Periscópio

Encontramos 558 resultados
PERISCÓPIO
Túnel do pasmado: por onde passam corredores e helicópteros

Este túnel aí tem História. Ele fica em Botafogo, quase na divisa com Copacabana, no Rio de Janeiro. É o Túnel do Pasmado e foi construído para desafogar o trânsito na Zona Sul. Quando eu vi que o trajeto da Meia Maratona do Rio de Janeiro de 2018 passava por ele, já pensei em fotografá-lo. Mas o que há de tão importante para o registro? Para quem é fã do Roberto Carlos como eu já deve saber o motivo.

No filme "Roberto Carlos em Ritmo de Aventura, de 1967, tem uma cena que Roberto estava pilotando um helicóptero e sobrevoava várias regiões do Rio de Janeiro. Começava na Zona Sul e ia até a Avenida Presidente Vargas, no Centro. Uma cena sempre me chamou atenção: o helicóptero passou por dentro do Túnel do Pasmado. É possível no filme ver a polícia segurando o trânsito e alguns curiosos olhando aquele momento tenso, mas o mais emocionante. A primeira vez que eu vi foi no site do Roberto Carlos, em 2004. Desde então eu sempre quis ver este túnel e repassar a cena na minha cabeça.

A oportunidade veio em 2018. Um pouco antes do Túnel, enquanto corria a Meia do Rio, tinha um posto de hidratação com Gatorade e, de longe, já vi o Pasmado. Apesar de estar de fone de ouvido tocando minha playlist do Spotfy, não tinha como correr dentro do túnel sem lembrar da cena e de ouvir "Namoradinha de um amigo meu", tal qual no filme. É claro que não foi o Roberto Carlos que pilotou o helicóptero. O autor da façanha se chama Antônio Nascimento.

Isso é o que acontece quando a gente que ama História corre em cidade histórica. Pensa, respira, transpira e ouve História por onde passa.

Silvio Santos: a morte do Senhor do domingo

A manhã ficou triste com a notícia. Quis o destino que nos deixasse no sábado para que celebremos a sua memória no dia que os brasileiros mais aguardavam na semana só pra cantar "Silvio Santos vem aí"

PERISCÓPIO
Precisamos levar de novo Pedro Ludovico para as ruas

Em 1978, Jackson Abrão teve uma ideia brilhante: fazer uma matéria com Pedro Ludovico Teixeira andando pelas ruas de Goiânia. A princípio, o ex-interventor recusou o convite. Sua saúde não ia bem e a condição de político cassado poderia desagradar os militares. Mas Jackson não desistiu e pediu a ajuda de alguém que iria convencer Pedro a aceitar o convite: Venerando de Freitas Borges, grande amigo e primeiro prefeito de Goiânia. Com uma ajuda dessas não tinha como manter a recusa. Eis que as câmeras da TV Anhanguera registraram o momento histórico: o fundador e o primeiro prefeito de Goiânia andando pelas ruas da capital, conversando com populares, vendo aquela cidade se tornar uma metrópole.

A reportagem levou Pedro até o Palácio das Esmeraldas. Fazia tanto tempo que ele não entrava naquele prédio. As câmeras filmaram Pedro Ludovico ao lado do seu busto feito no final dos anos 1930. Convidado para entrar no palácio, novamente a cassação dos seus direitos políticos se impôs. Não queria causar problemas para o então governador Irapuan Costa Júnior. Lúcia Vânia, primeira-dama na época, o chamou e Pedro entrou novamente naquele palácio que foi seu local de trabalho por tanto tempo. Ele viu o quadro com o rosto da sua amada Gercina. Reportagem feita, registro para a nossa história. Ainda bem que Jackson Abrão não desistiu ao ouvir o primeiro “não” de Pedro Ludovico. E foi bom para o fundador de Goiânia andar por aquelas ruas movimentadas de gente e de carros ao lado do amigo e parceiro naquela empreitada iniciada quase cinquenta anos antes. Mesmo com o avança da idade, mesmo cassado pela ditadura militar, mesmo com as dores e os pesos do passar do tempo, aquela reportagem fez Pedro olhar tudo ao seu redor e perceber que valeu a pena.

Pouco tempo depois desta matéria, Pedro Ludovico Teixeira nos deixou. Mais especificamente no dia 16 de agosto de 1979. Eram tempos da anistia, da abertura política começando a acelerar o passo (apesar de alguns freios da linha dura militar). A morte de Pedro Ludovico encerrou a trajetória de mais um político que chegou ao poder com a Revolução de 1930. O interventor nomeado por Getúlio Vargas para governar Goiás construiu uma nova capital para o seu estado, trouxe os holofotes da imprensa para o interior do país. Se Pedro Ludovico não tivesse construído Goiânia será que Juscelino Kubitschek construiria Brasília?

Hoje nós recordamos os 45 anos da sua morte. Pedro Ludovico Teixeira tem o nome escrito na história. É uma pena que o seu nome escrito nos monumentos e nas ruas esteja um pouco apagado pelo passar do tempo. Talvez seja preciso novamente levar a história do nosso interventor para as ruas da cidade que ele fundou tal qual Jackson Abrão fez em 1978.

PERISCÓPIO
A praça do bandeirante já foi palanque para Jucelino Kubitschek e palco para Carlos Galhardo

Estátua do Bandeirante é espremida pelas duas pistas do Eixo Anhanguera

PERISCÓPIO
O muro de Berlim dividiu o mundo e se tornou símbolo da Guerra Fria

Soviéticos mandaram colocar tudo quanto era tipo de vigilância e armas para evitar qualquer travessia

PERISCÓPIO
A minha história e a história do Shopping Center Sul

Este é o Shopping Center Sul. Fica na Rua 106, Setor Sul. Esse lugar faz parte da minha infância. Aí funcionava o Supermercado Cristal. Nós morávamos na Rua 5, algumas quadras para baixo, e minha mãe fazia compras no Cristal do Shopping Center Sul. Eu lembro até hoje dela me colocando naquela cadeirinha que vinha atrás do carrinho. Eram os anos 1980 e a inflação corroendo nosso salário e aumentado os preços da noite para o dia. Tínhamos que comprar hoje porque amanhã o marcador colocaria um preço maior nos produtos.

O Shopping Center Sul não era apenas o Supermercado Cristal. Tinha papelaria e outras lojas. Aliás, recentemente fiquei sabendo que a Nara Leão, a musa da Bossa Nova, se apresentou no Sancho Pança Bar, que ficava no shopping. Já pensou a Nara Leão pertinho de casa? Até hoje quando passo em frente ao Shopping Center Sul eu me recordo da minha infância. Onde era o Supermercado Cristal, hoje é o Crystal Festas. Não sei se os dois estabelecimentos tem alguma relação ou se foi só coincidência os nomes serem quase os mesmos.

Eu morei nessa região entre 1985 e 1986. Ali perto tem a Churrascaria Walmor e me recordo dos meus pais levarem algum parente ou amigo de outra cidade para almoçar lá. Lembro também da única propaganda da churrascaria na televisão. Walmor Chagas era o garoto propaganda e falou sobre o seu xará. Nessa época, a Praça Tamandaré era o point da juventude. Moças e rapazes desfilando e os carros dando cavalo de pau. Era um lugar perigoso. Fiquei sabendo faz pouco tempo que o comitê de campanha do Iris Rezende nas eleições de 1982 era na Rua 5, no mesmo quarteirão do prédio que eu morava. Ulysses Guimarães esteve ali fazendo um comício. Já imaginou o Senhor Diretas pertinho da minha casa? Com três anos de idade, para mim, era tudo barulho, tudo festa. Só depois eu fui saber o que era aquele barulho.

Como dizia o poeta Casimiro de Abreu: "Oh! Que saudades que tenho da aurora da minha vida, da minha infância querida". Saudades do meu tempo de criança que viveu nos arredores do Shopping Center Sul dos anos 1980 que convivia com a inflação, com o show da Nara Leão e o comício do Ulysses Guimarães.

PERISCÓPIO
Depois da ditadura, Eurico Dutra se lançou candidato presidencial e Barão de Itararé podia fazer graça

"Atarefado com a campanha política e abafado com a onda de boatos, afastou-se do Ministério da Guerra o General Gaspar Dutra, abrindo uma vaga para o seu distinto colega de armas e bagagens, o General Góis Morteiro. Já amanhã os dois militares trocarão improvisos e dirão coisas amáveis entre si, segundo o hábito que se generalizou entre os oficiais de igual patente, sobretudo generais. Deixando o Gabinete Vargas, o General Dutra vai dedicar-se aos estudos de oratória inflamada preparar-se para estafantes discursos de praça pública sem direito a copo d'água. Homem de idade média, está disposto a tudo empenhar para conseguir eleitores - o que representa espírito de sacrifício. O seu substituto, por sua vez, deixou um bom emprego em Montevidéu para dar uma mãozinha na liquidação do antigo Estado Novo. Espera-se que o General Góis Morteiro inicie, depois de amanhã, uma série de entrevistas com que costuma dar enchimento aos jornaizinhos de quarenta centavos" (A Manha, dia 8 de agosto de 1945)

O jornal "A Manha", editado por Apparício Torely, o Barão de Itararé, trazia humor ao jornalismo político brasileiro. No dia 9 de agosto de 1945, o General Eurico Gaspar Dutra deixava o Ministério da Guerra para se lançar candidato presidencial nas primeiras eleições diretas desde 1930. O General Góis Monteiro, cujo nome virou trocadilho no jornal do Barão, assumiria o ministério. O Estado Novo envelheceu e estava com os dias contados. Naquele tempo, o mundo se levantava dos escombros da Segunda Guerra Mundial e se assustava com as bombas atômicas lançadas no Japão. Aqui no Brasil, Getúlio Vargas bem que tentou ficar no poder até as eleições de dezembro de 1945, mas ele saiu pouco tempo antes, após pressão dos militares.

Os brasileiros se preparavam para viver a vida sem Vargas no poder e voltar a eleger Presidente da República pelo voto direto, secreto e fiscalizado pela Justiça Eleitoral. Dutra saiu candidato carregando consigo os eleitores varguistas. Pelo lado da oposição, a recém criada UDN também lançaria um militar como candidato: o Brigadeiro Eduardo Gomes. Aos poucos, o Brasil voltava a escolher seu presidente e a tirar um sarro dos políticos.

PERISCÓPIO
A prorrogação do mandato de Castelo Branco acabou com o sonho de Carlos Lacerda chegar à Presidência da República

O Governador da Guanabara, Carlos Lacerda, escreveu uma carta para Bilac Pinto, que era Presidente da UDN em julho de 1964, sobre a emenda constitucional que iria prorrogar o mandato de Castello Branco na Presidência e de José Maria Alkmin na Vice-Presidência até 1967. "Isto é o 10 de novembro de 1937 com a aprovação do Congresso". Lacerda se referia ao golpe do Estado Novo liderado por Getúlio Vargas. A prorrogação do mandato presidencial adiou as eleições presidenciais para 1966 e não mais em 1965 como previsto.

Naquela altura do campeonato, Lacerda já não era mais um aliado imprescindível daqueles que tomaram o poder em 31 de março de 1964. O seu discurso anticonunista já não tinha mais o impacto de antes e a sua candidatura presidencial já era coisa do passado. Só lhe restavam as eleições estaduais de outubro de 1965. Fazer o seu sucessor no Governo da Guanabara lhe daria condições de lutar por um espaço político, mas isso não seria fácil.

A prorrogação do mandato de Castello foi um sinal de que os militares não sairiam do poder tão cedo. A intervenção de 1964 não seria igual as outras intervenções. Eles vieram para ficar. Não demoraria para que o adiamento das eleições presidenciais diretas se transformassem em anulação e povo fosse deixado de lado na escolha do seu Presidente.

Em julho de 1964, o movimento de 31 de março já não tinha a mesma popularidade de antes. As primeiras denúncias de tortura começavam a serem noticiadas. As cassações de mandato não se restringiram aos comunistas. A prorrogação jogou água no chopp de muita gente como Carlos Lacerda. Como diria David Nasser, "a Revolução se perdeu de si mesma".

PERISCÓPIO
O samba de Adoniran Barbosa cantou as mudanças de São Paulo no século passado

Ao contrário do que disse Vinicius de Moraes, São Paulo não é o túmulo do samba e Adoniran Barbosa é a prova de que a terra da garoa pode sim dar um bom batuque. O paulista de Valinhos, nascido em 6 de agosto de 1912, não queria saber de música quando era jovem. Seu sonho era ser um ator famoso, mas ninguém via seu talento. Adoniran bem que bateu na porta dos teatros, mas, aos poucos, ele percebeu que o negócio mesmo era a música. Com o advento do rádio, Adoniran tomou gosto pela batucada e o samba o laçou de vez. Com boa voz, logo começou a gravar discos e a fazer sucesso.

Adoniran deu um tom paulistano para o samba ao reforçar o seu sotaque. Ele descreveu as mudanças que São Paulo passou ao longo dos anos 1940 e 1950. O progresso chegou demolindo as saudosas malocas para dar lugar aos imensos arranha céus.

"Se o senhor não tá lembrado
Dá licença de contar
Ali onde agora está
Este adifício arto
Era uma casa véia, um palacete assobradado"

Ele também cantou em "Trem das Onze" a pressa de ir embora para Jaçanã e não perder a hora do trem. Deu um puxão de orelha no Arnesto que chamou a galera para o samba e não avisou que iria sair na hora marcada. Os amigos ficaram numa reiva porque era só colocar um aviso na porta.

Adoniran não ficou famoso pelo ator que desejava ser, mas pela música, pelo samba carregado de sotaque paulista que só ele poderia fazer. Vinicius de Moraes que nos perdoe, mas samba de São Paulo é fundamental.

PERISCÓPIO
Embaixador norte americano em Goiânia

John Cabot, embaixador dos Estados Unidos, esteve em Goiânia no dia 13 de setembro de 1960. De acordo com o Folha de Goiaz, o avião que trouxe o desembarcou no Aeroporto Santa Genoveva às 11:22. O governador José Feliciano o aguardava na pista de pouso e o conduziu ao Palácio das Esmeraldas. Logo depois, Cabot foi ao Hotel Bandeirantes onde lhe foi servido um banquete oferecido pelo governo goiano.

Cabot veio a Goiânia inspecionar os projetos relacionados à cooperação técnica dos Estados Unidos. Em tempos de Guerra Fria, os norte americanos queriam se fazer presentes na América Latina ainda mais depois de Fidel Castro tomar o poder em Cuba e se aproximar da União Soviética. No Hotel Bandeirantes, o embaixador concedeu uma entrevista para a imprensa goiana. É claro que Cuba foi tema de muitas perguntas. Cabot falou sobre os propósitos ditatoriais de Fidel e do perigo que a remessa de armas da União Soviética para Cuba ameaçava a paz do continente americano.

Setembro de 1960, os Estados Unidos estavam em processo eleitoral e esse tema foi perguntado pelos nossos jornalistas. Será que o fato do candidato democrata John Kennedy ser católico representaria algum problema ja que a maioria dos norte americanos era protestante? O embaixador negou qualquer interferência religiosa na escolha do futuro presidente e destacou o "amadurecimento do povo americano em suas deliberações democráticas."

É claro que a nova capital brasileira, inaugurada meses antes, pautou a entrevista. Cabot afirmou que "Brasília desfruta de extraordinária projeção nos círculos internacionais. Quem quer que seja conhece Brasília e sabe que ela abre novos horizontes para o Brasil". Para evitar qualquer interferência sovietica em nosso país, a Casa Branca mandou seus diplomatas para cá. Pouco tempo depois, Lincon Gordon, sucessor de Cabot na embaixada norte americana, também visitou Goiânia.

Nos anos 1960, quando os embaixadores dos Estados Unidos desembarcavam por aqui, todo mundo ficava sabendo. Hoje, se ainda vem para cá, ninguém sabe quem é.

PERISCÓPIO
Elvis Presley ao vivo em Las Vegas

Tem uma cena da minissérie "Elvis:The early days" que mostra Elvis Presley se divertindo em Graceland junto com seus amigos quando o rádio começou a tocar "Can't buy me love" dos Beatles. Assim que começou a música, um dos amigos do Elvis abaixou o volume. Era o ano de 1964 e aqueles garotos de Liverpool conquistavam a América. Elvis fazia filmes que não atraia mais a atenção do público e as trilhas sonoras não atingiam o topo das paradas de sucesso. Até porque o topo das paradas de sucesso era dos Beatles.

Mas essa situação mudou em 1968. Enquanto os Beatles entravam em crise, Elvis Presley voltou triunfante ao estrelato com o seu especial para a NBC. O "Comeback Special" trouxe de volta o roqueiro do "Heartbreak Hotel", "Hound Dog". Elvis se vestiu de couro preto para mostrar que o rock and roll borbulhava em suas veias. Se os Beatles se desmanchavam enquanto banda, Elvis ressurgia triunfante perante as câmeras de televisão. O sucesso do "Comeback" foi tamanho que o Hotel Internacional em Las Vegas lhe ofereceu um contrato para uma série de shows no ano seguinte.

Elvis estava preparado para este momento. Foram longos nove anos sem se apresentar ao vivo. Ele estava esbelto, bronzeado do sol havaiano, sua voz mais forte demonstrava o seu amadurecimento musical. Eis que no dia 31 de julho de 1969, Elvis fez seu primeiro show ao vivo depois de quase dez anos. No repertório, um misto de músicas novas, do seu novo disco lançado naquele ano, e os clássicos que o fizeram ser o Rei do Rock. "Suspicious Mind" se tornou o hino dessa fase "Las Vegas" de sua carreira. Não tem como ouvir essa música sem lembra-lo no palco ao vivo.

Infelizmente não temos os registros de imagens dessa volta triunfante do Rei, mas o som sim, graças a Deus nós temos os registros sonoros das músicas cantadas por Elvis nesta primeira fase no Hotel Internacional. Dali até 1977, ele percorreria os EUA muito mais do que qualquer candidato presidencial. Nessa volta triunfante de Elvis, os Beatles não foram obstáculos. Ao invés de baixar o volume do radio, ele cantou algumas dos seus fãs de Liverpool.

PERISCÓPIO
Julian Lennon teve que dividir o pai e uma música com os fãs dos Beatles

John Lennon e Cynthia Powell se casaram em 1963. Ela estava grávida do primeiro filho do casal. Brian Epstein, empresário dos Beatles, escondeu tanto o casamento quanto a gravidez. No começo da Beatlemania, um beatle sem aliança no dedo era fundamental para o sucesso entre as meninas. O filho do casal nasceu e foi batizado como Julian Lennon.

Não seria fácil para aquele menino ser um filho de um beatle ainda mais no auge da Beatlemania. Julian cresceu sem a presença do pai que estava em turnê, correndo dos fãs, fazendo shows e gravando discos. A situação se complicou em 1968, quando John e Cynthia se separaram. Pobre menino! Foi neste momento que apareceu Paul McCartney para lhe dar uma dose de ânimo homenageando com uma música que entraria para a história. Paul não era apenas parceiro musical de John. Era um amigo da família.

Paul fez uma visita a Julian. Os pais se separando, o menino precisava ser firme. Ele cantarolou uns versos "Hey Jules, don't make it bad". Ao voltar para casa, Paul percebeu que aqueles versos dariam uma boa música e resolveu trabalhar nela. Papel, caneta e piano: eis a fórmula do sucesso. Paul apresentou a música para John. Ao invés de "Hey Jules", "Hey Jude"

A música começou a ser gravada em 29 de julho de 1968. Com seus 7:10 minutos de duração, Hey Jude foi lançada em single e chegou ao topo da parada de sucessos. Como se não bastasse dividir o pai com todo mundo, a música feita para ele foi dividida com milhões de fãs dos Beatles para toda a posteridade.

PERISCÓPIO
Saindo de Goiânia só para visitar Brasília

Muita gente veio para Goiânia no intuito de conhecer Brasília; para chegar ao Plano Piloto, era preciso passar pela capital goiana

PERISCÓPIO
A primeira visita do Papa Francisco ao Brasil

Jornada Mundial da Juventude de 2013 aconteceria no Rio de Janeiro

PERISCÓPIO
“That’s all right, mama”: a música que acompanhou toda a carreira de Elvis Presley

Em 19 de julho de 1954, Elvis lançava seu primeiro single