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Temer pode ser a ponte para reduzir o isolamento de Dilma no poder

A dúvida está no temperamento histórico da presidente: até quando ela aceitará a partilha de poder?

Entre trapalhadas, vingou a ideia de Lula para a articulação política

[caption id="attachment_32708" align="alignleft" width="620"]Lula consegue, melhor que Dilma, enxergar o futuro do PT no governo | Ricardo Stuckert/ Instituto Lula Lula consegue, melhor que Dilma, enxergar o futuro do PT no governo | Ricardo Stuckert/ Instituto Lula[/caption] A presidente Dilma amanheceu no Planalto, na segunda-feira, 6, disposta a resolver de uma vez dois problemas: a troca do amigo e companheiro gaúcho Pepe Vargas na Se­cretaria de Relações Institu­cionais por alguém do PMDB; e uma nova colocação para o secretário demitido. A semana prometia barulho. A posse do novo ministro da E­ducação, Renato Janine Ribei­ro, naquela manhã seria o mo­mento para outras mexidas na equipe. Na quinta-feira, 9, a CPI da Petrobrás na Câmara interrogaria o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Neste domingo, novos protestos nas ruas contra Dilma pelo país todo. Na véspera, domingo, 5, um artigo da repórter Vera Rosa, com fontes retiradas do bolso do colete, como os antigos de­finiam soluções que surgiam en­tre amigos, plantadas no predominante PT de São Paulo, de onde Lula reina sobre o partido. Renovavam-se na matéria as criticas do ex-presidente ao prestígio que o Planalto concede ao chefe da Casa Civil, companheiro Aloysio Mercadante, o real articulador político do governo. Mas nem sempre feliz no sucesso de suas formulações, como o embate permanente com o PMDB. Lula insistia no esvaziamento de Mercadante e na remoção de Pepe Vargas como articulador político no varejo do dia a dia e a quem o ex criticava por falta de envergadura, experiência e maturidade. Ainda estava fresco na memória geral o novo despencar do prestígio de Dilma em pesquisas. O ex sugeria que a função, se era para ficar no PT, deveria ser do companheiro Jaques Wagner, acomodado como ministro da Defesa que não apreciaria dar expediente no Planalto neste momento. Porém, o melhor negocio seria entregar a articulação ao PMDB, principal aliado e em litigio com o palácio. Recomendava a transferência do peemedebista gaúcho Eliseu Padilha da Secretaria de Aviação Civil para a de Relações Ins­titucionais, de Vargas. Além de destacar-se na articulação política, Padilha é amigo do vice-presidente Michel Temer, o que facilitaria o trânsito dele no PMDB. Na manhã de segunda-feira, Dilma, ansiosa, aproveitou a presença de Padilha na posse do novo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, e o convidou à troca de pouso: sair da Aviação Civil e desembarcar nas Relações Institucionais. Ao lado dos dois, estava Michel Temer. Prometeu a Padilha autonomia nas negociações com o Congresso. O secretário se colocou “à disposição” da presidente, mas não assumiu compromisso naquele momento. Preferiu sentir, antes, o pulso do PMDB. Os presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Eduardo Cunha não se animaram. Eles tinham outros interesses quanto a ministros. Na terça-feira, Padilha agradeceu o convite, mas o dispensou. Achou melhor continuar onde estava, na Aviação Civil. A cúpula do partido previa que Padilha, se aceitasse a troca de lugar, entraria em choque com o antipeemedebista Mercadante numa disputa por espaço. No fim do dia, a presidente se voltou à opção pelo vice Temer, que se recusou a ser secretário. Veio então a ideia de esvaziar as Relações Institucio­nais e montar uma coordenação na vice-presidência. Não houve oposição na cúpula do PMDB, onde a escolha de Temer não perturbava a ordem pré-existente. O senador Calheiros continuaria a defender a permanência do amigo Vinicius Lages no Ministério do Turismo. Enquanto o deputado Cunha continuaria a trabalhar para colocar no lugar o ex-colega Henrique Alves, antigo presidente Câmara.

A patética demissão de Pepe Vargas montou uma comédia no Planalto

[caption id="attachment_32706" align="alignleft" width="620"]Pepe Vargas acabou se tornando o centro de mais uma trapalhada de Dilma | Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados Pepe Vargas acabou se tornando o centro de mais uma trapalhada de Dilma | Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados[/caption] Uma comédia como aquela era inédita nos 55 anos que o Palácio do Planalto comemora no 21 de abril, aniversário da mudança da capital. O companheiro Pepe Vargas pediu demissão como secretário de Relações Institucio­nais quando soube que o posto de foi oferecido ao vice Michel Temer. A presidente Dilma pediu a Vargas que ficasse frio porque, em compensação, seria nomeado secretário de Direitos Humanos. Iria para o lugar da companheira Ideli Salvatti, que não sabia de nada. Então, Vargas convocou a entrevista coletiva para anunciar a nomeação dele próprio. “A Dilma me convidou”, comunicou aos repórteres com a intimidade de companheiros do PT. A presidente soube e mandou abortar a coletiva, dentro do palácio. Vargas foi a um canto, conversou por telefone com a chefe. Retornou à mesa de entrevista e anunciou a novidade mais recente: — Não fui nomeado ministro. Era a confirmação de mais uma trapalhada de Dilma, agravada por Vargas, o simplório. Então, os relógios marcavam quatro e meia da tarde de quarta-feira. Às oito e meia da noite, Ideli Salvatti, aquela que não sabia de nada antes da entrevista do sucessor, pôde confirmar sua demissão numa nota do palácio: — A presidenta anunciou o nome de Pepe Vargas para a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

A presidente discursou como se estivesse sozinha na chefia do governo

[caption id="attachment_32702" align="alignleft" width="620"]Presidente Dilma Rousseff: será ela acometida do mesmo destino de Fernando Collor, por um caminho diferente? | Foto: Agência Brasil Presidente Dilma Rousseff: será ela acometida do mesmo destino de Fernando Collor, por um caminho diferente? | Foto: Agência Brasil[/caption] Não me deixem só. Eu preciso de vocês. Fernando Collor, ex-presidente, em cadeia nacional, em junho de 1992 Quase 23 anos depois, a presidente Dilma, exposta à mesma pressão pelo impeachment que derrubou Fernando Collor, isolou-se da participação popular em sua gestão. “Eu tenho certeza de que a luta pela recuperação da Petrobrás, é minha, é do meu governo”, discursou na segunda-feira e completou: — E eu tenho certeza de que interessa a todo o povo brasileiro. O disparate da presidente está no uso da primeira pessoa do singular na referência a uma disposição do governo em sanear a petroleira, seguida do reconhecimento de que se trata de algo do interesse popular. Sendo algo de interesse geral, Dilma poderia empregar a primeira pessoa do plural, nós. Mas não era o caso. A ênfase inicial deixou claro que a erradicação do petrolão é um caso pessoal dela. Assim como o governo é apenas da presidente. Três dias depois, Dilma, em nova fala, programada para Duque de Caxias, no Rio, onde se instalou a refinaria Reduc, retomou o tema do petrolão. Assim como, na segunda-feira, aproveitou-se da posse do novo ministro da Edu­cação, Renato Janine Ribeiro, para enxertar a Petrobrás em seu discurso de ocasião. “A Petrobrás está de pé”, discursou a presidente em tom vibrante de indignação com quem denuncia a corrupção sobre a petroleira, numa inauguração de moradias populares em Duque de Caxias, e foi em frente: — Ela limpou o que tinha de limpar. Tirou aqueles que tinha de tirar lá de dentro e que se aproveitaram das suas posições para enriquecer os seus próprios bolsos. Em outro momento, Dilma se gabou de que “nós investimos R$ 1,6 bilhão na Reduc”. A presidente não mencionou quem eram os ‘nós’, mas se trata daquela refinaria onde numa tacada o então diretor de serviços da petroleira, companheiro Renato Duque, arrecadou R$ 5,4 milhões para o PT. O suborno foi pago pela empreiteira Galvão Engenharia segundo planilhas apresentadas pelo delator Shinko Nakandakari, um dos 11 operadores de propina na Diretoria de Serviços. Hoje, ele está preso, como Renato Duque, antigo tesoureiro do PT, depois indicado pelo Planalto para a diretoria da estatal. No mais, o juiz federal Sérgio Moro, encarregado do petrolão, atestou que o pagamento de propinas a Duque continuou no segundo semestre do ano passado, mesmo depois do inicio da Operação Lava Jato, pela Polícia Federal, em março de 2013, com Duque já preso. “É assustador”, registrou Moro. Quanto à presidente Dilma, o discurso de quinta-feira não menciona o momento em que a petroleira “limpou o que tinha de limpar” ou “tirou lá de dentro aqueles que tinha de tirar” - ladrões de dinheiro público. Não ofereceu algum exemplo. No entanto, o tema poderia render uma cadeia nacional de televisão e rádio, como aquela de Fernando Collor, que caiu pelo impeachment. Ficou sozinho. Quem sabe se os protestos nacionais deste domingo não a motivam?

A Lava Jato diversifica as ações e avança sobre novas áreas do governo

[caption id="attachment_32699" align="alignleft" width="620"]Se continuar assim, PF acabará por encher o “saco” com suas descobertas | Antonio Cruz/ABR Se continuar assim, PF acabará por encher o “saco” com suas descobertas | Antonio Cruz/ABR[/caption] Com pouco mais de um ano de atividade, a Operação Lava Jato amplia a ação da Polícia Federal e penetra em novas áreas do governo Dilma administradas pelo PT desde Lula, como se revelou na sexta-feira com a Caixa Econô­mi­ca Federal e o Ministério da Saúde. Ambas, a CEF e o ministério, anunciaram no mesmo dia que se autoinvestigarão. Pode ser, a PF está abrindo a picada. Mas a iniciativa poderia ser dos dois órgãos federais, surpreendidos com a informação pública de que se repete neles o esquema do mensalão. O governo gasta dinheiro em publicidade, grana cujo excedente fica entre políticos, como o bônus com que agências de propaganda, agradecidas, devolvem aos clientes. No mensalão, o bônus deveria ser do Banco do Brasil, mas não chegava ao caixa do freguês. O dinheiro ficava com o então diretor de marketing do BB, companheiro e mensaleiro Henrique Pizzolato, que desviava o dinheiro em outras direções, como o PT. No caso Lava Jato, agências subcontratavam produtoras e distribuíam a grana entre elas, de onde chegavam a políticos. Assim, havia um canal que abastecia o velho e conhecido ex-deputado do PT paranaense André Vargas, cassado pela Câmara com apoio do partido, que o expulsou. Agências abasteciam produtoras controladas por Vargas, que participava do lucro extra. Era um negócio em família, pois André Vargas voltou a ser preso na sexta, agora na companhia do irmão Leon Vargas. Outro ex-deputado preso agora é o baiano Luiz Argolo, que começou no PP e hoje chegou ao Solidariedade. Ele tinha a própria mãe como laranja. Além disso, Argolo não foi preso sozinho. Levou consigo a secretária Eliá Santos da Hora. Do grupo, ou quadrilha, foi pre­so ainda o publicitário Ricardo Hoffmann. O terceiro ex-deputado preso é outro velho conhecido desde o mensalão, que o condenou, o pernambucano Pedro Corrêa, do PP. Como mensaleiro, ele já vinha cumprindo prisão em regime semiaberto.

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Nova fase da Lava Jato prende três ex-deputados

Entre eles estão Pedro Corrêa (PP-PE), que foi condenado no processo do mensalão, e André Vargas (sem partido-PR), que foi cassado por envolvimento com o doleiro Alberto Youssef

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