Opção cultural

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A Sarna dos Cínicos: Inventivas políticas

Humor cáustico e poesia dão-se as mãos nestas quadrinhas do poeta curitibano Wagner Schadeck. Leia e perceba a correlação mui pertinente com cada personagem abordada [caption id="attachment_100693" align="aligncenter" width="620"] "Diógenes, o Cínico, procurando um homem honesto, com sua lanterna". Obra de Jacob Jordaens
[/caption] Wagner Schadeck Especial para o Jornal Opção “NINE” Sem orgulho, inveja, gula, Avareza, sexo ou ira, Furino é santo? Mentira! Quanta propina pulula? VANA Para que o pânico cresça, Petrificaste toda a horda? Medusa, górgona gorda, Tens minhocas na cabeça. “AU TOMBEAU” O mais baixo entre os soturnos Seres, cairás, Nosferatus? Calçando quantos coturnos, Subiste com quantos pactos? AÉREO Grande carreira ele teve, Mas à qual ainda aspira? Com o nariz cheio de neve, Viajou noutra mentira. MENDAZ Para que emendas remendes, Perdes a peruca, Bozo? De teu reinado orgulhoso, Gemes quando um peido prendes? ITALIANO Entre inúmeras destrezas, Em seu Curriculum grifas O comunicar de cifras Por meio de línguas presas. AMANTE Em que chiqueiro chafurdas? Que gripe te rompe a grimpa Nasal? Mas de lodo surda, Ainda desfilas limpa. FARIAS Teu nariz em tudo enfaras. Choras, esperneias, urras... Em tuas secretas taras, Mamaste o leite das burras. PARDAL Unha de fome, engoliste Dente de ouro? Nos poleiros Mais imundos dos calheiros, Devoras alheio alpiste. CARANGUEJO Em escusas rondas punhas As tuas patas no espólio. Ora esbugalhas os olhos, Enquanto prendem-lhe as cunhas? MARINA SILVA Eis a cientista do povo, Trazendo a ciência das matas. Recomenda usar das patas A cloaca em vez do ovo. CIRO É um Sísifo dos papéis; Burocrata da resposta. Mesmo com doutos anéis, Não passa de um rola-bosta. GENRO O ópio dos intelectuais É a fina flor das esquerdas. Seus delírios são ideais, Suas ideias são lerdas. SARNEY Pousas de cão magro para Quê? Com a sarna te promulgas! Mas como a sarna não sara, Coça a mordida das pulgas.

Wagner Schadeck nasceu em 1983, em Curitiba, onde vive. É tradutor, ensaísta, editor e poeta. Colabora com a Revista Brasileira (ABL), com a Revista Poesia Sempre (BN), entre outros. Em 2015, organizou a reedição de “A peregrinação de Childe Harold”, de Lord Byron, pela Editora Anticítera. Pela mesma editora, em 2017, publicou a tradução de “Odes”, de John Keats.

“De Canção em Canção” é música para os olhos

Diretor reúne elenco pesado para brincar com a câmera e opta por lirismo do que em sua filmografia passada

Para comemorar 20 anos de banda, MQN volta a fazer shows fora de Goiânia

Com viagens programadas para um final de semana a cada mês até o fim do ano, grupo retoma atividade para relembrar carreira com apresentações em outras cidades

Personagens de Helio Brasil parece que saíram do universo ficcional do autor de Dom Casmurro

A exemplo de Machado de Assis, a visão do autor carioca tem de seus personagens não é sentimental, mas realista. Ao mesmo tempo, não se pode deixar de reconhecer um tom saudosista do tempo que ele mesmo viveu no bairro de São Cristóvão

Livro do engenheiro florestal Peter Wohlleben tem um quê de falacioso, se confrontado com a ciência

Obra é respaldada por alguns cientistas proeminentes, mas fica-se com a impressão de que se trata de uma concessão à boa intenção do autor. Em tempos de Donald Trump e de sua teoria do localismo dos efeitos ambientais, todo chamamento ao bom senso é bem-vindo

A solidão como metáfora e destino do mundo real na ficção de Márwio Câmara

Obra está meticulosa e artesanalmente erguida sobre um vigoroso tripé estilístico – densidade, pungência e prosa poética – conduzindo o leitor a uma leitura epifânica, coadjuvado pela destreza de um domador de palavras

Vocalista do Linkin Park é encontrado morto

Segundo site TMZ, Chester Bennington cometeu suicídio aos 41 anos 

O Terno resume uso das redes sociais no mais do que criativo videoclipe de Não Espero Mais

Canção do terceiro álbum do grupo mistura imagens em 3D com aplicativos, plataformas e memes mais usados na rede mundial de computadores

Passarinhos do Cerrado grava DVD no Encontro de Culturas da Chapada

Grupo goiano de coco completa 11 anos de estrada em 2017 e irá gravar projeto no dia 23 de julho

Fósforo comemora 11 anos com shows, DJs e comidas típicas de quadrilha

Produtora goiana realiza evento que une 24 atrações musicais a partir das 16 horas no Martim Cererê neste sábado (15/7) com entrada gratuita até as 18 horas

“Esta é a vossa hora, e o poder das trevas”: a possessão em David Lynch

Obra do diretor norte-americano é um grande projeto que demonstra, sempre de maneira sutil, como os filmes, e metonimicamente Hollywood, tornaram-se uma fonte ctônica, novas águas caudalosas e primordiais que geram imagens e demônios pelos quais somos possuídos

Romance de escritor canadense reinventa o gênero do Faroeste

Livro de Patrick deWitt é uma grande alegoria, cheia de humor, sobre como a busca desenfreada pelo dinheiro e a ganância podem, apesar dos esforços, levar a caminhos inesperados

A festa dos renegados ou a FLIP de Lima Barreto

Autor de “Triste fim de Policarpo Quaresma” ressurge na Festa Literária Internacional de Paraty, em cenário de crise econômica e de luta contra a desigualdade, embora ainda pouquíssimo lido

Festival Internacional de Cinema de Locarno acontece de 2 a 12 de agosto e conta com três filmes brasileiros na disputa

Carlo Chatrian, diretor do Festival, disse ter visto 4 mil filmes para chegar à seleção nas diversas mostras. Entre os selecionados, está também  um filme suíço de Samuel Chalard, falado em português [caption id="attachment_99825" align="aligncenter" width="620"] Cartaz oficial do Festival Internacional de Cinema de Locarno[/caption] Rui Martins Especial para o Jornal Opção “As Boas Maneiras”, filme de terror rodado em São Paulo, dos cineastas Juliana Rojas e Marco Dutra, coprodução franco-brasileira, foi selecionado para a competição internacional do Festival de Cinema de Locarno, na Suíça. “Severina”, filme do cineasta e diretor de teatro Felipe Hirsch, coproduzido com o Uruguai, estará na competição da mostra Cineastas do Presente. Para a mostra Sinais de Vida, foi selecionado o filme de Adirley Queirós, “Era Uma Vez Brasília”, uma espécie de ficção científica com preocupações sociais. Falado em português, mas dirigido pelo suíço Samuel Chalard, o filme “Favela Olímpica”, mostrando os prejudicados pelos Jogos Olímpicos do Rio, foi escolhido para a Semana da Crítica. Filme de dar medo? “As Boas Maneiras” conta a história de uma babá, responsável por uma criança sobrenatural, mutante, dentro, portanto, do esquema de seres diferentes dos normais, comum nos seriados e grandes produções estadunidenses. Como se trata de estreia em Locarno, só depois de projetado se poderá saber qual o toque nacional explorado nessa história fantástica filmada por um cinegrafista francês, em São Paulo. Em todo caso, os dois realizadores, Juliana Rojas e Marco Dutra, já fizeram um filme de sucesso, “Trabalhar Cansa”, que garante uma abordagem original. O inesperado de situações parece provocar medo ou susto na babá e nos espectadores. Roubando livros O filme de Felipe Hirsch, um dos grandes diretores brasileiros de teatro, trata de um amor obsessivo. Existe em “Severina” um mistério sedutor e enigmático. Jovem de nacionalidade desconhecida, Severina rouba livros numa livraria. A estreia será em Locarno, pouco se sabe do roteiro, além dessa síntese. Ficção político-científica O filme do brasiliense Adirley Queirós é uma espécie de ficção político-científica, que se passa no Ano Zero depois do Golpe e mistura a história de um agente intergalático enviado a Brasília para matar o presidente Kubitschek, cuja nave se perde no espaço e no tempo, aterrissando na periferia da capital federal, em Ceilândia. O Congresso Nacional não tem mais deputados e senadores mas é habitado por monstros. Também vai estrear em Locarno. Inspirado em reportagens? Não se sabe se o cineasta suíço Samuel Chalard se inspirou nas reportagens do jornalista australiano, que provocou a ira dos cariocas chamando de “Favela Olímpica” as instalações para as olimpíadas. O filme foi feito durante a construção do Parque Olímpico junto à favela de Vila Autódromo. Alguns habitantes da favela, condenados a deixar o local para as obras das olimpíadas, conseguiram adiar sua expulsão, enquanto as obras avançavam nos terrenos antes ocupados pela população pobre. Rui Martins estará do 2 ao 12 de agosto em Locarno, convidado pelo Festival Internacional de Cinema.