Últimas notícias
[caption id="attachment_28549" align="alignleft" width="620"] Eduardo Cunha deu dor de cabeça ao romper velhos conceitos de Lula[/caption]
Ao retornar a Brasília depois de ouvir Lula em São Paulo, a presidente Dilma foi ao expediente do Planalto, na manhã de sexta, 13, para receber o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeir e retirou-se para o carnaval na praia baiana junto à base naval de Aratu. É a terceira temporada naquele retiro desde o Natal.
O silêncio da praia é um oportunidade para Dilma refletir sobre os conselhos que ouviu de Lula na quinta-feira, 12. O carnaval representa mesmo uma espécie de trégua no jogo político. A partir das cinzas, poderá se avaliar se alguma mudou depois da reaproximação da presidente a Lula. Inclusive conferir se, por parte da presidente, houve mesmo reaproximação consistente.
Mas Lula, safo como é, já pressentia o que a sucessora queria com ele e saiu a campo na véspera. Foi ao encontro do PMDB do Rio, ponto de origem do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, razão de dores de cabeça de Dilma na semana passada, quando ela deixou tudo e foi a Lula como antes.
Na noite de quinta, o ex confraternizou com três caciques locais: o ex-governador Sérgio Cabral, o sucessor Luiz Fernando Pezão e o prefeito Eduardo Paes. Lula anunciou aos amigos cariocas que sugeriria a Dilma ter uma “conversa séria” com Cunha, que, em sua rebeldia, iniciou um processo de afirmação parlamentar que desafia o Planalto.
Se o contato dele com Dilma acontecer, teremos uma amostra do que a presidente considera conversa séria com o comandante de outro poder, se isso envolve ameaça de retaliação. A inclinação de Dilma seria à agressividade. Com ou sem contato, será possível avaliar a receptividade da sucessora a um conselho do padrinho, ao qual procurou depois de isolá-lo por tanto tempo.
No dia seguinte à divulgação da pesquisa do Datafolha que atestou a decadência do prestígio da presidente, Eduardo Cunha passou a exercer de fato seu poder institucional como novo presidente da Câmara e sinalizou a montagem pelo PMDB de um governo paralelo. A afirmação do Congresso colocou em cheque o ajuste fiscal do governo ao aprovar o orçamento impositivo.
A mudança causa um prejuízo duplo o Planalto. De um lado, obriga o pagamento automático de certas verbas dos parlamentares. De outro, impede o palácio de condicionar a liberação de verbas dos parlamentares, geralmente para beneficiam as bases eleitorais dele, à apresentação de votos a favor do palácio no Congresso.
Num processo de afirmação do parlamento e dele próprio, Cunha liberou a criação da CPI para investigar o petrolão montado na Petrobrás. Além disso, aconselhou Dilma a corrigir a cobrança do imposto de renda em 4,5 por cento. Do contrário, o Congresso derrubaria o veto da presidente ao projeto que corrigiu em 6,5 por cento. Com tanta pressão, Dilma estressou.
Não é nada, Cunha rompeu, na prática, o conceito de presidencialismo de coalizão que Lula montou em seu primeiro governo com a incorporação ao Planalto de alianças com outros partidos para a montagem da maioria governista no Congresso em nome da conquista de garantias à governabilidade – processo adubado pelo mensalão e o petrolão.
Mas o presidente da Câmara poderá alegar que Dilma é a responsável pela ruptura do padrão de alianças com partidos caro ao lulopetismo que o gerou como cooptação. A presidente teria atropelado a coalizão ao governar e decidir solitariamente, sem considerar sequer a opinião de seu próprio partido, o PT – poderia rebater Eduardo Cunha.
[caption id="attachment_28544" align="alignleft" width="620"] Medidas do governo desfavoráveis a trabalhadores assustaram Lula e o PT[/caption]
Se quiser mesmo ajudar a governabilidade da presidente Dilma, Lula terá trabalho junto ao PT e sindicatos para conter movimento contra a redução de benefícios trabalhistas previstos na medida provisória que agora depende do Congresso. É uma pressão que conta com o apoio silencioso de Lula, senão não se alastraria pelo partido contra a presidente.
Se Dilma não tocar nos direitos trabalhistas, como prometeu durante a reeleição, não será fácil avaliar se eventual recuo se deveu a orientação de Lula na nova fase de relacionamento entre ambos ou se o palácio apenas sucumbiu à pressão vinda de sindicalistas e petistas. Seria interessante conhecer um processo na pessoa da presidente que a levou a mudar de ideia.
Ainda na segunda-feira pós-Datafolha com a queda da popularidade de Dilma, a pesquisa cimentou a mobilização no PT para defender trabalhadores contra o ajuste fiscal que o governo decidiu sem ouvir ou informar ao partido e sindicatos. Antes da conversa com a sucessora, Lula considerou um absurdo que a CUT não fosse comunicada previamente.
Naquele momento, o diretório nacional do partido fechou o manifesto que criticou o ajuste e recomendou a Dilma coerência com a linha trabalhista do programa petista. O documento foi redigido ao final do encontro petista em Belo Horizonte, onde a presidente discursou sem aparte e defendeu a mudança trabalhista:
“As mudanças que o país espera para os próximos quatro anos dependem muito da estabilidade e da credibilidade da nossa economia. Nós precisamos garantir a solidez de toda a nossa economia, garantir o controle da inflação, das contas públicas e, enfim, garantir a geração de emprego e renda, que é o objetivo fundamental que nós temos.”
A reação do PT contra Dilma tem a ver com o pouco caso com que agraciava o partido. Relaciona-se ao gesto de afastar Lula de seu entorno. Ela estava feliz com a troca de rostos lulistas por outros dilmistas no Planalto. Sentia-se em casa no palácio: Minha Casa, Minha Vida. Caiu na real ao ser confrontada dentro e fora do partido: foi a Lula como antes.
[caption id="attachment_28542" align="alignleft" width="620"] Vice-presidente Michel Temer lidera um PMDB que desafia as noções governistas Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil[/caption]
A queda da simpatia popular pela presidente Dilma leva consigo, ladeira abaixo, o prestígio do PT, o que estimula aliados e a oposição a buscarem fórmulas que derrubem a hegemonia petista. A arma da vez é a revogação do voto em legenda em eleições proporcionais, aquele recurso que permite ao eleitor votar apenas no partido ou coligação, sem indicar o candidato.
Se o PT é a legenda mais popular, os candidatos petistas ou coligados a deputado ou vereador são os mais beneficiados pelo voto apenas no partido, onde engorda o quociente eleitoral. Ao engordar o cacife da votação junto com os candidatos a deputado e vereador mais votados, o voto na legenda pode arrastar consigo nomes menos votados do mesmo partido ou coligação.
A revogação do voto de legenda equilibraria a competição direta entre partidos com a eleição de candidatos votados diretamente, como no sistema majoritário. Ao ser eleito senador por São Paulo em outubro, o tucano José Serra anunciou um projeto que cria o voto distrital para vereador, onde o candidato seria votado apenas em determinado setor do município.
O vice-presidente Michel Temer, líder do PMDB, cogita o chamado distritão para deputados, com a eleição dos mais votados diretamente no Estado e no Distrito Federal - cada unidade formaria um único distrito. A ideia atrai o oposicionista DEM e os governistas PTB, PP, PSD e PR. O PT prefere o voto em lista: voto apenas nos partidos, que escolheriam os eleitos.
Hoje, o desafio do PMDB ao Planalto é o suficiente para colocar em crise o governo de coalizão presidencialista chefiado por Dilma Rousseff, sendo que outros aliados se interessam pelo impasse peemedebista, cujos lances podem lhes abrir novas oportunidades junto ao governo.
A busca de novos rendimentos move o PMDB, assim como Dilma idealiza um desenho de reforma política que preserve a hegemonia do PT – partido que também desafia a autoridade da presidente em seu próprio governo, mergulhado nas crises contínuas de gestão.
Como se os partidos estivessem alheios ao reflexo político na sociedade, os lances pelo poder são imediatistas. Assustados com o desgaste do governo. petistas perseguem a permanência da hegemonia, num processo que agrava a rejeição do país aos políticos e seus partidos. Aliados procuram o protagonismo. A oposição é oposição com oscilações.
Quem mais perde no vale-tudo político é o PT, relacionado à corrupção no poder. A mais recente pesquisa do Datafolha demonstra a brutal queda de prestígio petista entre os brasileiros. Apurada nas ruas entre os dias três e cinco, a pesquisa mostra que o cartaz do PT como o mais querido despencou dos 22% em dezembro para 12 pontos em exatos dois meses.
Outra constatação chocante da amostra é que os partidos concorrentes não lucraram diretamente com a decadência petista provocada por má gestão e corrupção. Em segundo lugar na corrida de prestígio, o PSDB caiu de sete para cinco por cento naqueles dois meses. A seguir, o PMDB comprovou que congelou no gosto popular: tinha quatro por cento e lá ficou.
Todos os outros 29 partidos autorizados a buscar votos nas urnas, até a última sexta-feira, 13, possuem, somados, os mesmos dotes de simpatia que o PMDB: 4%. A diferença é que aqueles 29, juntos, ostentavam um ponto de simpatia. Antes do segundo turno nas eleições, os pequenos possuíam 5% na pesquisa com margem de erro de dois pontos.
Em cada 10 brasileiros, sete não têm preferência por algum partido: 71%. Dois meses antes 61%, vindos das eleições de outubro, quando chegaram a 64% desde o início ao fim da campanha.
Os números da pesquisa poderiam significar um latifúndio a ser lavrado e cultivado por políticos, não fossem as pragas daninhas.

Por meio de nota, AGR destacou que responsabilidade do aumento é da Câmara Deliberativa de Transportes Coletivos, presidida pelo prefeito Paulo Garcia (PT)

Ricardo de Pina Cabral teve direitos políticos suspensos por cinco anos. Outras sete pessoas também foram condenadas por irregularidades em licitações

Prefeito de Goiânia rebateu críticas no micro-blog, após ser acusado de promover, "na surdina", reajuste da tarifa do transporte coletivo. Valor passou de R$ 2,80 para R$ 3,

Deputado evitou falar sobre possibilidade de expulsão de Júnior Friboi da legenda. Para ele, há outras pautas mais importantes

Capital de Goiás só fica atrás de São Paulo e Rio de Janeiro, onde as passagens de ônibus custam R$ 3,50 e R$3,40, respectivamente

Anúncio foi feito pela CMTC após reunião da Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo. Explicação seria o não pagamento das gratuidades pelo governo estadual

Acir Gurgacz (PDT-RO) teria fraudado documentos para obter financiamento no Banco da Amazônia enquanto era diretor de duas filiais de uma empresa de ônibus

Obras preveem a substituição de todo o material do local. Desde o dia 2 de fevereiro está proibido estacionar no interior da praça
Reajuste aprovado pela Anac passa a valer a partir deste sábado (14/2). Na capital goiana, o valor da taxa de embarque sobe para mais de R$ 19

Trabalhadores do Ministério Público do Trabalho em Goiás também participam do ato, o segundo na semana

Episódio foi registrado na cidade de Alto Paraíso e está sendo tratado como um caso isolado. O paciente já recebeu alta

Paulo Roberto Costa é obrigado a responder a todas as perguntas, pois tem delação premiada. Audiência será iniciada às 11 horas