Euclides da Cunha foi enviado pelo jornal “O Estado de S. Paulo” para cobrir a Guerra de Canudos. Essa experiência serviu de base para a escrita do livro “Os Sertões”, sua principal obra. Em 1903, ele foi eleito para a Academia Brasileira de Letras. No ano seguinte, Euclides embarcou para o norte do Brasil liderando uma comissão para delimitar as fronteiras com o Peru. Essa passagem pela Amazônia rendeu o livro “À Margem da História”, que foi publicada depois de sua morte.

A morte de Euclides foi trágica. Sua mulher, Ana Emília Ribeiro da Cunha, se apaixonou pelo militar Dilermano de Assis.

Euclides da Cunha, Ana de Assis e Euclides Filho: tragédia familiar | Foto: Reprodução

Ana deixou Euclides e foi morar com Dilermano. No dia 15 de agosto de 1909, o escritor foi armado até a casa do militar, no Bairro da Piedade, no Rio de Janeiro, para se vingar. Euclides entrou atirando. Dilermano levou três tiros. Seu irmão Dinorah também foi ferido. Dilermano era militar tinha treinamento com armas e conseguiu reagir disparando dois tiros contra Euclides, que morreu na hora. O caso foi para a Justiça e Dilermano foi inocentado, pois agiu em legítima defesa.

Em 1916, Euclides Filho quis vingar a morte do pai. Ao encontrar Dilermano em frente ao fórum do Rio de Janeiro, Euclides Filho atirou pelas costas. Dilermano, mesmo ferido, reagiu e matou seu agressor. Novamente Dilermano foi absolvido também por legítima defesa.

A vida de Euclides da Cunha foi marcada pelos Sertões do Brasil e sua morte até hoje é discutida e relembrada pela tragédia que aconteceu no Bairro da Piedade, no Rio de Janeiro.