Foto: Câmara Municipal de Anápolis / Fernando Leite
Foto: Câmara Municipal de Anápolis / Fernando Leite

Na quarta-feira, 10, os vereadores realizaram a última sessão ordinária de 2014 para elegerem a nova mesa diretora, que cuidará dos trabalhos da Casa no biênio 2015/2016. Apenas uma chapa foi colocada para apreciação. Foi composta por Lisieux Borges (PT), candidato à presidência; Amilton Filho (SD), à vice; e Fer­nando Cunha (PSDB), Jakson Charles (PSB), Wederson Lopes (PSC) e Gleimo Martins (PTN) nas primeira, segunda, terceira e quarta secretarias, respectivamente.

A eleição do petista significa, também, a primeira grande vitória política do prefeito João Gomes, no gabinete municipal. Pois, com suas habilidades de diálogo com vereadores, Gomes conseguiu ter uma mesa diretora no Legislativo com nomes que são simpáticos a sua gestão. Isso mostra que o titular, algo de muita especulação e disputa por espaço, não caiu de paraquedas.

Corre nos bastidores que até a Irmã Rita, diretora da Santa Casa e ligada ao PSDB, tentou realizar reuniões com os vereadores para emplacar um nome da sigla, o que seria uma significativa derrota para Gomes. O resultado, porém, mostra uma mesa não só favorável a João, como também reúne uma mesa plural, com seis tipos políticos.

Lisieux é um nome do PT, que já demonstra a existência de uma afinidade dentro do projeto iniciado por Antônio Gomide (PT) e tocado por Gomes. Em entrevista, o vereador afir­ma que a relação com o prefeito será a melhor possível. “Vamos seguir caminhando juntos, lado a lado”, declara. A simpatia à atual gestão revela uma perspectiva positiva quanto às matérias que passam pelo Legislativo para serem aprovadas.

Além disso, a vitória dá a tônica que a disputa municipal em Anápolis já começou. E começou bem para os petistas, uma vez que a força oposicionista teve tentativas falhas em colocar Gomes em situação de fraqueza.

Continuidade

Dos 23 votos possíveis, Lisieux obteve 17 indicações –– o que é natural no processo. Além dos eleitos Gleimo Martins, Jakson Charles e Wederson Lopes, Pedrinho Porto Rico (Pros), Sargento Pereira (PSL) e o vereador Vespa (SD) discordaram com o nome petista. Sem postulação alternativa, tiveram que abster do direito ao voto. Apenas o vereador Pedrinho Porto Rico se absteve de votar em tudo, em protesto ao combinado de alternância entre partidos, que não foi cumprido. O próprio Lisieux declarou que não há nenhum ressentimento e que trabalhará, inclusive, para convencer e justificar o voto até dos companheiros que não votaram nele.

A análise do petista é positiva. “Vou me esforçar para tomar conhecimento do funcionamento da administração. Posso não ser o melhor presidente que esta Casa já teve, mas darei o meu melhor”, declarou o novo presidente, que pretende dar continuidade as ações iniciadas na gestão de Luiz Lacerda e fortalecer a transparência dos trabalhos e gastos da Casa.

Lisieux pretende, também, dar prosseguimento às exigências da lei de responsabilidade fiscal quanto à aplicação do recurso financeiro ge­rido pelo Legislativo. O Minis­tério Público e o Tribunal de Con­tas, segundo ele, são os órgãos externos de fiscalização e controle que dará as diretrizes para sua gestão. “Sabemos que o Luiz deu início a essa exigência, mas também sabemos que a parte mais difícil de ser executada ficou para o segundo biênio, para o qual fui eleito. Apesar da dificuldade, nos comprometemos a fazer o que tem que ser feito”, afirmou.