Candidatura do PSDC ao governo não foi por livre e espontânea vontade
05 julho 2014 às 11h55
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Quando o governador Marconi Perillo disse “sim” à candidatura à reeleição, o PSDC foi um dos partidos que levantou as mãos e festejou. Mãos que foram abaixadas quando o partido lançou chapa pura para disputar o governo. Alexandre Magalhães é o nome da legenda para o pleito de outubro. Muitos estranharam. Chegaram a dizer que a chapa seria apenas para “neutralizar” a oposição ao governador.
Eis uma explicação: a aliança com o PSDB era um desejo do presidente estadual do partido, Ademar Borges, e daqueles que tentarão ir à Assembleia Legislativa — 20 — e à Câmara Federal — 10. Isto é, muita gente. O que circula pelos bastidores é que Alexandre passou por cima de Ademar e foi a São Paulo conversar com o presidente nacional da sigla, o presidenciável José Maria Eymael. Alexandre teria dito a ele que queria disputar o governo em Goiás e pediu apoio. Eymael, então, mandou a ordem e a chapa se configurou, sendo inclusive pré-anunciada.
Depois, houve alguns percalços e o então pré-candidato do PSDC tentou voltar à aliança com os tucanos. A informação chegou aos ouvidos de Eymael, em São Paulo, que mandou dizer: “Se não for candidato, está fora do partido.” Não tinha outro jeito. O fato é que a chapa — que leva Rodrigo Adorno, na vice, e Aldo Muro, ao Senado — está formada e não tem volta.
Para Alexandre, que é empresário do ramo de energia e nunca disputou uma eleição, a explicação é outra. Diz que estava desanimado com as opções de nomes e não queria votar em nenhum dos candidatos que se apresentaram. Por isso, quis disputar. “Conheço a história do Iris [Rezende]. Conheço a história do atual governo. Conheço a história do Vanderlan [Cardoso] atrelado ao Alcides [Rodrigues]. E vejo o que o PT está fazendo em Goiânia. Então, vou pregar a história da mudança. Quero levar a experiência da gestão empresarial para a administração pública. Meu mote é o respeito ao dinheiro público. Quero investir naquilo que é certo”, afirma.