Tocantins

Em nota à imprensa, ex-governador afirmou que interino está desesperado ao culpar o emedebista por caos

A decisão do TJ determinou que o processo seja apensado a outros dois semelhantes e com o mesmo pedido – o cancelamento definitivo da alta tributo

Situação é referente à contratação de servidores para a Câmara Municipal

Inserções da eleição suplementar começam no próximo dia 17 e se encerrarão no dia 31 de maio; eleição será no dia 3 de junho

Gestora gestora contratou temporários de forma a descumprir a norma constitucional que estabelece concurso público como regra

O MPF é contra a operação porque prevê a utilização da receita de impostos, inclusive do Fundo de Participação do Estado, como garantia


Empresário aceita convite para ser o vice na chapa de Kátia Abreu para o governo-tampão e afirma que os tocantinenses precisam de quem “dá conta de governar”

Desde quarta-feira (2/5) a carga horária passou de oito para seis horas diárias com o objetivo de economizar

Contestações já começaram a ser interpostas nesta segunda-feira (30). É o início do período eleitoral suplementar no Estado
Por fim, na quarta-feira, 25, foi a vez de dois antigos algozes dar um golpe de misericórdia. Durante a sessão realizada na Câmara Municipal de Palmas, os vereadores Milton Neris (PP) e Rogério Freitas (MDB) denunciaram o que chamam de calote da gestão do ex-prefeito Carlos Amastha. Segundo os parlamentares, a secretaria de infraestrutura não efetuou o pagamento de diversas faturas de 2017, à empresa responsável pela coleta de lixo, Valor Ambiental. “É inaceitável uma prefeitura passar do exercício de 2017 para 2018, com dinheiro em caixa, e não pagar os fornecedores. Estou falando de contratos contínuos, empresa que realiza a coleta de lixo na nossa cidade. Já estamos caminhando para o mês de maio e até agora o município não pagou empresas que prestaram serviço no ano passado. Isso é calote. A sociedade vai ser prejudicada por que as empresas vão parar o serviço, os caminhões de lixo vão parar”, disse Milton Neris. Ele ainda salientou que empresas que prestam serviço no Aterro Sanitário de Palmas também estão sem receber por serviços executados no ano passado. “Até agora as empresas que prestam serviço como a locação de máquinas ou produtos para manter o aterro sanitário estão sem receber faturas de outubro a dezembro. O resto a pagar do exercício de 2017 até agora não foi pago. E há faturas deste ano sendo pagas. Qual é o problema? Existem irregularidades, erros, falhas nesses processos? Por que não pagou? Quer ser governador dando calote no setor produtivo”, disparou. Ao se pronunciar na tribuna, o vereador Rogério Freitas também investiu contra o ex-gestor: “O Amastha não me causa estranheza, sabemos o modus operandis do ex-prefeito de Palmas, que é malandro e caloteiro. A prefeita tem que desalojar a quadrilha que tem aí na prefeitura”. Freitas ainda salientou que os contratos contínuos devem ser medidos e pagos mensalmente, segundo o acórdão do Tribunal de Contas do Estado. “Iremos ao Ministério Público de Contas por que existe um calote em curso na cidade de Palmas. O que não se pode fazer é ter recurso assegurado no orçamento para fazer os pagamentos mensais e o dinheiro sumir para a campanha política de Carlos Amastha”, afirmou.

Após a constatação de várias irregularidades no processo de locação de veículos para manutenção de poços artesanais, cacimbas e açudes, realizado pela Prefeitura de Miracema entre os anos de 2011 e 2012, apuradas em Ação Civil Pública por Ato de Improbidade Administrativa, o deputado Junior Evangelista (PSC), gestor municipal à época, e o empresário contratado para realização do serviço, foram condenados. Os prejuízos aos cofres públicos somam R$ 120 mil. Conforme consta nos autos, inexistia no Tribunal de Contas do Estado qualquer menção aos referidos contratos de locação de veículos para manutenção de poços artesianos, cacimbas e açudes. E, segundo o Ministério Público, autor da ação, três testemunhas ouvidas pela Promotoria de Justiça confirmaram a não realização de qualquer serviço desta natureza no período citado. Na sentença do juiz André Gigo Leme, os fatos relatados estão em total desatendimento aos ditames legais quanto à obrigatoriedade de se realizar procedimento licitatório na esfera pública.
Causou estranheza à população tocantinense, de uma forma geral, a revista semanal “Fantástico”, veiculada aos domingos pela Rede Globo, levar ao ar na sua última edição, matéria “requentada” sobre o possível desvio de verbas atribuído ao ex-governador Marcelo Miranda (MDB), justamente após ele deixar o cargo e não ter condições de se defender à mesma altura e no mesmo patamar. Deixou transparecer uma clara tentativa da emissora global e sua afiliada regional voltar à tona um assunto que ainda está sendo investigado e já foi noticiado há mais de três anos, relacionando-o com a cassação do emedebista, quando na verdade, os motivos que o levaram a deixar o cargo de governador não tem, absolutamente, nada a ver, com o suposto superfaturamento das tais obras infraestruturais. Em entrevista exclusiva ao Jornal Opção, o presidente estadual do MDB, Derval de Paiva, mostrou-se indignado com a ação da emissora – motivada sabe-se lá por quais interesses – e esclareceu que imediatamente após a veiculação da matéria, reuniu-se com bancada do MDB, que decidiu por emitir nota de repúdio. A destacar que os parlamentares fizeram efusivos discursos na tribuna da Assembleia, reprovando a conduta da emissora. “A conclusão que eu chego, e faço isso exorcizadamente, é que aquela matéria foi ardilosa e esculpida por falsos interesses, mesmo porque aquele assunto é muito mais do que velho e requentado. As pontes mostradas na reportagem foram todas iniciadas e construídas – na sua grande maioria – por mandatários anteriores. Enfeitaram e reformularam as falas, certamente por razões que agora lhes interessam, numa tentativa clara de constranger os tribunais, nos quais tramitam as ações judiciais”, contestou o dirigente emedebista. “Tenho um histórico de luta dentro do MDB e quando comecei a lutar pela democracia, os elementos com os quais combatíamos durante a ditadura militar era justamente a liberdade de imprensa e da magistratura que, pressionada, julgava, à época, em estado de exceção. Hoje, fico triste e lamentando esse excesso de irresponsabilidade por parte da imprensa. Fico imaginando a serviço e a interesse de quem eles estão, bem como, a que custo. É irritante esse tipo de conduta, que considero um verdadeiro desacato e um desrespeito com a população tocantinense” finalizou o presidente regional da sigla. l

Deputados atacam modelo de gestão do governador interino Mauro Carlesse, que careceria de autonomia para tomar determinadas medidas
O governador interino Mauro Carlesse (PHS) nomeou na quinta-feira, 26, Leonardo Cintra (PSDB) como titular da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh). O tucano é agrônomo, já foi prefeito de Almas e presidente da Associação Tocantinense de Municípios (ATM). Ao tomar posse, o novo secretário prometeu dar “agilidade e transparência” aos processos de preservação da pasta. Segundo a assessoria, a nomeação de Cintra ocorre em meio ao apoio declarado de vários prefeitos do PSDB a Mauro Carlesse, já que o senador e presidente regional da sigla, Ataídes Oliveira, desistiu de disputar as eleições suplementares. Os prefeitos tucanos que manifestaram apoio a Carlesse são Paulo Antônio (Alvorada), Paulo Macêdo (Cachoeirinha), Ildislene (Caseara), Quincas Nunes (Araguaçu), Coronel Tavares (Aliança do Tocantins), Ronaldo Parente (São Bento), Paulo Gomes (Tocantinópolis), Ladir (Nova Rosalândia), Miyuki (Brejinho de Nazaré), Jackson (Darcinópolis), Batatinha (Cristalândia), Nalva Braga (Palmeiras), Diogo (Talismã) e José Augusto (Peixe). Os prefeitos seguem o apoio dos dois deputados estaduais tucanos, Olyntho Neto e Luana Ribeiro.