“Chacrinha continua balançando a pança
E buzinando a moça, e comandando a massa
E continua dando as ordens no terreiro

Alô, alô, seu Chacrinha, velho guerreiro
Alô, alô, Terezinha, Rio de Janeiro
Alô, alô, seu Chacrinha, velho palhaço
Alô, alô, Terezinha, aquele abraço!

Gilberto Gil mandou um salve para Chacrinha em sua música “Aquele Abraço” de 1969.

“Abelardo Barbosa está com tudo e não está prosa!” Chacrinha foi um dos maiores comunicadores do Brasil de todos os tempos. Começou no rádio, mas foi na televisão que o Velho Guerreiro nascido em 30 de setembro de 1917 fez história. Ele trabalhou em várias emissoras como a Tupi, Bandeirantes e Globo.

Chacrinha fazia um programa irreverente. Há quem diga que ele era mais tropicalista do que Caetano e Gil juntos. Chacrinha jogava o bacalhau da Elke Maravilha para o público, tocava sua famosa buzina no ouvido do calouro desafinado, fazia o concurso do homem mais feio do Brasil. Seu programa era gravado do Teatro Fênix, no Jardim Botânico, Rio de Janeiro. Próximo ao teatro tem uma estátua em sua homenagem.

No “Livro do Boni”, lançado em 2011, o todo poderoso diretor da Globo lembra o tanto que era difícil impor regras para Chacrinha. Várias vezes o programa extrapolava o seu tempo e tome discussão entre os dois.

Em 1988, Chacrinha já não tinha mais a mesma energia de antes. Sua saúde estava debilitada. Em seus últimos programas, Chacrinha dividiu a apresentação com João Kleber. Ele morreu em 30 de junho daquele ano. No dia 2 de julho, a Globo transmitiu o seu último programa. Mas, até hoje, sua buzina continua tocando aqui e acolá.