Periscópio

Governadores consideravam Castello Branco um oficial respeitado e sem ambição política, que garantiria as eleições presidenciais de 1965. Estavam errados

O mesmo anjo torto que desceu em Itabira, em 1902, voltou para o Rio de Janeiro, em 1987, para levá-lo até a eternidade

O medo de andar de avião e de perder a hora do trem para o Rio de Janeiro fez com que Dorival Caymmi deixasse a equipe da TV Record em desespero

Euclides da Cunha viveu apenas 43 anos e deixou um livro que é uma grande interpretação do Brasil. Ele e um filho foram assassinados

Depois de encantar o Brasil de Norte a Sul, gravando vários compositores, como Chico Buarque, a cantora morreu por causa de uma cirurgia de varizes. Tinha 40 anos

JK ofereceu vaga do STF para o advogado, que não quis e se justificou dizendo que fez o que fez porque defendia a liberdade do PSD escolher o seu próprio candidato

O bardo maranhense morreu, aos 41 anos, quando o navio em que viajava da Europa para o Brasil naufragou

Hiroshima e Nagasaki estavam destruídas. Milhares de pessoas mortas. Mas o recado foi recebido e o imperador não tardaria a assinar a rendição

As cartas eram falsas, mas causou estrago. Militares ficaram revoltados quando leram Artur Bernardes “chamar” Hermes da Fonseca de "sargentão sem compostura"
"Estou informado do ridículo e acintoso banquete dado pelo Hermes, esse sargentão sem compostura, aos seus apaniguados e de tudo que nessa orgia se passou. Espero que use com toda energia, de acordo com as minhas últimas instruções, pois essa canalha precisa de uma reprimenda para entrar na disciplina."
Este é o trecho de uma carta que Artur Bernardes teria escrito para Raul Soares, governador de Minas Gerais, e que foi publicado no jornal “Correio da Manhã” em 8 de outubro de 1921. No dia seguinte, o jornal publicaria outra carta. Depois, descobriu-se que as cartas eram falsas, mas, ao se tornarem públicas, causou um estrago imenso. Os militares ficaram revoltados quando leram Artur Bernardes “chamar” o marechal Hermes da Fonseca de "sargentão sem compostura". Se hoje falam tanto em "ameaça à democracia e às instituições", imagine na década de 1920?
O mineiro Artur Bernardes nasceu em 8 de agosto de 1875. Formou-se em Direito pela Faculdade do Largo de São Francisco, em São Paulo. Sua carreira política foi feita em Minas Gerais e em 1922, ele se elegeu Presidente da República. As cartas falsas só atiçaram a ira dos militares, primeiro contra a sua candidatura presidencial, e depois contra o seu governo. Para a alegria do barbeiro oficial do Catete, o presidente tinha bigode.

Por causa das crises militares, Bernardes governou sob estado de sítio. Maurício de Lacerda, pai de Carlos Lacerda, escreveu um livro chamado "A História de uma Covardia", no qual ele faz severas críticas a Arthur Bernardes e as violências praticadas contra ele por causa do estado de sítio.
Logo após deixar a Presidência, Arthur Bernardes se elegeu senador e apoiou a Revolução de 1930. Ele se elegeu deputado em 1934, mas teve o mandato cassado três anos depois por conta do golpe do Estado Novo. Com a redemocratização após o fim da Era Vargas, Bernardes se filiou à UDN e se elegeu novamente deputado. Ele morreu no Rio de Janeiro, em 1955.

O compositor e cantor baiano é um gênio raro Por isso, quando estaciona seu carro no Leblon, logo vira notícia

O político que dizia governar era construir estradas quase foi morto pela amante italiana, dentro do hotel Copacabana Palace

Um censor poderia retalhar um jornal se alguma notícia indesejável para o governo estivesse em pauta. Seu poder era absoluto

Os ocidentais suspeitavam do avanço de Stálin na Europa Central e tentaram organizar uma frente para barrar o avanço soviético. Eram os primeiros sinais da Guerra Fria

A Segunda Guerra Mundial é “filha” dos problemas não “resolvidos” pela Primeira Guerra Mundial. Tanto que, mais uma vez, a Alemanha estava no centro do palco

Tal qual o súdito romano das Galias que se encantou com Roma, Juscelino Kubitschek e o candango que participou de sua construção se encantaram com Brasília