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Euler de França Belém
[caption id="attachment_9871" align="alignright" width="300"] Camisa 10 da seleção, Messi é a aposta dos argentinos | Foto: Reprodução/AFA[/caption]
Buenos Aires – Os brasileiros estão irritados com o quarto lugar obtido pela Seleção Brasileira na Copa do Mundo. Pudera. Perder de 7 a 1 para Alemanha e de 3 a 0 para a Holanda – e jogando muito mal, apenas com Oscar, aqui e ali, criando algumas jogadas de craque, mas solitariamente; contra a Holanda, até os zagueiros David Luiz (cabeceou mal e entregou a bola para um holandês fazer o segundo gol) e Thiago Silva (fez o pênalti que desestabilizou de vez o time) jogaram muito mal. O ataque não fez gols (um só no vexame contra a Alemanha) e o meio-campo parava as jogadas, devolvendo a bola aos zagueiros, que devolviam a bola ao goleiro ou davam chutões. Mas os argentinos, até porque foram classificados, têm outra interpretação. Primeiro, admiram Neymar, que comparam a Messi. Depois, sugerem que, num campeonato com 32 seleções, um quarto lugar não é tão ruim assim. Ouvi isto de seis argentinos e observei bem para verificar se estavam sendo irônicos. Não estavam. Quase todos disseram que a seleção jogou bem nos primeiros jogos e que seu futebol é “vistoso” mas que, ao perder Neymar, ficou relativamente sem rumo. “Seria como perder Messi”, comparam.
Vi o primeiro tempo do jogo contra a Holanda num hotel e o segundo no La Biela, na Recoleta. Os argentinos torciam claramente para o Brasil, pois dizem apreciar o futebol de alguns jogadores, como Neymar, Oscar, Thiago Silva e David Luiz.
Para o jogo deste domingo, brasileiros que assistem os telejornais podem acreditar que a Argentina, autossuficiente, acredita que já ganhou (não é difícil arranjar torcedores convictos e muito alegres para fazer imagens para a televisão. As chuvas retiraram os argentinos das ruas; voltarão, mesmo com chuva, se seu time for campeão). Não é bem assim. Nas ruas de Buenos Aires, em cafés, restaurantes e livrarias – na área esportiva, o destaque é Messi –, há mais esperança do que otimismo exacerbado. A maioria admite que, em termos de conjunto, a seleção da Alemanha é mais competitiva e sugere que a seleção da Argentina pode ganhar na raça e, eventualmente, devido às jogadas de gênio de Messi. “Queremos ganhar, e vamos torcer muito, mas sabemos que a Alemanha é o páreo mais duro, porque, além de ter bons jogadores, como Müller, o time está bem entrosado”, diz um taxista de mais de 60 anos, que está muito mais interessado em contribuir para retirar a presidente Cristina Kirchner do poder. “A Argentina não merece uma presidente como Cristina. O problema é que, até o momento, não temos alternativas.” Os argentinos reclamam do “custo de vida” e da falta de norte do governo.
As esperanças dos jornais estão no cérebro e nos pés de Messi. Acreditam que, se o maestro ou mestre estiver inspirado, a seleção do país de Jorge Luis Borges, Oliverio Girondo, Ricardo Piglia e Carlos Gardel (por sinal, nascido na França, mas tão argentino quanto o “belga” Julio Cortázar) tem alguma chance de derrotar a Alemanha de Goethe e Thomas Mann. Os argentinos são como os brasileiros: adoram futebol. Mas em geral são racionalistas. Por isso dizem que, se os alemães anularem Messi, a Argentina se tornará um time de menor importância. Frisam que o segredo será fechar o meio-campo e a defesa e jogar no contra-ataque.
Os argentinos querem ganhar, avaliam que podem ganhar, mas sugerem que será muito difícil vencer os alemães.

A dificuldade da presidente em sair do malogro do futebol e buscar novo rumo contamina os rivais, acostumados a apenas reagir
[caption id="attachment_9718" align="alignleft" width="707"] Alemanha impõe goleada humilhante ao time nacional: ruim para o ânimo dos brasileiros e para Dilma Rousseff | Foto: Hassan Ammar/AP[/caption]
Em cinco dias ocorreram três fatos que mudaram o ambiente eleitoral. No dia 3 pela manhã, surgiu a pesquisa do Datafolha que reergueu o ânimo da reeleição da presidente Dilma ao divulgar a satisfação dos brasileiros com a Copa do Mundo. À tarde, desabou o viaduto em Belo Horizonte feito pelo PAC para os jogos. No dia 8, a goleada alemã sobre a seleção brasileira.
Agora, o marketing da reeleição, atordoado pelos alemães, tateia em busca de mensagem para a campanha de Dilma atualizada à nova realidade. Acostumados a apenas reagir ao governo, os outros dois principais concorrentes, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), contaminam-se com a indefinição da candidata favorita.
A saída seria mais segura para os candidatos se houvesse uma nova pesquisa com a força daquela para recolocar a sucessão em seu lugar. O prestígio de Dilma avançava e o povo sentia mais confiança no futuro pessoal naquele momento, em que a Copa era um sucesso e a seleção brasileira estava no jogo, apesar das dificuldades. E agora, como estará autoestima nacional?
Os principais partidos dispõem de pesquisas internas que, dizem, refletem uma sintonia fina com a tendência de eleitores padrões, mas elas não possuem a mesma expressão que outras feitas para o conhecimento público. As pesquisas conduzidas para clientes especiais não possuem o mesmo impacto na opinião pública, não conquistam eleitores diretamente.
A expectativa é nervosa no governo. O estrategista Lula sumiu e o PT aguardou o retorno do líder para uma palavra de ordem. Dilma iniciou a semana em recolhimento no Alvorada para reestudar o rumo da campanha com os conselheiros à disposição. Apenas na quarta-feira foi ao expediente no Planalto para quatro audiências.
Numa delas, veio a entrevista à televisão em que pregou a volta por cima da nação depois da Copa. “Nós crescemos na adversidade”, apelou Dilma, em linguagem de autoajuda, à reconstrução nacional, como quem deseja reerguer a autoestima dos brasileiros, o que facilitaria o caminho para a reeleição, como no início do mundial de futebol.
Entenda-se, subliminarmente, que a candidata afirmou que nem tudo está perdido para a reeleição, como se a satisfação dos brasileiros com o futebol e a gestão pública possa se impor nos 84 dias que faltam para o primeiro turno da eleição presidencial em 5 de outubro. Até lá, são 12 semanas para inverter a carestia nas ruas e aperfeiçoar os serviços públicos.

[caption id="attachment_9727" align="alignleft" width="1232"] Aécio Neves e Eduardo Campos: na expectativa do impacto do futebol | Foto: George Gianni/ PSDB[/caption]
Os companheiros que seguem de perto as aventuras e desventuras da reeleição da presidente Dilma Rousseff aguardam pesquisas externas para verificar o impacto da decepção nacional com o futebol junto aos concorrentes Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Os petistas torcem para que o antigo desencanto com a política, se voltar, atinja a todos.
A tendência natural seria a cotação de Dilma voltar ao patamar em que estava antes da Copa. Ela liderava a corrida com 34% das preferências e saltou no Datafolha para 38. Aécio também se moveu para cima, foi de 19 pontos a 20. Campos subiu de 7 a 9%. A simetria ainda seria a mesma? O nervosismo nos partidos prejudica a redefinição de rumo.
A retomada do desencanto do eleitor, se acontecer, pode ser seletiva. Aí, o governo seria o mais prejudicado. Afinal, protesto de rua é contra o poder. Não há protesto contra a oposição. Nessa dinâmica, o mau humor do brasileiro pode beneficiar a oposição por via direta: o eleitor pode absolver Aécio e Campos quanto ao malogro na alma nacional e desviar votos para ambos.
Em momentos assim, surgem intérpretes políticos a afirmar que o futebol não influencia eleição. Mencionam casos, como a reeleição de FHC em 1998, quando a seleção brasileira voltou da Copa com as mãos vazias. Mas havia também o Plano Real. Hoje há inflação. Em 2006, Lula foi reeleito, depois de outro fracasso no futebol e apesar do mensalão. Agora é diferente.
Todos aqueles insucessos ocorreram em terras estrangeiras. Hoje o naufrágio veio em campo brasileiro, bem pertinho da nação. Aqueles sete gols alemães contra um nacional são inesquecíveis e não sairão da memória popular nos 12 domingos que restam até o primeiro turno da eleição presidencial em 5 de outubro.
Outra coisa. A expectativa otimista injetada pela propaganda do governo no início da Copa não elevou o bom humor brasileiro naquela pesquisa do Datafolha? Os três principais candidatos subiram de cotação naquele momento, mas o salto da presidente foi mais expressivo. Não seria estranho se o fenômeno se invertesse agora.
Além de tudo, desta vez o governo se envolveu como nunca numa Copa, desde que o presidente Lula foi à Suíça apresentar a candidatura brasileira a sede do mundial. Tanto envolvimento do Planalto despertou os protestos de rua em defesa de gastos sociais prioritários. Nem em 1950 a intervenção foi tão forte. Agora a presidente tenta se desvincular da seleção. Mas essa é outra história.

[caption id="attachment_9765" align="alignleft" width="1319"] Crente de que a seleção brasileira iria abafar, Dilma fez divulgar foto pegando carona numa pose à la Neymar[/caption]
O marketing da presidente Dilma focou com otimismo no sucesso da Copa e da seleção brasileira, mas não se preparou para um plano alternativo de comunicação. Por isso agora anda sem rumo. A primeira ideia foi aquela de sempre: blindar Dilma contra o fato desagradável, fazer de conta que a presidente não tem nada a ver com insucesso ou pessimismo.
Nos protestos de junho do ano passado, o Planalto, para blindar a chefe, tentou atribuir a governadores e prefeitos as insatisfações populares. Não deu certo. Dilma foi forçada a vir ao palco, inclusive com aquele projeto de fazer reforma política a partir de uma constituinte que seria pautada previamente por um plebiscito.
Antes que se escrevesse a reforma, o povo deveria ditar o que queria na escrita. Não funcionou. A presidente passou então a responsabilizar a falta de reforma pelos desacertos políticos do governo. Veio até aquela ideia de promover mobilizações sociais à altura do movimento das Diretas Já para exigir do Congresso a reforma política. Não deu certo.
Ao longo da semana, a palavra de ordem entre os petistas foi retirar de cena aquele bordão que o marketing criou para a presidente como forma de injetar entusiasmo nos eleitores: a Copa das Copas. Na quarta-feira com expediente no palácio, Dilma recebeu um visitante em audiência e receitou autoajuda contra a crise na Copa: “Temos de ir em frente, temos de motivar o país.”
A jogada era blindar a presidente contra a seleção, ao mesmo tempo em que se exaltaria o sucesso da organização do mundial, como se uma coisa não puxasse a outra. O bordão Copa das Copas era exatamente uma simbiose, em que o sucesso do campeonato se aliaria ao brilho da seleção. Era um símbolo de Dilma para atrair votos com o futebol rumo a outubro.
Ainda na manhã de terça, antes do jogo contra os alemães, a presidente Dilma mandou o palácio distribuir aquela foto em que a própria imita com os braços o jogador Neymar ao simular a letra T. Poderia ser apenas uma simpática atitude de solidariedade ao atleta machucado, mas também era mais um gesto de identificação com a seleção, cujo fracasso na Copa pegou o governo desarmado.
A blindagem é sempre uma atitude defensiva. Se houvesse um plano B para a Copa, poderia ser acionado no caso de fracasso da seleção. Então o Planalto poderia acionar um ataque. Mas atacar a quem? A tradição eleitoral do PT é acusar os tucanos, que desejariam vender estatais ou eliminar programas sociais. O que o PSDB teria a ver com a seleção?
A última ideia do governo, porém, está mais para ofensiva do que para defesa: a intervenção no futebol. Há um sabor de chavismo nisso. Como intervir em sociedades privadas? Estatizar o futebol? Apenas o futebol? As outras modalidades desportivas ficariam fora ou a intervenção seria geral? Isso a cinco meses e meio do fim do governo.
Se está em fim de governo sem reeleição garantida é algo menor na improvisação do governo num esforço apara conquistar o eleitor indignado com a seleção ou a Copa. “Exportar jogador é não ter a maior atração para os estádios ficarem cheios”, discursou Dilma em defesa da intervenção, como quem também está indignada.
A indignação ensaiada não foi produto de discurso em público. Ocorreu num pronunciamento que a assessoria do palácio gravou com a presidente e distribuiu à mídia. Se o Planalto, em seu vai e vem, atravessar este fim de semana fixado na ideia, poderá render um pronunciamento de Dilma, nos próximos dias, em cadeia de televisão e rádio. Não custa nada.
Afinal, a presidente prometeu se reunir nesta semana com membros do Bom Senso Futebol Clube, no qual atletas atuais e antigos se integram na defesa de melhores condições de trabalho para jogadores de futebol. Eles levarão ao palácio sugestões de mudança de regras de trabalho, como o rebaixamento para a segunda divisão de clubes que atrasam salários na primeira.
Esse aparelhamento do futebol leva outra incoerência marqueteira do governo. A ordem é retirar de cena a lembrança da Copa das Copas. No entanto o governo se encarrega de manter o futebol em cartaz, num vai e vem típico de quem não sabe o que pretende. A intervenção no futebol é mais uma atitude no sentido de levar a política para o mundial.

O ministro Joaquim Barbosa quer ir embora do Supremo Tribunal Federal 11 anos antes de atingir a idade limite aos 70, mas quer deixar os seus na presidência. Seria como Barbosa ir, mas não ir. Ele iria cuidar da vida em outro lugar, mas ficariam em seu lugar na presidência do tribunal os 46 funcionários que hoje trabalham com ele em cargos de comissão.
Seria a herança de Barbosa para o atual vice-presidente Ricardo Lewandowski, com quem duela desde março de 2006, assim que o colega, antigo morador da paulista São Bernardo do Campo, chegou ao Supremo por indicação da família Lula da Silva com a missão de proteger os mensaleiros que começariam a ser julgados.
O novo impasse com Lewandowski começou em maio, quando Barbosa anunciou que sairia do Supremo mais cedo, aos 59 anos. Dede então, duas vezes ele adiou a aposentadoria, sendo que agora diz que sai em agosto depois do recesso de julho. A prorrogação seria para ganhar tempo até garantir a permanência dos seus 46 comissionados com gratificação de confiança.
O vice recusa a transação. Lewandowski, como novo presidente, deseja ter na presidência gente de sua confiança, não do desafeto Barbosa. Esperto, o futuro aposentado, sendo ainda presidente, enviou um expediente ao vice comunicando que os 46 “deverão retornar” ao antigo gabinete de Barbosa como ministro assim que ele deixar a presidência – ou seja, ao se aposentar.
Com a existência do expediente formal, Lewandowski, se discordar, será forçado a submeter a questão a todos os colegas na volta ao trabalho em agosto. O caso seria discutido numa das reuniões administrativas do Supremo, onde todos discutem problemas internos. Estando por perto, Barbosa poderia conversar com os antigos colegas a respeito de sua atual assessoria.
Não leva chance de sucesso com os ministros. O atual presidente sai indisposto com os atuais colegas, dos quais sequer se despediu ao se retirar mais cedo antes do final da última sessão do tribunal antes das férias de julho. Em seu lugar, deixará mais uma polêmica criada na casa por questão pessoal de seu gênio irritadiço.
Aposentado, terá mais tempo para discutir o desempenho da seleção brasileira na Copa do Mundo como antigo jogador amador. Barbosa poderá, por exemplo, defender a tese de que “técnicos brasileiros substituem mal e tardiamente, sempre”, como comentou a propósito do comportamento de Scolari ao substituir o machucado Neymar por Henrique na seleção brasileira contra a Colômbia.
Se dependesse da opinião de Barbosa, a seleção entraria em campo para o trágico jogo contra a Alemanha com os volantes Luiz Gustavo e Fernandinho, mais Paulinho e Ramires (ou Willian) e ainda Hulck e Fred no ataque. O atacante Bernard, que substituiu Neymar, seria uma “arma para o segundo tempo”.

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Para treinador, time não foi bem no fim do mundial e mesmo assim conquistou classificação para a semi. Brasil levou 14 gols nos dois últimos jogos da Copa do Mundo
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O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passou por exames de rotina neste sábado (12/7), no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da unidade de saúde.
O petista deixou o local por volta das 13h30 e os exames, segundo a unidade de atendimento, apontaram que “está tudo dentro da normalidade”. Os diagnósticos fazem parte de uma rotina para monitoramento de um câncer de laringe, diagnosticado em 2011. Desde então, Lula faz exames periodicamente para detectar se a doença está extinta.
Em março passado, o político ficou tonto e passou mal devido a uma crise de labirintite. Segundo a página de Lula no Facebook, o problema foi causado pelo cansaço após uma longa viagem de volta ao Brasil. Naquela ocasião, ele foi atendido pelo cardiologista Roberto Kalil Filho e pelo neurologista Milberto Scaff.

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Na última quinta-feira, a presidente já havia defendido a renovação do futebol brasileiro e o fim da “exportação” de jogadores em entrevista à CNN

Um dos compositores de “I Wanna Be Your Boyfriend”, o músico participou dos três primeiros álbuns do grupo. Ele sofria de câncer e faleceu em Nova York