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A equipe do governador Marconi Perillo é uma caixa de surpresas. Por isso é preciso apresentar nomes, mesmo numa especulação, com o máximo de cuidado. Porque, fora José Eliton (Desenvolvimento), Ana Carla Abrão Costa (Fazenda) e Lêda Borges (Cidadania), ninguém está definido. A seguir uma listagem básica e especulativa: Comunicação — Carlos Maranhão, Luiz Siqueira, Danin Júnior e João Bosco Bittencourt; Educação — uma educadora de São Paulo (se fosse possível, Marconi indicaria o economista Gustavo Ioschpe), Raquel Teixeira ou Vilmar Rocha; Saneago — José Taveira; Celg — Julinho Vaz (e Orion Andrade numa diretoria); Casa Civil — Henrique Tibúrcio; Cidades — Vilmar Rocha, Sandes Júnior, José Paulo Loureiro ou Roberto (ou João) Balestra. Cultura — Aguinaldo Coelho Caiado; Segurança Pública — Joaquim Mesquita (teria desistido de fazer um curso no exterior e, por isso, deve ser efetivado. Já estaria organizando sua agenda para janeiro, segundo um deputado federal), João Campos ou José Paulo Loureiro; Governo — Eduardo Machado, Vilmar Rocha e Fábio Sousa (sondado, teria dito que prefere ficar em Brasília); Saúde — Leonardo Vilela ou Halim Girade; VLT — Carlos Maranhão; Meio Ambiente — Jaqueline Vieira; Detran — José Paulo Loureiro ou João Furtado; Escritório de Representação de Goiás em Brasília — Simão Cirineu.

Renovação das eleições deste ano provocou uma profunda mudança no contexto político do Estado. Isso não significa, porém, que quem atendeu às demandas da cidade não tenha chance de reeleição

Em “Fôlego”, Rafael Mendes dá voz a personagens que tentam firmar um pacto com o passado para entender a ruína familiar

A afirmação do título pode parecer demasiadamente pessoal, mas é necessária, afinal, “O Hobbit: a Batalha dos Cinco Exércitos” coroou uma trilogia feita com o único objetivo de atrair o acúmulo dos dólares da bilheteria

[caption id="attachment_23995" align="alignleft" width="620"] Roberto Marinho, Ruy Mesquita e Roberto Civita: os três (falecidos) jornalistas e executivos do Grupo Globo, do jornal “Estadão” e da Editora Abril ficariam satisfeitos com a informação de que, embora defenda a regulação da mídia, o governo do PT beneficia os monopólios de comunicação. O petismo fala (e critica) uma coisa e faz outra[/caption]
Os grandes jornais e revistas do País arrotam independência, mas também sobrevivem, em parte, graças ao financiamento estatal. A dependência comumente é apontada como típica da periferia do capitalismo, em Estados emergentes e pobres, nos quais os agentes políticos não raro seriam tratados como deuses do Olimpo. Na quarta-feira, 17, a “Folha de S. Paulo publicou a reportagem “Gasto de estatais com publicidade sobe 65%”, acrescentando, no subtítulo, que “empresas controladas pelo governo federal gastaram com propaganda R$ 16 bilhões [o dado preciso é R$ 15,65 bilhões] no período entre 2000 e 2013”. Dos 14 anos apontados, três são referentes à gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e 11 dos governos do ex-presidente Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff, ambos do PT.
A “Folha de S. Paulo”, como acontece com as publicações de São Paulo e Rio de Janeiro — que tendem a tratar o governo federal como uma espécie de colônia —, parece lamentar a pulverização “dos veículos que recebem propaganda das estatais. (...) Eles saltaram de 4.398 em 2000 para 10.817” em 2013. Não há nada de ruim nisto e, neste sentido, pode-se dizer que o PT é mais democrático do que o tucanato. Porém, como os dados não mentem, há uma questão que a “Folha” não enfatiza. Os meios de comunicações da maioria dos Estados — do Nordeste, Norte e Centro-Oeste — receberam migalhas. É como se a pulverização fosse mais para inglês ver. Quem faturou alto mesmo foram os veículos de São Paulo e Rio. O maior faturamento é do Grupo Globo, com R$ 4,216 bilhões. A TV Record aparece em segundo lugar — com 1,177 bilhão. O grupo (Rádio e Televisão) Bandeirantes, em terceiro lugar, faturou R$ 1,004 bilhão. A Globosat Programação Ltda. figura em quarto lugar — R$ 380,22 milhões. A Rede TV! recebeu 303,46 milhões. O governo pagou à Abril Comunicações Ltda. R$ 298,43 milhões. A Editora Globo S. A., que pertence ao Grupo Globo, embolsou R$ 248,36 milhões. Ela edita as revistas “Época” e “Época Negócios”. A Globo Comunicações e Participações S. A. ficou com R$ 242,33 milhões. A Editora Abril S. A. — que edita as revistas “Veja” e “Exame” — ganhou R$ 224,97 milhões (o dado certamente deve irritar os petistas ortodoxos, que abominam sobretudo a “Veja”). A empresa Folha da Manhã S. A. — que publica os jornais “Folha de S. Paulo” e “Agora São Paulo” — pôs na sua conta bancária R$ 206,23 milhões. O jornal “O Estado de S. Paulo” faturou R$ 187,52 milhões. A revista “IstoÉ” levou R$ 178,96 milhões. Na conta da TV Globo Ltda. entraram “apenas” R$ 158,46 milhões. As aspas em “apenas” tem uma explicação: o Grupo Globo, ao qual pertence a TV Globo, faturou vários bilhões. O Valor Econômico S. A., que pertence aos grupos Folha da Manhã (informação não prestada pela “Folha”) e Globo, recebeu R$ 128,69 milhões.
Nenhum dos grupos citados pertence a Estados do Nordeste, Norte, Centro-Oeste e Sul do País. Pode-se dizer, portanto, que, embora o PT seja crítico contundente dos monopólios na área de comunicação, os governos de Lula da Silva e Dilma Rousseff, assim como o do tucano Fernando Henrique Cardoso, favoreceram (e, no caso da petista, favorece) os grandes grupos de comunicação. A pulverização é, por assim dizer, um verdadeiro mico. Jornais, rádios e emissoras de televisão de Estados como Goiás, Mato Grosso, Tocantins, Ceará, Bahia, Paraná, Maranhão e Amazonas recebem tão-somente migalhas. E com outra desvantagem: o governo do PT anuncia, mas demora a pagar.
A “Folha” mostra que publicações alinhadas com o governo petista recebem recursos que não levam em consideração audiência e acesso. “A ‘CartaCapital’, a revista semanal de menor circulação, aparece como destinatária de R$ 44,3 milhões.” O motivo do “presente”? O alinhamento automático da publicação dirigida e editada pelo jornalista Mino Carta. A revista publicou editorial assumindo que apoia o governo da presidente Dilma Rousseff — o que não é demérito algum. É melhor anunciar do que esconder apoio. A “CartaCapital” é crítica, nem sempre sutil, do tucanato. Piada que se conta, nos bastidores: uma professora pergunta a um jornalista da revista — “Meu jovem, quem descobriu o Brasil?”. Ele responde, sem titubear: “Lula!” Em seguida, a mestra inquire: “Meu jovem, quem ‘afundou’ o Brasil?” Mais rápido do que um míssil americano, o repórter replica: “Fernando Henrique Cardoso e o tucanato!”
A revista “Caros Amigos”, uma crítica radical do PSDB e defensora do petismo, pôs na sua conta, no governo petista, R$ 4,7 milhões.
Os dois blogueiros que mais defendem o governo petista e atacam o governo tucano, Luís Nassif e Paulo Henrique Amorim, receberam, entre 2003 e 2013, R$ 5,7 milhões de R$ 2,6 milhões, respectivamente. O site Brasil 247 recebeu, desde 2011, R$ 1,7 milhão. O portal Carta Maior faturou, de 2003 a 2013, R$ 9,1 milhões. O site Opera Mundi ganhou R$ 2 milhões. A “Revista Fórum” faturou R$ 1,7 milhão. Todos defendem o governo do PT e são críticos viscerais do tucanato.
O curioso é que deputados do PT de Goiás costumam dizer que a mídia local é pró-Marconi Perillo devido às verbas do governo estadual. Entretanto, não fazem nenhuma referência ao fato de que a presidente Dilma Rousseff gastou R$ 2,3 bilhões com publicidade em 2013. “Um desembolso recorde”, frisa a “Folha”. Só as estatais, como Petrobrás, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, torraram R$ 1,4 bilhão. Acrescente-se que tais valores “não incluem gastos das estatais com patrocínio cultural e esportivo”.

[caption id="attachment_23997" align="alignleft" width="620"] Divulgação[/caption]
Geralmente, a imprensa não consegue fazer bons textos sobre filmes de fantasia, pelo menos em Goiás. Quando o assunto são os filmes baseados nos livros do autor britânico J.R.R. Tolkien, então, a situação se complica ainda mais.
No dia 10 de dezembro, data de estreia de “O Hobbit: a Batalha dos Cinco Exércitos”, o “Pop” publicou a matéria “A despedida do Hobbit”, assinada por Rute Guedes. Em 2013, a jornalista não foi muito feliz em sua análise de “A Desolação de Smaug”, mas neste ano o texto sobre a última parte da trilogia cometeu poucos equívocos, porém, não passou ileso.
Pode ter sido erro de digitação, mas, segundo o “Pop”, o filme é baseado nas obras de R.R. Tolkien. Faltou o primeiro nome. O professor Tolkien se chama John Ronald Reuel Tolkien (J.R.R. Tolkien), e não apenas Ronald Tolkien.
Também há uma falha em chamar Gandalf e Galadriel de feiticeiros. Ora, Gandalf é um istari pertencente à raça dos Maiar, comumente denominado mago. E Galadriel é uma senhora élfica, com grande poder, mas que jamais pode ser classificada como feiticeira. Além disso, o rei élfico se chama Thranduil, não “Tranduil”, como informa o texto. Tirando isso, o texto de apresentação do filme ficou bom.
Os melhores textos sobre o filme, até o momento, foram publicados fora de Goiás. O melhor ficou por conta do colunista da “Folha de S. Paulo” Reinaldo José Lopes, publicado no dia 11. O texto chamado “Minutos finais salvam ‘Hobbit’ da overdose de pancadas” ressalta que há a impressão de que Peter Jackson “se tornou incapaz de distinguir entre a grandiosidade épica (que ele soube explorar na adaptação de ‘O Senhor dos Anéis’) e a overdose de pancadaria”. Sobre os minutos finais, Reinaldo Lopes diz que eles conseguiram amarrar a história à de “‘O Senhor dos Anéis’, de forma supreendentemente sutil e emocionante, criando a ilusão de um conjunto harmônico, a ‘hexalogia do anel’”, e declara: “Nem parece que a mesma equipe produziu essa passagem e as duas horas anteriores de filme”.
No “Estadão”, o jornalista Luiz Carlos Merten focou sua análise nos efeitos, e no motion capture, “que Jackson criou para viabilizar o Gollum, personagem-chave de Tolkien. Elogia o diretor neozelandês por ter feito uma revolução técnica no cinema mundial, algo que pode visto de modo claro em “O Hobbit”: “Tolkien foi um filólogo que pesquisou e sintetizou lendas e mitos de diferentes culturas. Mas justamente por ser linguista, ele construiu primeiro as línguas dos povos exóticos de seus livros — ‘o repicar dos sinos’ da fala dos elfos —, convencido de que a palavra deveria vir antes da história, e isso é Homero. Se Tolkien criou línguas, Jackson fez uma revolução técnica. Toda a trilogia do ‘Hobbit’ investe no grandioso, mas o que fica com a gente, no fim de tudo, é outra coisa. Para quem sabe ver, ‘A Batalha’ é um monumento de intimismo”. O foco de Merten merece elogios, visto que poucas críticas destaque a este ponto. Além disso, na ausência de qualidades no roteiro do filme, resta elogiar o aspecto técnico, porque, nisso, Peter Jackson é realmente mestre. (Marcos Nunes Carreiro)
Iúri Rincon Godinho Os regimes totalitários de esquerda ou direita diferem no conteúdo mas se assemelham na forma. Um traço comum é a intolerância com a imprensa, que — numa metamorfose quase sempre mais imaginária que real — se transforma em inimigo a ser combatido. Na vizinha Argentina, a presidente Cristina Kirchner (e antes dela o marido Néstor) trava uma guerra judicial contra o grupo que edita o diário “Clarín”. No Brasil, o neototalitarismo civil do PT volta e meia tenta emplacar leis para calar a imprensa. Quando não dá, parte para a tentativa de comprar a opinião de jornalistas, veículos e blogs. Na medieval Alemanha nazista, o governo simplesmente mandava quebrar as redações e colocava os “do contra” na cadeia ou em um dos vários e famigerados campos de concentração. Mais fácil e rápido. Em Munique, um pequeno jornal socialista, o “Münchener Post”, acompanhava os primeiros passos do partido nazista desde 1920. A história é contada em “A Cozinha Venenosa — A História do Münchener Post, o Principal Inimigo dos Nazistas na Alemanha”, da brasileira radicada naquele país Silvia Bittencourt. Logo o “Münchener” identificou — tarefa fácil — o caráter antissemita nos discursos de Hitler, o que não podia ser considerado lá muito pecado pós-Primeira Guerra na Alemanha. Mas era um jornalzinho menor no caldeirão de dezenas iguais a ele que circulavam só na cidade de Munique nos anos 20 e 30. Em dificuldades constantes, vivia trocando de donos, editores, colaboradores e jornalistas. Sua acanhada sede devia rescender cigarro e suor. A redação vivia sendo atacada de tempos em tempos pelos nazistas. Ferido, o jornal parecia ter 70 vidas. Mas, quando Hitler assumiu a chancelaria do Reich (similar à Presidência da Alemanha), em 1933, em pouco mais de um mês o “Münchener” foi literalmente quebrado. Só trabalhavam na redação 10 jornalistas e a publicação não chegava a 20 mil exemplares. Pouco importava, portanto, o tamanho do jornal, mas a força das palavras e a defesa do socialismo — chamava Hitler de “bacilo venenoso” e usava o humor para destruir as intenções belicistas do chanceler, classificando-o de “arremessador piolhento de lama”. Nas charges, retratava os líderes do partido nazista de forma humilhante — como levando chutes na bunda, por exemplo, ou estatelados no chão. Talvez o jornal não tenha sido, como diz o subtítulo do livro, o “principal inimigo” de Hitler, mesmo porque estava longe de Berlim, centro do poder e do Reichstag, o Parlamento alemão. Talvez nem o mais perseguido. Mas é simbólico por não ter abandonado a denúncia antinazista e circulasse em Munique, de onde o partido e seu líder emergiram para o poder. Se fosse em outro país, outra época, com certeza o “Münchener” também seria perseguido da mesma forma. Mas pagou caríssimo o preço pela audácia e insistência, durante o nazismo, o pior dos laboratórios de maldades do século 20 — ao lado do stalinismo e do maoísmo. Iúri Rincon Godinho é publisher da Contato Comunicação, poeta, jornalista e pesquisador da história de Goiás.
Iúri Rincon Godinho Quando a Segunda Guerra Mundial acabou, em 1945, a Alemanha e o Japão estavam destruídos. A dor japonesa deve ter sido maior, pois o país se vangloriava de, em três mil anos, jamais ter perdido uma batalha. A humilhação do imperador, tratado pelo povo como Deus, ajudou a derrubar os ânimos mais pétreos. Mas no mundo ocidental essa história é pouco conhecida, motivo pelo qual “Showa — A History of Japan: 1939-1944”, do combatente Shigeru Mizuki, se tornou um clássico pela maneira desapaixonada de tratar o conflito e pela coragem de expor o lado dos soldados que foram para a frente de batalha — um assunto por muito tempo tabu no Japão. É apenas o primeiro volume, ainda sem tradução em português, de um relato sem emoção dos abusos que os soldados rasos japoneses enfrentavam por parte dos oficiais. No país, quadrinhos é uma arte no mesmo patamar dos maiores clássicos no tradicional formato de livro. E Shigeru é um mestre do mangá, quase no mesmo nível de Osamu Tezuka — que inclusive tem uma história fantástica de duas pessoas chamadas Adolf, na Alemanha nazista. Em "Showa", Mizuki revela que muitos colegas não queriam se tornar kamikazes e jogar seus aviões com eles mesmos dentro contra alvos inimigos. Todos amavam o imperador, mas o mito dos soldados que corriam de boa-vontade no rumo do inimigo carregados de granadas nunca foi unanimidade. Logicamente, para quem estuda o assunto, o "fantasma" do soldado japonês que só se entregava morto foi criado e fomentado mais pelos ocidentais do que pelo exército imperial do Japão. Shigeru perdeu a mão na guerra. Logo a direita, a do desenho. Sem problema. Aprendeu a desenhar com a esquerda e hoje é um mestre cultuado. Pelo nível de "Showa" merece mesmo. Iúri Rincon Godinho é publisher da Contato Comunicação, poeta, jornalista e pesquisador da história de Goiás.

[caption id="attachment_16473" align="alignleft" width="620"] Reprodução[/caption]
Moderno e, sobretudo, eterno no Brasil só mesmo Carlos Drummond de Andrade e, quem sabe, João Gilberto. Na TV Globo, quase eternos são mesmo o divertido Didi e o vivaz Jô Soares (que, para reduzir custos, não terá o programa mais gravado ao vivo nem terá plateia). Xuxa, que parecia o Didi de biquíni, foi defenestrada e está a caminho da TV Record.
É uma decisão do Grupo Globo: salários acima de 1 milhão de reais, nunca mais. Faustão, com o complemento da publicidade, recebe 4 milhões por mês. William Bonner, apresentador e editor-chefe do “Jornal Nacional”, e Galvão Bueno, estrela-mor do jornalismo esportivo da TV Globo, recebem salários superiores a 1 milhão de reais. Assim como noutras praças mundiais, a TV Globo teria decidido que, mesmo com audiência alta, seus profissionais não mais receberão salários de tempos de crescimento econômico acima de 5%. Renata Vasconcelos, nova apresentadora do “Jornal Nacional”, não recebem nem 30% do que fatura seu colega de bancada, Bonner. Seu salário é menor do que o da ex-apresentadora Patrícia Poeta. Ainda assim, os salários da Globo são os maiores do mercado, com direito a bonificação, em dezembro. A Globo, que antes tinha um política de segurar profissionais, para não permitir que fossem contratados pela concorrência, agora decidiu que vai liberá-los. Xuxa foi afastada e a Globo por certo agradece a Record por contratá-la.
Numa entrevista à revista “Veja”, Bernardinho, o campeoníssimo técnico da seleção de vôlei, fala de corrupção na área esportiva e de um câncer maligno que uma equipe médica extirpou do rim direito. Leia um trecho: “Ainda não sei que desdobramento vai ter, mas faço aqui uma revelação. Cheguei do Mundial na Polônia e num exame de rotina descobri um tumor no rim direito. Nele havia células malignas. Extirpei o tumor e estou aparentemente bem. A cirurgia completou três meses. Fico ruminando essa história, porque há um ano e dez meses não tinha problema de saúde. Mas a irresponsabilidade vai te maltratando e maltratando. O médico do Hospital Sírio-Libanês que me atendeu disse assim: "O que tirei do seu corpo é uma metáfora do que deve ser extraído do país". A sensação que tenho hoje é essa mesmo: tudo o que está acontecendo com o vôlei é uma pequena célula doente de um organismo. Pode haver mais”.

Para o prefeito de Araguaína, o fortalecimento das legendas brasileiras passa pela tão falada reforma política. Porém, diz que as mudanças necessárias esbarram nos interesses pessoais de quem está no Congresso Nacional
A presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins, desembargadora Ângela Prudente, oficializou o ingresso do Judiciário na Metrotins (Rede Metropolitana Comunitária de Ensino e Pesquisa de Palmas), que visa interligar, por meio de fibras ópticas, todo o complexo do Poder Judiciário na Capital (Tribunal de Justiça, Corregedoria-Geral, Fórum de Palmas, Esmat e Anexo II). Com uma velocidade de 10 Gigabytes, será possível fazer a transferência de dados de forma rápida e ainda mais segura. “Por sua relevância, o Metrotins se tornou um projeto estratégico para o Poder Judiciário e, a partir de agora, vai garantir mais segurança e agilidade na transferência dos dados da Justiça”, sustentou a presidente do TJ Tocantins. A rede é coordenada pela Universidade Federal do Tocantins (UFT) e integrada por oito instituições estaduais e federais. A transmissão dos dados do Judiciário será feita por fibra óptica exclusiva da Justiça.
Para punir de forma mais dura aquele que se omite em casos de tortura, o deputado federal César Halum (PRB-TO), apresentou Projeto de Lei que, segundo ele, tem o objetivo de corrigir falhas da Lei nº 9.455/1997, que define os crimes de tortura, de modo a equiparar, para fins de punição, tanto quem comete os crimes como quem se omite, podendo evitá-los. “Nós vimos recentemente, o caso de uma criança que era torturada pelo padrasto e a mãe nada fazia, mesmo sabendo de todos os casos de agressão à menina. Hoje, o padrasto se encontra detido, porém a mãe está em regime aberto. Não acho justo com a vítima”, explicou o parlamentar. No texto, Halum sugere aumentar de um para quatro anos de detenção a pena aos cúmplices, tornando o crime hediondo e inafiançável. “A ideia central é que quem se omite seja punido tão severamente quanto quem comete o ato, porque a meu ver é uma omissão criminosa”, observou.

[caption id="attachment_23964" align="alignleft" width="620"] Clenan Renaut: meta é garantir liberdade ao Ministério Público[/caption]
O novo Procurador Geral de Justiça, Clenan Renaut de Melo Pereira, disse que trabalhará em prol do fortalecimento institucional do MPE e no enfrentamento das desigualdades sociais, da corrupção e do crime organizado. Ele, que assumiu o comando do órgão recentemente, destacou a meta de dar maior ênfase ao controle externo da atividade policial, exercido pelo Ministério Público, exigindo-se uma efetiva investigação dos crimes e a conclusão dos inquéritos nos prazos legais.