Opção cultural

Livro
De 2012, o livro ganha reedição. A obra reconta a história do Brasil desde as raízes da colonização, narrando aqueles fatos considerados importantes. História do Brasil Autor: Boris Fausto Preço: R$ 84,10 - Edusp
Música
“Burning Bridges” é o primeiro álbum dos roqueiros de New Jersey, desde “What About Now”, de 2013. “Saturday Night Gave Me Sunday Morning” já é hit nas rádios.
Burning Bridges
Intérprete: Bon Jovi
Preço: R$ 33,90 - Universal Music
Filme
Homem de Ferro, Capitão América, Thor, Hulk, Viúva Negra e Gavião Arqueiro se reúnem mais uma vez contra o monstro de inteligência artificial, Ultron.
Vingadores – Era De Ultron
Direção: Joss Whedon
Preço: R$ 39,90 - Buena Vista
O premiado espetáculo “Bem do Seu Tamanho” tem sua trilha sonora original executada ao vivo; e “Um dia qualquer” tem no elenco a atriz Dida Camero da novela Verdades Secretas (Rede Globo) [gallery type="slideshow" size="full" ids="45341,45342,45343"] Durante o mês de setembro, o Teatro Sesc Centro recebe três peças nacionais na sua programação: “Vidma, a menina trança-rimas” e “Bem do seu tamanho” do Núcleo Caboclinhas de São Paulo e “Um dia qualquer” do Coletivo de Ideias para Por em Prática do Rio de Janeiro. As peças do Núcleo Caboclinhas serão apresentadas nos dias 12 e 13 de setembro, às 17h. O espetáculo "Um dia qualquer", do Coletivo de ideias para por em prática, será apresentado nos dias 26 e 27 de setembro, às 20h. Caboclinhas “Vidma, a menina trança-rimas” é inspirado no livro “Caldeirão de Poemas 2”, de Tatiana Belinky. O espetáculo conta a história de Vidma, uma menininha que mora em um lugar muito frio com sua família. Cheia de criatividade, ela vive a inventar poemas divertidos para ilustrar o cotidiano de sua casa, desde broncas até brincadeiras. Apaixonada pelo mundo das bruxas, a menina acredita sua mãe seja uma delas – principalmente quando experimenta sua sopa, que acha muito ruim – e sempre encontra uma brecha para declamar “limeriques” de diversos bruxos e bruxas que já conheceu em sua imaginação. A montagem “Bem do Seu Tamanho” é baseada no livro de Ana Maria Machado. A peça foi vencedora na categoria Melhor Espetáculo Infanto-Juvenil, no Festival Ipitanga de Teatro da Bahia, em 2014. A história revela as inquietações da menina Helena que ora é considerada pelos pais muito pequena para realizar certas coisas, ora grande demais para outras. Dirigido por Edu Silva, o trabalho reúne no palco as atrizes Aline Anfilo, Geni Cavalcante, Giuliana Cerchiari e Luciana Silveira, que se revezam no papel de Helena, pais e outros personagens. A peça tem trilha sonora original, executada ao vivo. O Núcleo Caboclinhas nasceu em 2005, da união de profissionais interessados em pesquisar a cultura popular brasileira. O grupo resgata a tradição dos atores brincantes, busca inspiração em músicas, cantos literatura, mitos e narrativas tradicionais de vários cantos do Brasil. Para Por em Prática O espetáculo "Um dia qualquer" do Coletivo de Ideias para Por em Prática é assinado por Julia Spadaccini, roteirista do programa “Tapas e Beijos” (Rede Globo). Em 2013, a autora foi indicada ao Prêmio Shell de Melhor Autor por duas peças: “Aos domingos” e “A porta da frente”, conquistando a distinção pela segunda. O elenco é composto por Dida Camero (que interpreta a personagem Lurdeca na novela Verdades Secretas da Globo), Anna Sant´Ana, Leandro Baumgratz e Rogério Garcia. Em “Um dia qualquer”, Julia escreve sobre um encontro entre um executivo, uma professora de inglês, um ator que trabalha com animação de festas e uma enfermeira de pacientes terminais. Eles dividem histórias de suas vidas e se divertem com esse momento inusitado. O amor e as relações superficiais que vivemos, a competição acirrada no trabalho, a frustração do sonho de genialidade artística e a proximidade cotidiana com a morte são alguns dos temas deste “dia qualquer”. Serviço Espetáculo “Vidma, a menina trança-rimas” Núcleo Caboclinhas (SP) Data: 12 de setembro Horário: 17h Espetáculo “Bem do seu tamanho” Núcleo Caboclinhas (SP) Data: 13 de setembro Horário: 17h Espetáculo “Um dia qualquer” Coletivo de Ideias para Por em Prática (RJ) Data: 26 e 27 de setembro Horário: 20h Ingressos: R$ 10 (comerciários e dependentes) e R$ 30, inteira

A turnê “Pelo Brasil” propõe uma travessia musical que exalta alguns dos ritmos brasileiros mais representativos; como choro, baião, maracatu e, dentre outros, o samba
[caption id="attachment_45336" align="alignnone" width="620"] Reprodução[/caption]
O Teatro do Centro Cultural da Universidade Federal de Goiás (CCUFG) recebe o espetáculo imperdível de Hamilton de Holanda, o “Jimi Hendrix do bandolim”, em sua turnê “Pelo Brasil”, que atravessa os 12 estados do país. A apresentação de Hamilton no CCUFG terá repertório baseado em composições autorais inéditas, como “Carimbobó”, “O jumento e a capivara”, “Sambaíba”, “O Amor e a canção”, “A escola e a bola”, “Chama lá” e “Frevinho”.
O projeto “Pelo Brasil” propõe uma travessia musical que exalta alguns dos ritmos brasileiros mais representativos; como choro, baião, maracatu e, dentre outros, o samba. Nas palavras do próprio artista, o objetivo é “levar a minha música de forma acessível a todos os recantos possíveis. Estou muito feliz por este novo desafio, que me alimenta e abre novos horizontes”.
Com 17 anos de profissão, Hamilton é um transgressor do instrumento e criador de uma técnica revolucionária, o bandolinista contagia plateias em turnês por todo o mundo, construindo uma carreira de inúmeros prêmios, de uma música focada na beleza e na espontaneidade. Hamilton é um músico que une tradição e modernidade passando com tranquilidade pelas mais diferentes formações (solo, duo, quinteto, orquestra).
Serviço
Show “Pelo Brasil” de Hamilton de Holanda
Data: sábado, 12 de setembro
Horário: 20h
Local: Centro Cultural UFG
Ingressos: R$ 20, meia entrada

[caption id="attachment_45332" align="alignnone" width="620"] Reprodução | Tumblr[/caption]
Paulo Lima
Especial para o Jornal Opção
A moça mal recebeu o folheto na calçada e já ia jogando fora quando percebeu algo que lhe interessava. “Odara, dona de muitos poderes, faz e desfaz qualquer trabalho. Traz seu amor de volta.” Obcecada, foi logo correndo ao local anunciado.
Era bem perto da sua casa. Estranhou nunca ter reparado naquela porta de ferro e vidro com uma plaquinha em cima com o mesmo nome descrito no papelzinho. Entrou. Uma senhora bem alta, gorda e sorriso de orelha a orelha, com roupas largas em tom azul escuro e laranja, cheias de pano solto e um turbante, a recebeu com as duas mãos estendidas, agarrando as dela logo na entrada.
― Como vai, querida? Em que posso lhe ajudar?
Meio sem graça, respondeu:
― Eu o li o seu folheto e queria muito...
― Já sei! Vem, senta aqui comigo. Procurou a pessoa certa!
Puxou a cadeira e se sentou de frente pra ela, numa mesinha redonda com uma bola de cristal no centro.
― Então... ― continuou ― Aqui diz, entre outras coisas...
A senhora atalhou:
― Traz seu amado de volta! É isso que você quer não?
Surpresa, de sua boca só saiu um "É...".
O diálogo pegou ritmo de vez.
― Como ele se chama?
― Leo.
― Leonardo, Leonel...
― Só Leo.
― Tá. E há quanto tempo ele se foi?
― Dois anos.
― Muito tempo... Nunca mais soube dele?
― Não.
― Por que ele desapareceu de sua vida?
― Ah... Tenho certeza de que foi por causa daquela cachorra... Ai que ódio!
─ Não! Nada disso. O ódio não leva a lugar algum. Confie em mim. A gente traz o seu Leozinho de volta.
― E quanto isso vai me custar?
― Quanto você esta disposta a pagar?
― Se a senhora conseguir, eu juro que te dou 5 mil reais!
― Hmmmm...
A vigarista procurou se fazer de difícil, enquanto se controlava para não pegar logo a rua e ir pessoalmente atrás do desaparecido com uma coleira na mão. Cinco mil era uma senhora grana.
― Escuta, minha filha, eu preciso pensar... Tenho muitos poderes, mas dois anos é muito tempo. Não sei se consigo, mas por você eu vou fazer o possível. Vou começar os trabalhos ainda hoje, ok? Volte amanhã neste mesmo horário e falaremos mais sobre o seu amado. Pode ser?
Para quem esperava há tanto tempo, um dia a mais não faria tanta diferença.
― Pode, sim. Até amanhã.
Enquanto a moça ganhava a rua, a velhaca ia costurando um plano. “Essa tá a fim de gastar. Tenho que aproveitar a deixa. Amanhã, vou colocar mil e uma dificuldades, dobrar o preço e pedir 50% de entrada. Digo para retornar uma semana depois e faço como o tal do Leozinho: caio fora! O aluguel tá vencendo e esse ponto é muito ruim.”
No dia seguinte, uma garota entusiasmada chega, toca a campainha e já vai entrando.
― A senhora é realmente muito poderosa! Vim lhe pagar o que devo.
Abriu a bolsa e depositou três maços de notas de 100 e 50 sobre a mesa.
― Minhas amigas vão fazer fila na sua porta depois que souberem...
A velha tentava disfarçar simulando humildade, mas no fundo não estava entendendo bulhufas.
― Imagine só: acordei de madrugada e olha quem tava lá na minha varanda, fazendo serenata, feliz de me ver?
― O Leo, claro! ― emendou a bruxa, tirando proveito da situação.
― O próprio!
Dizem que a sorte acaba sorrindo pra todo mundo. Aconteceu com a dona poderosa. Um mês antes, a cachorra que havia tirado o Leozinho do caminho da mocinha havia morrido. Passado o luto, ele resolveu voltar para a sua ex. E graças à bruxa ― quer dizer, ao destino ― sua cliente e seu amado cãozinho estavam novamente em lua de mel.
Paulo Lima é redator publicitário desde 1988, caminhando para 26 anos de atividades ininterruptas. Contista por natureza, vocação ou sina, escreve desde mini contos a contos maiores. Nesse balaio, inclui algumas crônicas.

Olha quem já está por aqui. Que tal dar play e descobrir as músicas mais tocadas na redação do Jornal Opção? Baden Powel e Vinícius de Moraes – Canto de Ossanha Creedence Clearwater Revival – Fortunate Son Dirty Vegas – Save A Prayer Mumford & Sons – Babel Old Crow Medicine Show – Wagon Wheel One Direction – Drag Me Down P!nk – Today's The Day The Weeknd – Can't Feel My Face

No recém-lançado longa, a atriz vive uma roqueira cinquentona que, após ter largado a família para viver o sonho de estrela de rock, tenta salvá-la
[caption id="attachment_45321" align="alignnone" width="620"] Reprodução[/caption]
Tacilda Aquino
Especial para o Jornal Opção
Quem acompanha a carreira de Meryl Streep sabe que não é exagero chamar a atriz de Super Meryl. Afinal, ela já fez de tudo no cinema: uma bruxa e uma primeira ministra e, até mesmo, mães às voltas com os problemas familiares em filmes, como no recente “Álbum de Família” (com Julia Roberts) e em “Um Amor Verdadeiro” (de 1998), no qual contracena com Renee Zellweger.
Com 66 anos, mais de setenta filmes, três Oscar e outras dezesseis indicações como Melhor Atriz e Melhor Atriz Coadjuvante, ela bem que poderia ficar em casa, colhendo os frutos de seu trabalho, vivendo de renda ou ajudando a alavancar a carreira de duas filhas atrizes, uma executiva de marketing e um filho músico. Ou, ainda, curtindo o marido Don Gummer, com quem é casada há mais de 35 anos.
Pensando assim, por que ver “Ricki and the Flash – De Volta Para Casa”? Para ver mais do mesmo? Não mesmo. Porque Super Meryl gosta de ir além e vê-la em ação é sempre gratificante. É como comprar toda a discografia de um cantor do qual se é fã. O disco pode nem ser grande coisa, mas a gente curte ouvir a voz do dito cujo, independentemente do que ele esteja cantando.
No caso do mais recente filme da Super Meryl, há outros aspectos que merecem atenção. Um deles é a reunião do diretor Jonathan Demme e da roteirista Diablo Cody, que têm suas carreiras associadas a histórias agridoces sobre personagens fora do padrão social que tentam se adaptar, ou ao menos conviver, com o mundo careta ao redor.
Parecia natural, portanto, que um dia os caminhos do veterano diretor de “Totalmente Selvagem” (1986) e da jovem autora da história de “Juno” (2007) e “Jovens Adultos” (2011) um dia se cruzassem em Hollywood. Este encontro aconteceu em “Ricki and the Flash – De Volta pra Casa”.
Aqui, Meryl é a roqueira cinquentona Ricki Rendazzo que, à noite, toca com a banda The Flash em um bar de uma cidadezinha do vale de São Fernando, na Califórnia, e, de dia, trabalha como caixa de mercado. Os fãs são alguns gatos pingados que – como eu –, curtem clássicos do rock e artistas como Bruce Springsteen, Tom Petty e outros nem tão clássicos assim, como Pink e Lady Gaga.
Assim, só para ouvir Meryl cantando “American Girl”, de Tom Petty; “My Love Will Not Let You Down”; de Bruce Springsteen; “I Still Haven't Found What I'm Looking”, do U2; “Get The Party Started”, de Pink – além de uma versão super cool de “Bad Romance”, de Lady Gaga já valeu a pena ter assistido “Ricki and the Flashes”.
Além das músicas interpretada pela banda, ainda se pode ouvir na trilha sonora artistas como Lucinda Williams, com “Walk On”, Emmylou Harris, em “Here I Am”, Henry Wolfe, com “For The Turnstiles” e The Feelies, em “Paint It Black”. A parte boa do filme é essa. Fora dos palcos, o filme não anda tão bem assim. O roteiro é muito pobre.
A líder do grupo mantém um romance meio enrolado com seu guitarrista Greg, o roqueiro Rick Springfield. Um telefonema vai revelar que a protagonista tem uma família: o ex-marido e também executivo bem-sucedido Pete, interpretado por Kevin Kline, liga para avisar que a filha do casal está em depressão porque seu casamento desmoronou. Ao cruzar o país para rever Julie, interpretada por Mamie Gummer (filha de verdade de Meryl), Ricki será confrontada pelo passado e pela opção de ter largado o lar e os três filhos para ir atrás do sonho de virar uma estrela do rock.
Ainda que coloque em discussão o senso comum a respeito do papel feminino dentro da família e provoque ao mostrar como a sociedade tolera os excessos dos roqueiros homens e condena essas mesmas atitudes das mulheres, falta ao filme a densidade dramática de “O Casamento de Rachel” (2008), outro longa em que Jonathan Demme mostra o reencontro de uma família disfuncional.
Fora dos palcos, um dos pontos altos de “Ricki and the Flash” é a química entre Meryl Streep e Kevin Kline. Eles já trabalharam juntos em “A Escolha de Sophia” (1982). Mamie Gummer, como a filha problemática, é uma boa surpresa do filme. Filha de Streep na vida real, a atriz não se permite ofuscar pela presença da mãe e conquista seu próprio espaço na tela, trazendo uma personagem desequilibrada, sarcástica e muito divertida.
Assista o trailer do filme.

Referência musical de Gilberto Gil, a artista se apresenta na Pizzadas da Geppetto
[caption id="attachment_45193" align="alignleft" width="300"] Divulgação[/caption]
No sábado, 12, completando mais uma edição das Pizzadas da Geppetto, Bel Maia, cuja suavidade navega entre sambas, bossas, xotes, reggae, tece com desenvoltura sua personalidade musical na Oficina Cultural Geppetto. A premiada musicista é uma artista que vive descobrindo e conquistando os espaços onde possa criar e se expressar. Já lançou quatro álbuns autorais e independentes e dois DVDs.
Seus trabalhos fonográficos estão sendo vendidos no Japão, na Alemanha, França, Espanha, Reino Unido e nos Estados Unidos. Seu disco ”Água no Balde” teve apresentação de Gilberto Gil e participação especial de Junior Marvin, do The Wailers.
“A voz dependurada num galho não tão alto da árvore sonora está ao alcance fácil dos nossos dedos-ouvidos. Ela canta pra gente ali do batente do meio, sem que seja preciso subir toda a escada que leva ao topo das canções. Não carece que a gente estique o pescoço da atenção para alcançá-la lá no fundo do quintal de doces batuques armados nas barraquinhas de festa”, diz Gil.
Serviço
Show de Bel Maia e Banda
Data: 12 de setembro
Local: Oficina Cultural Geppetto
Valor: R$30,00 (adultos) - R$10,00 (crianças até 12 anos)
Classificação indicativa: Livre para todas as idades

Goiano erradicado em Brasília, o músico leva as raízes da musicalidade brasileira para os quatro cantos do mundo
[caption id="attachment_45185" align="alignleft" width="300"] Foto: Marcia Foizer[/caption]
Na sexta-feira, 11, a Pizzada da Oficina Cultural Geppetto vem diretamente de Brasília com um som marcado pela sonoridade de instrumentos como a viola caipira e a viola de cocho de Carlinhos Veiga, além de piano, violão, baixo, percussão e flauta de sua banda, é claro. O evento une rodízio de pizza, uma mostra da produção cultural contemporânea, um espaço agradável para encontrar e fazer novos amigos.
O premiado músico goiano, há dezoito anos erradicado em Brasília, já se apresentou em diversos palcos de cidades brasileiras e ainda percorreu Angola, Costa Rica, Portugal, Itália, EUA, dentre outros países. Em 2008, ele encerrou o show prévio do “Brazilian Day” em New York, no dia anterior ao festival, sendo aplaudido calorosamente pelo público nova-iorquino.
Carlinhos Veiga atuou por mais de doze anos no grupo musical Expresso Luz. O que marcou definitivamente o início de seu trabalho solo foi a premiação no BEG Natureza, promovido pelo extinto Banco do Estado de Goiás. Deste prêmio gravou o seu primeiro disco solo, o intitulado “Terra” (1995). O último trabalho produzido por Carlinhos foi o álbum “Parceiragens” (2014), fruto de um crowdfunding, feito por intermédio do site Catarse.
Show
Na sexta-feira, Carlinhos Veiga (voz, violão e viola caipira) será acompanhado dos músicos Felipe Viegas (piano e violão), Dido Mariano (baixo) e Leo Barbosa (percuteria). Participação especial de Cláudia Barbosa (flauta transversal). No repertório o público apreciará músicas autorais mescladas com canções de artistas como Tavinho Moura, Geraldo Azevedo, Almir Sater, Gustavo Veiga, Juraildes da Cruz entre outros. Um show que promete ser uma viagem sonora pelo Brasil.
Serviço
Show “Parceiragens” com Carlinhos Veiga e Banda
Data: 11 de setembro
Horário: 20h
Local: Oficina Cultural Geppetto
Valor: R$ 30 (adultos) e R$10,00 (crianças até 12 anos)
Classificação indicativa: Livre para todas as idades

A publicação será lançada na sexta-feira, 11, no auditório da PUC-GO, durante o I Simpósio de Qualidade e Custos na Saúde
O modelo de organizações sociais (OSs) ganha vez mais adeptos no Brasil. A demanda por qualidade, economicidade e transparência fez desse tipo de gestão uma alternativa às dificuldades do Estado em administrar os serviços públicos. O histórico dessa parceria acompanhado por uma reflexão acerca das implicações jurídicas e políticas são o assunto da obra “Organizações sociais: a construção do modelo”, do advogado goiano especialista em Terceiro Setor e Parcerias Público Privadas (PPPs), Rubens Naves.
A publicação será lançada na sexta-feira, 11, às 15h30, no auditório da Área 6 da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), durante o I Simpósio de Qualidade e Custos na Saúde – Gestão Governamental, OSs, Filantropia e Iniciativa Privada, promovido pelo do Instituto Sócrates Guanaes (ISG) e do Instituto Brasileiro para Excelência em Saúde (IBES).
O livro, publicado pela editora Quartier Latin do Brasil e já lançado na capital paulista, é dividido em três partes para apresentar os papeis do Estado e da sociedade civil no esforço para expansão e aprimoramento dos serviços públicos no País. O conteúdo inclui as diversas batalhas judiciais travadas desde as primeiras manifestações de membros do Supremo Tribunal Federal à denúncia de inconstitucionalidade da lei que criou as OSs.
[caption id="attachment_45178" align="alignright" width="300"]
Na obra, Rubens Naves procura reproduzir a trajetória inicial das Organizações Sociais, modelo que nasceu de uma iniciativa do Governo Fernando Henrique Cardoso[/caption]
“O livro conta uma história inacabada”, diz o autor e coordenador da publicação. Na obra, ele procura reproduzir a trajetória inicial das Organizações Sociais, modelo que nasceu de uma iniciativa do Governo Fernando Henrique Cardoso no período em que surgiu a chamada “Lei das OS”. Naves lembra que, após a criação das autarquias, fundações públicas e sociedades de economia mista, as OSs corresponde a “quarta tentativa de encontrar uma forma mais ágil e expedita de lidar com as realidades sociais, com as demandas dos cidadãos e com a necessidade de evolução da sociedade brasileira”. As parcerias com a Administração Pública englobam as áreas de educação, saúde, cultura, pesquisas científicas e desenvolvimento tecnológico.
O advogado e autor goiano atua em um escritório localizado em São Paulo e é reconhecido no Brasil como expoente na área jurídica no segmento de Terceiro Setor e PPPs. Rubens é ex-presidente da Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente, faz parte do Conselho de inúmeras entidades do terceiro setor, é fundador e conselheiro da Transparência Brasil, faz parte do Conselho Editorial do Le Monde Diplomatique –– Brasil, além de ser membro do Conselho Curador da Fundação Padre Anchieta.
Serviço
Lançamento do livro “Organizações sociais: a construção do modelo” de Rubens Naves
Data: sexta-feira, 11 de setembro
Horário: 15h30
Local: Auditório da Área 6 da PUC Goiás

A exposição, realizada na Galeria Cultura e Cidadania, segue até 9 de outubro
[caption id="attachment_45166" align="alignleft" width="300"] "Espero que meus quadros não sejam, no futuro, lembranças que nossa geração terá da maioria de nossos animais", diz o artista[/caption]
A Galeria Cultura e Cidadania, na sede do Procon Goiânia, recebe a partir da quarta-feira, 9, a exposição Araras de Marcos Severino. A mostra apresenta quinze obras que evidenciam a arara, uma das aves mais admiráveis da fauna brasileira. Cores vibrantes e diferentes técnicas de pintura são características das obras do artista, que transmitem harmonicamente as peculiaridades da arte e as diversas espécies da ave.
Com a exposição, o artista propõe chamar a atenção da população a respeito da extinção de alguns animais. “Nós estamos destruindo o nosso habitat e acabando com as nossas minas de água potável. Espero que meus quadros não sejam, no futuro, lembranças que nossa geração terá da maioria de nossos animais”, disse.
Marcos Severino, que também é servidor da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), tem 48 anos e pinta desde criança, sendo autodidata. Nasceu na cidade de Goiás, onde viveu até os 18 anos, quando começou a viajar pelo norte do Brasil. Além das araras, Severino gosta de pintar cavalos e cachorros. O artista tem obras expostas também no Canadá e deseja levar sua exposição para outras galerias.
Serviço
Exposição “Araras por Marcos Severino”
Data: de 09 de setembro a 09 de outubro
Horário: 8h às 18h, de segunda à sexta-feira
Local: Procon Goiânia

Com a participação de oito grupos teatrais, todas as atividades do Festival, que segue até o dia 14 de setembro, são gratuitas
[caption id="attachment_45162" align="alignleft" width="300"] Divulgação[/caption]
Capital nacional das orquídeas e terra natal da atriz Telma Reston, de extenso currículo no teatro e cinema brasileiro, além da participação em inúmeras novelas da TV, Piracanjuba acreditou na força da cultura e deu sequência ao projeto do Festival Piracanjuba...Açu, que teve sua primeira edição no ano passado.
O II Festival de Teatro de Piracanjuba, que tem início na noite da quarta-feira, 9, segue até a segunda, 14 de setembro. Com a participação de oito grupos filiados a Federação de Teatro de Goiás (FETEG), todas suas atividades são gratuitas.
Oito peças, seis oficinas de teatro e show da Banda Ciranda da Gente ocuparão três espaços da cidade de Piracanjuba, oferecendo espetáculos para todos os gostos e idades. As oficinas estão à cargo de talentosos e experientes profissionais do teatro goiano filiados à FETEG. Eles demonstram o quanto a linguagem cênica pode servir de instrumento para o autoconhecimento, o estímulo à criatividade e o senso crítico, além de demonstrar o quanto é importante trabalhar em equipe.
Em um momento em que a juventude se vê cercada pelos desígnios de uma sociedade de consumo elitista e individualista, o teatro com sua trajetória milenar esclarece que uma sociedade se desenvolve no avanço de todos os seus personagens.
Realizado pela prefeitura de Piracanjuba, através da secretaria de Cultura, o Festival conta com a parceria da FETEG, em seu projeto de descentralização da produção teatral, estímulo a novos talentos e formação de plateias.
Serviço
II Festival de Teatro de Piracanjuba
Dias: 9 a 14 de setembro
Local: Cidade de Piracanjuba
(Teatro Paulo França, Largo da Igreja/Arena e Praça do Relógio)
Atividade Gratuita
Grupos participantes: Cia Anthropos, Cia Benedita, Cia Teatro Destinatário, Cia Licença Poética, Cia Plenluno, Cia Teatro que Roda, Grupo Trupicão, Grupo Zabriskie
Classificação indicativa: Livre para todas as idades
Veja abaixo a programação completa
[caption id="attachment_45161" align="alignnone" width="300"]
Clique na imagem para ampliá-la[/caption]

[caption id="attachment_45042" align="alignnone" width="620"] Foto: Reprodução[/caption]
O médico e fotógrafo brasileiro Rafael Perini , que desde 2001 vive no Canadá, lança na quarta-feira, 9, o livro "Villa Boa de Goyaz". Segundo o artista, o livro não foi preconcebido. As fotografias que o compõem foram colhidas em 2011, durante inesquecíveis férias na Cidade de Goiás, quando ao percorrer seus becos e ladeiras, pode relembrar a infância e compartilhar com os filhos suas aventuras vividas na cidade. Dedicado a companheira de sempre, Milena Perini, e aos filhos Isabella e Luca, "Villa Boa de Goyas" é uma redescoberta da fotografia e do sentido da memória impressa. Com apresentação de J. L. Galvão Jr., que escreve "são lindas as imagens por méritos do autor e da cidade. As imagens poesia e as poesias escritas compõem um pas-de-deux delicioso, alçando o necessário vôo literário, tremendamente maior que a simples soma de fotos e textos", o livro traz também escritos de poetas somados aos registros de Perini. O lançamento da obra será realizado às 20h, no Sesc Centro.

Que a agenda do Centro Cultural Oscar Niemeyer (CCON) não para não dá para negar, não é mesmo? E o melhor, a galera de goiana tem realizado no espaço eventos para lá de legais. E, se não rola nada por lá, tem skate e patins para todo lado, certo? Pois, se liga, no domingo, 13, além dos rolês esportivos, acontece o Bananada Party. Agora advinha o headline. Certíssimo, Criolo volta para o CCON acompanhado da banda paulistana “Aldo, The Band”, a carioca “Dônica” e o rapper local “Gasper”; além de DJ sets do El Club. Realizado pela Construtora Música e Cultura, o evento começa às 17h. Os ingressos custam R$ 40, a meia, que você descola com a doação de 1kg de alimento não perecível.

Além do papo com Tulipa Ruiz, o Jornal Opção conversou com Baleia. Ambas atrações do Vaca 2015 [gallery type="slideshow" size="large" ids="44544,44545"]
“Não aguento ser apenas um sujeito que abre portas, que puxa válvulas, que olha o relógio, que compra pão às 6 da tarde, que vai lá fora, que aponta lápis, que vê a uva etc. etc. Perdoai. Mas eu preciso ser Outros. Eu penso renovar o homem usando borboletas” – Manoel de BarrosYago Rodrigues Alvim Já tinha dedicado suas canções a namorados ou paixonites breves feito espirro –– um susto. Tinha também secado lágrimas ou se encharcado mais ainda, entremeado soluços. Foi assim até descobrir outras letras corriqueiras, até gostar mais da gostosura esbranquiçada das coisas corriqueiras –– não deixando nunca “Sushi”, “Do amor”, nada disso. Até provou de “Víbora” e doutras canções de Tulipa, a moça que viu umas duas vezes, nem que fosse para uma palinha a cappella. Entendeu, enfim, outras delícias dos três álbuns daquela que já era uma de suas mulheres favoritas da nova MPB. Foi com tal zelo que emendou perguntas ao telefone, ouvindo de cá, o barulho do carro, que levava Tulipa sabe-se lá para onde; talvez para cá, em Goiânia, onde ela cantaria suas canções. Parte dum festival que já assopra velinhas de 14ª edição, o show era o principal duma das noites do Vaca Amarela. Ali, um de circuitos favoritos de música, como ela conta. Tulipa conta de muitas coisas. De seus discos, de seu “eu lírico”, de seu irmão, Gustavo Ruiz, de Barros, conta até de seus desenhos. Desde 2010, quando lançou “Efêmera”, acompanho seu trabalho. Mais solar, o terceiro trabalho, “Dancê”, como você diz, é “um disco para se ouvir com o corpo. Para se deixar levar”. Como tem sido seu caminho e como é o novo disco? Eu acabei de lançar “Dancê”, o terceiro disco e é a primeira vez que vamos a Goiânia com este trabalho e estou muito feliz. Desde quando lancei “Efêmera”, eu não parei de viajar com a banda, o que tem sido muito legal. Do último álbum, nós temos recebido um retorno do público muito bacana. As pessoas estão muito interessadas pelo disco. Nos shows, o pessoal tem dançado muito. Pensando em imagens, o “Efêmera” é um disco muito pontual, específico em relação às coisas cotidianas. A própria música “Pontual” fala de uma pessoa que é atrasada. O “Tudo Tanto” é de um plano um pouquinho mais aberto. O “Dancê” é mais aberto ainda. É como se o “Efêmera” fosse um plano detalhe, “Tudo Tanto” um plano americano e o “Dancê” um plano geral. O terceiro disco é um desdobramento de tudo que tem acontecido desde o primeiro show do “Efêmera”. É uma consequência do trabalho em equipe, do trabalho da banda na estrada. Você comentou sobre a equipe. Eu gostaria de perguntar da sua parceria com Gustavo Ruiz, seu irmão, que me parece mais forte no último álbum. Como foi este trabalho, dividindo composições, além da produção? Realmente se tornou mais forte, pois nos tornamos parceiros na autoria da maioria das músicas. Nós funcionamos bem, temos um jeito prático de trabalharmos juntos. Quando nos encontramos para fazer música, nós rendemos. E nós nos propomos, para o último disco, uma coisa que não tinha rolado ainda. Nós viajamos e ficamos reclusos em um retiro, só pensando em música e no disco. Isso fez com que a nossa parceria aumentasse na hora das composições. Foi por conta disto, de uma imersão muito grande. [caption id="attachment_44543" align="alignleft" width="300"]


[caption id="attachment_44669" align="alignleft" width="620"] Por telefone, um dos vocalistas da banda, Gabriel Vaz, contou sobre a banda, de como se formou, de seu som e também do primeiro álbum, o “Quebra Azul” | Divulgação[/caption]
“Minha casa é simples/Mas é forte todavia
Chove todo dia/Uma calma solidão
Vento que arranca/dos varais uma lembrança
Tudo que me alcança/Era sonho, agora, não
Ninguém nunca vê a minha casa/Ninguém nunca entra
Onda que me lança/Nunca quebra, só avança
Faz da dor bonança/Soa o sino, agora, sim”
Baleia
Yago Rodrigues Alvim
Cantam assim os primeiros versinhos pelos quais me apaixonei: “Máquina de escrever/Boneca velha lembra a plástica/De remendar, colar o braço do jiraiya”. E mais o refrão, que pedia: “Me desculpe essa dor do encanto/Pois encanto é alucinação/Trocaria figuras colantes por comandos em ação/Que me calem com um bombardeio”. Se não a ti, a mim me lembrava da infância de datilografar em tinta vermelha e salvar Power Rangers, deixando os em hospitais, salvando os com chaves philips ou de fenda do caixa de ferramentas do pai. Ainda que amarelada de início, a paixão foi ficando cada vez mais azulada, enquanto descobria a infinidade das letras e arranjos de “Quebra Azul”. Baleia me pegou de vez. Piscou também para mim. Na sexta, 4, o grupo apresentaria toda sua maré musical nos palcos do Festival Vaca Amarela. Gabriel Vaz, que batuca percussões, arranha violões e cuida de estabilizadores, e junto da irmã, Sofia Vaz, assume os vocais, me contou da banda. Contou de Cairê Rego e seu baixo, de David Rosenblit com suas teclas em preto e branco, das guitarras e violinos de Felipe Ventura, dos pratos e baquetas de João Pessanha. Gabriel Vaz me contou de Baleia.
Conheci Baleia recentemente e me apaixonei muito pelas canções e letras. Primeiro, pergunto sobre vocês. Baleia é um coletivo; como é isso? E quando e como a banda começou, já que “Quebra Azul”, o primeiro álbum, é de 2013? Como tem sido a jornada desde então?
Nós começamos um pouco informais, uma brincadeira entre amigos. Éramos músicos órfãos de banda e começamos algumas versões de música sem pretensão alguma. Tocávamos em festa de amigos, estas coisas. E, aos poucos, despertamos que cada um tinha influências muito interessantes, cada um conseguia colocar uma personalidade legal nas músicas e, assim, começamos a criar um material autoral. Foi isso, fomos descobrindo as músicas que queríamos fazer ao longo dos primeiros anos de banda, que culminou, em 2013, no “Quebra Azul”. A questão do coletivo é por não ter uma liderança, cada um tem seus pontos fortes, todos influem em todos os aspectos. Cada um toca um instrumento e, mesmo assim, todos acabam metendo a mão no trabalho de todos e não tem muito aquela coisa da individualidade.
Vocês, então, eram músicos órfãos de banda e trazem influências que são muito interessantes. Quais são as influências de Baleia? E, quanto à questão de músicos, fale um pouco mais da instrumentalidade que marca muito a banda, que tem um som orquestral e, ao mesmo tempo, pop e rock. Como é isso?
A banda, como um todo, tem um gosto sem amarras. Nós gostamos tanto de Beyoncé quanto de Radiohead. Tem os dois lados. Conseguimos reconhecer ambos os universos. Gostamos muito de fazer uma música pop, de ter uma linguagem pop e também gostamos muito de experimentar e explorar novos caminhos, de forçar os limites dos gêneros, porque é aí que você consegue fazer uma coisa nova, reconstruir uma coisa nova e que, ainda assim, comunica. Vai seguindo essa linha; nós não temos certeza de caminho nenhum. Nós gostamos de fazer música bonita e que, ao mesmo tempo, instigue e mobilize. Uma música que provoca e que não deixe de ser acessível e ser humana, para que possamos dividir com todos.
“Quebra Azul”, o álbum de estreia do Baleia. Pode falar um pouquinho sobre ele?
Claro, o “Quebra Azul” é uma combinação da exploração de grupo, que começamos a fazer desde o início da banda. Nós não sabíamos muito o quê iriamos fazer, que rumo iriamos tomar; nós estávamos apenas fazendo as músicas, que se diferem muito em estilos, de certa forma, e, ao mesmo tempo, estão amarradas por algum tipo de proposta que eu não sei explicar exatamente. Nós buscamos uma coisa que seja nossa, genuína. Então, “Quebra Azul” acabou sendo um disco meio desamarrado de um gênero específico e que tem uma explosão, algo de atirar para todo lado, que tem o que nós gostamos, dos caminhos diversos, de juntar os gêneros. É um disco que, no final das contas, nos ajudou muito a entender o caminho que queremos tomar e que ditou muito o lugar para onde estamos evoluindo, agora, no segundo disco. O segundo disco, que lançaremos provavelmente em novembro, é um “Quebra Azul” mais seguro, porque nós estamos mais seguros, mais com os pés no chão. É um disco mais sólido e confiante. Ainda não tem nome (sorri). Estamos tentando descobrir.
Como foi gravá-lo ao vivo no Maravilha8?
O ao vivo foi uma experiência muito legal, pois as músicas adquiriam uma roupagem muito diferente do álbum em estúdio, que foi gravado na Biscoito Fino. Nós queríamos registrar essa dimensão das músicas, pois nós gostamos muito do resultado; ficou mais rock, mais pesado e, assim, muito interessante. Muita gente não tem a oportunidade de ir a um show nosso e nós queríamos gravar, de uma forma legal, a experiência do show para as pessoas, também, verem esse outro lado da banda, que é diferente. Baleia ao vivo é bem diferente do que é Baleia em estúdio.
Como que nascem as letras que parecem dizer de tantos lugares, de tantas coisas diferentes?
A letra da música “Jiraiya”, por exemplo, quem escreveu foi o Cairê. O nome vem do desenho japonês, do super-herói. Eu e a minha irmã escrevemos a maior parte das letras, mas elas nascem de todos da banda. “Sangue do Paraguai” é do baterista. Com as letras, nós fomos criando um universo da banda. Nós não costumamos fazer letras muito diretas, sobre coisas cotidianas; estamos sempre explorando coisas mais poéticas e filosóficas. Nós gostamos de falar de coisas maiores e não sobre “Quando você me deixou/E não sei o quê” (sorri).
Baleia vem pelo Vaca Amarela, na sua primeira apresentação em Goiânia. Qual o valor, a importância dos festivais de música independente para vocês?
Para nós, é o melhor ambiente para apresentar o nosso trabalho, principalmente em festivais como o Vaca Amarela. Nós percebemos que existe uma força tão grande, um movimento artístico, que está crescendo cada vez mais no Brasil, no meio independente. Tem gente que propõe saídas para a música brasileira, que está estagnada. Festivais assim são os melhores, pois junta público de todas as bandas e as bandas trocam entre esses públicos e os públicos entre si e as bandas também trocam entre si. E, assim, começamos a construir este cenário tão importante, que é o cenário da música independente brasileira. Não é um mercado grande, mas é um mercado médio e que existe fortemente nos Estados Unidos e na Europa. Aqui, ainda é um pouco frágil. Portanto, os festivais são um presente para nós. Eles são o lugar onde queremos estar, onde queremos fazer o nosso melhor.