Por Ketllyn Fernandes

Peemedebista da velha-guarda do PMDB diz não se preocupar com eventual crescimento de Gomide e Vanderlan e que vigorará a conhecida polarização com o PSDB

Disco “Brasil In Trio Interpreta Alessandro Branco” foi lançado em Goiânia há dois meses, com dez composições inéditas e arranjos autorais. Confira algumas ao final da matéria

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[caption id="attachment_9131" align="alignleft" width="620"] Paulo Garcia não fará campanha nem para Iris, nem para Gomide. O foco agora é na gestão | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
Marcado por escândalos e manchetes ruins, o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), tem vivido sob constante pressão. E ninguém nega isso, seja petista ou não. Em virtude disso, a informação que se tem é que Paulo tem trabalhado muito para melhorar sua imagem e a de seu partido na capital goiana — uma vez que o PT tem candidato ao governo. Aliás, essa é uma das explicações para os burburinhos negativos em torno dos petistas. Um ex-vereador petista de Goiânia, ligado à tendência partidária do prefeito, diz: “Existem forças ocultas tentando minar a gestão do Paulo em Goiânia para atingir a candidatura de Antônio Gomide.”
Esse petista diz acreditar que até o fim do ano, a cidade estará recuperada das más manchetes, o que fortalecerá o partido como um todo. O prefeito está sobrecarregado. A gestão da cidade o tem consumido muito. Assim, independentemente de suas preferências eleitorais — visto que, mesmo petista, Paulo é ligado à figura do ex-prefeito e candidato peemedebista ao governo, Iris Rezende —, o fato é que Paulo está completamente voltado para reverter o quadro de crise que se estabeleceu em Goiânia e colocar a cidade de volta no caminho do desenvolvimento. Assim, nenhuma campanha deverá ter seu completo apoio.

[caption id="attachment_9113" align="alignleft" width="300"] Armando Vergílio: ainda tentando persuadir o partido a ficar com o PMDB | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
“Não nos procuraram. Apenas informaram sobre a aliança.” É o que diz uma liderança do Solidariedade no interior sobre a aliança com o PMDB, que levou o partido a ocupar a vice na chapa majoritária encabeçada por Iris Rezende. Esse membro do partido, que não está só em suas indagações, informou que o presidente da sigla em Goiás, Armando Vergílio, ainda está tentando convencer o partido sobre a aliança com o PMDB.
A situação é tal, que lideranças e membros com cargos políticos, principalmente vereadores, querem apoiar outros candidatos. O nome de Antônio Roberto Gomide, governadoriável do PT, foi citado por alguns. Eles dizem que podem seguir o que o partido decidir, mas não irão entrar na campanha e pedir votos para Iris. Uma atitude bastante semelhante à de alguns membros do DEM de Ronaldo Caiado, que já afirmaram que apoiarão Marconi Perillo à reeleição.
Fora isso, membros da base aliada informam que Armando está pegando pesado com os candidatos a deputado estadual para apoiar a candidatura de seu filho, Lucas Vergílio, que disputará vaga na Câmara Federal. Carlos Antônio, candidato de Anápolis, por exemplo, parece ser um que está resistente em apoiar a candidatura de Lucas. Acontece que o anapolino irá coordenar a campanha de Armando em Anápolis.
E assim vai a chapa — chamada colorida, devido às tantas bandeiras diversas que agregou — PMDB-SDD-DEM, entre outras. Onde isso vai dar, só outubro dirá.
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[caption id="attachment_9105" align="alignleft" width="300"] Antônio Gomide já visitou 147 dos 246 municípios goianos, mas precisa se concentrar onde tem mais gente | Foto: Fernando Leite[/caption]
O governadoriável Antônio Gomide (PT), em dois meses, visitou 147 municípios goianos. Um número impressionante, sem dúvidas. Mas ainda faltam 99, das 246 cidades goianas. Fora isso, Gomide precisará centrar esforços nos grandes centros, isto é, Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis e Entorno do DF.
Por isso, o cronograma de campanha já está definido. A semana, que foi dividida para atender a todos os interesses de apresentação da chapa, ficou assim: dois dias para continuar a caravana nos 99 municípios que faltam; dois dias para os grandes centros; e finais de semana dedicados ao Entorno, que, aliás, receberá atenção especial.
Afinal, são aproximadamente 600 mil eleitores na região. Quatro dos dez maiores colégios eleitorais do Estado estão no Entorno: Luziânia, Águas Lindas, Valparaíso e Formosa. A estratégia está, primeiramente, baseada no apoio de Agnelo Queiroz (PT), em Brasília. Fora Agnelo, Gomide contará ainda com os petistas Lucimar do Nascimento, prefeita de Valparaíso, e Didi Viana, vice-prefeito de Luziânia.

[caption id="attachment_9135" align="alignleft" width="620"] Alexandre Magalhães foi a São Paulo e disse que queria disputar, mas recuou. Por isso, foi pressionado[/caption]
Quando o governador Marconi Perillo disse “sim” à candidatura à reeleição, o PSDC foi um dos partidos que levantou as mãos e festejou. Mãos que foram abaixadas quando o partido lançou chapa pura para disputar o governo. Alexandre Magalhães é o nome da legenda para o pleito de outubro. Muitos estranharam. Chegaram a dizer que a chapa seria apenas para “neutralizar” a oposição ao governador.
Eis uma explicação: a aliança com o PSDB era um desejo do presidente estadual do partido, Ademar Borges, e daqueles que tentarão ir à Assembleia Legislativa — 20 — e à Câmara Federal — 10. Isto é, muita gente. O que circula pelos bastidores é que Alexandre passou por cima de Ademar e foi a São Paulo conversar com o presidente nacional da sigla, o presidenciável José Maria Eymael. Alexandre teria dito a ele que queria disputar o governo em Goiás e pediu apoio. Eymael, então, mandou a ordem e a chapa se configurou, sendo inclusive pré-anunciada.
Depois, houve alguns percalços e o então pré-candidato do PSDC tentou voltar à aliança com os tucanos. A informação chegou aos ouvidos de Eymael, em São Paulo, que mandou dizer: “Se não for candidato, está fora do partido.” Não tinha outro jeito. O fato é que a chapa — que leva Rodrigo Adorno, na vice, e Aldo Muro, ao Senado — está formada e não tem volta.
Para Alexandre, que é empresário do ramo de energia e nunca disputou uma eleição, a explicação é outra. Diz que estava desanimado com as opções de nomes e não queria votar em nenhum dos candidatos que se apresentaram. Por isso, quis disputar. “Conheço a história do Iris [Rezende]. Conheço a história do atual governo. Conheço a história do Vanderlan [Cardoso] atrelado ao Alcides [Rodrigues]. E vejo o que o PT está fazendo em Goiânia. Então, vou pregar a história da mudança. Quero levar a experiência da gestão empresarial para a administração pública. Meu mote é o respeito ao dinheiro público. Quero investir naquilo que é certo”, afirma.

[caption id="attachment_9126" align="alignleft" width="620"] Dyogo Crosara: o jovem advogado eleitoral é associado ao vice-governador José Eliton. Porém, Iris parece querer sua presença na equipe dele[/caption]
Todos estão definindo suas equipes de campanha. No que toca à parte jurídica, uma parte muito importante nesse período, Iris Rezende (PMDB), ao que consta, tem conversado bastante com o jovem advogado Dyogo Crosara para coordenar o jurídico de sua campanha. Porém, isso tem contrariado os advogados peemedebistas, de todas as tendências do partido. Acontece que Dyogo Crosara é o advogado do vice-governador José Eliton (PP).
A questão é que Iris tem encontrado dificuldades em formatar sua equipe de campanha. Não apenas a parte jurídica. A coordenação-geral ainda está em aberto. O coordenador-geral deveria ser Armando Vergílio. Porém, Armando tem cuidado mais dos aspectos financeiros da campanha. Alguns peemedebistas chegam a brincar que Armando tem recebido gente de todos os lados com boletos na mão dizendo: “Foi o Iris que me mandou falar com você.”
Assim, o coordenador deverá ser o deputado Samuel Belchior, que está mais ligado a Iris, sendo, portanto, a escolha mais acertada.
Pela lei eleitoral, mesmo que as chapas já tenham sido definidas e registradas no Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), elas ainda podem sofrer alteração. Isto é, os candidatos podem ser substituídos por outros. Mas há regras. A substituição não é feita pela livre vontade dos partidos. Deve haver causa específica, como indeferimento do registro de candidatura pela Justiça Eleitoral, desistência ou renúncia do candidato, ou falecimento. Nessas hipóteses, o partido pode substituir o candidato até 60 dias antes das eleições para os cargos proporcionais e 20 dias para os cargos majoritários.