Por Euler de França Belém

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Nasr Chaul deveria verificar acervo de livreiro que quer doar 60 mil livros

Editada pela jornalista Adevania Silveira, que passou pelo “El País”, a revista “The Book” (está no quarto número), além de belíssima, publica reportagens de qualidade. O repórter Rimene Amaral escreveu o melhor texto da edição, “Uma vida feita de páginas”, sobre o alagoano Samuel Soares da Silva. Ele tem um acervo de “aproximadamente 60 mil livros” e pretende, mas não consegue, doá-lo para uma instituição pública. Os livros estão num espaço no Setor Leste Vila Nova e podem ser consultados pelo público. Nasr Chaul, que está organizando a biblioteca do Centro Cultural Oscar Niemeyer, deveria dar uma olhada nos livros de Samuel Soares.

Milton “retorna” ao Brasil na poesia de William Blake e com sua própria poesia

i115068233Quem aprecia poesia de qualidade tem duas minas de ouro a explorar: “Milton” (Nova Alexandria, 295 páginas, tradução de Manuel Portela), de William Blake, e “O Paraíso Reconquistado” (Cultura, 304 páginas, organizado por Guilherme Gontijo Flores), de Milton. “Paradise Regained” integra uma obra mais ampla, iniciada com “Paraíso Perdido”.

Sai biografia de Lovecraft, escritor admirado por Jorge Luis Borges

big_thumb_a-vida-de-h-p-lovecraftO que há de comum entre os escritores Jorge Luis Borges e Stephen King e o cineasta Guillermo del Toro? A paixão pela obra literária de H. P. Lovecraft. Para conhecê-lo vale a pena ler “A Vida de H. P. Lovecraft — O Grande Mestre do Terror” (Hedra, 446 páginas, tradução de Bruno Gambirotto), de S. T. Joshi. Stephen King diz que Lovecraft “permanece insuperado como o maior expoente do horror clássico”. Cthulhu, personagem de Lovecraft, é uma figura icônica. S. T. Joshi é considerado um dos maiores, senão o maior, especialistas tanto em sua obra quanto em sua vida. A Hedra também publica “Os melhores contos de H.P. Lovecraft”.

Dilma Rousseff indica Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda e Nelson Barbosa para o Planejamento

A presidente Dilma Rousseff recuou de seu projeto inicial e indicou Nelson Barbosa para o Ministério do Planejamento e o “duro” Joaquim Levy (secretário do Tesouro do governo Lula) — defensor de um Estado mais enxuto — foi para o Ministério da Fazenda. Joaquim Levy é tido como um economista ortodoxo, pouco dado a firulas populistas. Mas é apontado como leal e cumpridor de ordens. Costuma ser rigoroso no ajuste das contas públicas e não teme cara feia.

A goiana Kátia Abreu vai assumir o Ministério da Agricultura

[caption id="attachment_21259" align="alignright" width="300"]Foto: Divulgação/ Facebook Kátia Abreu Foto: Divulgação/ Facebook da senadora Kátia Abreu[/caption] Kátia Abreu é goiana, mas é senadora pelo PMDB do Tocantins. Ela também é presidente da Confederação Nacional da Agricultura e vai ser anunciada como ministra da Agricultura do segundo governo da presidente Dilma Rousseff. A senadora, reeleita no pleito deste ano, é uma das vozes mais autorizadas do setor rural no País.

Nelson Barbosa será anunciado como ministro da Fazenda

A presidente Dilma Rousseff convocou o economista Nelson Barbosa para uma conversa em Brasília. A petista-chefe não quer conversa de que o ministro da Fazenda terá “autonomia” — o que queria Luiz Carlos Trabuco e Henrique Meirelles — para definir a política econômica, o que o tornaria uma espécie de primeiro-ministro. Ela não quer um novo Fernando Henrique Cardoso no governo. No governo de Itamar Franco, FHC assumiu o Ministério da Fazenda e se tornou, de pronto, “primeiro-ministro”, praticamente mandando na gestão. Dilma Rousseff quer um ministro forte, mas seguindo firmemente sua orientação. A presidente não quer o Estado a serviço do mercado financeiro. Quer manter o Estado como representante da sociedade, inclusive com amparo aos setores mais carentes. Se Nelson Barbosa aceitar a tese de que é preciso um Estado necessário, não um Estado mínimo, será indicado ministro da Fazenda. Nos bastidores, comenta-se que vai aceitar a incumbência, mas vai trabalhar por um Estado um pouco menor e menos dispendioso para a sociedade, mas sem contrariar as linhas básicas do pensamento de Dilma Rousseff. O foco de Nelson Barbosa, se assumir, será fortalecer o crescimento da economia, mas sem esquecer nas apostas do desenvolvimento.

Apresentador José Guilherme Schwam está na UTI com pneumonia dupla

Exibindo Screen Shot 2014-11-21 at 8.49.16 AM.png [Iúri Rincon Godinho, José Guilherme Schwam e Luciano de Castro Carneiro] Iúri Rincon Godinho O jornalista José Guilherme Schwam, apresentador do programa “Pelos Bares da Vida”, está internado na UTI do Hospital Anis Rassi depois de se sentir mal na manhã de quinta-feira, 20. Seu quadro é de pneumonia dupla. De acordo com um dos médicos que o atendeu, o cardiologista Abrahão Afiune, ele chegou em estado de choque à unidade de saúde, com dificuldades para respirar, pressão descontrolada e falência da função renal. No boletim de sexta-feira, 21, ele continuava respirando com dificuldade mas o rim voltou a funcionar, a pressão se mantinha estável e ele estava consciente. Na quarta-feira, 19, à noite, José Guilherme participou normalmente do lançamento de um guia de turismo na sede do Sindicato de Hotéis de Goiânia. De acordo com o presidente da entidade, Luciano de Castro Carneiro, o jornalista estava disposto, de bom-humor, falante e em momento algum demonstrou qualquer problema de saúde. Também presente ao evento, o executivo Cláudio Manoel Serrano relata que o apresentador estava tossindo. Na manhã de quinta-feira, ele teve uma forte dor na perna, fraqueza e não conseguia respirar direito. Uma unidade do Samu o levou até o Hospital Anis Rassi.

Darci Accorsi, homem do bem e de bem, fazia política com paixão e alegria

[Adriana Accorsi e seu pai Darci Accorsi] Darci Accorsi nasceu para ser mestre e alegre. Na Universidade Católica de Goiás (UCG), entre 1980 e 1983, cursei História e o gaúcho de olhar vivo e inquisitivo foi meu professor de Filosofia, no Básico. Depois, no curso de Filosofia da Universidade Federal de Goiás, no início da década de 1980, voltou a ser meu professor. Sua vocação era dar aulas – o que fazia com enorme prazer. Era mais diversão do que trabalho. Estudar Heidegger, ou qualquer filósofo complexo, era uma delícia. Darci tornava-o simples, mas sem simplificá-lo. Outro excelente professor, o padre Jordino, adensava Heidegger, ampliava sua complexidade, sugeria que estudássemos alemão. Darci puxava o filósofo alemão para perto de nós. Não nos iludia, indicando que se tratava de um filósofo fácil, mas buscava torná-lo mais acessível. Às vezes, com aquele jeitão extrovertido e olhar perscrutador, explicava que era preciso dominar os conceitos e o vocabulário mais utilizado pelo filósofo. Daí tudo ficava menos difícil. Paralelamente à sua atividade docente, Darci dedicava-se à militância política, no Partido dos Trabalhadores, o PT. Era uma de suas estrelas. Por duas razões: era motivador e líder. Fazia tudo com paixão. Costuma-se dizer que o PT faz mais reuniões do que gestão. Marca-se uma reunião para, a partir dela, fazer outra reunião. É a má fama do PT. Mas Darci era diferente, ou ligeiramente diferente. Há quem não considere que tenha sido bom prefeito. Engana-se. Não foi mau prefeito. Talvez tenha sido o melhor prefeito do PT na capital. Devemos a ele, entre outras coisas, o Parque Vaca Brava. No poder, quando muitos mudam, tornando-se autoritários e arrogantes, permaneceu democrata e aberto ao diálogo. Tinha uma delicadeza no trato pessoal ímpar. Não era vingativo nem ressentido. Depois, voltou a disputar a Prefeitura de Goiânia, mas foi derrotado. Dizem que descasou-se do PT. Talvez tenha sido diferente: o PT, em certo momento de radicalização, o deixou. Mas ele, mesmo se filiando noutro partido, não havia deixado o PT. Tanto que, mais tarde, voltou ao partido. Tinha forte identidade com o PT moderado, mais próximo da socialdemocracia. Darci era um realista, que sabia que administrar não é colecionar ideias bonitas e impraticáveis sobre mudar o mundo. Sabia que gerir bem um município é o comecinho para mudar a cidade, o país e o mundo. Há pouco tempo, as redações receberam a informação de que Darci estava doente – tinha câncer. Devido ao fato de ser um homem esfuziante – este espírito alegre e feliz disfarçava sua idade e todos sempre pensavam que era mais jovem, muito mais jovem (quase sempre de cabelos revoltos, um cigarro na mão e o inconfundível sotaque gaúcho) – muitos duvidaram de que a notícia fosse verdadeira. Mas era. Sempre um resistente, tratou-se, seguiu as recomendações médicas. Porém, com a agudização do câncer, o organismo não resistiu e o mestre Darci morreu, aos 69 anos, na quinta-feira, 20, em Goiânia. Talvez seja possível sintetizá-lo assim: um homem alegre, de bem e do bem. Um homem que viveu para servir. Darci deixa uma semente na política: sua filha Adriana Accorsi, delegada da Polícia Civil de Goiás que, na disputa deste ano, elegeu-se deputada estadual, pelo PT, com uma votação extraordinária. Adriana, com seu olhar luminoso, tem a paixão do pai para fazer o bem. Ele ficou orgulhoso com sua vitória eleitoral. Ele sabia que estava partindo, mas sabia que sua história teria sequência.  

Jornal perde senso de responsabilidade e se comporta como se estivesse participando de um linchamento

Estadão comete erro e diz que Marcelo Pires Perillo, ouvido pela Polícia Federal sobre acusação em Rondônia, é irmão de Marconi Perillo. Não é. Eles não mantêm nenhuma ligação

Folha de S. Paulo demite Ricardo Feltrin, uma das estrelas do F5

A “Folha de S. Paulo” não parou de demitir. No sábado, 15, afastou o repórter Ricardo Feltrin, do F5, o site de entretenimento da publicação dirigida por Otavio Frias Filho, na área editorial, e Luís Frias, no setor administrativo-financeiro. Mais uma vez, como ocorreu quando demitiu 14 jornalistas, há pouco, o jornal paulistano não explicou a razão do afastamento. As Feltrin continua no UOL, como apresentador — às segundas — do programa “Ooops!”. Recentemente, Feltrin publicou instigante reportagem sobre a investigação patrocinada pelo Vaticano sobre as ações do padre Marcelo Rossi na Igreja Católica.

A história de que Raí mantinha caso homossexual com Zeca Camargo rende indenização de 72 mil reais

A jornalista Fabíola Reipert foi condenada pela Justiça de São Paulo a pagar a R$ 72,4 mil de indenização por danos morais a Raí Souza Vieira de Oliveira, de 49 anos. Em 2012, a blogueira do portal R7 teria insinuado que o ex-jogador de futebol e o apresentador da TV Globo Zeca Camargo mantinham um relacionamento afetivo. A repórter pode recorrer. Fabíola Reipert, segundo o UOL, comentou a decisão judicial: “O caso está a cargo do departamento jurídico do portal, por isso não gostaria de falar a respeito. Só acho estranho que seja proferida uma condenação baseada em suposições. A nota que eu publiquei não contém nenhuma afirmação de que Raí é homossexual ou teve algum caso com qualquer pessoa”. Raí preferiu não se pronunciar. Por que a sexualidade alheia — não apenas a homossexualidade — incomoda tanto as pessoas, inclusive jornalistas? É um caso a se estudar. É provável que, no fundo, o jornalista acredite que o exercício de sua profissão não tem limites. A função do jornalismo, se o jornalismo tem alguma função, é iluminar a sociedade e contribuir, de alguma maneira, para a construção de uma sociedade aberta, menos afeita a preconceitos. Certas notícias sobre a homossexualidade das pessoas, ao que parece, tem mais a intenção (inconsciente?) de reforçar preconceitos do que de esclarecer quaisquer fatos. No caso, há o agravante de que, tudo indica, a notícia não era verdadeira. Porém, se fosse, era mesmo uma notícia de relevância pública? Não era. Não é. Raí é um cidadão exemplar, com ampla participação social. Não há nada que o desabone. É o Raí que interessa à sociedade.  

Rosane Malta sugere que suíço misterioso cuidou de contas de Fernando Collor e PC Farias na Suíça

A ex-primeira-dama escreve que PC Farias pode ter enviado cerca de 400 milhões de dólares para o exterior, afirma que Fernando Collor queria movimentar a conta de PC Farias com 60 milhões de dólares de sobras de campanha e revela o nome do suíço Gerard

Pós-impeachment, Fernando Collor teria ficado depressivo e Rosane temeu que pudesse se matar

[caption id="attachment_20757" align="alignright" width="300"]Fernando Collor e Rosane Malta viveram uma espécie de conto de fadas. Chegaram ao Palácio do Planalto, viajaram pelo mundo todo e depois moraram nos Estados Unidos. Mas um dia o “príncipe” encantado abandonou a princesa | Foto: Reprodução Fernando Collor e Rosane Malta viveram uma espécie de conto de fadas. Chegaram ao Palácio do Planalto, viajaram pelo mundo todo e depois moraram nos Estados Unidos. Mas um dia o “príncipe” encantado abandonou a princesa | Foto: Reprodução[/caption] O governo de Fernando Collor (1990-1992), a se aceitar o que diz Rosane Collor, no livro “Tudo o Que Vi e Vivi” (Leya, 222 páginas), tinha um presidente, o hoje senador por Alagoas, e um “primeiro-ministro dos negócios”, Paulo César Farias. Rosane Malta afirma que os tentáculos de PC Farias estavam espraiados em vários setores do governo, como a Petrobrás. Quando ele tentou envolver-se nas licitações da Legião Brasileira de Assistência (LBA), a então primeira-dama reagiu e o pôs para fora. “O presidente é Fernando e você é o homem de confiança dele, mas eu quero deixar uma coisa bem clara: na LBA eu não permito que haja irregularidades.” O jornal “Tribuna de Ala­goas” foi criado por PC Farias para defender Fernando Collor no Estado. “Fernando apoiava a iniciativa. Mas Fer­nando estava, sim, envolvido no negócio. Tanto é que discutiu com Pedro [Collor] diversas vezes por causa disso.” Rosane não fornece nenhuma informação sobre a história de que, assentados em Alagoas, PC Farias e Fernando Collor pretendiam estender sua influência no setor de comunicação do país, possivelmente com a aquisição de uma rede nacional de televisão — o que teria desagradado Roberto Marinho e seus filhos. Pedro Collor mostrou ao País que Fernando Collor tinha uma ligação umbilical com PC Farias. Rosane Malta corrobora: “Fer­nando e PC tinham, sim, uma relação muito próxima. Tanto é que ele tomava café da manhã toda semana na Casa da Dinda para tratar de negócios dos dois. (...) Fernando e PC se viam o tempo todo! O ex-tesoureiro tinha até uma casa perto da Dinda!”. Mas a ex-primeira-dama acredita que PC tinha voo solo e fazia negociatas nas costas do ex-presidente. Fernando Collor “é um homem muito inteligente” e, por isso, “não faria certas besteiras. Não deixaria tanto rastro”. Mesmo não tendo a experiência política de Fernando Collor, Rosane Malta detecta, com precisão, uma de suas falhas. “Um dos grandes erros de Fernando durante seu governo foi não construir uma base sólida que o apoiasse. Ele não fortaleceu o seu partido [o inexpressivo PRN], não firmou alianças com os outros e acabou sendo apunhalado pela oposição sem que houvesse um escudo para protegê-lo. (...) Ao mesmo em que ele ama estar entre o povo, odeia contato com político.” Quando começou a operação para o impeachment, Fernando Collor estava confiante e tentou aproximar-se da elite política nacional e simulou até ter se afastado de PC Farias. Aos poucos, “começou esmorecer. Ficou abatido e muito magro”. Na votação do impeachment, com o caso perdido, o ex-presidente chorou. Fernando Collor e Rosane saíram do Palácio do Planalto, de cabeça erguida e nariz empinado, pela porta da frente. Ele acatou orientação da mulher. Porém, na Casa da Dinda, Fernando Collor desmoronou e Rosane Malta acreditou que pudesse se matar. “Tínhamos algumas armas em casa e fiz que elas sumissem. Durante todo o tempo em que estivemos casados, ele me dizia que, se eu o largasse, ele se mataria. (...) Dormíamos à base de remédio. Emagrecemos muito. Ele perdeu aquele porte atlético e ficou miudinho. Estava claramente deprimido, muito mais do que em qualquer outro período de sua vida. Sim, porque as crises de depressão de Fernando eram frequentes. Assim como as de euforia.” Quando presidente e quando moravam em Miami, tomava antidepressivos, segundo a ex-mulher. Quando Rosane Malta estava depressiva, Fernando Collor saiu de casa e não mais voltou. Abandonou-a, sozinha, sem amparo. Pelo menos é o que se diz no livro. Logo depois apareceu com outra mulher, uma arquiteta, com quem se casou e tem duas filhas gêmeas. Rosane Malta engravidou-se de Fernando Collor, mas sofreu um aborto. Eles seriam pais de duas meninas. O médico que cuidou da gravidez da ex-primeira-dama é o hoje presidiário Roger Abdelmassih. Não deixa de ser curioso que o livro tenha sido lançado apenas depois das eleições, na qual Fernando Collor foi reeleito para o Senado. Fica-se com a impressão, terminada a leitura, de que, apesar de tudo — de não ter sido apoiada quando teve de­pressão e de que o ex-marido a deixou quase na miséria, ficando até com suas joias —, Rosane Malta ainda gosta dele, tanto que diz que nunca conseguiu substitui-lo e o trata, o tempo todo, de “meu marido” e de “Fernando”, para denotar intimidade, nunca usando “ex-marido” e “Fer­nando Collor”. Apesar de ressaltar algumas grosserias, afirma que ele era um marido gentil e, quando queria, agradável. Pre­senteava-a com frequência e viajavam e gastavam muito.

A falta de sintonia entre William Bonner e Renata Vasconcelos sugere que há dois Jornal Nacional

[caption id="attachment_20873" align="alignright" width="620"]William Bonner e Renata Vasconcelos não se entendem: o primeiro parece em Marte e a segunda em Vênus. A jornalista estaria intimidada no Jornal Nacional | TV Globo/João Cotta William Bonner e Renata Vasconcelos não se entendem: o primeiro parece em Marte e a segunda em Vênus. A jornalista estaria intimidada no Jornal Nacional | TV Globo/João Cotta[/caption] William Bonner é, disparado, o mais qualificado apresentador do telejornalismo brasileiro. Fala bem, com a clareza necessária, com rapidez e tem noção precisa do tempo específico dedicado às notícias no “Jornal Nacional”. A parceria com Fátima Bernardes era quase perfeita, com raras falhas. Eles se entendiam por música, por assim dizer. Com Patrícia Poeta, não havia uma sintonia fina, faltava uma certa convergência, mas, com o tempo, foram se ajustando e cometiam poucas erros. A nova parceira de William Bonner, Renata Vasconcelos, é uma profissional competente. Ela sabe com precisão o que é jornalismo de televisão e já havia apresentado o “Jornal Nacional” algumas vezes, sem problemas. Porém, ao menos no momento, falta química entre os dois. Não conseguem nem rir ao mesmo tempo. Às vezes, ficam em dúvida sobre quem deve ler a notícia e aí um olha para o outro — desconsolados e apreensivos. Como William Bonner está em seu elemento — é a cara e o tom do “Jornal Nacional” —, o problema é mesmo com a “intimidada” Renata Vasconcelos. Aos poucos, por ser uma profissional experimentada, Renata Vasconcelos vai acostumar-se ao ritmo veloz do “Jornal Nacional”. Por enquanto, o telespectador parece que está assistindo dois “Jornal Nacional” — o de William Bonner, rápido como um míssil, e o de Renata Vasconcelos, cadenciado como o futebol de Ademir da Guia. Ela inclusive parece “assustada”.

Ex-mulher garante que Fernando Collor é aficionado por magia negra

O ex-presidente Fernando Collor não discute o assunto. Mas há muito comenta-se que a­precia, ou apreciava, magia negra. “Ao longo de todo o tempo em que estivemos casados, Fernando se dedicou a ri­tuais de magia negra”, garante Ro­sane Malta no livro “Tudo o Que Vi e Vivi” (Leya, 222 páginas). Certa vez, logo depois de casados, Fernando Collor teria levado Rosane Malta a um terreiro. “Fomos a um pai de santo que bebeu umas coisas esquisitas, disse algumas palavras e determinou um dia que não tivéssemos ‘contato’, ou seja, não poderíamos ter relações sexuais. Fomos proibidos, também, de comer carne por um dia. Eu segui as orientações”. Depois o casal descobriu Mãe Cecília, “a mãe de santo mais conhecida de Alagoas”. “Íamos ao terreiro mais ou menos uma vez por mês, mas, sempre que queria algo, Fernando ligava para a mãe de santo e ela dizia o que precisava ser feito para atingir seus objetivos. Dali [era governador de Alagoas] até a eleição para a Presidência, Fernando não vivia sem as orientações daquela mulher. Usava até as cores de roupa escolhidas por ela. No dia da posse, ele subiu a rampa do Palácio do Planalto vestindo branco por determinação dela. A Mãe Cecília também passou a frequentar o Palácio, aonde ia para receber entidades (os espíritos) que falavam com o presidente.” Na campanha presidencial de 1989, quando Silvio Santos apareceu bem nas pesquisas, Mãe Cecília foi convocada para “ajeitar” as coisas. “Meu marido pediu pra mãe de santo que empregasse todos os meios para barrar seu adversário. (...) Cecília fez um trabalho que consistia em colocar uma espécie de amuleto, que eles chamavam de azougue, dentro da boca de sete defuntos recém-enterrados no cemitério”, revela Rosane Malta. A Justiça impugnou a candidatura de Silvio Santos. “Cecília me contou que, certa vez, fez um trabalho para Fer­nando envolvendo fetos humanos. Ele pegou filhas de santo grávidas, fez com que abortassem e sacrificou os fetos para dar às entidades”, conta Rosane Malta. A mãe de santo matava búfalos, macacos, bodes e galinhas. “Quanto maior o animal, mais caro ficava. Muitas vezes, Fer­nando pagava os trabalhos em dólar. Ele gastava muito, muito mesmo com aquelas práticas.”