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Marisa Marques Cardoso Gomes tinha câncer. O velório começa às 16h30, no Cemitério Jardim das Palmeiras
Dirigentes sugerem que crise afetou de maneira intensa o jornal, que, apesar de ter feitos cortes, enfrenta graves problemas financeiros

Biografia mostra que há dois magos: o do diálogo, como diz o título, e a da narrativa, a jornalista Carla Monteiro
Nilson Gomes
A jornalista Carla Monteiro lança na quarta-feira, 16, no Palácio das Esmeraldas, o livro “Ageu Cavalcante: Mago do Diálogo”. É uma história como tantas, de um imigrante que veio do Piauí para Goiânia e se deu bem. A diferença está no talento de Carla para narrar e na habilidade de Cavalcante para articular politicamente: chegou a vereador e sindicalista com diversos mandatos. A obra tem o prefácio do governador Marconi Perillo, que vê o biografado “no hall dos grandes nomes de Goiás”. O texto de Marconi resume o volume e a trajetória em dois tuítes:
1 — “Ageu chegou aqui aos 18 anos, trazendo consigo apenas o sonho de vencer na vida.”
2 — “Descobriu que a maior riqueza de um homem é o respeito de seus amigos.”
Além de Marconi (juntos se filiaram ao PSDB em 1995), Ageu cruzou o seu caminho com o de diversos outros personagens da política goiana. Sua versão dos acontecimentos está no livro, após entrevistas da autora com políticos como os petistas Marina Sant’Anna e Pedro Wilson. Carla dá detalhes de articulações da Câmara de Goiânia, na qual Ageu ficou por duas décadas, como a que livrou de investigações o então prefeito Daniel Antônio na intrincada sucessão do governador Iris Rezende (hoje prefeito de Goiânia) nos anos 1980.
Também está no roteiro a ministra do Tribunal Superior do Trabalho Delaíde Arantes, que trabalhou com Ageu no Sindipetro (a entidade que reúne os empregados em postos de combustíveis) e lhe entregou a carteira da OAB há 30 anos.
De Corrente, sua cidade natal, Ageu trouxe os ensinamentos do pai, João Lemos Paraguassú, como “jamais morder as mãos de quem as estende para você” — ou tu, em bom nordestinês. Carla revela que Ageu pronunciava para si mesmo um mantra antes de escrever as proposições no Legislativo: “Me dê sentido e me afaste do absurdo”. São palavras em falta atualmente — falta, inclusive, de sentido.
Carla dedica as últimas 90 páginas do livro de 340 a fotos e láureas de Ageu, que é até nome de rua (na Vila Maria, em Aparecida). Volta a cada dois meses a Corrente e, no ano passado, quase que o retorno foi triunfal: líderes locais o queriam candidato a prefeito. Recusou. Por um mínimo Carla não faz a biografia de um prefeito do Sul do Piauí, o que reduziria o alcance: Ageu é muito mais do que isso, pois suas mágicas ao dialogar o levaram ao centro da política no Estado de Goiás. Mas, se tivesse sido candidato e eleito, Carla noticiaria os programas recém-lançados pelo prefeito: o livro é tão atualizado que ela noticia até a morte de um tio de Ageu, em junho passado.
Ageu é um bom papo e Carla deve ter se deliciado com essas conversas no convívio para redigir o livro, inclusive na recente viagem a Corrente, já neste ano, que rendeu boas imagens editadas no livro. O ex-vereador ganhou na rifa ao vir para Goiânia e na Mega Sena acumulada quando sua história caiu nas mãos de uma grande profissional: trata-se de uma jornalista de primeira grandeza, ótima para investigar, excelente em pautas, enfim, o apogeu para alguém que buscou o ápice na política e o alcançou na escolha da autora de seu volume biográfico.
No livro, Carla conta que “Ageu nutre o desejo de ser eterno, pois tem pânico da morte”. Acaba de conseguir o improvável intento: nas prateleiras de Goiás haverá sempre a obra de Carla com seu retrato na capa, sorridente, recebendo uma comenda.

Ronaldo Siqueira da Silva publicou um livro em 2001 e em 2004 um de seus contos apareceu no livro “Momento de Fé”, do religioso da Igreja Católica
O padre Marcelo Rossi, embora não seja um estilista da Língua Portuguesa, é um escritor prolífico. Reportagem de Francisco Edson Alves, do jornal “O Dia”, o aponta como “plagiário”. O escritor Ronaldo Siqueira da Silva publicou o livro “O Eremita Urbano”, com 50 contos, em 2001. Há registro do conto “O homem e a água” feito em 1999 no Escritório de Direitos Autorais da Fundação Biblioteca Nacional, sob o número 172.467. O mesmo texto “foi publicado no livro ‘Momento de Fé’, lançado por Marcelo Rossi, em 2004, e em um CD, sem referência ou crédito” à autoria anterior.
[caption id="attachment_102439" align="aligncenter" width="620"] Registro de texto de Ronaldo Siqueira feito em 1999 no Escritório de Direitos Autorais da Fundação Biblioteca Nacional, sob o número 172.467.[/caption]
Ronaldo Siqueira acusou o padre Marcelo Rossi de “plágio” e o processou por danos morais e materiais, em 2012. Mas a juíza Camila Quinzani, da 1ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, sentenciou que “a pretensão” de Ronaldo Siqueira está “prescrita”. “O autor tinha três anos para apelar, conforme o artigo 206 do Código Civil, mas ele só recorreu oito anos depois da publicação de ‘Momento de Fé’. Agora, Ronaldo procura uma suposta alternativa judicial para tentar novo processo”, publica “O Dia”. Porque, segundo o jornal, a magistrada chegou a admitir que o plágio é real.
“Fica difícil entender a posição de Marcelo Rossi, quanto à ética, principalmente diante de Deus, que tudo vê e sabe”, afirma Ronaldo Siqueira. Ele sustenta que “não é certo” o que Marcelo Rossi fez com ele. “No futuro, imagino, meus netos vão pensar que eu é que plagiei Marcelo Rossi.”
A réplica do padre Marcelo Rossi, feita por sua assessoria jurídica, não entra no mérito do plágio. “O autor sequer recorreu da decisão, que transitou em julgado. Por conta disso, o autor não poderá demandar novamente contra o padre, pois deve ser observado o princípio da imutabilidade das decisões, bem como da coisa julgada, princípios consagrados na Constituição Federal”, afirma nota do religioso. Os advogados frisam que o objetivo da retomada do assunto é “constranger o padre”.
Mais justo e ético seria o padre Marcelo Rossi explicar a existência ou não de plágio.
Leia MAIS sobre padre Marcelo Rossi no link:
https://jornalopcao.com.br/colunas-e-blogs/imprensa/biografia-explica-por-que-marcelo-rossi-se-tornou-o-paulo-coelho-da-igreja-e-revela-sua-depressao-60258/

Petista diz que William Bonner terá de pedir desculpas ao “presidente Lula”, mas esquece de dizer que tem de pedir desculpas ao povo brasileiro

Polêmica e posicionada, a dupla pretende fazer um jornalismo diferenciado e contundente na televisão goiana

O prefeito Iris Rezende adotou o projeto do parlamentar por considerá-lo “brilhante”. Mas o jornal sugere que são “duas” as propostas

O crítico defende Josué Montello, Mário Palmério (que seria melhor do que Guimarães Rosa), Loyola Brandão e critica Clarice Lispector, Lygia Fagundes Teles, Raduan Nassar e os concretistas
Lucas Berlanza lança o “Guia Bibliográfico da Nova Direita: 39 Livros Para Compreender o Fenômeno Brasileiro” (Resistência Cultural, 256 páginas). O jornalista exibe a nova direita patropi, seu ideário e suas matrizes filosóficas, que podem ser buscadas em Edmund Burke, Hayek, Mises, José Guilherme Merquior, Olavo de Carvalho, Meira Penna, Roger Scruton, Russell Kirk e Roberto Campos.

“Um Olho na Bola, Outro no Cartola — O Crime Organizado no Futebol Brasileiro” (Planeta, 256 páginas), do senador Romário, mostra com o banditismo tomou conta do esporte preferido dos brasileiros. O ex-jogador investigou, via CPI, o processo de enriquecimento de grupos de dirigentes esportivos do país.

O americano é especialista só em boxe, o que fará a diferença. O irlandês luta bem boxe, mas não é tão craque quanto o rival

Maria Vanessa Veiga Esteves, do Ministério da Cultura, havia sido coordenadora do GNT e editora da TV Cultura
Contrariando os que anunciam a morte da imprensa, surgem novos veículos impressos no Brasil, como as revistas “Bravo!” e “451”
Donos de bancas informam que o jornal do Rio de Janeiro é "bem vendido" na capital goiana
“O Globo” voltou a circular em algumas bancas de Goiânia. Superado o problema com o distribuidor, o principal jornal do Rio de Janeiro esgota-se facilmente nas bancas. A capital goiana recebe poucos exemplares e raramente há devolução de algum exemplar. Nas bancas da Praça Tamandaré e do Parque Vaca Brava, a procura pelo jornal "é grande".
Depois de uma fase de paixão pelo digital, os dirigentes dos jornais voltaram a acreditar no impresso.
O jornalista vai para outra rede de televisão, como a TV Record? Não há nada sobre o assunto. No momento, ele prefere brincar que vai para a Espanha