. Gilberto Marques Neto afirma também que a Medida Provisória (MP) da Liberdade Econômica já facilitou o licenciamento ambiental de 775 processos através do programa Licença Ambiental Fácil. O presidente do órgão espera que, ao modernizar a concessão de licenças, parte da equipe possa ser alocada no monitoramento ambiental. De forma semelhante, a Secretaria de Estado de Meio-Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) também fiscaliza e pune infrações, mas não tem estudos para controlar nível ou qualidade hídrica. Como o licenciamento ambiental é descentralizado – compartilhado entre Governo Estadual e município – ambos os níveis têm a obrigação de supervisionar o uso de recursos hídricos. Entretanto, a estadual Semad tem uma obrigação a mais, pois autoridade sobre as águas subterrâneas é sua, exclusivamente. A autorização para abrir poços artesianos não depende de licenciamento ambiental, mas sim de outorga, que tem encargo estadual. [caption id="attachment_214033" align="alignnone" width="620"]

Conversa com quem entende
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"Cormac McCarthy nos dá um senso da vida ribeirinha que se lê como um sinistro Huckleberry Finn" – The New York Times Book Review. "Suttree contém um humor que é faulkneriano em sua ironia gentil" – The Times Literary Supplement

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Com grandes comediantes dividindo espaço com iniciantes regionais na programação, o Guardians Comedy Club se tornou um centro da cena de humor no Centro-Oeste
[caption id="attachment_219566" align="alignnone" width="620"] Luiz Titoin se apresenta no Guardians Comedy Club | Foto: Fábio Costa / Jornal Opção[/caption]
“Não tem réveillon no Brasil melhor do que o de Fortaleza. Na praia de Iracema, de graça, um monte de banda boa, é só chegar que a festa já está rolando. Para quem tem aquela mentalidade de ‘ano novo, vida nova’ é o melhor lugar para ir. É tudo novo, celular novo, carteira nova, tênis novo. Você começa o ano do zero. Às vezes até vida nova, nunca se sabe o que pode acontecer por lá”. Moisés Loureiro.
Como mostram o professor de psicologia Peter McGraw e o jornalista Joel Warner no livro “The Humor Code” (Simon & Schuster, 2014), a maioria das pessoas pensa que é engraçada, mas na verdade não é. A dupla usou investigação científica em uma road-trip por comedy clubs na tentativa de encontrar o cerne do que causa a risada. O mecanismo encontrado pelos autores aparece nos melhores programas de TV, filmes e livros de comédia, e pode ser bem percebido quando se assiste a um comediante “nu” em frente ao público, armado apenas de seu texto e microfone, sem truques ou onde se esconder.
As melhores piadas, McGraw e Warner afirmam, estão na tênue linha entre a expectativa e surpresa, a ofensa e segurança. Gostamos de ser instigados a pensar por novos ângulos e de ser confortados pela reafirmação de que não somos os únicos a passar por uma situação patética. Por isso, a característica que faz uma pessoa ser engraçada tem a ver com resistência ao desconforto, um talento raro, que corresponde à capacidade de investigação de temas desagradáveis ou dolorosos – ou, como afirma Louis CK, “comediantes são os filósofos de hoje em dia”. Também é por isso que o último trecho da apresentação de Moisés Loureiro no Guardians Comedy Club, em Goiânia, funcionou tão bem.
Moisés Loureiro finalizou seu solo no dia 7 de novembro com um texto sobre colonoscopia. Em dez minutos o comediante compartilhou a experiência que lhe tirou noites de sono por preocupação. Em um monólogo que dá a ilusão de conversa de bar, Moisés Loureiro vai da humilhação frente à enfermeira bonita para a insegurança masculina, passando por tabus da sociedade e pelo sofrimento enfrentado por minorias, tudo a partir de uma situação cotidiana. Mas o que mais impressiona é perceber a ansiedade da sala cheia para ouvir uma história sobre colonoscopia, e escutar desconhecidos rindo juntos de temas sérios, controversos e embaraçosos.
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Com dez anos de experiência, Moisés Loureiro aconselha que quem deseja ser comediante se arrisque logo no palco | Foto: Fábio Costa / Jornal Opção[/caption]
“Faço comédia stand-up há dez anos”, disse Moisés Loureiro em entrevista antes do show. “Tenho a sorte de ter nascido no Ceará, a terra do humor. Quem quer fazer comédia e nasce no Ceará já tem meio caminho andado: Renato Aragão, Chico Anysio, Tom Cavalcante, Tiririca, Ciro Gomes. Como Fortaleza é uma cidade muito turística, visitantes chegam querendo ir a um forró, a uma praia, a um show de humor. Isso criou uma demanda de mercado. O primeiro comedy club do Brasil fica em Fortaleza, o Teatro do Humor Cearense, que existe há quase 20 anos”, afirmou ele.
O restante do Brasil não tem tanta sorte. O único comedy club do Centro Oeste é o Guardians Comedy Club, aberto há três meses, em Goiânia. Existem pubs que eventualmente recebem humoristas ou que realizam acontecimentos de comédia, mas, segundo Moisés Loureiro, nada substitui a importância de um espaço exclusivamente dedicado ao stand-up, onde o público pode se familiarizar com o gênero e comediantes podem testar piadas novas.
“Fortaleza mudou muito quando abriram as casas de stand-up”, afirmou o comediante. “Até hoje, em lugares como o Teatro do Humor Cearense, que é uma casa que tradicionalmente recebe humoristas que fazem personagens, ainda tenho de explicar o que é o stand up. Não tenho dúvida que a abertura do Guardians vai mexer com a cena goiana de comédia. É um primeiro passo para quem gosta de consumir humor e para quem pensa em trabalhar com isso.”
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Ramiro Braga de Castro diz que decisão de dedicar o Guardians à comédia veio após sucesso de testes com stand-up | Foto: Fábio Costa / Jornal Opção[/caption]
Ramiro Braga de Castro, que com o sócio Marx Willian é proprietário da casa, afirma que a casa começou como um empreendimento mais tradicional, já tendo sido um pub de música. “Foi meu sócio, o Marx, quem teve a ideia de fazer uma noite de stand-up, só para testar. Começamos a fazer de 15 em 15 dias. Logo eu tinha certeza de que iríamos virar uma casa só de comédia.” Além da aceitação do público, Ramiro Braga de Castro afirmou que o retorno dos comediantes goianos também o impressionou. Atualmente, são cerca de 16 em atividade que se apresentam em diversos sub gêneros do stand-up, desde especiais solo até noites exclusivas para testes de piadas.
Luiz Titoin é um dos goianienses que se apresentam no club com frequência e que se interessou pela arte ao assistir a um stand-up ao vivo. Ele afirma que há três anos estudava para passar em medicina e que estava muito estressado, quando decidiu assistir ao show de comédia para se distrair: “Lembro até hoje do set. Era o Rodrigo Marques, Patrick Maia e Luca Mendes. No final do show, o Eduardo Castilho disse que abriria o microfone para nossos comediantes que quisessem tentar e eu falei, quero fazer isso aí.”
Então, por conselho de humoristas profissionais, Luiz Titoin começou a se apresentar “na coragem”, como afirmou. “Logo entendi que, como tudo na vida, você tem de estudar. No início coloquei a cara e tentei fazer, o que foi a melhor coisa para mim, mas no decorrer da carreira fui estudando, lendo, fazendo cursos e workshops”. Logo, Titoin começou a abrir shows de outros humoristas em diversas cidades. Segundo Ramiro Braga de Castro, esta é a importância de um local cativo para a comédia. “Toda noite com um grande comediante é um workshop”, disse ele. “É sempre um aprendizado que vem à Goiânia toda semana”.
Moisés Loureiro complementou afirmando que, ao longo dos quinze anos de história do stand-up brasileiro, os comedy clubs desenvolveram o gosto do público pelo gênero e permitiram o aprimoramento das próprias piadas dos comediantes. Durante oito de seus dez anos de carreira, Moisés Loureiro manteve o mesmo texto, mas recentemente tem sondado novas piadas graças ao espaço que encontrou nas noites de teste. Lentamente, essa forma mais singela de filosofia vem crescendo no Brasil.

O Muro de Berlim, símbolo da Guerra Fria, foi destruído em um momento de promessa de unificação e diálogo. Trinta anos depois, em meio a polarização política, o Brasil pode tirar lições da história
[caption id="attachment_219531" align="alignnone" width="620"] Pessoas no topo do Muro de Berlim, perto do Portão de Brandenburgo, em 9 de novembro de 1989 | Foto: Reprodução / Sue Ream / Wikimedia Commons[/caption]
Neste sábado, 9 de novembro, trinta anos no passado, às 18:45 no horário de Brasília, caía o Muro de Berlim. O maior símbolo da Guerra Fria dividiu uma cidade ao meio, separando famílias e nações por 27 anos, para ser derrubado em 1989 ao ceder às pressões por unificação dos alemães divididos e ao desgaste da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).
Na realidade, o muro não era apenas um muro, mas uma linha de 140 quilômetros composta por (em ordem, do leste para o oeste) uma barreira de concreto com 3,6 metros de altura, fossos de 3,5 metros de profundidade para impedir progresso de veículos, mil e quatrocentos soldados, 260 cães de guarda, 20 bunkers, uma cerca de arame farpado, sistema de alarme, estacas de aço (chamadas de “carpete de Stalin”), outro muro de concreto coberto com cerca elétrica, 302 torres de vigia e um caminho pavimentado para veículos de guarda. Nem todos os elementos estavam lá em 1961, quando o bloqueio foi construído, mas foram sendo gradualmente implementados ao longo dos anos.
Cem metros dividiam uma margem a outra do limite entre a Alemanha Ocidental, chamada de República Federativa Alemã, e a Alemanha Oriental, conhecida como República Democrática Alemã (DDR, Deutsche Demokratische Republik), que não era uma república, nem democrática e tampouco alemã. Em seus anos de vigência, mais de 8.500 pessoas atravessaram do leste para oeste e pelo menos 140 morreram tentando, segundo o Memorial do Muro de Berlim. Ainda segundo a instituição alemã, os soldados, que tinham ordens de atirar para matar, reduziram o número de fugas em 75%, isto é, 2.300 incidentes por ano, e mudou Berlim de um dos pontos mais fáceis de se atravessar a fronteira para um dos mais difíceis.
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Foto revela área conhecida como "Faixa da Morte", onde | Foto: Reprodução / Wikimedia Commons[/caption]
Após o fim da Segunda Grande Guerra, a Alemanha foi dividida em quatro zonas de ocupação de membros das Forças Aliadas. Estados Unidos, França, Reino Unido e URSS passaram a controlar os territórios da cidade de Berlim, apesar de esta estar situada dentro da zona soviética. De 1945 a 1952, as tensões da Guerra Fria se acirraram conforme os países não soviéticos se uniram em uma zona para reconstrução financiada pelo Plano Marshall.
A inevitável comparação entre ocidente e oriente promoveu uma migração em massa do leste para o oeste. Entre 1945 e a construção do muro, mais de 3.5 milhões de alemães fugiram da DDR, cerca de 20% da população do país oriental. Quem propôs um sistema de controle ao movimento da população em 1952 foi o ministro de assuntos exteriores, Vyacheslav Molotov (o homem cujo nome foi dado ao artefato explosivo coquetel Molotov). Porém, as restrições burocráticas por meio do controle de passaportes foram lentamente escalando. A barreira física e aperfeiçoamentos para matar se tornando gradualmente mais eficientes, até que a epítome da Cortina de Ferro se materializasse no Muro de Berlim.
Um Goiano no outro lado do muro
Wilson Ferreira Cunha é antropólogo, cientista político e professor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Tendo se formado em história pela Universidade Russa da Amizade dos Povos, em Moscou, de 1965 a 1972, o professor teve a oportunidade de cruzar a fronteira entre mundo capitalista e socialista várias vezes. Wilson Ferreira Cunha conta sobre a experiência de viajar da DDR para o mundo ocidental: [caption id="attachment_75946" align="alignnone" width="620"]
A queda
A pressão dos refugiados orientais aumentou até os últimos dias do muro. Conforme o chefe do partido comunista em Berlim Oriental Günter Schabowski afirmou ao jornal Deutsche Welle anos depois, a estratégia para lidar com os cidadãos descontentes e que apresentavam potencial de gerar protestos era expedir permissões oficiais para migrar ao oeste. Mais de 600 mil alemães orientais migraram, mais da metade com permissão da DDR. Em novembro de 1989, o movimento migratório cresceu tanto que os órgãos encarregados da DDR sofriam com o volume de burocracia. Para aliviar a demanda da expedição de permissões, no dia 9 de novembro, a administração ministerial modificou a política, incluindo viagens particulares de ida e volta na lista de autorizações. O anúncio seria dado à mídia ocidental por Günter Schabowski, e as novas regras deveriam entrar em vigor no dia seguinte. https://www.youtube.com/watch?v=su49zXNeJr4 Günter Schabowski, entretanto, não estava bem informado da mudança de regras, que foram concluídas horas antes da comunicação oficial, e recebeu as novidades em bilhete que leu em voz alta, ao vivo, sem conhecer seu conteúdo. O repórter italiano Riccardo Ehrman, da ANSA, perguntou ao líder do partido quando os regulamentos entrariam em vigor. Schabowski respondeu: "Pelo que sei, imediatamente, sem demora". Confiando nas informações vindas do ocidente, milhares de alemães orientais se dirigiram ao muro https://www.youtube.com/watch?v=ube21r7l2oM As cenas televisionadas mostram soldados desinformados hesitantes permitindo a passagem do povo, que se colocou a atacar a muralha em meio à reencontros de famílias e amigos divididos.Lições do Muro de Berlim
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O deputado estadual que é relator do projeto na Comissão Mista afirmou que, ainda este ano, o aplicativo Olho na Bomba será regulamentado e terá mudança em sua administração