Imprensa
A reportagem “Condomínios fechados — Sete Furtos sem apenas dois dias”, de Vandré Abreu, do “Pop”, indica que a classe média e os ricos não estão mais seguros. Os condomínios Jardins Milão e Jardins Verona são protegidos por muros altos com cercas elétricas e segurança privada de qualidade — da Tecnoseg —, mas mesmo assim os ladrões entram e arrombam casas. Um problema mínimo, nada doloso: o repórter escreve IPad, quando a grafia correta é iPad.
Depois de “Caçadores de Obras-Primas”, que rendeu um filme mediano, com George Clooney, o escritor Robert M. Edsel, lança o livro “Salvando a Itália — A Corrida Para Resgatar das Mãos dos Nazistas os Tesouros de uma Nação” (Rocco, 430 páginas, tradução de Ana Deiró e Talita M. Rodrigues). Os nazistas eram aves de rapinas da Europa. Por onde passavam, roubavam quase tudo, e não escapavam nem mesmo obras de arte. Na Itália, país que, em sim, é um grande museu, notadamente em algumas cidades, como Roma e Florença, não foi diferente. Mas, se havia rapineiros, muitos trabalharam para salvar o tesouro cultural do país de Leonardo da Vinci, autor de a Santa Ceia.

Procurador-geral dos Estados Unidos sustenta que a pena de morte para alguns nazistas foi justa, pois eles eram responsáveis por milhares de mortes de pessoas inocentes
Tudo indica que Ronaldo passou a ser um fenômeno depois que deixou de ser jogador de futebol e passou a dar opiniões sobre o país, como se fosse Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda, Darcy Ribeiro e Raymundo Faoro. A indignação do ex-atacante é tão precisa quando a folha seca de Didi. Ele fala verdades simples e, apesar da réplica da presidente Dilma Rousseff, incontestáveis. Porém, na sabatina da “Folha de S. Paulo”, na quinta-feira, 29, Ronaldo demonstrou certa inocência pelo menos num ponto: “Ninguém aqui vai ver outra Copa no Brasil. Não vai ter. Até porque a Fifa vai ficar muito traumatizada” [com os problemas na preparação]. Ronaldo, integrante do Comitê Organização Local (COL), talvez não saiba, mas a Fifa não é exemplo para o Brasil e para nenhum outro país. Os escândalos envolvendo seus diretores estão didaticamente expostos em livros e reportagens de jornais e revistas. Mas a questão nem é esta. A Copa é um negócio, não é uma brincadeira de padres e freiras. Portanto, se for lucrativo para a Fifa e para as empresas que patrocinam o futebol, o Brasil poderá, sim, ter outra Copa. Ademais, a estrutura básica, os estádios, não estará pronta para torneios posteriores? O próprio Ronaldo assinala: “Os estádios aí estão. Mal ou bem, vão ficar prontos”. O futuro, sobretudo o futuro mais distante, geralmente não é decidido tão cedo. Entretanto, quando critica a falta de infraestrutura e a lentidão do governo Dilma Rousseff, Ronaldo mostra-se de extrema maturidade. “Só 30% das obras vão ser entregues”, afirma. Isto é grave, gravíssimo. “Minha vergonha é pela população que esperava grandes investimentos, esse grande legado, para eles mesmos, para a gente mesma, para a população, a reforma dos aeroportos, a mobilidade urbana, tudo o que foi prometido e não foi entregue.” Não há, no caso, do que discordar. Ronaldo tem direito de sentir vergonha. E quem não sente? Leia sobre o complexo de vira-lata no link: https://jornalopcao.com.br/posts/reportagens/brasil-o-pais-e-um-beleza-mas-o-povo

A empresária Zilu Camargo revelou que, abandonada pelo cantor e compositor Zezé Di Camargo, está namorando o cantor Zé Henrique, que forma dupla com Gabriel. Sentindo-se livre, depois que sua mulher saiu na frente, Zezé decidiu finalmente revelar o nome de sua namorada, Graciele Lacerda. Bela e jovem, Graciele é jornalista.
“Todos sabem que tenho uma pessoa na minha vida”, disse Zezé. Nem todos sabiam, mas muitos pensavam que ele tinha várias pessoas em sua vida. “Estou sendo alvo de um blogueiro como uma pessoa que tem três namoradas. Desafio ele a mostrar e provar quem são essas pessoas. Para os fofoqueiros de plantão, aí está ela! [ao exibir a fotografia]. Quem tem uma mulher linda como essa precisa de mais alguém?”, frisou o cantor no Instagram. Amigos do cantor que moram em Goiânia asseguram que, desta vez, ele está mesmo apaixonado por Graciele.
Zezé e Graciele namoram há pelo menos dois anos. Zilu teria desistido de lutar pelo cantor ao saber que ele estava mesmo apaixonado pela jornalista.
Jornalistas estão fazendo sucesso com a turma do jet set artístico e empresarial. Há pouco, a jornalista Ticiana Villas Boas casou-se com Joesley Batista, sócio do grupo JBS, que fatura 120 bilhões de reais por ano.
Comigo é assim: compro a revista “Brasileiros”, ou outra publicação, e, se vejo que há alguma reportagem de Ricardo Kotscho, é a primeira que leio. Nunca me decepcionei com seus textos, que, além de bem escritos, com veia de prosador, são repletos de grandes histórias humanas. Kotscho não edulcora suas histórias, mas o mundo que mostra é sempre melhor do que aquele que é realçado noutras reportagens. Não se pense que o profissional é meio “Pangloss”. Não é. Mas percebe o mundo de maneira mais ampla, talvez menos feia e trágica, ou melhor, apocalíptica. Na sexta-feira, 30, a Cásper Líbero organiza evento em homenagem, merecida, a Kotscho, com a participação de Eugênio Bucci, professor da Universidade de São Paulo, e Camilo Vannuchi. Trata-se uma comemoração aos 50 anos de carreira do jornalista Kotscho, profissional digno, capaz, perceptivo. Ele vai falar, segundo o Comunique-se, “sobre histórias de furos, casos e bastidores da notícia”. Comunique-se relata que o encontro 50 Anos de História do Brasil — A Prática da Reportagem em Meio Século de Carreira do Jornalista Ricardo Kotscho, organizado pela Escola de Comunicações e Artes da USP, contará com a participação de Clóvis Rossi, Audálio Dantas, Jorge Araújo, Hélio Campos Mello e Eliane Brum, com mediação de Mariana Kotscho, filha do homenageado. Kotscho é aquele de profissional que torna o mundo melhor e mais digno. E sem falsificá-lo. [Abaixo, leia uma breve resenha que escrevi sobre um livro de Kotscho, em 2006, quando foi lançado. Talvez seja excessivamente dura, mas verdadeira.] Poder devorou o repórter Ricardo Kotscho Ele sustenta que, quando estava ao lado do rei, não sabia nada de mensalão e Marcos Valério. Era da cozinha de Lulla, como Delúbio Soares e José Dirceu, mas, como o presidente, não sabia de nada. É provável que, no poder, Kotscho tenha deixado de ser repórter. O poder costuma devorar a alma dos grandes repórteres Quem espera revelações sensacionais do livro “Do Golpe ao Planalto — Uma Vida de Repórter” (Companhia das Letras, 368 páginas), de Ricardo Kotscho, terá de tirar o Lullinha da chuva. Não há, em nenhum momento, o tom explosivo de “Minha Razão de Viver”, de Samuel Wainer, nem a riqueza de informações de “Chatô”, de Fernando Morais. O texto é muito bom, escraviza o leitor, mas, para dizer pouco, falta contexto histórico, apresentado apenas de relance. Daí alguns leitores terem dito que o livro, apesar de bem-escrito e contar histórias interessantes, é decepcionante. “Do Golpe ao Planalto” é a história de um repórter correto e, vá lá, criativo. Desses que têm uma vocação humanista e não estão preocupados, digamos assim, com o chamado jornalismo investigativo (talvez mais destrutivo do que investigativo — por falta de uma gota de humanismo. A ânsia de, à força, corrigir o homem, de ter tudo explicado, é uma tarefa mais para ditadores do que para repórteres). Se fosse historiador, Kotscho certamente seria adepto da história das mentalidades. O forte do livro, que não será comentado aqui, é a sua história de repórter, com muitos acertos e alguns equívocos, que o autor admite sem tergiversar (cita até certa covardia pessoal). A pior parte, porque mais emocional e política (que não é o forte do repórter), é o posfácio, que será comentado rapidamente. Muitos certamente vão dizê-lo ingênuo ou, como está na moda, idealista. Talvez seja melhor assim, pois Kotscho não parece um profissional desonesto. Pelo contrário, é de uma seriedade exemplar. Um repórter da velha guarda, no melhor dos sentidos. A crença de Kotscho em Lulla parece coisa de parvos, o que o repórter não é. Tudo indica que a paixão dele pelo petista o cega. Mesmo assim, o repórter, quando a razão aflora, o que ocorre raramente, percebe o Lulla real. Por não amar o poder, e amar a família, Kotscho deixou o disputado cargo de secretário de Imprensa e Divulgação da Presidência da República (o repórter-primeiro amigo conta que, por telefone, ainda tenta influenciar o governo Lulla, quer dizer, não está inteiramente afastado do Collor de Garanhuns). É a sua explicação para abandonar o barco de Lulla. Ele sustenta que, quando estava ao lado do rei, não sabia nada de mensalão e Marcos Valério. Era da cozinha de Lulla, como Delúbio Soares e José Dirceu, mas, como o presidente, não sabia de nada. É provável que, no poder, Kotscho tenha deixado de ser repórter. O poder costuma devorar a alma dos grandes repórteres. Kotscho não me parece a figura do execrável bajulador, do tradicional dobrador de joelhos, mas, no poder, na presença do rei, perdeu o senso. O livro mostra que ainda não o recuperou, mas está próximo de reconquistá-lo. Kotscho é sério, mesmo quando está atraído mortalmente pela serpente Lulla. Na ótima revista “Brasileiros”, Kotscho parece ter reencontrado o equilíbrio. Afastado do governo, mas não de Lulla, Kotscho diz que tinha alguns pressentimentos: “O principal era que o presidente, a vida toda habituado a aplausos e elogios, a ouvir muita gente antes de tomar uma decisão, postergando-a, esperando que os problemas se revolvessem com o tempo, não estivesse psicologicamente preparado para enfrentar uma onda daquele tamanho. Querendo agradar a todos, Lulla talvez não soubesse perceber a tempo e reagir à altura quando o vento virasse contra ele. Se nos períodos de calmaria qualquer contrariedade ou problema menor já o deixava irritado além da conta, eu temia que sua reação diante de uma crise mais séria acabasse agravando-a. O governo e o presidente primeiro demoraram a entender a gravidade da situação e depois reagiram mal, partindo da defesa para o ataque sem uma estratégia definida”. Adiante, mais uma estocada, talvez a possível, pois Kotscho e Lulla continuam amigos: “Após algum tempo de perplexidade, dei-me conta de que a reação do presidente e do governo fora ainda mais danosa à imagem de ambos do que a crise em si, já bastante traumática. Quando a ficha finalmente caiu, meses depois das primeiras denúncias, Lula parecia ter voltado à época das assembleias dos metalúrgicos, achando que poderia resolver tudo no gogó, nos discursos de palanque. Reagiu com o fígado, o que é um veneno em política. Começou a viajar mais pelo país e para o exterior, em vez de pôr a casa em ordem e preparar sua tripulação para enfrentar a tempestade na mídia e no Congresso Nacional”. É o máximo que Kotscho se permite de crítica a Lulla. Seu livro inaugura, de certo modo, uma espécie de bibliografia positiva do presidente petista, assim como o livro do senador e economista Aloizio Mercadante. No final do posfácio, Kotscho revela um diálogo que manteve com o sociólogo Fernando Henrique Cardoso, quando este era presidente da República: — Presidente, o senhor conseguiu a reeleição, já está no segundo mandato, por que não dá um murro na mesa e governa do seu jeito, com quem achar melhor para o país? — Você está maluco? Se eu fizer isso, meu governo acaba no dia seguinte. A citação a Fernando Henrique Cardoso, algo sutil, é um lembrete aos que atacam Lulla por ter mantido (ou manter) uma relação fisiológica com os políticos tradicionais. Noutras palavras, Kotscho sugere que não é possível fazer diferente. O realismo de Kotscho, que às vezes posa de romântico, tem o objetivo de “perdoar” os “erros” de Lulla e, por isso, é lamentável. Como se vê, quem explica Lulla não é Kotscho, e sim Raymundo Faoro, o de "Os Donos do Poder" (espécie de biografia das elites políticas brasileiras). “"Do Golpe ao Planalto” é um excelente livro para estudantes de jornalismo e repórteres que estão começando na profissão. Por exemplo: Kotscho diz que reportagens feitas por telefone, sem contato com o mundo real, empobrecem a qualidade tanto das informações quanto do texto. Ele tem razão: os contatos por telefone, por mais que sejam eficientes (pela rapidez), esfriam as relações e raramente permitem que o repórter “entre” na intimidade dos entrevistados. Nada vale mais do que uma conversa olho no olho (mente-se com mais facilidade por telefone do que cara a cara). Bob Woodward, um dos repórteres que contribuíram para a queda de Richard Nixon, raramente conversava com sua principal fonte, Garganta Profunda, por telefone. Num tempo de grampos multiplicados, o telefone é a geladeira das conversações. Sugiro uma ligeira mudança no (sub)título do livro: “Do Golpe ao Planalto: Uma Vida de Repórter e Assessor de Lulla”. Sim, porque, de algum modo, mesmo a distância, Kotscho continua como auxiliar, ainda que informal, de Lulla. O próprio livro é uma assessoria qualificada. Uma pena, pois Kotscho é mesmo um repórter brilhante e íntegro. Mas qual integridade resiste às necessidades e seduções do poder?
Uma irmã do líder norte-americano tem o nome de Maya em homenagem à poeta negra, que, ativista pelos direitos civis, atuou ao lado de Martin Luther King e Malcolm X
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Stanislaw “Shlomo” Szmajzner escapou do campo da morte na Polônia, lutou contra os nazistas como partisan soviético e morou em Goiás. Ele era amigo do fundador da capital goiana, Pedro Ludovico Teixeira
O livro “Inferno em Sobibor — A Tragédia de um Adolescente Judeu” (Edições Bloch, 1968), de Stanislaw Szmajzner, é, na opinião do escritor Richard Rashke, “o mais bem acabado relato da história e desenvolvimento de Sobibor por um sobrevivente que esteve no campo desde o início do seu funcionamento até o levante. Também se trata de um dos poucos relatos escritos por um membro-chave da Organização. Metade do livro relata a vida do autor antes de Sobibor; a outra metade trata do campo, do levante e da fuga. O livro é bastante correto quando o autor escreve sobre os eventos que ele viu, mas não é completamente acurado quanto aos acontecimentos dos quais o autor não foi testemunha ocular”.
Até sexta-feira, 23, o portal Estante Virtual (www.estantevirtual.com.br) oferecia 18 exemplares do livro de Shlomo. O preço varia de 10 a 70 reais.
A Editora Companhia das Letras lança o polêmico “O Réu e o Rei — Minha História com Roberto Carlos, em Detalhes”, que, se não for censurado, deve se tornar um dos best sellers deste ano

Suboficial da Marinha que mora na Suécia sustenta que José Anselmo dos Santos não aderiu à repressão na década de 60 e conta que, se sentindo rejeitado, ele queria abandonar as Forças Armadas. Foi politizado quase que à força pelos marinheiros de esquerda