Ronaldo Siqueira da Silva publicou um livro em 2001 e em 2004 um de seus contos apareceu no livro “Momento de Fé”, do religioso da Igreja Católica

O padre Marcelo Rossi, embora não seja um estilista da Língua Portuguesa, é um escritor prolífico. Reportagem de Francisco Edson Alves, do jornal “O Dia”, o aponta como “plagiário”. O escritor Ronaldo Siqueira da Silva publicou o livro “O Eremita Urbano”, com 50 contos, em 2001. Há registro do conto “O homem e a água” feito em 1999 no Escritório de Direitos Autorais da Fundação Biblioteca Nacional, sob o número 172.467. O mesmo texto “foi publicado no livro ‘Momento de Fé’, lançado por Marcelo Rossi, em 2004, e em um CD, sem referência ou crédito” à autoria anterior.

Registro de texto de Ronaldo Siqueira feito em 1999 no Escritório de Direitos Autorais da Fundação Biblioteca Nacional, sob o número 172.467.

Ronaldo Siqueira acusou o padre Marcelo Rossi de “plágio” e o processou por danos morais e materiais, em 2012. Mas a juíza Camila Quinzani, da 1ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, sentenciou que “a pretensão” de Ronaldo Siqueira está “prescrita”. “O autor tinha três anos para apelar, conforme o artigo 206 do Código Civil, mas ele só recorreu oito anos depois da publicação de ‘Momento de Fé’. Agora, Ronaldo procura uma suposta alternativa judicial para tentar novo processo”, publica “O Dia”. Porque, segundo o jornal, a magistrada chegou a admitir que o plágio é real.

“Fica difícil entender a posição de Marcelo Rossi, quanto à ética, principalmente diante de Deus, que tudo vê e sabe”, afirma Ronaldo Siqueira. Ele sustenta que “não é certo” o que Marcelo Rossi fez com ele. “No futuro, imagino, meus netos vão pensar que eu é que plagiei Marcelo Rossi.”

A réplica do padre Marcelo Rossi, feita por sua assessoria jurídica, não entra no mérito do plágio. “O autor sequer recorreu da decisão, que transitou em julgado. Por conta disso, o autor não poderá demandar novamente contra o padre, pois deve ser observado o princípio da imutabilidade das decisões, bem como da coisa julgada, princípios consagrados na Constituição Federal”, afirma nota do religioso. Os advogados frisam que o objetivo da retomada do assunto é “constranger o padre”.

Mais justo e ético seria o padre Marcelo Rossi explicar a existência ou não de plágio.

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