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O ex-prefeito Iris Rezende está cada vez mais próximo do vice-prefeito de Goiânia, Agenor Mariano. Os dois conversam com frequência e, às vezes, saem juntos. Hoje, Agenor Mariano é o político de Goiânia, depois do prefeito Paulo Garcia, mais próximo de Iris Rezende. Procede que o peemedebista-chefe quer disputar a Prefeitura de Goiânia, porque acredita que seria eleito e assim “fecharia” sua carreira política como uma vitória, mas, se for abrir mão para alguém, este é Agenor Mariano.
O presidente do PHS, Eduardo Machado, diz que o secretário das Cidades, Vilmar Rocha, “é 100% família”. Na semana passada, o presidente do PSD de Goiás estava feliz, mais do que de hábito — ele está sempre de bem com a vida. Motivo: o nascimento de sua neta Clara, filha de Clarissa.

Com a inspiração lulista de sempre, Gilberto Carvalho retoma a fidelidade ao antigo líder, que tenta atrair o apoio da presidente rumo a 2018
[caption id="attachment_27441" align="aligncenter" width="620"] José Dirceu: antes foi o mensalão, agora também suspeito no petrolão | Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil[/caption]
Há um mês, o companheiro Gilberto Carvalho deixou o batente no Planalto, onde a presidente Dilma não o quis mais. Mas ele continua a ser o grilo falante que procura acordar a consciência de Dilma com alertas para se lembrar de Lula, que está quieto naquele momento, mas atento ao que se passa. Hoje, a acariciar a nova candidatura presidencial em 2018 com apoio da sucessora.
Mesmo fora do governo, Carvalho continua a zelar pelos interesses de Lula junto ao poder. Ao longo do ano passado, o companheiro fez contraponto a momentos em que a presidente esteve em evidência. Foi assim na Copa do Mundo, quando Carvalho, ainda secretário-geral do Planalto, corrigiu a ideia da chefe sobre a origem social da hostilidade que ela sofreu nos jogos.
Em janeiro, foram duas intervenções do companheiro, sempre com a cobertura de Lula. Logo no dia dois, Carvalho rompeu a placidez com que Dilma assumiu o segundo mandato sem dar bola aos interesses do ex-presidente. Ao repassar a Secretaria-Geral ao dilmista Miguel Rossetto, Carvalho, indignado, soltou aquele grito de guerra dirigido a sujeito oculto:
— Nós não somos ladrões! Nós não somos ladrões!
A mira lulocarvalhista era a presidente em pessoa. Ela que não se fizesse de ingrata, não isolasse Lula para não se contaminar com a mancha do petrolão que, com a cumplicidade de Dilma, instalou-se na Petrobrás no antigo governo há dez anos, mas avançou pelo dilmismo. Estão todos no mesmo barco. Dilma que não queira se blindar, como diz hoje o petismo.
A corrupção acaba de voltar à pauta. O segundo passo de afirmação lulista, em janeiro, veio há uma semana. Carvalho se antecipou, na noite de segunda-feira, à reunião de Dilma com o novo ministério no dia seguinte. Em encontro com a militância do PT, na sede do partido, o grilo falante retomou o estigma da corrupção que pesa sobre o poder petista:
— Eles querem nos levar para as barras dos tribunais. O envolvimento do Zé, agora de novo, é tudo na mesma perspectiva.
O grilo Carvalho se referiu ao companheiro Zé Dirceu, que liderou a operação do mensalão e agora retorna ao palco com o petrolão. Quatro dias antes da fala do grilo aos militantes, a Justiça quebrou o sigilo bancário e fiscal da empresa de consultoria de Dirceu depois de apurar que ela recebeu pagamentos de empreiteiras comprometidas com o petrolão.
A menção de Carvalho a Dirceu é simbólica. Significa que Lula procura se reaproximar de seu ex-chefe da Casa Civil no primeiro mandato presidencial. Restabelecer a velha parceria no bojo, agora, de uma parceria atenta aos movimentos de Dilma no governo. A ordem lulista é evitar que a corrupção afaste o PT de novo mandato presidencial, que teria Lula como candidato.
A trama lulista procura reabilitar Dirceu, que estava no ostracismo desde a condenação, como mensaleiro, a quase oito anos de cadeia, agora convertida em prisão domiciliar. Como não passa pela cabeça de Dilma, nem vagamente, uma parceria com Dirceu, Lula seria o único a articular-se com Zé, cujo carisma junto à militância está em repouso, mas ainda deve ser produtivo.
Cabe nisso um aviso à presidente: Dilma que se cuide, pois Lula e Zé Dirceu estão de olho. É visível a insatisfação das bases do PT com a guinada conservadora do segundo governo da companheira. A militância sindical está nas ruas do país. Há campo para Lula e Dirceu semearem.

[caption id="attachment_27437" align="aligncenter" width="620"] Gilberto Carvalho, o grilo-falante de Lula: “Nós não somos ladrões” | Marcelo Camargo/ Agência Brasil[/caption]
A partir dos anos 70 da ditadura, o advogado José Costa se elegeu sucessivamente deputado federal por Alagoas, desde o velho MDB, sob o impacto de uma palavra de ordem pichada nos muros das cidades: “Contra eles, Zé Costa!” Quem eram eles? Não precisava afirmar. Seria até temerário tentar explicar aquilo na ditadura.
O universo imaginário de cada pessoa é povoado por fantasmas, vultos malignos que sobressaltam diariamente o portador. Cada eleitor que aplicasse o alerta de Zé Costa aos demônios que infernizam a vida pessoal do indivíduo, às antipatias íntimas da pessoa eleitora.
Na mensagem de Gilberto Carvalho aos militantes petistas, extensiva a quem mais se expôs à repercussão da fala do companheiro lulista, “eles” são mais do que a oposição institucional ao governo Dilma, instalada em partidos.
“Eles querem nos levar para as barras dos tribunais”, discursou o companheiro Gilberto Carvalho aos militantes do PT. Eles quem? Todos os que se opõem aos rumos do poder petista 12 anos depois de sua instalação com Lula. A mira está na oposição em geral, não apenas aquela sustentada em partidos.
Eles são todos os insatisfeitos com a gestão da presidente Dilma, mais aqueles que condenam Lula pelo aparelhamento que vai além do governo e contamina o Estado. Associação que se estende aos empreiteiros que se aliaram ao PT para o saque da Petrobrás e, neste momento, alegam que foram pressionados por petistas em busca do projeto de poder infinito do partido.
“A leitura que se impõe diariamente na cabeça do nosso povo é esta de que a corrupção nasce conosco e por isso não temos condição de continuar governando o país”, queixou-se Carvalho de que a resistência ao PT está fazendo a cabeça da sociedade – certamente com apoio da mídia, à qual o companheiro não se referiu por gentileza.
Como anotou a repórter Fernanda Krakovics, na opinião de Carvalho há um aparelhamento amplo para bloquear o poder do PT:
“Tem uma central de inteligência disposta a fazer o ataque definitivo ao Partido dos Trabalhadores e nosso projeto popular. Não vamos subestimar capacidade deles para nos criminalizar, nos identificar com o roubo para nos chamar de ladrão, para tentar impingir em nós uma separação definitiva em relação à classe média, para tentar nos isolar e inviabilizar, em 2018, a candidatura do Lula.”
Nisso, Carvalho condenou empreiteiros que, hoje, defendem-se com a alegação, por advogados, de que não foi de empresas a iniciativa de corrupção, que o emissário de Lula não aceita:
— São empresas que se unem e corrompem funcionários de uma estatal para auferir lucros, fazer lavagem de dinheiro.
E as empresas que contribuem aos partidos com dinheiro? “A contribuição política é apenas um pequeno capítulo do grande crime que é todo o processo de acerto com empresas que fazem seu cartel, como fizeram no metrô de São Paulo e fazem na Petrobrás”, Carvalho estendeu a acusação ao PSDB paulista e admitiu roubo na petroleira.
No fim da fala, o companheiro procurou resgatar Dilma para o lulismo Abriu uma porta à reconciliação com a presidente. Solicitou aos militantes que não façam restrições em público ao governo, “para não colocar água no moinho da oposição”. Pediu paciência com a política econômica da presidente. O que mais Dilma poderia desejar dos lulistas?

[caption id="attachment_27430" align="aligncenter" width="620"] Graça Foster: Petrobrás desmancha na corrupção, mas Dilma confia nela | Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil[/caption]
A concepção estratégica da presidente Dilma para manter a companheira Graça Foster o na presidência da Petrobrás inclui a cautela em não conceder ao mercado, interno e externo, uma demonstração de fraqueza que esvazie sua autoridade pessoal na gestão da crise econômica nos próximos anos.
Porém, é na qualidade de gestão que a questão se complica. Dilma se viu constrangida a aceitar que Foster divulgasse no balanço do terceiro trimestre do ano passado, improvisado pela Petrobrás sem passar por auditoria externa, o prejuízo de R$ 88,6 bilhões, que não se atribui apenas ao roubo do petrolão. O dinheiro perdido inclui resultados de má gestão da petroleira.
O problema é que os grandes projetos petroleiros não são geridos propriamente na empresa, mas no Planalto desde a era Lula. O petrolão nasceu com ele em 2004, quando saiu a nomeação do amigo Paulo Roberto Costa a diretor de Abastecimento da Petrobrás com a missão de abastecer o caixa do PP, PT e outros partidos aliados ao governo.
A má gestão de investimento levou Foster a anunciar, no meio da semana, a redução da injeção de dinheiro em quatro refinarias idealizadas por Lula quando presidente. Entre elas, a complicada Abreu e Lima em Pernambuco, fonte de roubos do petrolão. Foi idealizada como uma parceria bolivariana com a então Venezuela do companheiro Hugo Chávez, que deu calote.
Como prometeu Foster, agora a exploração de petróleo deve ser reduzida ao “mínimo necessário”. A falta de grana e a desvalorização da Petrobrás têm a ver com isso, mas, junto, cairá o roubo provocado por má gestão. Além disso, coloca-se em dúvida a viabilidade da exploração do pré-sal, que levou Lula e Dilma a imaginarem fontes poderosas de dinheiro.
Toda a má gestão já compromete a autoridade de Dilma perante os mercados – o externo sabe de tudo o que acontece por aqui, inclusive por causa da concorrência. A presidente leva consigo, na crise de autoridade, o projeto de poder do PT, que se alimenta no vigor financeiro de programas sociais que arrecadem votos infinitamente.
É nisso que Lula pensa quando se esforça para evitar, há um ano pelo menos, que Dilma se afaste dele enquanto estiver no Planalto. Há a preocupação do ex em participar da gestão que garanta ao PT a permanência no poder depois de 2018. Inclua-se o poder como fonte da geração de dinheiro para a política.
Há uma ironia nisso. Lula quer estar próximo de Dilma, sua sucessora por escolha dele, para o próprio voltar ao palácio na primeira oportunidade, em 2018. Dilma se afasta de seu antigo patrocinador para não ser devorada pela liderança dele. Ela deseja ter uma via de trânsito própria que lhe assegure autonomia política. Considera-se amadurecida para a vida própria.
Como efeito, a disputa entre ambos por autoridade coloca o PT numa via inferior, pelo menos como as coisas estão. O partido acompanha o embate entre duas lideranças ou personalidades sem ter a oportunidade de dizer o que prefere. Os petistas dispõem de mecanismos internos de consulta, mas são lentos. Dilma e Lula têm pressa.
A ação dos dois líderes converge numa concepção de poder: a Petrobrás é muito poderosa para ser administrada profissionalmente, ter autonomia de gestão. A importância da companhia, na concepção dos dois, está na oportunidade que oferece a negócios político-ideológicos. Nisso, convém a Dilma manter a companheira Graça Foster na direção da empresa. Elas se entendem.
Mesmo que a presidente Dilma faça de conta que não está nem aí, que o problema é do Congresso, ela poderá ser a perdedora hoje na eleição a presidente da Câmara. O fato é que a pressão do governo para derrotar a candidatura do deputado pouco confiável Eduardo Cunha, do PMDB do Rio, recorda as intervenções da ditadura militar no Congresso. Nem a cara de paisagem de Dilma combina com o empenho do Planalto a favor da candidatura do companheiro Arlindo Chinaglia, petista de São Paulo. Há um mês, ela empossou companheiro gaúcho Pepe Vargas como secretário de Relações Institucional, o operador político que trouxe para perto de si no palácio. Três semanas depois, Vargas pousou em Curitiba num jatinho da FAB. Ele disse a repórteres que esteve ali para tratar de energia elétrica. Então, no último domingo, o articulador político foi ao Paraná conversar sobre eletricidade. Não deixou de ser verdade. Vargas se reuniu com dois políticos. Um deles, o companheiro Jorge Samek, presidente da usina de Itaipu. Vargas pediu a Samek que usasse a força da usina para convencer o PP a votar em Chinaglia na Câmara. Ao lado, estava o novo deputado Ricardo Barros, eleito pelo PP paranaense. Há dois anos, Barros renunciou a secretário estadual de Indústria e Comércio depois que gravações do Ministério Público o flagraram orientando um funcionário da prefeitura de Maringá a fazer um acordo entre empresas que disputavam uma licitação. Era irmão do prefeito, Silvio Barros. Outro gaúcho que a presidente levou para o palácio há um mês, Miguel Rossetto, nomeado secretário-geral, fez parceria com Vargas na pressão. Ambos usaram dados do Planalto para informar à campanha de Chinaglia quais deputados indicaram pessoas para trabalhar no governo federal. Daí, veio corpo a corpo em cima dos deputados apontados. Outra ação de ministros. Na quarta-feira, cinco participaram de um almoço com Chinaglia e dirigentes do PP, PR e PRB. Pressionaram os três aliados a não cederem votos a Eduardo Cunha. Além de Vargas, compareceram Ricardo Berzoini (Comunicações), do PT; Gilberto Kassab (Cidades), do PSD; Gilberto Occhi (Integração Nacional), do PP; e Antonio Carlos Rodrigues (Transportes), do PR.

Além de ter os direitos políticos suspensos, o político deverá ressarcir o dano causado e realizar pagamento de multa civil