Por Euler de França Belém
Num ato preparatório para a formatação de um bloco de apoio à candidatura de Eduardo Campos (PSB) a presidente da República, realizado na quarta-feira, 21, na sede do PPS, em Goiânia, o presidente do PMDB metropolitano, vereador Mizair Lemes, disse que o partido poderá não apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff. O peemedebista alega que o PMDB apoiou Paulo Garcia (PT) para prefeito de Goiânia e Antônio Gomide (PT) para prefeito de Anápolis, mas, quando solicita, não recebe reciprocidade devida. Portanto, embora não esteja definido, é possível que o PMDB de Goiás troque Dilma Rousseff por Eduardo Campos. Mizair Lemes é um dos defensores da candidatura de Iris Rezende a governador.

O vice-governador José Eliton (PP) disse ao Jornal Opção que vai apoiar a reeleição do governador Marconi Perillo e que não há qualquer possibilidade de rompimento. O presidente do PP frisou que estará ao lado do tucano-chefe em quaisquer circunstâncias. Ex-aliado de Ronaldo Caiado, José Eliton diz que não é “traidor” (“não” fica pulando de galho em galho) e que, ao contrário de outros políticos, não fica aparecendo em fotografias de outros pré-candidatos. É uma referência ao presidente do DEM, que manteve encontros com Vanderlan Cardoso (PSB), Iris Rezende (PMDB) e Júnior Friboi (PMDB), Armando Vergílio (Solidariedade) e, mesmo assim, estaria tentando se aproximar do governador Marconi Perillo. Se Caiado compor com Marconi, como candidato a senador, há a possibilidade de Vilmar Rocha (PSD) ser deslocado para a vice e aí José Eliton sairia da chapa majoritária. No entanto, José Eliton aposta que será mantido na chapa, ao lado de Marconi e Vilmar. O tucano-chefe já frisou, mais de uma vez, que a chapa majoritária está praticamente montada e não descartou José Eliton nenhuma vez.
Pinheiro Salles é um jornalista do primeiro time, um polemista nato e um homem de integridade rara. Quem escarafuncha sua história, em busca do indivíduo integral, fica surpreso: trata-se quase de um monge, mas nunca um santo (o que ele não quer ser, lógico, sabendo que os homens são pródigos em contradições). Na quarta-feira, 21, às 19 horas, no Auditório Costa Lima, da Assembleia Legislativa de Goiás, ele lança o livro “Ninguém Pode se Calar”.
Mais do que pura transcrição do depoimento de Pinheiro Salles à Comissão da Verdade, em Brasília, é um poderoso libelo em defesa da liberdade e da democracia e contra a ditadura instalada no país em 1964. Preso político, barbaramente torturado, o jornalista nunca se dobrou. Mais do que um Pinheiro, é uma rocha. Ele mora em Goiânia e leva uma vida espartana.

[caption id="attachment_4725" align="alignleft" width="300"] Foto: Reprodução/Facebook[/caption]
Os baldyanos acreditam que o empresário Alexandre Baldy deve receber entre 40 e 50 mil votos em Anápolis, município onde está vai organizar uma estrutura ampla. Mas o jovem político, com pouco mais de 30 anos, precisava de algo mais: uma espécie de amuleto, pois vai de mais votos em outras cidades. Pensou, pensou, pensou e lembrou-se de Ruimar Ferreira.
Ruimar Ferreira, o príncipe dos cabeleireiros do Centro-Oeste, dirigente do Principado New Star, na Praça Tamandaré, em Goiânia, é tido como o “aristocrata da sorte”. Políticos que cortam cabelo com o profissional da tesoura — que prefere ser chamado de barbeiro a cabeleireiro — raramente perdem eleições. Isto é o que reza a lenda. Talvez até a realidade (ah, sim, uns dois ou três perderam, mas num universo de 200). Baldy, nesta semana, não pensou duas vezes e disse para os baldyanos: “Preciso cortar meu cabelo com o Ruimar”. E foi. Consta que seus índices, mesmo em Anápolis, onde já estava bem, melhoraram. Ele é pré-candidato a deputado federal — apontado como imbatível.
O engenheiro de produção Igor Sebba, filho do ex-jogador de basquete César Sebba, vai disputar mandato de deputado estadual pelo PSL. Pós-graduado em gestão e gestor de três empresas familiares, Igor enfrentava um problema em “casa”: seu tio Abdul Sebba, ex-deputado estadual e delegado de polícia aposentado, era um poderoso adversário interno. Entretanto, nesta semana, Abdul desistiu da candidatura e vai apoiar Igor. Aos 34 anos, Igor é uma das apostas do PSL, que, em Goiás, é dirigido por Dário Paiva.

A campanha eleitoral parece morna, mas nos bastidores o jogo está bruto. Até os políticos mais centrados começam a falar grosso, cumprindo o sentido bíblico de “quem não se exalta será humilhado”. Quem conversou com José Eliton nos últimos dias notou que ele, geralmente centrado, subiu o tom. O vice-governador conta, sem pedir off, que esteve com o senador Cyro Nogueira, presidente nacional de seu PP, e ouviu dele a garantia de que pode levar o partido para onde quiser. Por isso, aliados de Eliton sugerem que ele poderia até ser vice em outra chapa. Difícil é combinar com os russos: prefeitos e vereadores do PP são marconistas e os dois deputados federais, Roberto Balestra e Sandes Júnior, não deixam Marconi por nada. A opção do PP seria o PT de Antônio Gomide, ambos partidos que apoiam a presidente Dilma Rousseff. Em público, Eliton nega a possibilidade de levar o PP para outro rumo.
Luiz Augusto Pampinha volta a comandar a festa, digo, a coluna “Geleia Geral”, do “Diário da Manhã”, a partir de quarta-feira, 21. Depois de uma cirurgia de coluna, muito bem-sucedida, Pampinha volta ao batente, com ânimo redobrado. Durante a sua licença, Iúri Rincon Godinho editou a coluna com tal qualidade que Pampinha deve mantê-lo como “assistente”. Os leitores reclamam da coluna? Sim. Dizem que é curta.
Grupo liberado pelo ministro do Supremo Teori Zavascki articulou esquema de corrupção que movimentou cerca de 10 bilhões de reais
Ex-prefeito afirma que, nos últimos meses, o presidente do DEM de Goiás está mais para “Caiado paz e amor”
José Antônio Nogueira Belham, Rubens Paim Sampaio, Raymundo Ronaldo Campos e irmãos Jurandir e Jacy Ochsendorf e Sousa são os militares denunciados
As jornalistas Mônica Bergamo, da “Folha de S. Paulo”, e Julia Duailibi, do “Estadão”, informam que um dos editores-executivos da revista “Veja”, Otávio Cabral, vai trabalhar na campanha do candidato a presidente da República pelo PSDB, Aécio Neves, a partir de 2 de junho. Ele será um dos auxiliares do marqueteiro Paulo Vasconcelos. Um dos mais importantes repórteres da “Veja”, Otávio Cabral notabilizou-se, recentemente, por ter escrito uma biografia de um dos criadores do PT, José Dirceu (leia em https://jornalopcao.com.br/colunas/imprensa/biografia-escrita-por-jornalista-da-veja-mostra-jose-dirceu-maior-que-lula).
O empresário George Paulo Andrade vai lançar um semanário em Goiânia, tendo como modelo o jornal “Daqui”, mas ainda não definiu seu nome. A distribuição deverá ser gratuita. O jornalista Nilson Gomes, ex-editor do “Diário da Manhã”, vai ser o editor-chefe do veículo. George Paulo foi proprietário do “Jornal O Estado”, que era editado em Palmas, no Tocantins, em sociedade com o jornalista Antônio Téo. Ele disputa, na Justiça, a propriedade de uma impressora alemã Goss com Antônio Téo. “A impressora pode ser embargada a qualquer momento”, frisa Téo, ex-repórter e editor do “Diário da Manhã”.
Uma agência do Tocantins conseguiu barrar, na Justiça, a licitação da Agência de Comunicação do governo de Goiás (Agecom). A agência, que não se “classificou”, questiona apenas quatro das dez agências que foram vitoriosas na licitação. Como seis agências não foram questionadas judicialmente, o governo está tentando trabalhar com elas, enquanto questiona o mandado de segurança. Advogados examinaram os questionamentos da agência — que ficou como 11ª colocada na licitação — e sustentam que não há embasamento jurídico. Mas está na mão do Judiciário a decisão sobre a licitação. Devido ao processo eleitoral, o governo só pode publicar anúncios até 30 de junho.
Colunista do Jornal Opção, Afonso Lopes é repórter e articulista do primeiro time. Mas o que ninguém sabia é que, quando quer, também é um cronista dos melhores. Sua crônica “Pacto com meus cabelos...” (http://www.afonsolopes.com/pacto-com-meus-cabelos), explicando que seus cabelos começaram a cair e, quando “decidiram” parar de assustá-lo, ficaram mais finos, é deliciosa. O blog do jornalista (http://www.afonsolopes.com), que inclui comentários políticos, de rara precisão e elegância, e textos deliciosos sobre, por exemplo, vinhos, é divertido e inteligente. Imperdível. Num dos posts, Afonso lista, com a graça habitual e informação de qualidade, uma dica de 11 bons vinhos. Na América do Sul, afirma Afonso, não se pode, de maneira alguma, esquecer os vinhos chilenos. Na região, o país de Pablo Neruda é o “melhor fabricante de vinho”. O profissional, que rejeita a pecha de “enófilo” e “enólogo” (afirma que é um curioso bem informado), cita os vinhos chilenos fundamentais (leia mais no link http://www.afonsolopes.com/category/vidaboa).
Há algum tempo, depois de repetidas denúncias, uma revista brasileira demitiu seu correspondente em Paris. O “recórter” tinha o hábito de plagiar publicações europeias. Longe de reescrever os textos, ele apenas traduzia e enviava para a redação brasileira, que foi engrupida durante anos. Discretamente, e sem pedir desculpas aos seus leitores, a publicação patropi enviou outro jornalista para a redação europeia. Plagiar é um problema universal. Uma editora da rede CNN foi demitida na sexta-feira, 16, sob acusação de copiar cerca de 50 reportagens. Notificada dos plágios por uma auditoria, a cúpula da televisão demitiu Marie-Louise Gumuchian. A jornalista Marie-Louise, baseada em Londres, fazia reportagens sobre África, Europa e Oriente Médio. Ao demiti-la, a CNN pediu desculpas: “Confiança, a integridade e o simples crédito quando corresponde estão entre os princípios do jornalismo que valorizamos profundamente e lamentamos ter publicado material que não respeitou estes padrões essenciais”. A transcrição acima está no Portal Imprensa.