“A minha impressão é a de todos nós: é o ressurgimento, nesta campanha cívica, da própria nacionalidade. É o Brasil que se levanta sob o sobro renovador das ideias liberais” Pedro Marques, presidente da Câmara mineira.

O Rio de Janeiro estava em festa para a convenção nacional da Aliança Liberal, que aconteceu em 20 de setembro de 1929. Como as eleições presidenciais aconteceriam em 15 de março do ano seguinte, os partidos apresentavam seus candidatos meses antes. A Aliança Liberal era formada pela oposição ao governo Washington Luís. Na convenção, os nomes de Getúlio Vargas, para Presidente da República, e de João Pessoa, para a Vice-Presidência foram ovacionados. Talvez não tanto quanto o nome do presidente de Minas Gerais (como eram chamados os governadores estaduais naquela época) Antônio Carlos. Ele rompeu com São Paulo, abandonou a política do café com leite e se juntou com a oposição à República Velha.

A partir daquele 20 de setembro de 1929, começavam duas campanhas presidenciais: a da Aliança Liberal e a governista, cujos nomes eram o de Júlio Prestes e Vital Soares. O voto era aberto, não tinha Justiça Eleitoral e as fraudes rolavam soltas. Logo, a vitória do candidato governista era praticamente assegurada. Mas, a força da oposição abalou a estrutura das oligarquias que comandavam o Brasil. Tanto é que um ano depois, essa estrutura seria demolida por uma força revolucionária. A Aliança Liberal não veio a passeio.