Por Thiago Araújo

Candidato à reeleição espera vencer “para manter e ampliar esses programas” e acredita que a vitória de Aécio é importante para Goiás conquistar recursos junto ao governo federal

Dentre as vítimas estão duas crianças, uma de oito e outra de seis anos de idade. Um acidente entre dois veículos Fiat Uno matou sete pessoas na BR-452 [gallery type="slideshow" ids="13035,13036,13037,13039"] O final de semana foi violento nas rodovias federais que cortam o Estado. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou 43 acidentes, com 12 mortes, 39 feridos e 14 condutores reprovados nos testes de etilômetro. Na BR-452, uma colisão entre dois veículos Fiat Uno, matou sete pessoas. O acidente vitimou o condutor de 39 anos e a passageira de 38 anos do Fiat Uno com placa de Minas Gerais. Já no outro automóvel, matou um casal de idosos de 73 e 68 anos, e duas filhas, de 42 e 48 anos e a neta de 30 anos, que conduzia o veículo que vinha de São Paulo para a cidade de Montividiu. Uma colisão na BR-364 entre uma carreta e um Corsa no início da madrugada de domingo (17/8), matou o condutor do veículo de passeio de 24 anos. Na BR-080, no trecho entre os municípios de Luís Alves e São Miguel do Araguaia, um VW Gol com cinco ocupantes capotou na tarde desse domingo e matou o condutor de 42 anos e uma criança de oito anos que foram arremessados para fora do automóvel. Segundo a PRF, a criança foi lançada a cerca de 30 metros e o motorista a 10 metros de distância para fora do veículo. Os outros ocupantes foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Movél de Urgência (Samu) e conduzidos para o hospital Regional de São Miguel. No início da noite de ontem, na BR-364, entre as cidades de Jataí e Mineiros, ocorreu uma colisão múltipla envolvendo três veículos de cargas e dois de passeio. O acidente matou um homem de 42 anos e uma criança de seis que estavam em um Fiat Uno. A pista ficou interditada o inicio da madrugada desta segunda-feira (18). A colisão provocou congestionamento de 10 km de dois lados da rodovia.

Tucano prometeu que ao lado do presidenciável Aécio Neves (PSDB), a extensão do BRT entre Santa Maria e Luziânia vai sair do papel de uma vez por todas. Já o candidato peemedebista apontou falhas na segurança pública e na infraestrutura
[caption id="attachment_13023" align="alignleft" width="620"] Coligação Garantia de Um Futuro Melhor para Goiás e coligação Amor por Goiás visitam Entorno do Distrito Federal | Foto: Divulgação[/caption]
O governador e candidato à reeleição Marconi Perillo (PSDB) participou, neste domingo (17/8), de campanha da coligação Garantia de um Futuro Melhor para Goiás no Entorno do Distrito Federal. O tucano, acompanhado de candidatos das chapas proporcionais e lideranças políticas locais, visitou as cidades de Formosa, Santo Antônio do Descoberto, Valparaíso de Goiás e Padre Bernardo e destacou que terá um “compromisso especial” para estes municípios. O governadoriável criticou seus adversários políticos. “Nós não somos candidatos ‘Copa do Mundo’, que só aparecem de quatro em quatro anos para pedir votos e que nunca fizeram nada pelo Entorno”, disse.
O candidato a governador e principal adversário de Marconi Perillo, Iris Rezende (PMDB), também visitou os municípios do Entorno do Distrito Federal neste final de semana. A coligação Amor por Goiás passou por Luziânia, Jardim Ingá, Cidade Ocidental, Valparaíso e Novo Gama e garantiu uma força-tarefa pelo desenvolvimento da região. “Não podemos admitir que essa região continue no esquecimento. Esses municípios também merecem atenção e um governador para exigir que o governo federal e o governo do DF direcionem investimentos e viabilizem o progresso”, destacou o peemedebista.
Iris disse também que a região é a “terra do nem – nem Goiás, nem Brasília”. O candidato oposicionista salientou que as cidades do Entorno cresceram e que precisam de infraestrutura que acompanhe este crescimento. “Vou liderar o que for necessário para dar dignidade aos moradores do Entorno. Vou cobrar a responsabilidade de todos e não vou permitir este descaso nas barbas de Brasília, da União e do governo de Goiás”, pontuou.
Em Valparaíso, Marconi Perillo enumerou os benefícios e obras que seu governo executou na cidade. “Em nossas gestões, o Entorno de Brasília deixou de ser um local esquecido. Já investimos aqui mais de R$ 750 milhões para garantir o desenvolvimento e diminuir as desigualdades sociais”, lembrou.
Na cidade de Formosa, o prefeito Itamar Barreto (PSD) recebeu Marconi Perillo e afirmou que a base governista será bem votada no município. “Quem planta, colhe. E Marconi tem feito muito pela cidade, por isso acreditamos na sua vitória”, assegurou em tom esperançoso.
Demandas da região: segurança e saúde
Iris Rezende se disse disposto a lutar pelas demandas da região, pela evolução dos municípios e pelo fim da violência, que, segundo ele, amedronta a população. “As pessoas não podem ficar na posição de refém da bandidagem. Vamos priorizar a segurança pública, vamos dobrar o efetivo da polícia, aumentar o salário destes profissionais, capacitá-los e, então, assistir o melhor desempenho de suas funções, pois estarão motivados. Quem não terá mais motivação por aqui é criminoso”, prometeu. O peemedebista lembrou que a carência estrutural, vista na área da segurança pública, se estende à educação e saúde. “Até hoje, as crianças e os jovens não contam com escolas em tempo integral e com ensino público de qualidade. Vamos implantar essas escolas, pois, sem educação, não há futuro”, afirmou. Já o candidato tucano garantiu que vai construir um hospital de urgências na divisa de Valparaíso e Novo Gama. “Nós revolucionamos a Saúde do Estado com a administração eficaz das Organizações Sociais (OSs) e estamos levando para todas as regiões do Estado hospitais padrões”, celebrou.Transporte público no Entorno
[caption id="attachment_13021" align="alignleft" width="284"]
Campanha pelo interior
[caption id="attachment_13025" align="alignleft" width="620"]

Deputado que carrega o favoritismo na disputa pelo Senado elogia Iris Rezende e diz que, se eleito, pretende conduzir o debate na nova Casa

Governo estadual nem conseguiu colocar em serviço aparelho de raios-X que custou R$ 2,3 milhões e que faz falta à população
Gilson Cavalcante
A declaração, em tom de crítica e denúncia, é da senadora Kátia Abreu (PMDB), feita no dia 13, durante visita ao Hospital Regional de Gurupi. “Nós precisamos e vamos resgatar nosso Estado”, enfatizou a candidata à reeleição.
“É de causar profunda indignação o desrespeito que esta atual administração estadual está fazendo com a vida das famílias de Gurupi e de todo o Tocantins. Estão brincando com a vida de todos. Enquanto passaram quatro anos fazendo campanha eleitoral dentro do Palácio Araguaia, esqueceram de cuidar de nossa gente”, acrescentou ela.
Kátia Abreu assumiu o compromisso, caso seja reeleita, de junto com Marcelo Miranda (PMDB) investir pesado no setor da saúde. A senadora percorreu todos os corredores, salas e leitos do hospital, onde fez questão de saber se os equipamentos adquiridos, por meio de emendas parlamentares de sua autoria, estão sendo utilizados e trazendo benefícios para a população.
A sua indignação aumentou quando constatou que o aparelho de tomografia, adquirido em 2010, juntamente com o aparelho de Raio X, no valor de R$ 2,3 milhão, não foi usado uma única vez. “É revoltante. O povo precisa, nós conseguimos viabilizar através de recursos do governo federal e a atual gestão não tem competência nem boa vontade para colocar em uso”, destacou a senadora.
Kátia Abreu também visitou a ala onde oito leitos de UTI foram fechados por falta de médicos plantonistas. No setor, era visível a indignação dos próprios servidores do hospital, que declararam à senadora que esta situação de completo caos é permanente no hospital. A maioria destes colaboradores fez questão de perguntar quando o Hospital Geral de Gurupi (HGG) terá suas obras iniciadas, uma vez que sabem que os recursos já estão disponíveis no banco.
A senadora falou que depende apenas de o governo querer e ter competência administrativa para tanto. “O governo estadual optou por não construir o HGG, que já possui recursos da ordem de R$ 41 milhões garantidos há três anos. É uma grande injustiça que se está fazendo com a população não só de Gurupi, mas de toda a região Sul do Estado.”
Na terça-feira, 12, o candidato a governador Marcelo Miranda (PMDB) recebeu em sua residência, em Palmas, o apoio de mais oito prefeitos de outras coligações e partidos. Além dos prefeitos, o peemedebista recebeu a adesão de vários ex-prefeitos, vereadores e lideranças de diversas cidades do Tocantins. Durante inauguração do comitê central da coligação, Marcelo Miranda disse que vários prefeitos estão sendo ameaçados por lideranças governistas. “Eles foram avisados de que as máquinas nos seus municípios estão sendo retiradas”, denunciou.
Governo pressionado
Os assistentes sociais do Tocantins caminharam na tarde de terça-feira, 12, até o Palácio Araguaia, com o objetivo de sensibilizar o poder Executivo para o cumprimento das 30 horas semanais da categoria, garantido por lei federal. “Precisamos aproveitar o momento político para fazer o governador refletir sobre a importância de cumprir a lei das 30 horas; para isso, precisamos nos organizar como trabalhadores para buscar o nosso direito, que está posto e garantido na lei”, disse a conselheira do Conselho Regional de Serviço Social do Tocantins (Cress-TO), Janaína Costa.
Espaço seguirá as especificidades do Ministério da Educação. Obra chega por conta de
esforço na criação de projeto e entrega de documentos em tempo hábil por parte da Prefeitura
[caption id="attachment_12933" align="alignleft" width="620"] Maquete da creche que será construída no Setor Sol Dourado: benefícios para mais famílias trindadenses[/caption]
Fábio Ph
Especial para o Jornal Opção
Focada em ações que contemplam as áreas da educação, saúde e infraestrutura, a Prefeitura de Trindade abriu licitação para a construção de creche no Setor Sol Dourado, uma reivindicação dos moradores da região. A ação visa contemplar um dos locais mais carentes do município com uma unidade de ensino padrão do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
De acordo com as especificidades do Ministério da Educação, o espaço terá capacidade para 240 crianças em dois turnos ou 120 crianças em turno integral. O prédio será térreo, com cinco blocos distribuídos entre funções administrativas, de serviços, multiusos e blocos pedagógicos. Haverá ainda um pátio coberto e área externa para playground, torre de água e estacionamento.
A secretária municipal de Educação, Eva Eny Junqueira, sob a chancela da coordenadora de programas educacionais, Virgínia Bonfante, afirma que a conquista desta unidade se dá graças ao empenho do prefeito Jânio Darrot (PSDB), em suas visitas a Brasília, mais precisamente ao Ministério da Educação.
Uma equipe capacitada pela Prefeitura de Trindade para a criação de projetos e a entrega de documentos em tempo hábil no ministério foram elementos fundamentais para alcançar esta conquista, que atende um pleito antigo da comunidade local.

Em comemoração ao profissional de advocacia, OAB realiza ações em prol de melhorias para categoria
Yago Rodrigues Alvim
Desde 2008, a Ordem dos Advogados do Brasil tem participado do processo de aprovação da lei do Supersimples, para inclusão da classe entre os beneficiados. O consultor do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB), para assuntos legislativos, advogado Igor Tokarski, esteve em Goiânia na quarta-feira, 13, e proferiu a palestra “Supersimples - O que muda para o advogado e como aderir”, na sede da OAB-GO.
O que muda para o advogado é estar incluso na lei e, assim, facilitar o dia a dia dos escritórios de advocacia. O Supersimples propõe a redução no pagamento de alíquotas para 4,5%, o mínimo. Além da considerável desoneração tributária, a desburocratização é outro ganho, pois, todos os impostos federais, estaduais e municipais (ISS, PIS, Cofins, IRPJ, CSLL, IPI, ICMS e ISS) estarão agrupados em uma única guia para o pagamento.
Os advogados devem fazer a adesão, que não é automática, até 31 de janeiro de 2015. Primeiro, devem procurar um contador para calcular o faturamento bruto dos últimos 12 meses e, depois, verificar qual o enquadramento que têm no Simples, de acordo com a tabela da Lei Complementar 147, de 2014. “Provavelmente a lei, recentemente sancionada [no dia 7 de agosto], será regulamenta por alguma instrução normativa da Receita Federal, que deve ser publicada entre outubro e novembro. A expectativa é de que também seja regulamentado o calendário de adesão ao Supersimples que poderá ser feita, tudo indica, até o dia 31 de janeiro de 2015”, afirma Tokarski.
A luta da Ordem começou em 2008 para a inclusão da categoria no Supersimples e para que fosse enquadrada na tabela do Anexo IV, que inclui sociedades com receita bruta anual de R$ 180 mil. “Foi uma batalha que demorou um período considerável, para que fosse aprovada no Congresso Nacional, mas com a força da entidade, das seccionais e da classe, nós conseguimos êxito. A inclusão é uma das maiores conquistas desde a aprovação do Estatuto da Advocacia”, diz. Além disso, Tokarski ressalta a correção de uma injustiça, pois as atividades de prestação de serviços intelectuais não haviam sido incluídas, desde 2006.
O presidente da seccional goiana, Henrique Tibúrcio, comemorou a conquista da advocacia. “A palestra foi, exatamente, para mostrar aos advogados como funcionará essa adesão e como fazê-la e, sobretudo, para que os advogados sejam estimulados a constituírem sociedades e se transformarem em pessoas jurídicas, pois as vantagens são muito grandes. Com a adesão ao Supersimples, eles poderão pagar uma alíquota de até 4,5%”, destaca.
A lei foi sancionada no dia 7 de agosto pela presidente Dilma Rousseff. A sanção do Supersimples, com a inclusão dos advogados, mostra, segundo Tibúrcio, a grandeza da instituição, inclusive, na participação de grandes decisões políticas e econômicas do país. “Não havia sentido que nossa categoria não pudesse fazer esse tipo de opção. Além de ser uma conquista, considero essa possibilidade de adesão algo muito justo”, afirma.
O evento destacou também o combate ao exercício ilegal da profissão. No início do mês, a OAB-GO lançou o selo “Exija Ordem”, na busca de ampliar a luta contra os inúmeros casos em que bacharéis atuam como advogado sem a aprovação no Exame de Ordem. O presidente Tibúrcio comenta sobre a preocupação da entidade, pois são inúmeros casos registrados. “A atividade desses bacharéis é fortalecida por inscritos que se propõem a assinar peças daqueles que praticam o exercício ilegal da profissão”, lamenta.
Vinculação à OAB
A mobilização, proposta pela Comissão de Direitos e Prerrogativas (CDP), propõe alertar a categoria e toda a sociedade, sobre a importância do advogado estar devidamente vinculado ao órgão. Assim, o cliente terá um serviço responsável tanto pelo conhecimento jurídico do advogado, quanto pela proteção que a OAB oferece com a fiscalização e penalização, possíveis apenas pela inscrição na Ordem. O presidente da CDP, Alexandre Caiado, lembra que aqueles que exercem a profissão sem inscrição na OAB, fogem à tutela institucional. Assim, os possíveis reparos ficam restritos às esferas criminal e cível. “É importante que as pessoas, ao procurarem um advogado, consultem a OAB. Isso traz garantias de que, caso algum deslize seja cometido, teremos condições de punir esse profissional”, argumenta. A campanha segue pelas redes sociais, conscientizando a população sobre a importância da inscrição, antes de contratar o profissional. Folhetos, cartazes e banners serão distribuídos, somando esforços contra o exercício ilegal.Honorários
Outra bandeira da Ordem foi levantada no evento. No dia 10 de agosto se comemora o Dia Nacional de Defesa dos Honorários Advocatícios, instituído pelo Conselho Federal da Ordem. A comemoração é uma maneira de incentivar a luta pela valorização da categoria, em virtude das campanhas a favor da redução das verbas honorárias, realizadas até mesmo por associações de magistrados. Em 2013, foi criada a Comissão de Valorização dos Honorários e da Remuneração Salarial dos Advogados. O grupo, presidido pelo conselheiro seccional Leonardo Bezerra Cunha, vem debatendo temas relevantes. Como exemplos: a fixação de piso salarial para profissionais assalariados; o respeito à tabela de honorários e sua atualização de acordo com a área de atuação do advogado; e a defesa dos honorários de sucumbência. A OAB-GO lançou a campanha “Advogado, sua consulta pode e deve ser remunerada”, que busca conscientizar inscritos e toda a sociedade sobre os direitos e deveres dos advogados. Ainda há o Movimento de Defesa dos Honorários Advocatícios, lançado há um ano, que conclama a categoria a combater quaisquer ações de aviltamento da verba honorária dos advogados, além da Campanha por Honorários de Sucumbência Justos, que repelia, em 2008, com objetivo comum. “Estamos desenvolvendo diversas ações e, em breve, vamos retomar a Campanha por Honorários de Sucumbência Justos. Alguns magistrados continuam fixando valores abaixo do que a lei prevê”, adianta Bezerra. “A consultoria jurídica é privativa de advogado e, assim como outras profissões liberais, é muito comum e justa a cobrança por consulta como fazem médicos e odontólogos, por exemplo. A advocacia precisa e deve mudar essa cultura e valorizar seu conhecimento, preparo e relevância da função”, alerta o presidente Tibúrcio, que também informa a necessidade de legislação específica para os honorários dos advogados trabalhistas e públicos. Por fim, Bezerra convoca a classe contra a desvalorização dos honorários: “Precisamos que todos os advogados despertem para essa causa que é coletiva, mas que necessita de atitudes individuais de repúdio a tal prática.” A palestra e as ações ressaltadas pela Ordem neste mês integram as atividades em comemoração ao advogado. Em agosto de 1827, foi aberto o primeiro curso de Direito no país, por isso a data em reverência à profissão. E, no dia 29 de agosto, a celebração chega ao fim com o tradicional Baile do Rubi, no Centro de Cultura, Esporte e Lazer (CEL) da seccional.[caption id="attachment_12902" align="alignleft" width="756"] Banco recebe com meses de atraso o repasse para pagamento de benefícios como Bolsa Família[/caption]
Por conta do atraso de meses no repasse para pagamento dos benefícios sociais, a Caixa Econômica Federal está travando uma disputa com o Tesouro Nacional. No mês de abril, a diferença superou R$ 1 bilhão e a Caixa financiou benefícios como seguro-desemprego e Bolsa Família. O caso está em análise na Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Federal, da Advocacia-Geral da União (AGU), desde maio. A diferença em abril é o centro da discussão, pois o valor ficou contingenciado nos cofres do Tesouro, em vez de ser repassado ao banco. O maior problema estaria no seguro-desemprego, cujo pagamento de julho de 2013, teria esvaziado em R$ 2 bilhões os cofres da Caixa. Inicialmente, no governo de Dilma Rousseff, o pagamento era feito diretamente pelos ministérios ao banco, que recebiam o repasse do Tesouro. No ano passado, o Tesouro passou a intermediar e centralizar os pagamentos. A Secretaria do Tesouro Nacional informou que não há propostas para mudança na remuneração dos contratos e que qualquer discussão dos termos deve ser feita entre a Caixa com os ministérios.
Inflação preocupa bancos
Preocupados com a inflação, os bancos têm aumentado suas provisões contra perdas. Em julho do ano passado, o montante para momentos de incerteza chegou a R$ 135,2 bilhões, o maior valor declarado pelas instituições ao Banco Central (BC), desde 1993. O receio é que, na concessão de crédito, os brasileiros, atolados em dívida e com orçamento doméstico prejudicado pela alta na inflação, não consigam pagar os empréstimos. O valor bilionário constatado é utilizado para cobrir os atrasos de até três meses dos clientes. Há casos mais complicados, como os que requerem pagamento da própria instituição, pois as compras em crédito são calotes do consumidor e o valor para cobrir chega a R$ 72 bilhões, com dados do BC.Brasileiro ganha “Nobel” da Matemática
O matemático carioca Artur Avila, 35, foi escolhido na terça-feira, 12, para receber a Medalha Fields, conhecida como o Nobel da Matemática. Ele será o primeiro latino-americano a receber a maior láurea científica entregue pela União Internacional de Matemática. Avila é pesquisador no Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa) e no Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS) — órgão de pesquisa do governo francês. Seu trabalho é na área da matemática pura. O prémio é entregue de quatro em quatro anos para matemáticos de até 40 anos de idade. A cada edição, dois a quatro pesquisadores são premiados. Neste ano, também receberam o prêmio o canadense-americano Manjul Bhargava, o austríaco Martin Hairer e a primeira mulher a receber a distinção, a iraniana Maryam Mirzakhani.Obras do novo terminal do aeroporto estão em dia
Previstas no cronograma, as obras do novo terminal de passageiros do Aeroporto Santa Genoveva estão 39% concluídas. A concretagem e a alvenaria das instalações já estão prontas. As obras foram retomadas em setembro do ano passado pelo consórcio entre as empresas Via Engenharia e Odebrecht, depois de seis anos de paralisação. A previsão de entrega, segundo a assessoria da Infraero, se mantém para o primeiro semestre de 2015. Entretanto, a execução da pista de taxiamento, obras no pátio de aeronaves e vias de acesso ao novo terminal dependem de avaliação do Tribunal de Contas da União, cujo processo está em análise. O novo terminal terá capacidade para receber até 9,8 milhões de passageiros por ano. O espaço total será de 34,1 mil m², em contraste aos 7,5 mil m² atuais. Está sendo instalada uma cobertura metálica, além das construções das plataformas de apoio às pontes de embarque e a instalação do piso.Retrato falado de assassino
[caption id="attachment_12900" align="alignleft" width="635"]
Adeus, capitães!
“Ó Capitão! Meu capitão! Nossa terrível viagem se cumpriu”, do poeta americano Walt Whitman, se consagrou no filme “Sociedade dos Poetas Mortos”, declamado pelo ator Robin Williams, que abandonou o navio na segunda-feira, 11. Williams lutava contra a depressão, a ansiedade e com os estágios iniciais do mal de Parkinson. Também morreu na semana passada a atriz Lauren Bacall, um dos ícones da era de Ouro de Hollywood. Ela foi vítima de um acidente vascular cerebral no dia seguinte, aos 89 anos. Bacall recebeu um Globo de Ouro de Melhor Atriz Coadjuvante por seu papel em “O espelho tem duas faces”, em 1997. A atuação, ao lado de Barbra Streisand, também lhe valeu uma indicação ao Oscar. A atriz foi casada de 1945 a 1957 com o ator Humphrey Bogart.Governo petista já desperdiça R$ 4 bilhões com viciados em crack que reincidem no vício e no crime, mas a oposição ainda promete mais privilégios aos usuários de drogas — sem exigir deles nem o dever da abstinência quando estão em tratamento gratuito no SUS
[caption id="attachment_12835" align="alignleft" width="970"] Usuários de drogas: regalias por parte do poder público e nem precisam abdicar do vício | Tânia Rêgo/Agência Brasil[/caption]
José Maria e Silva
O flagelo das drogas, que assola a maioria das cidades brasileiras, deverá ser objeto das campanhas eleitorais deste ano, tanto nos pleitos estaduais, quanto na eleição para presidente da República. Uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), divulgada em abril, mostra que o Brasil tem 2,6 milhões de usuários de crack e cocaína, sendo que metade deles – 1,3 milhão – é dependente da droga. A pesquisa constatou, ainda, que as drogas se espalham democraticamente entre ricos e pobres e um dos motivos é que o preço da cocaína caiu muito nos últimos anos, facilitando o acesso de todos à droga.
Diante desses dados, é quase inevitável que, quando começar o horário eleitoral compulsório e pago pelo contribuinte, em 19 de agosto, cada um dos principais candidatos a presidente da República, irá dedicar ao menos um dos programas para falar de suas propostas relativas às drogas, especialmente o crack. E o diapasão deve ser o mesmo das eleições de 2010, quando Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) repetiam a mesma cantilena: as drogas são um caso de saúde pública e o SUS deve acolher, com tapete vermelho, todos os viciados, inclusive os zumbis do crack. Por isso, usei a expressão “propostas relativas às drogas”, pois desde o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), as autoridades já não tratam o viciado como um potencial criminoso a ser combatido, mas como um doente a ser tratado.
Em 2010, o então candidato tucano José Serra dedicou às drogas um de seus programas no horário eleitoral da televisão e, em nenhum momento, tratou o assunto como parte das políticas de segurança pública, mas tão somente da saúde. Nesse ponto foi pior do que a petista Dilma Rousseff, então marinheira de primeira viagem, que ao tratar do mesmo assunto, tratou da questão da segurança, mesmo sendo de um partido que, há décadas, defende a transformação das drogas em questão de saúde pública e condena, com veemência, as ações policiais não só contra viciados mas até mesmo contra traficantes, dando como suposto exemplo do fracasso da política de repressão às drogas o caso dos Estados Unidos.
[caption id="attachment_12836" align="alignleft" width="957"]
Dilma Rousseff (PT): programa do crack já gastou R$ 1,5 bilhão dos R$ 4 bilhões que promete desperdiçar com viciados | Fabio Rodrigues Pozzebom /Agência Brasil[/caption]
No plano de governo de José Serra em 2010, o tucano propunha a criação de uma “Rede Nacional para Dependentes Químicos” (vejam a ausência do conceito de “combate às drogas”) e definia o crack, de modo taxativo, como “o mais grave problema de saúde no Brasil”. Grave, na verdade, é essa afirmação. Ela tira completamente o viciado da mira da polícia para colocá-lo na rede de atendimento do SUS, à frente de um paciente de câncer, por exemplo, que, muitas vezes, morre precocemente na fila de espera por não conseguir sequer o diagnóstico correto da evolução da doença, que cresce vertiginosamente no País. Sem contar as pessoas que padecem de doenças renais, pneumonias, diabetes, doenças hipertensivas e doenças cerebrovasculares, cujas incidências também crescem muito mais do que a capacidade de atendimento do SUS.
José Serra propunha, então, sete ações para enfrentar o problema das drogas: oferecer clínicas para tratamento de dependentes, com serviços médicos de referência; ampliar a oferta de Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps/AD); prestar apoio psicossocial às famílias de usuários; incluir no Sistema Único de Saúde (SUS) o financiamento de tratamento em clínicas especializadas; desenvolver um programa nacional de prevenção ao uso de drogas; implantar uma rede nacional de tratamentos para os usuários de drogas, entre elas, o crack, em parceria com Estados, municípios, instituições filantrópicas e outras iniciativas da sociedade; e, por fim, implantar um Disque-Atendimento para os familiares e usuários químico-dependentes.
Não foi à toa que, em 2010, Serra não conseguiu disputar com os petistas os votos do centro no espectro ideológico, muito menos foi capaz de atrair o vasto eleitorado conservador, que continua órfão nas eleições presidenciais de 2014. Sua proposta em relação às drogas tencionava ser mais vanguardista do que o PT. Transformava o viciado numa vítima da sociedade a merecer todos os cuidados do Estado, com o dinheiro arrancado compulsoriamente dos contribuintes. Serra propunha incluir no SUS o financiamento do tratamento de drogados em clínicas especializadas, o que, obviamente, teria um alto custo, contribuindo para tornar ainda mais falido um sistema que já não funciona nem mesmo para tratar verdadeiras doenças, quanto mais para corrigir falhas de caráter.
Universidades “empoderam” usuários de drogas
Por que resgatar essas propostas de Serra em 2010? Porque elas se repetem no plano de governo de Aécio Neves em 2014. Ou seja, o PSDB continua plagiando a polític [caption id="attachment_12837" align="alignleft" width="162"]

Imersão em debates sobre drogas nas escolas
Com a chegada do PT ao poder, mediante a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva em 2002, a política de redução de danos, iniciada timidamente no governo de seu antecessor, tornou-se um dogma oficial do Estado brasileiro, com a promulgação da Lei 11.343, de 23 de agosto de 2006, que instituiu o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas e legalizou, na prática, o consumo de drogas no País. Em decorrência dessa lei, que extinguiu a punição efetiva do usuário, passível apenas de ser admoestado pelo juiz, explodiram as cracolândias nas cidades brasileiras, pois os zumbis podem fumar crack à luz do dia sem serem incomodados pela polícia. Compartilhando a ideologia da redução de danos professada nas universidades, a presidente Dilma Rousseff, já no seu primeiro ano de governo, lançou, em 12 de dezembro de 2011, o “Plano de Enfrentamento ao Uso do Crack e outras Drogas”, que recebeu o nome de fantasia “Crack, É Possível Vencer”, com investimentos previstos de R$ 4 bilhões. Mas, justiça seja feita, Serra não faria diferente, assim como Aécio não fará, como se vê pelos seus respectivos programas de governo. Na prática, o programa do governo Dilma induz o consumo da droga ao se propor a capacitar 210 mil professores para falar sobre crack a 2,8 milhões de alunos. Essas crianças e adolescentes teriam muito mais proveito cognitivo e moral se fossem estimulados a amar a língua, a matemática, a história, a geografia, as ciências naturais, que, sem dúvida, lhes ocuparia o cérebro com coisas úteis e sustentavelmente estimulantes. [caption id="attachment_12840" align="aligncenter" width="512"]
Tratamento é inútil e 90% tem recaída
Tudo isso não passa de dinheiro público jogado fora. Uma tese de doutorado defendida em abril deste ano na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) constatou que, de cada dez adolescentes internados para se tratar do vício em crack, nove voltam a usar a droga em menos de três meses. O índice de recaída é de 65,9% até 30 dias após a alta da internação, chegando a 86,4% após 90 dias. A média de tempo até a recaída foi de apenas 27 dias. Metade dos adolescentes recaiu em apenas dez dias e 36% dos adolescentes acompanhados pela pesquisa tinham se envolvido com a criminalidade ao cabo de três meses após receberem alta do tratamento. Entre os adultos não é diferente e, além do alto índice de recaída, os homens se envolvem com a criminalidade e as mulheres, com a prostituição. Em torno de 90% dos usuários de crack reinternaram na rede pública de saúde até cinco vezes num prazo de apenas dois anos. Por outro lado, cerca de 65% dos usuários receberam atendimento ambulatorial na rede pública de saúde até três vezes no período de dois anos. “Esses resultados levam a questionamentos científicos e sociais sobre o custo-benefício e a eficácia do tratamento para essa população” – escreve Rosemeri Siqueira Pedroso, autora do estudo, com o qual conquistou o seu doutorado em Ciências Médicas na UFRGS, na área de Psiquiatria. A psicóloga salienta que “estudos prévios nacionais e internacionais corroboraram esses achados”. Mas Rosemeri Pedroso, como acadêmica que é, não consegue render-se à realidade e critica a internação para defender uma política ainda mais danosa – o tratamento ambulatorial intensivo, realizado de forma multidisciplinar, que, segundo ela, tende a ser mais eficaz para usuários de drogas psicoativas. A pesquisadora diz que essa modalidade terapêutica ainda é precária no Brasil, mas, se depender do governo, acrescento, o tratamento ambulatorial do crack será o único possível. Prova disso é São Paulo, onde o prefeito Fernando Haddad (PT) instituiu a cracolândia como política pública, financiando os zumbis do crack até com pagamento de estadia em hotel. Os ideólogos da esquerda – arautos da luta antimanicomial desde a década de 70 – abominam a internação de drogados, mesmo quando eles matam a própria mãe. Até para esses indivíduos, cujo único tratamento eficaz seria a cadeia, o governo federal garante todos os direitos sem lhes cobrar nenhum dever. O viciado não precisa se abster do uso de droga nem para aderir ao tratamento ambulatorial oferecido pelo Caps – que se orgulha de ser um equipamento de “portas abertas”, isto é, o drogado entra e sai a hora que quer. O governo federal, em convênio com os municípios, ainda espalha pelo País as chamadas “residências terapêuticas” – uma espécie de boca-de-fumo estatal que leva intranquilidade à sua vizinhança, pois são instaladas em áreas residenciais, em confortáveis e amplas casas de classe média. Nelas, misturam-se, num total de até oito pessoas, doentes mentais, viciados em drogas e até criminosos tidos como loucos e que, sob esse pretexto, se livraram da prisão. Tudo isso em meio a residências de família – que não pagam impostos altíssimos para ter de conviver com esse tipo de vizinhança. Os técnicos do governo que tratam essa gente no Caps à custa dos nossos impostos não querem saber como eles adquirem a droga que continuam usando, já que ninguém lhes cobra abstinência para se fazerem merecedores de atendimento público e gratuito. Se, para comprar a pedra de crack, um desses viciados derrubou uma velhinha na porta de um banco para arrancar-lhe a bolsa com toda a aposentadoria dentro, problema dessa pobre vítima. O Estado brasileiro não quer saber das vítimas reais da criminalidade urbana exacerbada pelo uso de drogas – ele fez uma opção preferencial pelos dependentes químicos, especialmente os viciados em crack. Cabe ao cidadão de bem somente pagar calado a conta – isso quando o viciado não o obriga a pagar com a própria pele, num assalto que resulta em morte.
Marina Silva, a candidata do PSB a presidente da República — não há outra possibilidade —, é um “problema” e uma “solução”
[caption id="attachment_12777" align="alignleft" width="825"] Marina Silva: a candidatura da socialista quase-missionária indica uma radicalização da política nacional e alianças mais conservadores podem ruir nos Estados | Foto: Miguel Baia Bargas[/caption]
“Problema” porque “assusta” mais do que Eduardo Campos, falecido na quarta-feira, 13, aos 49 anos. É provável que assusta progressistas e conservadores (principalmente os do agronegócio, que, a rigor, são menos conservadores do que imagina a vã filosofia patropi). Mesmo com certo ar angelical — inclusive é religiosa — e defensora de causas progressistas, como a preservação do meio ambiente, é conservadora, em termos comportamentais. É uma evangélica radical, se se pode formular assim. É contrária ao aborto e não tem qualquer empatia com causas como “casamento” entre homossexuais. Na política nascida no Acre (de 56 anos) coexistem, numa ambiguidade que chamaria a atenção do escritor americano Henry James, uma conservadora e uma progressista. A defesa intransigente do meio ambiente, com o consequente controle do crescimento capitalista no campo — quiçá inevitável, dadas as pressões do agronegócio e, ao mesmo tempo, do crescimento populacional no Brasil e no exterior —, camufla a Marina adepta do conservantismo questões comportamentais.
Entretanto, ao contrário de outros políticos, Marina Silva tem posições claras a respeito de alguns assuntos e tende a não tergiversar. A confusão é mais de quem a interpreta, que em geral a vê quase que exclusivamente como uma radical de esquerda, devido à pregação de que a expansão do capitalismo deve ser controlada pelo Estado — deixando de notar outros aspectos de seu pensamento. Fica-se com a impressão de que a provável presidenciável quer construir um mundo para os “escolhidos”, o que é uma ideia político-religiosa — que, sob o socialismo, gerou uma ditadura implacável, responsável por milhões de mortos (cerca de 100 milhões, e exclusivamente no século 20, depois de 1917) —, e por isso antropólogos e sociólogos, mais do que cientistas políticos e estatísticos, deveriam ser convocados para explicá-la.
Marina Silva talvez seja mais bem compreendida se for vista como uma radical de esquerda que incorpora certo radicalismo (comportamental) de direita, derivando posições políticas a partir de uma visão religiosa (evangelizadora e quase fundamentalista) do mundo. Então, a ex-ministra, chefe do grupo político conhecido como Rede Sustentabilidade, é de esquerda, politicamente, e de direita, em termos comportamentais? É provável que mesmo esta interpretação seja redutora e que a líder socialista — quem sabe, uma socialista cristã — careça de uma observação mais aguçada e menos simplista.
Porém, o que importa, no momento, não é a clareza ideológica sobre o que é Marina Silva. Até porque o que falta na política patropi é transparência ideológica — e não só de Marina, que, aliás, talvez seja mais bem posicionada, com suas contradições, do que a presidente Dilma Rousseff, que, para governar, assenhorou-se de uma aliança política que, por certo, contraria seu ideário, mas não o de Lula, que é um animal político do primeiro time, que percebeu rápido que política se faz na circunstância e com práticas e aliados possíveis, não com ideias revolucionárias, bonitas e futurísticas. O que define a tática (a intervenção na realidade) é a circunstância — não uma ideia.
O que importa é o debate, ainda prematuro mas necessário, sobre a viabilidade de Marina Silva. O cientista político e filósofo Marcos Nobre, da Unicamp, concedeu uma entrevista polêmica e instigante à “Folha de S. Paulo”. Aqui e ali, fica parecendo mais oráculo do que cientista, mas não porque queira ser profeta, e sim porque a política, que é construção no momento, é sempre um terreno escorregadio e pantanoso. Ao contrário do historiador, que trabalha com fatos mais ou menos consolidados, o cientista político comete mais erros porque tem de interpretar os fatos no momento em que estão acontecendo. Trabalham, pesquisam, escrevem e dão entrevistas sob pressão.
A “Folha” cobra que Marcos Nobre explique por qual razão a aliança Eduardo Campos e Marina Silva, supostamente representante do “novo”, não havia decolado. A explicação talvez não seja lá muito precisa, mas tem sua pertinência: “Não decola porque a campanha foi lançada na entrevista ao ‘Jornal Nacional’, na véspera de sua morte. A exposição nacional começou ontem” (terça-feira, 12).
[caption id="attachment_12779" align="alignleft" width="1022"]
Eduardo Campos: o líder pernambucano, progressista e modernizador, era muito mais agregador do que a líder ambientalista Marina Silva. E ele tinha um pé no coronelismo nordestino, na oligarquia | Foto: Nacho Doce/Reuters[/caption]
Marcos Nobre avalia que a morte de Eduardo Campos piora a situação da presidente Dilma Rousseff. Na sua opinião, o PSB não tem saída, exceto lançar Marina Silva. “O sistema político, que excluiu a candidatura de Marina, será obrigado a trazê-la de volta com um cacife gigantesco. Isso acontece antes do horário eleitoral. Vai ter um período de confusão, mas acho que a Marina será candidata por causa da pressão sobre o PSB. Isso é ruim para o governo porque Marina tem carisma, cacife, voto e ‘recall’ [lembrança dos eleitores]. O governo não contava com isso.” Entra aí, pois, Marina Silva como “solução”.
Eleitores em campanha
Pode-se dizer que há eleitores que estão em campanha — uns com Dilma Rousseff, outros com Aécio Neves. Alguns estavam com Eduardo Campos. Mas há os eleitores, ainda que devida ou parcialmente politizados, que não estão em (e na) campanha. A rigor, não estão indecisos. Tão-somente não querem votar em quem está no poder e em quem, mesmo na oposição, não parece oferecer uma alternativa de mudança em relação ao status quo. O próprio Eduardo Campos seguiu o governo do PT durante 11 anos e se considerava neolulista, um apadrinhado do ex-presidente Lula da Silva, que chegou a pensar em lançá-lo a vice-presidente de Dilma Rousseff e/ou a presidente em 2018. Porém, por entender que o PT não abre espaço para político de outro partido, o líder pernambucano decidiu romper a aliança e lançar-se candidato já em 2014. Eduardo Campos era oposição, claro, mas ao mesmo tempo era visto como um homem do “establishment” lulopetista. Marina Silva, mesmo tendo pertencido ao PT e ao ministério de Lula da Silva, é vista como avessa aos conchavos, ao sistema político dominante. Embora seja pragmática em certos pontos — sua estrutura logística não é gratuita nem feita de sonhos —, é, no geral, purista. Às vezes, não parece habitar o mundo dos mortais. É uma outsider, quem sabe até mesmo na Rede Sustentabilidade — grupo no qual, tudo indica, predominam políticos avessos à religião e adeptos de um socialismo possivelmente diverso da ideia socialista da ex-ministra do Meio Ambiente. Os eleitores que não estão em campanha, e que aparentemente não querem estar em campanha, podem perceber em Marina um par, uma irmã, no descontentamento universalizado com os políticos. Trata-se, lógico, de uma hipótese. O que pode “salvar” Dilma Rousseff, no primeiro ou no segundo turno, é o voto dos eleitores mais pobres. A perda de uma figura nordestina no pleito — Marina, ao se tornar uma política nacional, parece ocupar um não-lugar, quer dizer, é de todos os lugares, mas não é de nenhum especificamente, nem mesmo do Acre, sua antiga base (é mais forte em Brasília) — pode contribuir para aumentar o cacife da petista. No Nordeste o governo, com seus programas sociais, será o principal cabo eleitoral de Dilma Rousseff. No Nordeste e nas áreas mais pobres do país. No Sudeste, onde não está bem, dada a força da classe média — que, endividada, quer mais do governo, especialmente recuperar o poder de ir às compras —, a presidente vai precisar de uma energia redobrada de seu principal cabo eleitoral, Lula da Silva. Em suma, Marina Silva complica o jogo, mas não apenas para Dilma Rousseff. O principal ameaçado é mesmo Aécio Neves. Como segundo colocado nas pesquisas de intenção de voto, o tucano de Minas Gerais é o primeiro alvo do PSB. Eduardo Campos tinha algum pudor de criticar o amigo Aécio Neves. Marina Silva não terá pudor algum. Na eventualidade de segundo turno entre Dilma Rousseff e Marina Silva, o tucanato fica com a segunda, bem recebido ou não. O que o PSDB mais quer é — com Aécio Neves, o preferido óbvio, ou Marina Silva — arrancar o PT do poder. Agora, se a ex-ministra não deslanchar, vai ser difícil, talvez até muito difícil, o PSB segurar alguns de seus aliados. A tendência é que passem, sem nenhum constrangimento, para o lado de Dilma Rousseff, cristianizando Marina Silva, que, a rigor, “está” mas não “é” do PSB (o PSB vai tentar controlá-la, numa missão impossível, e é provável que a ex-ministra vai tentar controlar o partido). Marina Silva, como se disse antes, é uma outsider — uma espécie de Antônio Conselheiro de saia, ou, no limite, uma Lula da Silva radicalizada, acima de partidos e grupos políticos.Morte gera consenso
O dramaturgo Nelson Rodrigues escreveu que “o mineiro só é solidário no câncer”. É uma boutade. Mais certo é dizer que o brasileiro é mais solidário na morte. A morte reorganiza o consenso, o pacto da civilidade e, assim, elide as contradições. Eduardo Campos, que mal era citado pelas elites políticas e empresariais, de repente se tornou maior do que certamente é. Fica-se com a impressão de que, morto, tornou-se nacional e um político do porte de Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, Fernando Henrique Cardoso e Lula da Silva. A verdade é que o momento apropriado para se avaliar uma pessoa, seja político ou não, não é logo após a sua morte, na hora da comoção privada ou coletiva. (Observe-se que a primeira biografia alentada de Getúlio Vargas, de autoria do jornalista e escritor Lira Neto, só foi publicada integralmente 60 anos depois de sua morte.) Mas obituários não devem excluir a contradição, os problemas. Em alguns jornais ingleses, franceses e norte-americanos, os obituários são escritos antecipadamente por dois motivos. Primeiro, porque escrever às pressas, especialmente sobre pessoas complexas, é sempre um risco. Às vezes não se escapa do reducionismo. Segundo, porque, escritos antecipadamente, tendem a refletir não a comoção, o clima da morte. Como todos sabem, o que define um homem, político ou não, não é sua morte, ainda que trágica, e sim a inteireza de sua vida. Os 49 anos de Eduardo Campos não podem ser definidos por um único dia. A morte, por assim dizer, faz “parte” da vida — e não o contrário. Morto Eduardo Campos, de repente começou-se o consenso: “era um grande político”, um elemento da “renovação política” do país. Num momento de confrangimento, de tristeza, é difícil dizer o contrário, desafiando o coro dos recém-contentes. Mas é estranho que ninguém tenha dito que, mesmo com a candidatura, ainda não havia se tornado um político nacional. Ainda estava circunscrito ao Nordeste, sobretudo à sua Paságarda, Pernambuco. A morte, por certo, “transformou” Eduardo Campos num político nacional, ainda que momentaneamente. Era jovem, e a morte de jovens, sobretudo daqueles que falam em renovação, choca muito e cria uma espécie de congraçamento coletivo. A morte, se se pode dizer assim, amplia a civilidade — o que não é negativo. O presidente John Kennedy morreu quando tinha 46 anos e teve quatro filhos com Jacqueline Kennedy. E tornou-se um mito internacional. O político brasileiro deixa cinco filhos e uma mulher jovem, de 46 anos. Com seus olhos azuis e porte ereto, era tão bonito quanto Jack Kennedy. Não se trata, numa adesão insensível à realpolitik, de dizer que Eduardo Campos era mau político. Nada disso. Trata-se, pelo contrário, de exibir o homem em sua grandeza e limites apropriados. No governo, por quase oito anos, contribuiu para ampliar a modernização de Pernambuco. Não se pense que governou como socialista, apesar dos investimentos no social, com prioridade para a educação (estudantes pobres ganharam bolsas para estudar no exterior e incentivou-se a escola de tempo integral). Economista, não tinha veleidades românticas. Era um realista. Por isso, criou um planejamento que combinou incentivo maciço ao crescimento com políticas desenvolvimentistas e, mesmo, assistenciais (não há como descartar o assistencialismo nem mesmo em países muito ricos, como os Estados Unidos, Japão e a Alemanha, pois a pobreza é um fenômeno universal). No seu governo, caíram os índices de homicídio e o PIB de Pernambuco duplicou. “Tocou obras como o Porto de Suape, a Transnordestina, o estaleiro Atlântico Sul.” Com que dinheiro? Seu governo recebeu espantosos 30 bilhões de reais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), nos governos de Lula da Silva e Dilma Rousseff. O PT foi seu grande parceiro administrativo e político. Lula da Silva era uma espécie de tutor político. Eram amigos, aliados e, claro, pernambucanos. Portanto, Eduardo Campos, como realçaram os obituários, traduzindo opiniões diversas, era mesmo um gestor moderno e, assim, um agente da renovação. Era um desenvolvimentista e, filiado ao Partido Socialista Brasileiro, nada tinha de comunista. Era, acima de tudo, um modernizador. Mais: era um homem de Estado, de extrema vocação para o serviço público. Um dos melhores perfis de Eduardo Campos saiu na “Piauí”, com o título de “Candidato anfíbio” (a revista diz isto porque ele era “capaz de adaptar às mais diversas situações e ambientes”), da lavra da atentíssima repórter Daniela Pinheiro. É um retrato multifacetado, nem laudatório nem ofensivo. Justo, registrando seus sucessos, ambivalências e problemas. Nas suas conversas e discursos, Eduardo Campos dizia com frequência: “O Brasil parou de melhorar e começou a piorar”. É uma frase de marqueteiro (repetir para ver se pega). Porque o país, apesar dos problemas, não piorou. O país, com erros e acertos do governo do PT — e acrescente-se que um país não é construído tão-somente com os atos dos governos, como se não existisse uma sociedade civil vigorosa que, a duras penas, resiste e sobrevive a quaisquer planos econômicos —, tem melhorado. Pernambuco, apesar da eficiência de seu governo, tem uma pobreza elevada, “a 19ª posição no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)”. Trata-se de um dos piores índices do país. À repórter Daniela Pinheiro, Eduardo Campos disse, depois de conversar com hóspedes de um hotel: “Falaram que não votavam ‘naquela mulé’ de jeito nenhum. Reparou que agora ficam chamando ela de Dilmão, Dilmona? O povo está com abuso demais dela”. As pesquisas indicam que, de fato, há algum distanciamento, porque a presidente Dilma Rousseff não tem 40% das intenções de voto, mas por que um político do porte de Eduardo Campos tem de reforçar preconceitos contra um ser humano, chamando Dilma Rousseff, que não agride pessoas, de Dilmão e Dilmona? Nos seus discursos e entrevistas, Eduardo Campos dizia que, se eleito, a “raposada do PMDB” não teria vez no seu governo. Lula da Silva pensava da mesma maneira e o mensalão, de alguma maneira, foi um instrumento para, controlando outros partidos, contornar o peemedebismo, que se tornou um sistema na política brasileira. O peemedebismo, mesmo não elegendo um presidente de seus quadros, controla e monitora os governos, tanto de centro quanto de esquerda a partir do domínio no e do Parlamento. É um cavalo de Troia encravado no “disco rígido” do Brasil. Se eleger uma bancada forte de deputados e senadores, o PMDB continuará contaminando e mandando na política nacional e mesmo um governo do PSB terá de compor com seus próceres. O PMDB é um vírus que paralisa qualquer governo que não o acolha (mas também é útil ao colaborar para moderar o PT). Eduardo Campos dizia que “aposentaria” José Sarney. O curioso é que praticamente retirou Severino Cavalcante da “aposentadoria” e trabalhou para ter o apoio de Inocêncio de Oliveira. Fica-se com a impressão que “nossos” coronéis são melhores dos que os coronéis dos “outros”. Reduzir impostos quando há um Estado pantagruélico, altamente centralizador e dispendioso, é praticamente impossível. Mas Eduardo Campos dizia, com frequência, que faria uma reforma tributária “imediata” para diminuir impostos. Um dos coordenadores de sua campanha na área de planejamento econômico, o economista Eduardo Giannetti, PhD pela Universidade de Cambridge, aparentemente não acredita que seja tão fácil assim. Eduardo Campos afirmava que, se eleito, derrubaria a inflação para 3%. Giannetti, embora aliado, ressalva: “O próximo governo vai ter que lidar com a verdadeira herança maldita. No Brasil, há uma dificuldade imensa de convencer a população de que há custos que precedem benefícios. O Brasil acumulou distorções e a correção dessas distorções — que inclui aumento das tarifas — vai, necessariamente, fazer com que a inflação suba 1,5% a 2% de cara”. Porém, como se sabe, não se ganha eleição com discurso excessivamente realista. Ganha-se eleição vendendo esperança e sonhos. A crueza da realidade é “embrulhada” pelo marketing para ser apresentada com certa suavidade ao eleitorado. Giannetti assinala que o próximo presidente deve redefinir o papel do BNDES, “redesenhar o modelo do setor elétrico, restabelecer o tripé econômico — geração de superávits primários nas contas públicas, juntamente com o regime de câmbio flutuante e o de metas para a inflação, além da simplificação do sistema tributário para voltar a atrair investimentos”. “Acho que o Armínio [Fraga] nem vai gostar de ouvir isso, mas, do ponto de vista estrito da economia, há pouca diferença entre o que devem ser as propostas de Aécio e as de Eduardo”, frisa Giannetti. Acrescente-se que o economista é mais ligado a Marina Silva. [caption id="attachment_12780" align="alignleft" width="1173"]

[caption id="attachment_12758" align="alignleft" width="691"] Marcelo Miranda discursa a empresários em Palmas e promete reforma tributária e diminuição de impostos[/caption]
O candidato a governador pelo PMDB, Marcelo Miranda, disse a empresários que uma de suas metas é industrializar o Tocantins. Para isso, sustentou que vai implantar uma política arrojada de incentivos fiscais.
Durante encontro com empresários, no dia 12, em Palmas, Marcelo Miranda afirmou que, se for eleito, vai colocar em prática, logo no primeiro ano de governo, uma reforma tributária, com diminuição de impostos, além de investir na agroindústria, aproveitando a vocação natural de cada região. “Vamos estimular a construção civil, dando fim aos calotes públicos, além do compromisso de uma agenda mensal com os empresários”, sustentou o peemedebista.
Ele deu a garantia de que quem vai indicar o futuro secretário da Indústria e Comércio será a classe empresarial.
No final do encontro com cerca de 100 empresários, o presidente da Associação Comercial e Industrial de Palmas (Acipa), Fabiano do Vale, fez a seguinte observação: “Queremos uma gestão pública enxuta, moderna e propositiva que nos inspire respeito e confiança, pois o setor produtivo é parceiro de todos os bons empreendimentos do Estado”.
Os motoristas que trabalham no governo do Estado estão sem receber diárias desde o início do ano, segundo denúncia do presidente do Sindicato dos Motoristas Oficiais do Estado do Tocantins (Simoeto), Cleber Camargo.
Desvalorização
Além da “queda brusca nos salários”, Cleber Camargo reclama ainda das condições de trabalho, porque segundo ele, a frota de carros oficiais está em péssimas condições. Conforme suas contas, o Estado conta com cerca de 1000 motoristas, entre concursados e comissionados.
O ministro do Turismo, Vinicius Nobre Lages, esteve no Tocantins, na sexta-feira, 15, a convite da senadora e candidata à reeleição Kátia Abreu (PMDB), para conhecer uma das mais tradicionais manifestações religiosas da região Norte do país, a Romaria do Senhor do Bonfim. Presente ao evento, o candidato a governador Marcelo Miranda (PMDB) foi muito assediado por populares.
A visita do ministro aconteceu logo após o empenho de recursos da ordem de R$ 1,5 milhão, no Ministério do Turismo, para pavimentação da via de acesso ao Santuário do Senhor do Bonfim. O pedido foi feito por Kátia Abreu diretamente à presidente Dilma Rousseff, em audiência no Palácio do Planalto no dia 7 de maio deste ano.
Segundo a senadora, os recursos serão aplicados no asfaltamento da estrada dos romeiros (paralela à rodovia estadual). Ela ainda solicitou infraestrutura para o povoado do Bonfim, onde será construído o novo santuário.
As ações para melhoria da infraestrutura aos romeiros seguem planejamento da senadora Kátia Abreu que, por intermédio do Senar/Faet e com o apoio do Sebrae, realizou um diagnóstico socioeconômico, no início deste ano, para detectar os principais problemas daquela tradicional festa religiosa, assim como para identificar o perfil dos romeiros que frequentam o evento. Além disso, desde o ano passado, o sistema Senar/Faet, com o apoio do Sebrae, instalou dois pontos de apoio ao romeiro entre Natividade e o povoado do Bonfim. O primeiro no Km 7 e o segundo no Km 17. Ambos dispõem de banheiros, enfermeiros e fornecem apoio aos romeiros durante o dia e a noite.
Até o início do ano, o prefeito de Palmas, Carlos Amastha (foto abaixo), do PP, era um dos principais desafetos do Palácio Araguaia. Agora, mudou completamente de discurso ao defender com veemência o governo estadual. No seu entendimento, o governador e candidato à reeleição, Sandoval Cardoso (SD), acabou com o apagão de investimentos do governo estadual em Palmas. “Sandoval é o nosso grande parceiro. Nunca um governador fez tanto por Palmas e nós vamos fazer o possível e o impossível para ele continuar no Palácio Araguaia para continuar trabalhando por Palmas”, apregoou o prefeito, durante acontecimento político-partidário na capital, na semana que passou. Para Amastha, Sandoval representa a mudança com qualidade na política do Tocantins. “Chegou a hora da verdadeira renovação, de oxigenar a política, e Sandoval é a única novidade na política tocantinense nos últimos 20 anos no Estado.” Com essa posição, o prefeito tem pretensões de alçar voos mais altos, mas essa mudança de comportamento pode lhe custar caro, futuramente.