Por Ton Paulo

O caso controverso foi revelado pelo Jornal Opção em dezembro do ano passado

Cogita-se que a emissora pode produzir uma série sobre o caso baseada no livro " Indefensável - O goleiro Bruno e a História da Morte de Eliza Samudio"

Nesta primeira etapa, aproximadamente 120 milhões de consumidores entraram no Cadastro

O governador também fez um convite ao presidente Bolsonaro para acompanhar a abertura da unidade. OS gestora deve ser definida até o final de janeiro

Conforme avanço da idade, mulheres com pretensões de engravidar devem ficar atentas

Para Nivaldo Mello, dirigente do MDB no município, Ludmila Loyola é um nome viável para as eleições para prefeito da região e conta com grande respaldo e admiração da população

De acordo com os institutos meteorológicos Climatempo e Inmet, a chuva não deve dar trégua durante todo o fim de semana

Água levou plantações, animais, destruiu propriedades e transformou o local numa grande poça enlameada. O clima é um só: consternação
[caption id="attachment_229923" align="alignnone" width="612"] Pontalinenses caminham em meio ao caos deixado pela água da represa que rompeu | Foto: Fábio Costa/Jornal Opção[/caption]
De Pontalina
Quem chega a um determinado trecho da Fazenda São Lourenço das Guarirobas, na zona rural do município goiano de Pontalina, se depara hoje com um cenário desanimador de água e lama. Assim ficou o lugar e algumas regiões próximas dali depois que a represa que comportava cerca de 340 milhões de litros rompeu no último sábado, 4, estourando no Córrego Jataí.
Sentada à sombra da área externa de uma casinha vermelha situada ao lado da dantesca poça de lama, uma mulher observa longamente a paisagem desoladora. Rafaela foi um das vítimas do furor da natureza aliada à negligência humana. O rompimento da represa, que fez com que a água descesse arrastando bicho, planta, terra, tudo o que havia pelo caminho, fez com que a casa onde vive ficasse alagada, inutilizando quase todos os seus pertences.
A secretária de 31 anos perdeu praticamente todos os móveis. Ela conta que estava em Uberlândia (MG) quando tudo aconteceu, e só se deu conta dos danos quando retornou para casa. “Perdi praticamente tudo. Só deu pra salvar a televisão, que estava na parede, e o fogão”, desabafa. No interior da casa simples, a umidade e o forte cheiro de água suja tomam conta. Na sala, pequenos sofás amontoados remontam à visão de uma tentativa frustrada de secar os móveis. “Esses sofás aqui eu vou ter que jogar fora, não prestam mais. Ta sentindo o cheiro forte?”, pergunta, enquanto mostra as inúmeras perdas pela casa.
Do lado de fora, uma cama virada na vertical e que antes estava no quarto de Rafaela também exala o odor de umidade. Na cozinha não é diferente. As portas do armário de madeira, inchadas e tortas, fazem com que seja impossível fechá-lo ou usá-lo de qualquer outra forma. Próximo da casa, a mulher aponta para um chiqueiro onde ficava seu porco. O animal desapareceu, e a suspeito é a de que o animal tenha sido levado pela água.
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Situação do trecho da Fazenda São Lourenço das Guarirobas após rompimento da represa | Foto: Fábio Costa/Jornal Opção[/caption]
Rafaela ainda está incrédula quanto ao ocorrido. Ela relembra que o cenário há poucos dias era completamente diferente. “Isso aqui era uma paz. Agora, parece que passou um tsunami. Ainda não acredito, sabe. Só dá vontade de ficar aqui, olhando, porque não sei ainda o que vou fazer. Vieram uns bombeiros aqui, pegaram meus dados pra um cadastro aí, mas depois disso não me falaram mais nada”, conta.
A alguns metros dali, o funcionário público aposentado Ronaldo Luís Moura, de 49 anos, também observa o quadro de destruição. A aproximação do repórter do Jornal Opção o faz alertar: “Cuidado com essa parte aí onde você ta pisando, também pode cair a qualquer momento”. Ronaldo se refere a um trecho de barranco afetado pela água que, ao que tudo indica, era parte de uma faixa de terra.
O aposentado relata que seu irmão, Wilson Luís, é dono de uma propriedade na região afetada pela catástrofe. Ele conta que Wilson estava no local quando tudo acontece. “Ele ouviu um barulho estrondoso, e quando correu pra ver, viu que o barranco estava rachando. Foi no momento em que houve a avalanche da terra com a água”, relembra. De acordo com ele, o irmão, que é serralheiro e vai esporadicamente à propriedade para cuidar do local, mantinha plantações que foram arruinadas pelo ocorrido. “Ele plantava milho, abóbora, repolho, e agora acabou. A água levou tudo”.
Ronaldo diz que estava em Goiânia quando foi informado do rompimento da represa, e ficou impressionado pelo conteúdo das imagens do vídeo feito e enviado pelo irmão que, felizmente, não se feriu.
Pontalinenses quase isolados
Depois do rompimento do barramento, o ato de entrar e sair de Pontalina pode ser definido como uma jornada de risco. Com o bloqueio das principais vias de acesso, pelas GOs 040 e 215, o caminho possível é o que passa por dentro da Fazenda Santa Gabriela. Uma moradora do município comentou sobre a atual situação. “A gente ta isolado aqui! Pra sair da cidade ficou difícil demais depois do rompimento da represa”, disse. [caption id="attachment_229927" align="alignleft" width="455"]
Alterações indevidas foram feitas na represa, diz Semad
A represa que rompeu fica na fazenda de propriedade do ex-prefeito de Pontalina Edson Guimarães, conhecido como Edson “Mossó”. Segundo a Defesa Civil, um dos principais fatores para o rompimento foi o grande volume de chuvas que se abateu sobre a região no último fim de semana: foram 192 milímetros por hora (mm/h) de chuva em 12 horas, o equivalente a 76% do esperado para o mês inteiro. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) declarou na segunda-feira, 6, Alerta Amarelo ativo por um dia para Pontalina. De acordo com o instituto, o alerta indicava grande possibilidade de chuvas entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia, ventos intensos (40-60 km/h) com risco, mesmo que baixo, de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas. O prefeito pontalinense, Milton Ricardo (MDB), chegou a declarar Situação de Emergência por 180 dias em razão dos grandes prejuízos que têm sido causados pelas chuvas. Entretanto, as condições em que se encontrava a represa também contribuíram para a catástrofe. Conforme a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), alterações indevidas foram feitas na estrutura original, com bloqueio do equipamento de extravasão lateral. Além disso, ainda de acordo com a pasta, os técnicos que foram ao local verificaram a não abertura da descarga de fundo, o que poderia ter evitado o rompimento e amenizado os efeitos da cheia causada pelo alto volume de chuvas na região. A Secretaria informou que a barragem localizada na Fazenda São Lourenço das Guarirobas "estava regular quanto à outorga para o barramento e uso de água”, e que possuía licenciamento ambiental concedido pelo município de Pontalina, que tem competência para a emissão. Todavia, o cadastro de segurança da barragem não estava em dias, uma vez que o prazo expirou em 31 de dezembro de 2019. A apuração da Semad também chegou à conclusão de que as pontes das GOs 040 e 215 – atualmente interditadas - tiveram suas estruturas afetadas pela onda oriunda do rompimento da represa. Para entrar ou sair de Pontalina, até a recuperação das vias de acesso, é preciso passar por dentro da Fazenda Santa Gabriela. Já quanto aos prejuízos causados dentro da cidade, a Semad declarou que será feito um mapeamento da origem da água que danificou imóveis e outros bens materiais e também uma análise da extensão das perdas para identificar causas e culpados. A Secretaria confirmou que deverá multar o proprietário da represa, o ex-prefeito Edson “Mossó”, por quatro itens iniciais, que são a alteração indevida do projeto original, descarga de fundo fechada, não manutenção adequada do barramento e não realização do cadastro no sistema de barragens. O valor inicial da multa pode chegar a R$ 90 mil, exclusos os valores referentes a danos ambientais e estruturais, que serão ser calculados à parte.
Brilho de Michael não passa despercebido, e o jovem atacante é uma das promessas do futebol para 2020
[caption id="attachment_229478" align="alignnone" width="620"] Michael saiu da pequena Poxaréu, no Mato Grosso, direto para os holofotes do futebol / Foto: Divulgação[/caption]
Se há uma palavra que pode ser tranquilamente associada a Michael Richard, essa palavra é perseverança. Além de, é claro, talento. O baixinho de pele morena e olhar vivo, atacante do Goiás Esporte Clube, é uma estrela premiada e promissora que aos 23 anos já conta com o título de revelação do Campeonato Brasileiro de 2019. Hoje Michael é considerado a “galinha dos ovos de ouro” do time esmeraldino, mas nem sempre a vida do jogador foi um mar de rosas.
Michael Richard Delgado de Oliveira deixou sua cidade de origem, Poxoréu, no interior do Mato Grosso, aos 16 anos e rumou para Goiás atrás de um sonho: jogar bola profissionalmente. O garoto magro e de baixa estatura (Michael tem 1,66 de altura) se destacava desde criança, quando aos 7 anos já jogava nos populares “terrões” com pessoas bem mais velhas e mais experientes que ele. O biótipo físico lhe permitia sobressair no drible e na velocidade – coisas que o colocam em evidência até hoje.
Há cerca de seis anos, a atual estrela do Goiás bateu de porta em porta na busca de uma oportunidade de mostrar seu talento. Entretanto, as coisas, a princípio, não saíram bem como ele imaginou. Só do Goiânia Esporte Clube, Michael foi dispensado quatro vezes. Negativas vieram também do Atlético, Aparecida e Vila Nova. O circuito dos clubes goianos parecia determinado a não facilitar para que o jovem perseguisse seu sonho.
Os “nãos” eram duros, e a perspectiva para o futuro não era das melhores. Em um dado momento, Michael simplesmente desistiu. Até porque todas as portas pareciam-lhe fechadas. O jovem mato-grossense, então, começou a enveredar por caminhos escusos e passou a se envolver com o tráfico de drogas. Chegou a ser ameaçado de morte e, por uma vez, quase teve a vida ceifada. Se hoje está vivo, segundo o próprio, deve isso ao seu contato com a fé cristã, quando começou a se reerguer.
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Michael é uma das promessas de 2020 para o futebol / Foto: Reprodução[/caption]
Michael encontrou na espiritualidade o caminho para a autoconfiança e a renovação da esperança no futebol. Em entrevistas, o jovem atacante cita frequentemente a prática constante de orações e sua ligação com Deus como fonte de força e proteção. Foi durante esse momento de fé que uma oportunidade bateu à porta de Michael.
Uma nova chance para o mato-grossense surgiu quando, durante sua estadia no Monte Cristo, onde jogava na 3ª Divisão goiana, Fabrício Carvalho, então dirigente técnico do Goiânia, fez a proposta que foi prontamente aceita. E lá foi Michael, em 2016, brilhar na Segunda Divisão do Campeonato Goiano. Foi no time da capital que o atacante começou a se destacar e as oportunidades começaram a lhe sorrir.
O jovem de Poxaréu conseguiu ser chamado pelo Goianésia, onde deu um show no Goianão de 2017. Não havia uma pessoa que não o notasse. Graças ao seu corpo esguio, o baixinho costurava em campo no meio dos jogadores, driblava com maestria, dominava o jogo. Os olhos do grande esmeraldino logo cresceram, e no ano seguinte, já vestindo a camisa do Goiás, Michael mostrou a que veio.
De acordo com os dados do Footstats, foram 7 gols marcados, 9 assistências, 47 finalizações, 33 desarmes, 56 passes decisivos e 57 dribles completos em 33 jogos disputados pela Série B do ano passado.
A “Era Michael” começava no Goiás, e o rapaz começou a despertar interesses dos grandões de fora.
De olho em Michael, gigantes sondam o Goiás
Não se sabe se o Goiás já ficou pequeno para Michael, mas que grandes times do país rondam o jogador com olhos vidrados, isso é fato. Clubes como Flamengo, Corinthias e Palmeiras têm sondado o Goiás na tentativa de comprar o atacante, mas o futuro é incerto. O Corinthias já deu seu lance: R$ 22 milhões mais três jogadores da escolha de Ney Franco, que renovou recentemente seu contrato para esta temporada no Goiás. Porém, o Verdão parece ter batido o pé quanto ao valor da multa rescisória de R$ 50 milhões. Mauro Machado, vice-presidente de futebol do clube esmeraldino, em entrevista ao Opção, adianta que a ideia do time é a de manter Michael pelo máximo de tempo possível, mas que não pode evitar que o jogador alce novos voos. Machado leva em conta a questão financeira e revela que se algum dos clubes interessados em Michael se dispuser a pagar o valor pedido da multa, não haverá impedimentos. “Se ele [Michael] concordar em ir, se o clube pagar a multa, a única coisa que a gente pode fazer é receber a proposta”, diz. Machado faz questão de enfatizar a valiosa contribuição técnica de Michael para o time goiano. Para ele, o mato-grossense é um ótimo jogador o que fica nítido por “tudo aquilo que representa em campo”. O vice-presidente de futebol do Goiás salienta também a notoriedade que Michael trouxe para o Goiás. “Queira ou não, ele [Michael] chama a atenção. Recebemos muita atenção da mídia por causa dele”. Seria leviano concluir sem sombra de dúvida, agora, que Michael deixará o Goiás ou mesmo que o rapaz continuará no clube. Seja como for, o “peladeiro” que saiu da pequena Poxaréu aos 16 anos de idade para jogar bola hoje brilha como uma revelação do esporte, e uma vez que suas asas se abriram, a tendência é que elas alcancem alturas cada vez maiores.
Em uma nota divulgada pela PRF no mês passado, onde informava a retomada do uso dos radares móveis, a corporação enfatizou um estudo técnico que traz centenas de trechos críticos de rodovias, e que inclui o Estado de Goiás
[caption id="attachment_229467" align="alignnone" width="620"] Em um relatório contendo 500 trechos críticos, Goiás possui 17 / Foto: Reprodução[/caption]
Em um ano marcado por altas e baixas judiciais no que tange às leis e normas de segurança no trânsito, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) trouxe à tona dados preocupantes concernentes à grande quantidade de trechos críticos e com alta incidência de mortes nas rodovias que cortam o Estado de Goiás. E além da imprudência dos motoristas, o fator que pode influenciar a perda de vidas nas BRs pode estar intimamente ligado ao afrouxamento e perda de eficácia dos procedimentos de fiscalização.
No dia 15 de agosto deste ano, o presidente da República Jair Bolsonaro determinou ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio de despachos publicados no Diário Oficial da União, a suspensão do uso de radares estáticos, móveis e portáteis nas rodovias federais que cortam os Estados. A decisão, à época, gerou bastante burburinho e controvérsia. De um lado, houve aqueles que defenderam a decisão do presidente, alegando que os radares funcionam como uma ferramenta da "indústria das multas". Já outros se posicionaram de forma totalmente contrária e defenderam que a retirada dos radares móveis das rodovias poderia aumentar o número de acidentes e, consequentemente, de vítimas fatais.
Quando o cidadão já estava quase se acostumando à ideia da ausência de radares nas BRs e a PRF já havia recolhido todos os equipamentos, no dia 11 de dezembro, quatro meses após a iniciativa presidencial, a Justiça Federal em Brasília decidiu por revogar a determinação do governo Bolsonaro. Na decisão, o juiz Marcelo Gentil Monteiro, da 1ª Vara Federal Cível, atendeu a um pedido liminar feito pelo Ministério Público Federal (MPF) e entendeu que a falta dos radares pode causar danos à sociedade.
O governo federal bem que tentou reverter o quadro, mas no dia 18 de dezembro o Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, sediado em Brasília, negou recurso da União para anular a decisão que determinou a volta dos radares móveis às rodovias. No dia 23 do mesmo mês, a PRF enviou nota à imprensa informando que havia adotado “todas as providências necessárias para o cumprimento da decisão judicial proferida pelo Exmo. Juiz Federal Substituto da 1ª Vara – SJ/DF, Marcelo Gentil Monteiro, restabelecendo a fiscalização de velocidade por meio de radares no prazo estipulado”.
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Radar móvel em rodovia / Foto: Reprodução[/caption]
A PRF informou, na ocasião, que a partir da data em questão todas as Superintendências da corporação possuíam equipamentos disponíveis e estavam orientadas a incluir a fiscalização de velocidade em seu planejamento operacional.
Pontos críticos nas BRs que passam por Goiás
Juntamente com a notícia de retomada do uso dos radares nas rodovias federais, em razão da determinação judicial, a PRF aproveitou para informar a respeito de estudos técnicos utilizados pela corporação e que apontaram 500 trechos de 10 quilômetros de extensão cada, com maior criticidade de acidentes de trânsito, classificados independentemente de sua causa, passíveis de serem fiscalizados com o uso de radares.
Conforme a corporação, a fiscalização de velocidade realizada pela PRF é pautada pela “estreita observância dos requisitos legais estabelecidos para sua execução, tendo por base os princípios da transparência e ostensividade, primando sempre pela promoção da segurança viária e a consequente preservação da vida”.
Dentre esses 500 trechos que reinam em números de acidentes, constantes no estudo da PRF, 17 estão em BRs que cortam o Estado de Goiás.O relatório de acidentes traz dados referentes aos trechos das rodovias com maior número de acidentes e mortos, medidos por 10 quilômetros, assim como a quantidade de acidentes graves e ponderados por trechos nos anos de 2016, 2017 e 2018.
Conforme mostrado pelos dados da PRF, um dos trechos campeões de mortes nos anos citados está o Km 10-20 da BR-040. Foram contabilizadas 26 mortes apenas nesses 10 quilômetros no período de três anos. Em termos de acidentes de graves, o Km 0-10, também da BR-040, sai na frente. Foram 39 apenas em 2018. Já os acidentes considerados ponderados, somando-se os números de 2016, 2017 e 2018 chegam a impressionantes 338.
Veja abaixo a relação dos números de acidentes graves e mortes por trecho considerado crítico de cada rodovia registrado no estudo técnico da PRF:
Trechos (10 Km) AG* 2016 AG* 2017 AG* 2018 Nº Mortos BR-040/GO km 0-10 84 49 39 16 BR-153/GO km 500-510 62 31 39 9 BR-040/GO km 10-20 23 43 24 26 BR-153/GO km 490-500 43 15 23 11 BR-060/GO km 90-100 23 12 21 11 BR-040/GO km 20-30 19 17 18 21 BR-153/GO km 510-520 25 17 15 7 BR-060/GO km 40-50 14 16 17 14 BR-153/GO km 430-440 15 12 16 13 BR-070/GO km 0-10 25 13 11 8 BR-060/GO km 160-170 34 10 10 4 BR-050/GO km 270-280 8 11 15 9 BR-060/GO km 30-40 12 13 12 13 BR-060/GO km 0-10 39 5 6 5 BR-060/GO km 380-390 10 7 11 4 BR-414/GO km 430-440 14 5 11 5 BR-020/GO km 0-10 11 13 6 8*Acidentes Graves

Apesar da polêmica de um suposto abandono do Partido Comunista do Brasil de seus símbolos históricos, a estratégia da legenda parece ser outra

O que o diretor Tom Hooper parece ter se esquecido (ou nem aprendido) é que o cinema e o teatro, apesar de serem ambas formas de arte que inebriam os sentidos humanos, possuem suas diferenças palpáveis e não podem ser transpostos de um para o outro de maneira tão irresponsável
[caption id="attachment_228727" align="alignnone" width="593"] Cena do filme Cats / Foto: Reprodução[/caption]
Quando o primeiro trailer do filme Cats, baseado no famosíssimo musical britânico (sucesso absoluto na Broadway, EUA), foi divulgado, a primeira reação do público foi uma só: estranheza. A aparência híbrida de gatos e humanos escolhida para os personagens pelo diretor inglês Tom Hooper, nome à frente dos excelentes A Garota Dinamarquesa e O Discurso do Rei, era, para usar de eufemismo, assustadora e engraçada (no sentido negativo da coisa).
Porém, foi em dezembro deste ano, quando o filme estreou, que a bomba explodiu. Cats foi, é e será, provavelmente por muito tempo, um dos filmes mais criticados e mal-avaliados da nossa época. O motivo: a obra é absurdamente ruim.
Não é possível saber qual era o conceito inicialmente idealizado por Hooper para o filme, mas se há uma coisa que podemos constatar sem absolutamente qualquer sombra de dúvida é que o resultado final não é digno nem de uma Sessão da Tarde da Globo. A impressão que se tem ao assistir Cats é a de que se trata de filme feito às pressas, sem nenhum cuidado com o roteiro, técnicas visuais e cenográficas.
A história é basicamente a mesma da peça de teatro: os gatos de uma tribo de rua chamada Jellicles tentam convencer a matriarca Old Deutoronomy de que são dignos de irem para o "Paraíso" dos gatos. Para atingir tal feito, os bichanos entoam canções onde contam suas histórias. O problema (e bota problema nisso) é que a péssima qualidade do CGI - efeitos de computação gráfica - e a confusa forma de condução da história fazem com que o expectador conte os segundos para o fim do filme.
Estamos falando de erros absurdos e inadmissíveis numa obra da magnitude da adaptação de Cats. Cenas, por exemplo, em que durante o "pulo do gato" de um dos personagens o cabo de aço escondido pelo CGI que o segura e supostamente deveria fazê-lo planar sobre os outros falha de alguma forma, e faz o gato/humano balançar de um jeito ridículo ao saltar no palco. Ou cenas em que um dos gatos vira o rosto bruscamente e as orelhinhas felinas de CGI parecem acompanhar de forma retardatária o movimento feito.
Para se ter uma noção do fiasco, a Universal, estúdio responsável pelo filme, teve que enviar aos cinemas do mundo todo, mesmo após a estreia oficial, uma versão "melhorada" com efeitos pelo menos um pouco mais "retocados", tamanha era a inferioridade do CGI usado.
Nem falemos então da indecisa escala de tamanho dos bichanos. Há cenas em que são retratados do tamanho normal de gatos, pequenos a ponto de passarem de pé embaixo de uma mesa ou de ficarem minúsculos nos trilhos do trem, já em outras lá estão eles, com estatura humana dançando e fazendo gracinhas pelo palco.
Nem mesmo o elenco de peso do filme, que traz nomes como Ian McKellen (nosso eterno Gandalf/Magneto), Judi Denche (a Lady Catherine de Orgulho e Preconceito) e Idris Alba, além da idolatrada cantora Taylor Swift, é capaz de fazer com que o público sinta empatia pelos personagens. A gata/humana escolhida para introduzir o expectador no universo dos Jellicle cats, Victoria (interpretada pela estreante Francesca Hayward), mesmo com uma atuação digna e com esforços visíveis, fica impossibilitada de imergir na história quem quer que seja, uma vez que a falta de trama e de uma história propriamente dita deixa aquele que assiste perdido e se perguntando "O que diabos está acontecendo?".
O que o diretor Tom Hooper parece ter se esquecido (ou nem aprendido) é que o cinema e o teatro, apesar de serem ambas formas de arte que inebriam os sentidos humanos, possuem suas diferenças palpáveis e não podem ser transpostos de um para o outro de maneira tão irresponsável.
O filme Cats insulta os sentidos de quem o assiste e a reputação dos grandes atores que o integram. É visível que eles se esforçam para fazer algo com a enorme porcaria que lhes foi entregue, mas nem assim conseguem salvar a obra do fracasso. A única opção para Tom Hooper depois de Cats é seguir o exemplo dos gatos de rua que ele tentou retratar, se enfiar numa lata de lixo e ficar lá um par de horas para refletir sobre o seu "inesquecível" filme.

De ofensas racistas e compartilhamento de pornografia infantil, os crimes cibernéticos infestam o ambiente virtual
[caption id="attachment_228485" align="alignnone" width="611"] Internet não é terra sem lei e crimes cometidos no meio virtual podem ser punidos / Foto: Reprodução[/caption]
Desde sua criação e popularização, a internet tornou-se um ambiente totalmente democrático e acessível que permite a qualquer um, independente de credo, etnia, gênero ou classe social expor sua opinião e seu estilo de vida no meio virtual. Qualquer pessoa com um aparelho celular ou um computador conectado à rede consegue dizer ao mundo quem é ela, o que está fazendo, como se sente e do que gosta.
Entretanto, ao mesmo tempo em que a internet pode ser vista como uma ferramenta de inclusão e de troca de experiências e saberes, a suposta privacidade que ela oferece e a comodidade de se estar atrás de uma tela ou de um monitor faz com que alguns se esqueçam da civilidade e do respeito. Ofensas, ataques, ameaças e piadas de mau-gosto estão presentes na rede online desde que ela passou a existir. Mas o que esses que fazem mau uso da internet também parecem não se lembrar é que o ambiente virtual não é terra sem lei, e o indivíduo pode ser sim responsabilizado por cada letra publicada em seu perfil do Facebook, Instagram, Twitter, e-mail ou qualquer outra plataforma que integra mar de algoritmos da internet.
Hoje, é possível se chegar a punições contra qualquer tipo de crime cometido na internet: desde palavras ofensivas proferidas durante uma briga, até crimes mais graves como compartilhamento de pornografia infantil ou de material com conteúdo discriminatório. No ano de 2017, em Goiânia, foi criada a primeira Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (Dercc) em Goiás. Desde lá, os policiais civis da área têm atuado em diversos casos envolvendo a prática de crimes no meio online.
Um caso que ganhou visibilidade recentemente foi o do deputado estadual Diego Sorgatto (PSDB). Segundo a Polícia Civil, durante meses uma dupla identificada como Marco Aurélio da Silva Conceição, vulgo Jenjulão, e Romero Alves Diniz, através de um perfil falso no Facebook com o nome de Junior Lapada, publicaram mensagens ofensivas com o objetivo de atacar a honra do parlamentar. A dupla foi apontada como autora do crime cibernético após investigações por parte da Dercc.
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O deputado estadual Diego Sorgatto já foi alvo de ataques no meio virtual / Foto: Reprodução[/caption]
Em outra ocorrência, registrada também neste ano, a Dercc identificou 10 torcedores apontados como responsáveis pelos crimes cometidos pela internet de ameaça e apologia à prática de crimes contra o presidente e diretor do Goiás Esporte Clube, Marcelo Almeida. Insatisfeitos com o desempenho do clube, os suspeitos enviaram para Almeida, através do WhatsApp, diversas mensagens com ameaças à sua integridade física e vida.
Esse tipo de crime tem se tornado mais comum do que se pensa, mas, felizmente, há vários meios de se combatê-lo.
ONG atua com análise e encaminhado de casos de crimes cibernéticos
Além da delegacia, existem também outros meios de denunciar crimes cometidos pela internet. Um deles é o site SaferNet, uma associação civil de direito privado, com atuação internacional. Fundada em 2005, a SaferNet, por meio do diálogo permanente, “conduz as ações em busca de soluções compartilhadas com os diversos atores da Sociedade Civil, da Indústria de Internet, do Governo Federal, do Ministério Público Federal, do Congresso Nacional e das Autoridades Policiais”. De acordo com a entidade, os crimes mais denunciados na plataforma são: intolerância religiosa, tráfico de pessoas, homofobia, pornografia infantil, maus-tratos contra animais, xenofobia, neonazismo, violência ou discriminação contra mulheres, apologia e incitação a crimes contra a vida e racismo. [caption id="attachment_228484" align="alignright" width="440"]

São quase 15 obras em andamento a serem entregues no ano que entra e que levam a marca do emedebista octogenário
Com 86 anos recém-completados, o emedebista Iris Rezende Machado, figura carimbada no Estado de Goiás, tem na conta dois mandatos de governador (1983 e 1991) e está no quarto mandato como prefeito de Goiânia (1966, 2005, 2009 e 2017). Apesar da idade e da extensa carreira política, Iris parece ainda estar em plena forma e só não será o candidato do partido nas próximas eleições municipais se não quiser. Na atual gestão, Iris tem investido no quesito que já é tradicionalmente ligado ao seu nome: infraestrutura e mobilidade urbana.
Em 2019, o prefeito da capital investiu pesado na rede de drenagem e no projeto do Bus Rapid Transit, o BRT Norte-Sul. Este primeiro conta com 2,6 quilômetros de extensão que vão da Praça Cívica, no Setor Central, até o Setor Norte Ferroviário. De acordo com a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, a Seinfra, quando concluída, a rede permitirá o lançamento das águas pluviais no Córrego Capim Puba, solucionando, teoricamente, o problema com enchentes e alagamento na região da Rua 44, Avenida Independência, Praça do Trabalhador, Avenida Goiás e adjacências, Praça do Bandeirante e Praça Cívica.
Os trabalhos de construção da rede de drenagem tiveram início em julho deste ano pela Rua 4, no Setor Norte Ferroviário. De lá, seguiu pela Avenida Oeste, no Setor Marechal Rondon, Avenida Goiás, onde cruza a Avenida Independência para chegar até à Praça Cívica. O prazo para conclusão total da obra é agosto de 2020.
Com orçamento na ordem de R$ 7,8 milhões (sem contar obras complementares), a rede de drenagem é parte integrante do complexo BRT. Este, por sua vez, teve início ainda em março de 2015 e, segundo a Prefeitura de Goiânia, só deverá ser concluído em outubro de 2020. O projeto de BRT Norte-Sul pretende entregar para a população de Goiânia um corredor com 21,8 quilômetros de extensão e interligará as duas regiões da capital goiana e Aparecida de Goiânia. De acordo com o consórcio BRT Brasil, o projeto beneficiará cerca de 120 mil usuários por dia. O projeto prevê a utilização de 93 ônibus, que irão operar em quatro linhas, circulando na velocidade estimada de 28 quilômetros por hora. Ainda conforme o consórcio, a frota irá atender 148 bairros da capital e o município vizinho, Aparecida de Goiânia. Ao todo, serão 39 plataformas de embarque e desembarque, além de seis terminais.
[caption id="attachment_228220" align="alignright" width="431"] Trecho da Avenida Goiás após obras da rede de drenagem / Foto: Fábio Costa[/caption]
O projeto já foi alvo de muitas críticas, inclusive vindas do presidente da Câmara Municipal de Goiânia, vereador Romário Policarpo (Patriota). Em agosto deste ano, em entrevista ao Jornal Opção, Policarpo chegou a afirmar que o BRT Norte-Sul era a obra mais “sem sentido” que Goiânia já teve em sua história. Conforme o presidente da Câmara na ocasião, trabalhar na execução de um corredor especial para ônibus na Região Norte, onde já existia um corredor exclusivo, era fazer “mais do mesmo”. Policarpo declarou na época que nenhuma novidade era trazida para a mobilidade na cidade com o BRT, e que o único ganho com o projeto seria dispor de um “asfalto melhor para os veículos trafegarem”.
Romário Policarpo, ainda na entrevista concedida ao Opção em agosto, também afirmou que o investimento no BRT Norte-Sul se mostrou como uma perda de oportunidade de implantar um sistema de transporte mais moderno e veloz, como o Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT).
“O VLT poderia ligar outras cidades, seria um garante transformação. Juntando com a obra da Leste-Oeste, poderíamos ter a oportunidade de pegar o mapa de Goiânia e fazer uma grande cruz com o VLT ligando Aparecida de Goiânia, Trindade, Santo Antônio, Senador Canedo, enfim, várias cidades da Região Metropolitana de Goiânia em um grande consórcio com todos os prefeitos”, defendeu Romário na ocasião.
Já o ex-ministro das Cidades e atual secretário de transportes de São Paulo, Alexandre Baldy, tem outra opinião. Para ele, no caso de Goiânia o BRT é o adequado e "tem capacidade para transportar até 350 mil passageiros diariamente". "Portanto, se a via tem esse fluxo, tem se de trabalhar nessa realidade. O custo do BRT varia entre R$ 3 milhões a R$ 5 milhões por quilômetro. O do VLT de superfície varia entre 15 30 milhões de reais por quilômetro", disse em entrevista recente ao Opção.
Obras em Goiânia devem ficar prontas antes das eleições
Devido à sua abrangência, o projeto do BRT Norte-Sul acabou gerando diversas outras obras que, direta ou indiretamente, farão parte do complexo. Além delas, a Prefeitura tem uma agenda de obras de construção, revitalização e reurbanização que só deve ser concluída nos próximos anos. São quase 15 projetos entre extensão de vias, construção de corredores e reforma de órgãos.Mobilidade urbana e infraestrutura
- Requalificação da Praça do Cruzeiro (Praça Comendador Germano Roriz) –
- Complexo viário Jamel Cecílio –
- Reurbanização da Marginal Botafogo (entre as Avenidas Deputado Jamel Cecílio e 2ª Radial) –
- Extensão da Leste/Oeste -
- Trincheira da 90 -

- Revitalização da Praça do Trabalhador –
- Ponte da Vila Alpes –
- Corredor de ônibus da T-7 –
Unidades de saúde também receberam reformas
- Hospital e Maternidade Maria Célia
- Reforma do Cais Cândida de Morais
- Reforma do CSF da Vila Mutirão
Nome de Iris Rezende está a postos para ser lançado na próxima corrida eleitoral
Com a proximidade da eleição para a Prefeitura de Goiânia, o nome de Iris já ressoa como o principal nome do MDB goiano. Três pesquisas quantitativas às quais o Jornal Opção teve acesso dizem, em uníssono, que, se a eleição fosse hoje, Iris seria eleito com grandes chances de vitória no 1º turno. [caption id="attachment_228222" align="alignnone" width="533"]

Rompida com o polêmico filósofo e guru do presidente Bolsonaro, Heloísa de Carvalho, em parceria com Henry Bugalho, acaba de publicar um livro sobre a trajetória com seu pai que promete abalar estruturas