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Carlos Maranhão, que comandou com rara competência o marketing da campanha do governador Marconi Perillo, é cotado para gerir a comunicação do Estado ou para arrancar o VLT do papel. É tido como um craque para múltiplas funções.
Não há a menor dúvida: Jayme Rincon (PSDB) deverá ser candidato a prefeito de Goiânia. Com Virmondes Cruvinel Filho, do PSD, na vice. Seu marketing político será formulado pelo talentoso publicitário e marqueteiro Paulo de Tarso. Políticos começam a dizer que Jayme Rincon articula como políticos veteranos. Mas, com um mestre como o governador Marconi Perillo, que tem doutorado prático em política, o presidente da Agetop vai mesmo muito longe. Possivelmente, direto para o Paço Municipal, em 2016.

Historiador Marco Antônio Villa afirma que financiamento público de campanha é para “enganar trouxa”, porque o PT tem formas próprias de se financiar, como o petrolão

Todas as autoridades médicas são unânimes: a doença-irmã da dengue — menos mortal, mas causadora de terríveis dores nas articulações —, chegou para valer. Vai derrubar pessoas, piorar o setor da saúde e prejudicar a economia. E o País não se preparou

Todos estão tentando evitar que as profecias apocalípticas para o próximo ano se cumpram. A questão é se os outros setores da sociedade conseguirão ajudar a “despiorar” a situação

O procurador federal mais temido de Goiás diz que o banco do governo será foco de rombos ainda maiores e desabafa: “Não estamos dando conta de defender a República dos ratos que estão corroendo suas estruturas”

Por que o herdeiro de uma das maiores fortunas do mundo viria a se interessar por um país subdesenvolvido? Por que ampliaria sua atuação para outras áreas, como a cultural, ao ponto de se tornar um verdadeiro mecenas? É o que procura esclarecer o professor Antonio Pedro Tota em “O Amigo Americano — Nelson Rockefeller e o Brasil”

Fotógrafo brasileiro multipremiado e de renome internacional, Sebastião Salgado revela no livro “Da Minha Terra à Terra” histórias de sua vida pessoal e profissional, colhidas em suas andanças pelo mundo em busca de fotografias

Rigorosamente fundamentada em documentação e no arquivo da família, “La Vita Plurale di Fernando Pessoa”, do espanhol Ángel Crespo, em nova edição italiana com tradução e revisão do crítico Brunello Natale De Cusatis, representa a biografia pessoana mais completa e atualizada já posta em circulação

Hélverton Baiano
O galo saçaricava há quase uma semana, pois a galo dado não se mata recente, tem-se de esperar pelo menos sete dias para passá-lo à panela. A sentença do galo estava determinada e chegamos dois dias antes de se cumprir, a ponto de conviver e nos enternercer pelo bichinho. É triste a sina do galo pelo que ele nos brinda com seu canto matutino, que, sozinho, como disse João Cabral de Melo Neto, não tece uma manhã.
Mas o galo canta indiferente a quaisquer perspectivas, apenas pela canora forma de nos agraciar com uma melodia única e inexorável, nos dedicando graciosamente o deleite da manhã que se prenuncia. O galo é o relógio do sertanejo, pontual como o sol que vem e vai no seu habitual, pontuando dias e noites, claro e escuro.
Aquele galo, especificamente, viveu sete dias peado e alimentado com quireras e sobras, correndo e tropeçando atencioso para o que comer, sem saber que logo viraria de-comer. Era um galo interativo e não se fazia de rogado quando lhe dava fome e os de casa se descuidavam. Ia sorrateiro e serelepe à arandela de frutas e verduras e catava de lá uma cebola ou uma banana e a traçava com tanta rapidez e eficiência, que o colocaria em primeiro lugar na olimpíada da gula galinácea.
Por dois dias fui despertado pelo doce cantarolar do galo. Mas no segundo dia me comprazia ao galinho, sabendo que daí a pouco o bichinho viraria pirão pelas mãos hábeis e traquejadas na lida de matar e cozinhar sem pena esses bichos de penas. Deu pena! Ainda mais nestes tempos de exaltação à carne branca.
O galo cantava pela última vez, um canto forte, audacioso, cocoricorando alegrias aos ouvidos da aurora, prenunciando sem querer alegorias ao novo ano que nascia há poucas horas e que fazia de leitões sua algaravia. O galo cantava o entusiasmo da festa, a plenitude de um ano que chegava com abraços e desejos de boas realizações, plenitude, harmonia, prosperidade e paz. Mesmo morrendo, o galo ajudava a sinfonia do ano novo, na verdade cantando e agradecendo pelo que viveu e não pelo futuro. Era o único entre todos a reverenciar o passado, como que a agradecer às divindades galináceas pelo tanto que viveu e cantou galando e engalanando.
Era o autêntico galo caipira que agora ia para o cadafalso da degustação, seguro pelas asas. Vi e participei de inúmeras dessas cenas e, quando menino com pouco mais de dois anos de idade, quis matar o vizinho, Seo Bilisco, como minha vó Angélica fizera com a galinha que alimentou o resguardo de mainha. O galo ia destecer a vida para alegrar nosso ano novo, detestando a máxima de Bilica Caçuador: “Galo bom é galo morto!”
Não quis presenciar nem a depenação do pescoço e muito menos a facada certeira de onde se esvairia a vida do galo cantador. Aquele galo me conquistou pela voz e pelo gosto, horas depois da missa do galo. Acho que nunca em minha vida comi galináceo tão gostoso e perfeito de condimento. Comi com alegria, lembrando-me do lindo cocoricó que pela manhã embalou sono, sonhos e emoções, almejando ao mundo um feliz ano novo.
Hélverton Baiano é escritor e jornalista.
Os projetos de alteração da Planta de Valores do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e do Código Tributário foram alvo de discussão em reunião da Comissão Mista na terça-feira, 9. Os vereadores Jackson Charles (PSB) e Mirian Garcia (PSDB) pediram vista das matérias, que têm até o fim de dezembro para serem votadas e aprovadas. “Já trabalhei na prefeitura e sei que o Executivo necessita da arrecadação. Por outro lado, o valor que eles queriam não é justo com a população. Apresentei um projeto substitutivo porque o da prefeitura dava um aumento de até 900% em alguns casos”, disse o relator do IPTU, o vereador Jean Carlos (PTB), que estipulou um aumento de 20% para o imposto em 2015. Jackson Charles, no entanto, pediu vista para avaliar o relatório de Jean Carlos. Quanto ao Código Tributário, Mirian Garcia solicitou vista para acrescentar uma emenda a fim de assegurar que, nas próximas alterações na Planta de Valores, não considerem o aumento no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A matéria foi entregue pelo relator Pedro Mariano (PP).
O Instituto Mauro Borges de Estatística e Estudos Socioeconômicos da Secretaria de Gestão e Planejamento (IMB/Segplan) divulgou na quinta-feira, 11, os dados referentes ao ano de 2012 do Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios goianos. A estatística apresenta uma redução na participação dos dez maiores municípios na renda gerada em Goiás. O município anapolino foi o que mais apresentou queda, com -1,5%, em relação ao ano anterior, motivada pela indústria automobilística. A chefe do Gabinete de Gestão do IMB/Segplan, Lilian Prado, garantiu que a redução foi algo pontual e que não aconteceu apenas em Anápolis. Além disso, Lilian considera a queda positiva para o estado, pois mostra que a economia goiana está se espalhando para outras cidades. Dividido pela população residente em Goiás, o PIB per capita fechou 2012 com o valor de R$ 20.134,26 ante R$ 18.298,59 registrado em 2011. Anápolis é responsável por 9,4% do PIB total de 2012.

[caption id="attachment_23242" align="aligncenter" width="620"] Foto: Claudiomir Gonçalves[/caption]
Na última semana, tanto o governo estadual, quanto o municipal se reuniu com representantes do governo federal para discutir obras que preveem melhorias para a mobilidade urbana goiana, que beneficiam, diretamente, o acesso a Anápolis. O governador Marconi Perillo (PSDB) se reuniu na quarta-feira, 10, com o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Jorge Bastos. Ambos definiram o cronograma de realização dos estudos de viabilidade e do projeto executivo da obra que liga Brasília a Goiânia por meio de um trem de alta velocidade. A previsão é que o estudo de viabilidade seja entregue até maio de 2015. Em seguida, será iniciado o projeto executivo para que a obra seja colocada em licitação. Na reunião, técnicos da ANTT expuseram estudos para o desenvolvimento estratégico do transporte ferroviário de passageiros e carga no corredor Brasília-Anápolis-Goiânia.
Municipal
Um dia antes, na terça-feira, 9, o prefeito João Gomes (PT) se reuniu com representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) e da Concebra, empresa vencedora da concessão para realizar a manutenção de vários trechos das rodovias que cortam Goiás. Na reunião, o diretor-presidente da Concebra, Odemir Sanches, explicou que a empresa cuidará nos próximos 30 anos da manutenção da BR-153, que passa por Anápolis. O engenheiro Antônio Alberto Basílio, também presente na reunião, apresentou o projeto que prevê melhorias no acesso ao Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia) e, também, no tráfego dos trevos garantindo fluidez ao trânsito. Além disso, o estudo contempla a preservação ambiental.
[caption id="attachment_23124" align="aligncenter" width="620"] Foto: Câmara Municipal de Anápolis / Fernando Leite[/caption]
Na quarta-feira, 10, os vereadores realizaram a última sessão ordinária de 2014 para elegerem a nova mesa diretora, que cuidará dos trabalhos da Casa no biênio 2015/2016. Apenas uma chapa foi colocada para apreciação. Foi composta por Lisieux Borges (PT), candidato à presidência; Amilton Filho (SD), à vice; e Fernando Cunha (PSDB), Jakson Charles (PSB), Wederson Lopes (PSC) e Gleimo Martins (PTN) nas primeira, segunda, terceira e quarta secretarias, respectivamente.
A eleição do petista significa, também, a primeira grande vitória política do prefeito João Gomes, no gabinete municipal. Pois, com suas habilidades de diálogo com vereadores, Gomes conseguiu ter uma mesa diretora no Legislativo com nomes que são simpáticos a sua gestão. Isso mostra que o titular, algo de muita especulação e disputa por espaço, não caiu de paraquedas.
Corre nos bastidores que até a Irmã Rita, diretora da Santa Casa e ligada ao PSDB, tentou realizar reuniões com os vereadores para emplacar um nome da sigla, o que seria uma significativa derrota para Gomes. O resultado, porém, mostra uma mesa não só favorável a João, como também reúne uma mesa plural, com seis tipos políticos.
Lisieux é um nome do PT, que já demonstra a existência de uma afinidade dentro do projeto iniciado por Antônio Gomide (PT) e tocado por Gomes. Em entrevista, o vereador afirma que a relação com o prefeito será a melhor possível. “Vamos seguir caminhando juntos, lado a lado”, declara. A simpatia à atual gestão revela uma perspectiva positiva quanto às matérias que passam pelo Legislativo para serem aprovadas.
Além disso, a vitória dá a tônica que a disputa municipal em Anápolis já começou. E começou bem para os petistas, uma vez que a força oposicionista teve tentativas falhas em colocar Gomes em situação de fraqueza.
Continuidade
Dos 23 votos possíveis, Lisieux obteve 17 indicações –– o que é natural no processo. Além dos eleitos Gleimo Martins, Jakson Charles e Wederson Lopes, Pedrinho Porto Rico (Pros), Sargento Pereira (PSL) e o vereador Vespa (SD) discordaram com o nome petista. Sem postulação alternativa, tiveram que abster do direito ao voto. Apenas o vereador Pedrinho Porto Rico se absteve de votar em tudo, em protesto ao combinado de alternância entre partidos, que não foi cumprido. O próprio Lisieux declarou que não há nenhum ressentimento e que trabalhará, inclusive, para convencer e justificar o voto até dos companheiros que não votaram nele.
A análise do petista é positiva. “Vou me esforçar para tomar conhecimento do funcionamento da administração. Posso não ser o melhor presidente que esta Casa já teve, mas darei o meu melhor”, declarou o novo presidente, que pretende dar continuidade as ações iniciadas na gestão de Luiz Lacerda e fortalecer a transparência dos trabalhos e gastos da Casa.
Lisieux pretende, também, dar prosseguimento às exigências da lei de responsabilidade fiscal quanto à aplicação do recurso financeiro gerido pelo Legislativo. O Ministério Público e o Tribunal de Contas, segundo ele, são os órgãos externos de fiscalização e controle que dará as diretrizes para sua gestão. “Sabemos que o Luiz deu início a essa exigência, mas também sabemos que a parte mais difícil de ser executada ficou para o segundo biênio, para o qual fui eleito. Apesar da dificuldade, nos comprometemos a fazer o que tem que ser feito”, afirmou.

Em uma eleição histórica, PSDB assume a mesa diretora da Câmara Municipal de Goiânia e complica fim da gestão do petista Paulo Garcia