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A filósofa da USP afirma que o presidente do PSDB tem um palácio em Angra dos Reis e quer dar um golpe para se tornar presidente
O ator da novela “A Regra do Jogo” reincorpora seu personagem e ataca Sandro Vaia, que faleceu recentemente. Se a crítica fosse justa, tudo bem. Mas é ideológica e, pior, fals
O Nobel de Literatura de 2010 afirma que um assessor pode ter feito o negócio, para garantir investimentos, mas que ele não é responsável pela Talome Servides Corp

É como se a editoria do “Pop” mantivesse o caderno de entretenimento (chamá-lo de caderno cultural é causar demissão do cérebro por justa causa) por obrigação

Sessão solene proposta pelo vereador tucano Thiago Albernaz em homenagem ao Dia do Jornalista homenageará Alexandre Parrode e Marcelo Gouveia
“Giro” saiu de meia página no formato standard para menos de meia no formato berliner. Caiu de 20 para 13 notícias e perdeu a nobreza da página 2

A Rotam atendeu a uma ocorrência, como manda a lei, não agiu na clandestinidade. “O Popular” deu mais uma bola fora

Romeu Tuma Jr. e Claudio Tognolli voltam às livrarias com o livro “Assassinato de Reputações II — Muito Além da Lava Jato” (Matrix, 261 páginas). Muito do que os dois publicam saiu na imprensa, mas há detalhes novos ou mais circunstanciados. Insiste-se que Lula da Silva, o Barba, foi informante do Dops, na ditadura civil-militar. Conta-se de um esquema com uma empresa de monitoramento de veículos de Goiânia. Fala-se de problemas com dinheiro do instituto de previdência dos servidores do Tocantins no governo de Siqueira Campos.
Menciona-se a JBS-Friboi e a Emsa. Fala-se da CPI do Cachoeira. Os depoimentos de Meire Poza são sensacionais a respeito de Alberto Youssef, de quem era contadora, e da Polícia Federal (que não sai como heroína do livro). A história do assassinato de Celso Daniel, o prefeito de Santo André, ganha novos contornos. Trata-se, pois, de uma obra explosiva.

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A literatura do Holocausto é literatura e história. O italiano Primo Levi escreveu livros seminais, dolorosos, comoventes, mas não sentimentais — como “É Isto um Homem?” (publicado no Brasil pela Editora Rocco). A dor temperada pela razão contribui muito mais para o entendimento e, portanto, para a condenação do Holocausto do que livros derramados e lacrimosos. O curioso é que, bem depois de ter saído de Auschwitz e ter publicado vários livros, tornando-se um escritor consagrado e mundialmente e celebrado, ele se matou. Era depressivo. Na quinta-feira, 31, morreu outro escritor sobrevivente de Auschwitz-Birkenau, o húngaro Imre Kertész, aos 86 anos, em Budapeste. Ele ganhou o Nobel de Literatura em 2002.
Muitos judeus que escaparam dos campos de concentração e extermínio sentiram-se envergonhados por terem sobrevivido, ao menos num primeiro momento. Por isso, em geral, muitos disseram que sobreviveram para poder contar o que havia acontecido — o inominável.
Ao premiar Imre Kertész, a Academia Sueca sublinhou que sua literatura — que, sim, é grande literatura, e não apenas (de) testemunho — “preserva a experiência frágil do indivíduo contra a arbitrariedade bárbara da história”. Mais especificamente, da barbárie da Alemanha nazista de Adolf Hitler, Heinrich Himmler, Joseph Goebells e Hermann Goering e tantas figuras menores mas igualmente cruéis e influentes, como Adolf Eichmann e Reinhard Heydrich. O autor escreveu: “Estar muito próximo da morte também é uma forma de felicidade. Apenas sobreviver se torna a maior liberdade de todas”.
O livro mais celebrado de Imre Kertész, “Sem Destino” (175 páginas), foi lançado nos tristes trópicos pela Planeta do Brasil e foi adaptado para o cinema, em 2005, na Hungria. A obra conta a vida de um garoto de 15 anos no campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau e em dois campos de concentração, Buchenwald e Zeitz.
Deportado aos 14 anos para Auschwitz, na Polônia, em 1944, em seguida foi encaminhado para Buchenwald. Os Aliados o libertaram em 1945 — debilitado mas feliz. Havia sobrevivido, depois de ter visto as maiores atrocidades e iniquidades. “Na infância você tem uma certa confiança na vida. Mas quando algo como Auschwitz acontece, tudo é destruído”, afirmou Imre Kertész.
Evidentemente, o campo de extermínio era a desgraça na Terra, a terra devastada. Mas, ainda assim, havia espaço para alguma alegria. Dita Kraus, uma menina, tornou-se uma espécie de bibliotecária informal de Auschwitz. Eram poucos livros, mas todos liam com fervor e, por certo, alegria. Vale a pena ler o belo e comovente “A Bibliotecária de Auschwitz” (Harper Collins Br, 368 páginas, tradução de Denia Sad), do escritor espanhol Antonio G. Iturbe. É ficção baseada em fatos reais. O correspondente da TV Record e colunista do Jornal Opção em Tel Aviv, Herbert Moraes, entrevistou Dita Kraus, em Israel. Imre Kertész disse que, apesar da brutalidade como norma, viveu “momentos de maior alegria” no campo no qual a morte era a senhora. “Você não imagina como é ter permissão de deitar no hospital do campo, ou ter um descanso de dez minutos do indescritível trabalho”, frisou o escritor.
Ao sair do campo, Imre Kertész voltou para Budapeste, onde nasceu, e trabalhou como jornalista e tradutor (traduziu Nietzsche, Freud, Wittgenstein e Elias Canetti). Os comunistas começaram a persegui-lo, porque era um intelectual avesso a controles políticos. Começou a escrever sob a influência do existencialismo dos romancistas franceses Albert Camus e Jean-Paul Sartre.
Os nazistas perseguiam os judeus de maneira indiscriminada, não importando se eram religiosos ou não, ou se estavam assimilados. “Sou um judeu não-religioso. Ainda assim, como judeu fui levado para Auschwitz. Sou daqueles judeus que Auschwitz transformou em judeu”, assinalou Imre Kertész. 500 mil judeus húngaros foram assassinados pelo nazismo.
Avesso ao culto à personalidade, típico do regime totalitário da União Soviética e do Leste Europeu, Imre Kertész decidiu não apoiar a construção de uma estátua sua, a ser colocada junto com outros ganhadores do Nobel da Hungria.
“Liquidação” (publicado no Brasil) é outro livro primoroso de Imre Kertész. É seu “último romance sobre o Holocausto”. Versa a respeito das “pessoas que não experimentaram o Holocausto diretamente, a segunda geração que ainda tem de lidar com isso”.
“O Fiasco”, “Kadish Por Uma Criança Não Nascida”, da trilogia com “Sem Destino”, e “A Língua Exilada”, “A Bandeira Inglesa” (contos), “História Policial” e “Eu, um Outro” foram lançados no Brasil.
Gravemente doente, Imre Kertész colaborou na organização de seus diários referentes a 1991 e 2001. O livro saiu em março deste ano na Hungria.

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