Paula Cesarino Costa é a nova ombudsman da Folha de S. Paulo. Vera Guimarães pediu para sair
31 março 2016 às 12h52
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Ser ombudsman de um jornal não é fácil. Repórteres e editores não toleram críticas, mesmo quando apropriadas
As mulheres são bem-sucedidas como ombudsman (deveria até ser mudado para ombudswoman) da “Folha de S. Paulo”. Junia Nogueira de Sá, Renata Lo Prete, Suzana Singer e Vera Guimarães Martins tiveram uma atuação irretocável como procuradoras dos leitores. Foram críticas, incisivas e não recuaram em nenhum momento. É possível que umas tenham acertado mais do que outras, mas no geral foram muito bem. Agora, com a saída de Vera Guimarães, que não quis continuar — o cargo é mais estafante do que se pensa e jornalistas abominam aqueles que criticam seus erros (odeiam, fazem fofocas, são hostis) —, assume Paula Cesarino Costa.
Profissional experimentada, Paula Cesarino Costa assume o cargo de ombudsman no dia 25 de abril. Ela é repórter especial, e foi secretária de redação, editora de política, negócios e cadernos especiais e coordenadora do Programa de Treinamento. Vera Guimarães volta à reportagem.
O fato de se ter ombudsman leva um jornal ter mais cuidado com a qualidade e o rigor de suas informações? Por vezes, sim. Por vezes, não. Tanto que os ombudsmen da “Folha” tiveram de enfrentar a redação — com críticas rigorosas — para que editores e repórteres corrigissem os erros do jornal de maior circulação do país. Algumas vezes, mesmo com as falhas apontadas de maneira categórica, editores retrucaram, tentando justificá-las.
(Na foto: Maria Paula, Sandra Annenberg e Paula Cesarino Costa)