Opção cultural

Vencedor do Prêmio Barueri de Literatura e com participação em mais de 20 antologias literárias, Glauber Vieira Ferreira é ainda autor de “Mosaicos”, uma compilação de minicontos

Graças à interação social e habilidade de comunicação, robôs despertam a empatia dos humanos. Mas até que ponto esta relação transforma as emoções humanas?

Protagonizado por Dave Johns e Hayley Squires, a obra teve exibição especial em Goiânia pela mostra “O Amor, a Morte e as Paixões” e deve entrar em cartaz no final do mês

O primeiro final de semana do ano começa acompanhado do bom som da Playlist Opção, que reúne as canções mais escutadas pela nossa equipe. Bora dar play? Ed Sheeran – Shape Of You Madame Saatan – Devorados MC Beijinho – Me Libera Nega Megadeth – Hangar 18 Metallica – Fade to Black Sia – Move Your Body Simone & Simaria – Loka ft. Anitta The Beatles – Revolution Thin Lizzy – Cowboy Song

[caption id="attachment_83981" align="alignright" width="400"] Foto: Reprodução[/caption]
Em sessão de degustação da mostra que acontece em fevereiro, o filme de Ken Loch narra as dificuldades humana frente a burocracia automatizada
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Impedido de exercer seu ofício de carpinteiro, Daniel Blake se vê frente à burocracia que milhões de pessoas enfrentam seja pela automação telefônica ou para conseguir qualquer benefício, como é o caso do personagem interpretado por Dave Johns, que precisa da ajuda do governo para sobreviver. É esta a história do vencedor da Palma de Outro da 69ª edição do Festival de Cannes, o filme "Eu, Daniel Blake", do aclamado diretor Ken Loach.
O emaranhado do enredo se dá quando Daniel conhece uma mãe solteira que mudou com seus dois filhos para a cidade e que, sem condições financeiras, se vê ajudada pelo ex-carpinteiro. A história que enovela os temas da mostra "O Amor, A Morte e As Paixões", realizada anualmente no período carnavalesco na cidade goiana, tem exibição de degustação da edição 2017 da mostra, que acontece de 15 de fevereiro à 1º de março, no Cinema Lumière, onde o filme será rodado às 21h da quarta-feira, 4 de janeiro.
Aberta ao público, a sessão custa o mesmo valor da mostra, o preço único de R$ 12. O Lumière fica no Shopping Bougainville. Abaixo, você confere o trailer do filme.

O Jornal Opção convidou os professores André Leonardo Chevitarese, da UFRJ, e Ademir Luiz, da UEG, para listar os livros que achassem mais importantes sobre o Jesus Histórico. A lista é para aqueles leitores que se interessarem mais pelo assunto e quiserem aprofundar a leitura a respeito.
Chevitarese, que em parceria com o professor da Unicamp Pedro Paulo A. Funari, tem um livro muito bom sobre o tema — trata-se de “Jesus Histórico. Uma brevíssima introdução”, publicado pela Editora Kline —, entende que esses são alguns dos títulos mais relevantes para quem quer saber sobre o Jesus Histórico:
[caption id="attachment_83104" align="alignright" width="250"] Fotos: Reprodução[/caption]
“Jesus and Archaeology”, de James H. Charlesworth
Este livro traz 30 trabalhos de especialistas diretamente envolvidos com os estudos arqueológicos e seus impactos para pensar Jesus de Nazaré.
“O Jesus Histórico. A Vida de um Camponês Judeu do Mediterrâneo”, de John Dominic Crossan
Publicado originalmente em 1991, este livro além de oferecer importantes chaves de leituras no campo teórico-metodológico, não deixa o leitor esquecer que qualquer pesquisa neste campo do saber exigirá sempre um olhar transdisciplinar acerca de quem é Jesus de Nazaré.
“The Misunderstood Jew. The Church and the Scandal of the Jewish Jesus”, Amy-Jill Levine
Esta obra nos lembra que Jesus nasceu, viveu e morreu como um judeu, não tendo sido jamais um cristão. Aborda também uma questão decisiva que diz respeito ao antijudaísmo da documentação antiga literária, especialmente o denominado Novo Testamento.
“Jesus the Magician. Charlatan or Son of God”, Morton Smith
Um livro indispensável para todos os interessados no tema, especialmente pela lembrança incômoda que ele apresenta acerca das discussões sobre quem é Jesus, como ele foi visto e lido, não pelos seus atuais seguidores, mas por aqueles dos séculos I e II.
“The Life of Jesus Critically Examined”, David Friedrich Strauss
Publicada originalmente em 1835, esta obra continua ainda sendo leitura obrigatória para todos os interessados em realizar pesquisas no campo do Jesus Histórico, especialmente pelo seu aspecto crítico e analítico da documentação.
Ademir Luiz, que também é escritor, está escrevendo um romance que se passa no século I e, para isso, tem lido muitos livros a respeito de Jesus. A seleção que apresenta como leituras indispensáveis sobre o tema, além de compreender “O Jesus Histórico”, de John Dominic Crossan, também citado por Chevitarese, contém:
“O que Jesus disse, o que Jesus não disse”, de Bart D. Ehrman
“Jesus, um judeu marginal”, de John P. Meier
“Jesus, uma biografia revolucionária”, de John Dominic Crossan
“A morte do messias”, de Raymond E. Brown
“Nascimento do messias”, de Raymond E. Brown
“A vida de Jesus”, de Ernest Renan
“Testemunha ocular de Jesus”, de Carsten Peter Thiede
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Mexicano-brasileira, a banda que nasceu em Campinas tem rodado países com ritmos e palavras de esperança

Escritor de amor e solidão, o autor gaúcho se mantém cada vez mais vivo com seu legado literário dado às gerações

Em “A casa antiga”, Gregory Haertel acompanha a jornada de um homem para enterrar a esposa numa cidade inundada

São diversos os títulos que não necessariamente foram lançados no ano, mas sim que marcaram os leitores do Opção Cultural e do grupo Literatura Goyaz em 2016
Adalberto de Queiroz
Especial para o Jornal Opção
A proposta era simples: que nossos leitores escolhessem entre os livros lidos em 2016, qual foi “O livro” – aquele que mais o tocou e que, a partir de sua experiência, pudesse interessar a outros leitores. A surpresa inicial foi que, nem sempre, mesmo os que têm a escrita por ofício, estão dispostos a compor 10 linhas sobre o tema; segunda (e positiva surpresa), nem sempre são os lançamentos do ano que marcam a vida dos leitores – e este não era um pré-requisito).
[caption id="attachment_83127" align="alignright" width="250"] Fotos: Divulgação[/caption]
“Milênio e outros poemas” – de Ruy Espinheira Filho, (Editora Patuá, 2016)
Por Wagner Schadeck
Com “Milênio e outros poemas”, Ruy Espinheira Filho consolida-se como um dos maiores e mais profícuos poetas contemporâneos. Biográfica e histórica, a poesia de Ruy é, sobretudo, amorosa. Por meio dela, o memorialista resgata amizades e amores. Neste livro, o poeta nos oferta um catálogo de afetos: a memória amorosa, a beleza feminina, o sonho, a figura paterna e, entre outros, a infância mítica. Voz pessoalíssima, o poeta celebra a amizade dos seus: Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Mário de Andrade, John Keats, Lord Byron e mais, numa espécie de suma memorialística. Na celebração da Beleza, a poesia é o vinho que irmana os homens.
Wagner Schadeck nasceu e vive em Curitiba. É tradutor, ensaísta, editor e poeta. Colabora com a Revista Brasileira (ABL), com a Revista Poesia Sempre (BN) e com os periódicos Cândido e Rascunho
“Naqueles Morros, depois da chuva” – de Edival Lourenço (Editora Hedra, 2011)
Por Zanilda Freitas
As narrativas históricas, camufladas pelos mistérios que rondam uma comitiva de um fidalgo português, governador da Província de São Paulo e Minas dos Goyazes à procura de ouro, são de uma beleza rara, de um vocabulário excepcional, que nos remete a refletir em como o autor conseguiu colocar tanto conhecimento sobre fatos históricos, costumes indígenas e o comportamento humano de quatro séculos atrás. Momentos de suspense, cômicos e emocionantes, narrados com uma linguagem que identifica e emparelha o autor com os grandes escritores.
Zanilda Freitas é escritora e autora do livro de poemas “Espirais do Tempo”; ela participou de “Literatura Goyaz: Antologia 2015”
“Sigmund Freud na sua época e em nosso tempo” – de Elisabeth Roudinesco (Editora Zahar, 2016)
Por Hélio Moreira
Já há algum tempo tento concluir um ensaio que venho escrevendo sobre Freud; na realidade tento fazer uma interface entre o cidadão Freud e o Império Habsburgo (Austro-Húngaro) durante sua vida de criança, adolescência e, principalmente, na maturidade, fechando com a sua descoberta da Psicanálise.
Durante esse tempo, acumulei uma vasta bibliografia a respeito e, ao saber que a historiadora e psicanalista francesa Elisabeth Roudinesco havia escrito um livro publicado em língua portuguesa pela Zahar Editora, trazendo “novidades” sobre a vida de Freud, admito que fiquei um pouco cético, pois acredito que a vida de poucas personalidades do mundo foi mais estudada do que a de Freud.
Porém, a partir de novos arquivos abertos pela biblioteca do Congresso Norteamericano e, principalmente a sua erudição na história da psicanálise, Roudinesco conseguiu, realmente, trazer à tona “novidades” sobre a vida de Freud.
Hélio Moreira é médico e escritor, membro da Academia Goiana de Letras, cadeira nº 24, autor entre outros títulos do premiado “Couto de Magalhães – O Último Desbravador do Império”
“Brasil, País do Futuro”, de Stefan Zweig (Editora Delta, 1941)
Por César Miranda
O momento atual é muito bom para ler este livro; no entanto, qualquer momento o seria por várias razões: a visão do Brasil sob a ótica do ótimo escritor estrangeiro que com seu estilo direto acaba nos dando uma ótima história concisa do Brasil até aquele momento (início dos anos 1940) e uma visão geral dos eventos fundamentais de nossa história. Ouso dizer que a obra deveria ser a primeira a ser lida sobre a história do Brasil; depois, o leitor pode ir atrás dos assuntos específicos para se aprofundar.
Após contar a história, Zweig faz um depoimento maravilhado e esperançoso de nosso belo país, acreditando que ele, que jamais teve quem o amasse, milagrosamente seria amado pelas gerações futuras. Leia essa obra maravilhosa e faça com que as crianças e os jovens também a leiam. Quem sabe, como eu, um leitor descobrirá que ama esse país. E quando se ama, vem junto à íntima obrigação de fazer algo a respeito.
César Miranda é formado em Direito, músico com especialização em MPB, Millôr e Monterroso, escreve em seu blog Pró Tensão, graças ao qual participou do livro Wunderblogs.com (Barracuda, 2004), com uma seleção dos textos dos blogs do portal de mesmo nome. Economiário em Brasília, é ainda coautor de “Literatura Goyaz: Antologia 2015”.
“Andam Faunos pelos Bosques” – de Aquilino Ribeiro (Editora Bertrand, 2011)
Por Fabrício Tavares
Poderosa biografia do homem ocidental continuamente afligido pelas tradições espirituais que perpassam sua história e constituem a base mesma de sua substância interna, a obra aborda o paganismo, o cristianismo e o humanismo, que se embatem num conflito universal engastado nas singularidades duma aldeola portuguesa, onde o suposto advento de uma criatura mítica que viola as moças da região, gerando filhos robustos, põe em marcha uma esperança escatológica por parte daqueles que, mais próximos à natureza, anseiam pela renovação da terra; um ceticismo sombrio para os profetas da autonomia do homem; e uma crise apocalíptica em meio aos padres, que veem na criatura um flagelo do mal. A leitura do romance desvela tanto o cerne de nossa civilização quanto o substrato de nossa individualidade.
Fabrício Tavares é doutorando em Literatura (UFJF/Queen Mary University of London) e colaborador da revista digital Amálgama.
“Uma história desagradável” – de Fiódor Dostoiévski (Editora 34, 2016)
Por Mário Zeidler Filho
A obra narra uma noite da vida do Conselheiro Ivan Ilitch Pralínski, aristocrata e alto funcionário da burocracia czarista. Às vésperas da reforma administrativa que, entre outras coisas, aboliria a servidão na Rússia, e encorajado pelo espírito do que os russos chamavam então de “populismo” e – claro – por algumas taças de vinho, Pralínski decide comparecer, sem ser convidado, à festa de casamento de Pseldonímov, um de seus subalternos. Num vertiginoso crescente, a situação degringola até que o Conselheiro desperta no leito nupcial, causando enormes prejuízos e arriscando a própria consumação do casamento. Publicado pela primeira vez no Brasil em tradução direta, a edição conta ainda com o posfácio de Aleksei Riémizov, indicando “Uma história desagradável”, para além das implicações políticas imediatas, como a chave de entrada aos grandes romances de Dostoiévski.
Mário Zeidler Filho é editor da Livraria e Editora Caminhos
“Os Invernos da Ilha” – de Rodrigo Duarte Garcia (Editora Record, 2016)
Por Adalberto de Queiroz (este que vos lista, caros leitores)
Um romance de aventura num país que parece padecer do mal da “narratofobia”. Neste romance de estreia, Rodrigo não só prova que é possível escrever bem, como tampouco se esquiva de colocar a imaginação moral a guiar os passos dos personagens de sua história. Dialogando com grandes modelos de narrativas, o autor não se torna refém de uma escrita insípida ou dogmática que dominou os narradores brasileiros por muito tempo, tornando-se exemplo de liberdade de males que sufocam a literatura feita no Brasil — o solipsismo, o niilismo e o formalismo. Um romance montado em “camadas narrativas”, “Os Invernos” mostram que estamos diante de um grande escritor estreante: um romancista ciente de que “a arte não redime ninguém, mas talvez possa tornar algumas dores mais suportáveis”. Recomendo a todos que estejam cansados de uma literatura sensaborona ou presa da ideologia que tomou conta do atoleiro moral em que nos metemos.
Adalberto de Queiroz é poeta e jornalista, colaborador do Opção Cultural

[gallery type="slideshow" size="full" ids="58527,62226,83139,75989,56169,71138,82651,82568,31615,83140"] Yago Rodrigues Alvim Muitos detestam listas. Na contramão, alguns adoram. Eu mesmo podia fazer lista dos melhores momentos que vivi no ano (ou na semana, no dia, vai saber). No meio midiático, jornalístico, elas têm lá o seu valor. Além de agregarem valor ao trabalho de um artista, pelo prestígio e legitimidade do veículo, são ainda uma boa oportunidade de descobrir novos títulos (acordar ou não e até mesmo fazer sua lista e ir vislumbrando trabalhos e projetos outros). Eis, então, a minha sutil contribuição no mundo das listas: a dos meus melhores álbuns de 2016. Cambaleando entre nacionais e internacionais, tentarei vislumbrar valores maiores, que não cabem só a mim. Nisso, a ordem aqui escolhida não segue uma preferência pessoal, mas sim a relevância dos trabalhos nos seus cenários – estes ampliados. 5. Melhor do Que Parece – O Terno “Descomplicado e leve” foi o que se revelou na busca pelo disco, uma vez que a última posição nacional veio do caro amigo, o também jornalista Augusto Diniz. Não obstante, que delícia já é a primeira e culpada faixa do álbum, o terceiro da jornada empreitada pelos paulistanos. Líder ou entre o top três de muitas listas reconhecidas, a obra é melhor do que eu digo, só ouvindo. 4. Soltasbruxa – Francisco, el Hombre A festa mexico-brasileña do multicultural grupo de Campinas (SP) saltam aos olhos e ouvidos pós-qualquer-show-que-seja-da-banda. Grudam as músicas. E, aos desconhecidos, o zunido às vezes desconhecido recai numa mais atenta escuta de quem percebe nas letras o engajado franciscano, este do mundo de Gabriel García Marquez, com seu personagem Francisco, o Homem, que girava o mundo a recontar num cantarolar a história deste globo azul – como descoberto por José Arcádio Buendía. 3. O Mesmo Mar Que Nega A Terra Cede À Sua Calma – Bruna Mendez Imenso, feito o título, é o universo sonoro marítimo do trabalho de Bruna Mendez, este de quase um violão e voz a sós. São letras, acordes que mostram uma calmaria inquieta de um caminho certo sobre águas. É por se dar conta, do que já cantava Caetano e Chico, que navegar é preciso que a obra se renova em meio a frescores juvenis amorosos, a virtualidade fatigante. Há sempre bem mais. 2. Princesa – Carne Doce Foi nos últimos dias de vida de minha vó que conheci a Princesa de Carne Doce. “O Pai” que canta da admiração maior será sempre de despedida para mim. No mais, este muito mais que afetivo, o álbum é de valor singular musical, por atestar primorosamente em cenário nacional os novos ritmos de um Goiás pluralíssimo, do rock. E são nas letras que recaem o valor maior por seus retratos crus, donos e donas de si do já desgastado hoje, este que se engendra de passados. Mudança, meu povo. No jeito de ser. 1. Tropix – Céu O pixelado sonoro de Céu se faz de muitas cores. Dentre elas, a saudade da varanda dos avós, o assombro infantil, as muitas camadas de ser e do ser, o apreço por Chico. Se, do lançamento, os argumentos rondavam o sintético brasileiro, o pop brasileiro se inaugural em Gal ou com Céu, Tropix já se distancia, fazendo-se rainha brasilis. Que delícia! 5. Joanne – Lady Gaga Deixando grandes nomes para trás, como Adele e seu álbum “25” (que é sim de fascínio, ainda mais para um coração quebrado), Lady Gaga merece destaque. Não que eu concorde com o primeiro single – “Perfect Ilusion”, o qual se destoa do álbum, que é sim bem-redondinho, ou quase no caso – “Joanne” mostra uma nova faceta da artista. Uma menos manipulada, maquilada, uma menos produto industrial e cultural, e nem por isso menos comovente. Ela, que soube sempre refletir com todas elas o mundo em que vive, amostra agora o cru do humano, comum a muitos, como a perda, as imperfeições, as muitas vontades. Vale sim, girl. 4. Blackstar – David Bowie Quantas perdas, não 2016? E que perdas. Nas letras, na música, muitos ficaram à mercê de nada novo de grandes artistas que se foram. E, certamente, o mundo ficou à mercê do camaleão David Bowie. O artista lançou, à beira de virar pó, sua última estrela. Uma obscura e infinita Blackstar. 3. Anti – Rihanna Nem parece que o álbum é deste ano, por tão longínquo janeiro, quando foi lançado. Mas “Anti” é sim de 2016. E como não ressalta-lo se, dele, desvela um dos maiores singles do ano? “Work, work, work”, babie, foi o que Rihanna fez, preambulando por letras e bandeiras próprias e ainda mostrando que manda bem (e como!) nos vocais – o que para muitos não é tão surpresa assim. Não é não, “Love on the Brain”? https://play.spotify.com/album/3mH6qwIy9crq0I9YQbOuDf 2. Blonde – Frank Ocean Depois de uma espera aflitiva, Frank Ocean enfim amostrou o sucessor de “Orange Channel” ao mundo. E que mundo retratou. No seguir das faixas, cada som e letra, e ainda nome envolvido e, nisso, o acréscimo musical que ofereceram, tal como os vocais de Beyoncé em “Pink + White”, “Blonde” se faz essencial em qualquer lista. E se você ainda não furou nenhum streaming de tanto ouvir o álbum, saiba que é sempre hora. 1. Lemonade – Beyoncé Que a artista se consagra a cada trabalho de modo original e inaugural, todos sabem. Nem é preciso dizer da importância do álbum, que foi lançado no horário nobre em um dos canais mais vistos nos Estados Unidos. O emponderamento da mulher e o orgulho negro já valem como ponto para lista, que destaca uma artista que preza pela visualidade, o livre-transito entre ritmos. Entre as liberdades.

Nos derradeiros dias de dezembro, muitos se alembram dos feitos do ano, das tentativas falhas, do que há de ser realizado no porvir. São reflexões, lembranças, novos planos traçados. E, nada melhor, dentre as muitas listas de livros, álbuns e filmes, a seleção (nem que seja de uma apenas) da música que mais marcou quem quer que seja nos últimos 12 meses. Não específicas de 2016, muito pelo contrário, são livres, vai ver por ser assim que a vida acontece. Ficam então as canções que mais marcaram cada um da equipe do Jornal Opção, que reuniu em playlists e mais playlists as músicas da semana; só que, desta vez, a do ano de 2016, que vira a folhinha para muitos plays que hão de vir em 2017. Um bom ano, leitores (ou ouvintes). Adriana Calcanhotto - Esquadros Beyoncé - All Night Beyoncé – Formation Chico Buarque – Apesar de Você Gnarls Barkley – Crazy J. Cole - No Role Modelz Naiara Azevedo feat. Maiara e Maraisa – 50 Reais O Terno – Não Espero Mais Queen & David Bowie – Under Pressure

[caption id="attachment_83018" align="alignright" width="350"] Foto: Box62/Reprodução[/caption]
Na noite da quinta-feira, 22 de dezembro, o Café Carinõ realiza a segunda edição do projeto "Infusão", que mescla sabores e música, aguçando os sentidos. Na degustação sonora, o residente StereoNato, um projeto paralelo do DJ paulista Laurent F., com o qual explora as influências do jazz, soul e blues, mais o convidado DJ Fefél. Com o apoio da Box62, escola que forma DJs na cidade, a festa gastromusical acidjazz começa às 19h30 e segue até às 23h. O couvert artístico custa 10 mangos e o cardápio é todo do Cariño.
Serviço
Infusão com SteroNato e DJ Fefé
Onde: Café Cariño
Quando: 22 de dezembro
Horário: 19h30
Valor: R$ 10

Romance apresenta um reflexivo retrato sobre a juventude brasileira contemporânea

Com mais de 15 prêmios conquistados, dentre eles o Jabuti de 2001, Braga Horta argumenta em nova obra que, muito além da fé poética, o autor tem de assenhorear-se das técnicas do verso