Por Euler de França Belém
Políticos afirmam que o deputado federal Marcos Abrão (PPS) anda “nervoso” e “agressivo” — sempre procurando uma briga. “É um fio desencapado.” Motivo, segundo tais políticos: “É provável que o parlamentar está achando muito difícil conseguir ser reeleito”. Candidatos do PSDB estão em pé de guerra com Marcos Abrão, o sobrinho da senadora Lúcia Vânia, como é conhecido no interior. É preciso admitir, porém, que Marcos Abrão é um deputado atuante.
O empresário Alcides Ribeiro (PP), que se apresenta como Professor Alcides, é dono de faculdades em Goiás e Bahia. É um potentado. Na campanha, está gastando seu próprio dinheiro. Mas em quantidades que assustem até políticos experimentados. Mas não há nenhuma evidência de irregularidades nos seus gastos.
O PPS aposta que Virmondes Cruvinel vai surpreender para deputado estadual. O parlamentar trafega por todo o Estado, de maneira incessante e qualitativa. No sábado, Virmondes Cruvinel disse ao Jornal Opção que pretende superar a marca dos 40 mil votos. “Minha estrutura político-partidária hoje é bem maior do que a de 2014”, afirma o líder do PPS. Ele participa do chapão — que inclui o PSDB. Mas nada teme, pois acredita no seu cacife pessoal e eleitoral.
No interior começa a surgir o movimento Marca — Marconi Perillo para senador e Ronaldo Caiado para governador.
Frise-se: o movimento — articulado por aliados do deputado estadual Iso Moreira (DEM e ex-PSDB) e alguns integrantes do PSD — não tem autorização nem do ex-governador Marconi Perillo, do PSDB, nem do senador Ronaldo Caiado, do DEM.
Um tucano afirma que pesquisas qualitativas indicam que os eleitores nunca ouviram falar no senador Wilder Morais. Portanto, não falam bem, mas também não falam mal. O empresário é senador há seis anos, mais de meia década. Mas há um detalhe: quando o senador é conhecido, sobretudo quando se fica sabendo de seus negócios privados, os eleitores o aprovam. Porque é visto como um vencedor. Uma das falhas de sua campanha é não explorar a história de que é um vencedor na iniciativa privada — como João Amoêdo.
A ressalva é que Wilder Morais têm estrutura: dinheiro, avião, helicóptero. Kajuru só tem votos
Os candidatos do MDB, Daniel Vilela, e do DEM, Ronaldo Caiado, estão escondendo seus vices, Heuler Cruvinel e Lincoln Tejota, não se sabe por quais motivos. Segundo um emedebista, Lincoln Tejota tem sido útil, pois está carregando a maleta de Ronaldo Caiado. Se Ronaldo Caiado for eleito, vai ocupar sua chefia de gabinete. Já o governador José Eliton faz questão de apresentar para sua vice, Raquel Teixeira, e que fale nos eventos. Há a vantagem de a educadora ter conteúdo e experiência política (foi deputada federal por dois mandatos).
Suplente de Lúcia Vania, o presidente da Assembleia Legislativa, José Vitti, ganhou assento cativo no comando da campanha de José Eliton a governador. Ele está sempre presente e é conciliador. José Eliton, Marconi Perillo e Lúcia Vânia aprovam o seu comportamento proativo.
De um caiadista: “O principal ‘marqueteiro’ de Ronaldo Caiado é sua mulher Gracinha Caiado. Ela é inteligente, perceptiva e convenceu o senador a adotar a imagem de ‘Caiadinho paz e amor’”. Na verdade, Ronaldo Caiado tem marqueteiro. Mas ele ouve bastante sua mulher, Gracinha Caiado. Na parte jurídica, só ouve sua filha Anna Vitória, que é uma advogada competente. Portanto, é menos machista do que parece.
O senador Ronaldo Caiado disse que à TBC que não vai participar do debate na segunda-feira, 17. O candidato do DEM a governador pode não comparecer a mais nenhum debate. Ronaldo Caiado, segundo aliados, acredita que pode ganhar no primeiro turno e que a participação nos debates pode prejudicá-lo. Chegaram à conclusão que no primeiro debate, o candidato do MDB, Daniel Vilela, o acuou e o senador não soube escapar das críticas. Seu desempenho foi abaixo da crítica. Aliados de Ronaldo Caiado temem que o candidato seja acossado sobretudo por Daniel Vilela, do MDB, e Kátia Maria, do PT. Eles também não querem que, criticado, o senador perca as estribeiras e, daí, assuste os eleitores.
O jornalista Enzo de Lisita, craque, vai ser o mediador do debate entre os governadoriáveis na Televisão Brasil Central (TBC). Ele, que desmaiou no debate anterior, está bem. Enzo de Lisita, dada sua competência e serenidade, contribui para melhorar os debates.
Adriano do Baldy, candidato a deputado federal pelo grupo do ministro Alexandre Baldy, está trabalhando, em tempo integral, na sua campanha e na de Daniel Vilela. É mais uma prova do engajamento de Alexandre Baldy na campanha do emedebista. Entretanto, como parte da base de Adriano do Baldy apoia o candidato do PSDB a governador, José Eliton, o postulante a deputado trabalha, às vezes, de maneira discreta para Daniel Vilela. Para não contrariar suas bases.
O ministro Alexandre Baldy entrou de sola na campanha do candidato do MDB a governador, Daniel Vilela. Ele está pedindo votos e criticando seus adversários. Em Anápolis, Alexandre Baldy, o golden boy do governo de Michel Temer, fez um discurso incandescente em defesa da candidatura de Daniel Vilela. Empolgou a militância. Ao saber do discurso de Baldy, o presidente Michel Temer ficou contente, porque Daniel Vilela é uma de suas principais apostas.
Baldy, Balestra, Sandes, Adriano e Alcides seriam adeptos do Marvan
Marconi Perillo, do PSDB, Lúcia Vânia, do PSB, Vanderlan Cardoso, do PP, e Jorge Kajuru, do PRP, estão embolados na disputa para o Senado. Há um consenso de que uma das vagas deve ficar com Marconi Perillo — dada sua história política e capilaridade eleitoral em todo o Estado. A segunda vaga está sendo disputada, de maneira agressiva, por Lúcia Vânia, Vanderlan Cardoso e Jorge Kajuru. Há uma tendência a subestimar Kajuru, porque não tem estrutura partidária. Numa conversa com um repórter do Jornal Opção, o vereador disse que vai surpreender. “Estou cada vez mais conhecido no interior e vou ganhar a eleição para senador”, afirma. Subestimar o político do PRP pode ser um equívoco, sobretudo porque, embora tenha quase nenhuma estrutura, está empatado com Lúcia Vânia e Vanderlan Cardoso.