Música

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“Green book: o guia” música e preconceito

O título remete ao “The Negro Motorist Green Book”, também conhecido como “The Negro Travelers’ Green Book”, um guia publicado entre os anos de 1936 e 1966, com a função de ajudar afrodescendentes a encontrarem estabelecimentos nos quais fossem aceitos

Aaron Carter é encontrado morto em casa, aos 34 anos

Cantor ficou popular ao fim da década de 90, quando lançou seu primeiro álbum, aos 9 anos de idade

Muito além da música sertaneja

Muito se fala em Goiânia como a capital da Música Sertaneja. É inegável a força desse segmento musical na capital. No entanto, com um olhar mais atento, encontraremos música boa e variada, que vai muito além da afamada música sertaneja.

A programação de Goiânia conta com atrações musicais para todos os gostos. Há casas inspiradas em festivais como o Woodstock Rock Bar, Jazz, Blues.

Não são poucos os bares com shows de rock à batalha de MCs, do samba à orquestra, rimas elaboradas do rap, batida contagiante do hip-hop e a inconfundível melodia do soul marcam um dos cenários musicais da capital goiana. Sem contar com bares que oferecem variadas vertentes do chorinho.

No Centro Cultural Oscar Niemeyer, bem como no Teatro Goiânia e Centro Cultural UFG, há inúmeras atrações para os amantes da música de concerto.

Orquestra Filarmônica de Goiás, Antônio Meneses e Maestro Neil Thomson
Centro Cultural Oscar Niemeyer

Parece incrível! Mas o Festival de música erudita mais antigo do Brasil, em edições contínuas, foi realizado em Goiânia no ano de 1964.

Segundo a professora Maria Helena Jayme Borges:

“O grande acontecimento de 1964 foi à realização do I Festival de Música Erudita do Estado de Goiás de 19 a 27 de setembro. Os professores, alunos e servidores do Conservatório, compreendendo o alto sentido e as vantagens pedagógicas e sociais daquele evento, não mediram esforços para realização do festival, sendo essa a primeira vez que empreenderam um trabalho de tamanho vulto”.

Já se vão 44 Festivais de Música promovidos pela Universidade Federal de Goiás. Eventos realizados em Goiânia que contam parte da história da música em Goiás.

Festivais de Música da EMAC/UFG

Desde sua primeira versão, como I Festival de Música Erudita do Estado de Goiás os festivais trouxeram para Goiânia, reconhecidos nomes do cenário brasileiro e internacional: instrumentistas, cantores, compositores, regentes e educadores musicais, que deixaram sua marca na formação dos músicos em Goiás.

O I Festival trouxe para Goiânia a regente e compositora carioca Maria Luiza de Mattos Priolli (1915 - 2000), ministrando o curso de Análise e Didática do Ritmo e Som; o renomado pianista Arnaldo Estrela (1908 -1980), o curso de Didática do piano e interpretação pianística e o compositor e musicólogo alemão naturalizado brasileiro Bruno Kieffer (1923 – 1987), ministrando os cursos de Apreciação musical, Estética e História da Música.

Maria Luiza de Mattos Priolli (1915 - 2000); Arnaldo Estrela (1908 -1980) e Bruno Kieffer (1923 – 1987)
Maestro Isaac Karabtchewsky (1934)

Além de cursos, a primeira versão do Festival ofereceu ao público goiano recitais com a participação dos violinistas Nathan Schuwartzmann e Mariuccia Iaconino, das pianistas Belkiss, Arnaldo Estrella e Heloisa Barra, da Mezzo Soprano Honorina Barra, do flautista Lenir Siqueira, do oboísta Paulo Nardhi, do clarinetista José Botelho, do trompista Jairo Ribeiro, do fagotista Noel Devos e ainda contou com a presença Maestro Isaac Karabtchewsky regendo o Madrigal Renascentista.

Não por acaso, atualmente o Festival leva o nome de sua idealizadora, a musicista goiana Belkiss S Carneiro de Mendonça (1928 – 2005).

Belkiss S Carneiro de Mendonça (1928 – 2005)

Musicista reconhecida internacionalmente, Belkiss Spenzièri projetou o Brasil com seus concertos, sempre valorizando e divulgando a música brasileira. O festival que a homenageia será realizado pela Universidade Federal de Goiás através da Escola de Música e Artes Cênicas entre os dias 06 e 11 de novembro de 2022 em Goiânia.

Além do 45º Festival internacional de Música Belkiss Spencieri Carneiro de Mendonça que será realizado entre os dias 06 a 11 de novembro, haverá o 2º Festival de Música Popular “Jarbas Cavendish”; de 11 a 14 de novembro; e o XV Festival Universitário de Artes Cênicas de Goiás - FUGA 15, bem como a VII Mostra Universitária de Direção de Arte - Pontos de Fuga 7 realizados entre 16 a 25 de novembro.

Em Goiânia realmente acontecem muitos eventos além da música sertaneja.
Para encerrar, relembraremos a pianista que dá nome ao festival, ouviremos o “LP” Belkiss Carneiro de Mendonça (Copacabana COLP 12.550), lançado em 1980, Disponibilizado no YouTube pelo Instituto Piano Brasileiro - IPB.

Belkiss S Carneiro de Mendonça (1928 – 2005)

Observe a interpretação precisa e brilhante da pianista Belkiss.

https://youtu.be/OWcsg_tnOyA

Lenda do rock Jerry Lee Lewis morre aos 87 anos

Cantor e pianista fez história com clássicos como 'Great balls of fire', na década de 50

Martha Argerich toca com tamanha profundidade, emoção e risco, que encanta plateias de todo o mundo

A história da pianista argentina é também sobre alguém com dons fora do padrão tentando encontrar um jeito de viver uma vida casual

“É possível encontrar pianistas tão excepcionais quanto Nelson Freire, mas não melhores”

O pianista brasileiro considerava o piano como se fosse uma pessoa. Em cada interpretação iluminava a obra com um inigualável poder de recriação

Dia do Compositor Brasileiro: uma criação de Herivelto Martins

O cantor e compositor foi grande incentivador da música brasileira e colaborou grandemente para a valorização dos músicos no país

Chris Martin tem infecção pulmonar e Coldplay adia shows no Brasil

Comunicado anunciou transferência de apresentações em São Paulo e Rio de Janeiro para 2023

Marcos Portugal e o hino à independência do Brasil

De acordo com uma versão divulgada pelo historiador e parlamentar político, Eugênio Egas, em 1909, a música teria sido composta pelo Imperador na tarde do mesmo dia da Independência do Brasil

Sigismund Ritter Neukomm, compositor austríaco, influenciou a música brasileira

Ele ficou no Brasil de 1816 e 1820 e ministrou aulas de música para a Família Real e membros da elite carioca. Ajudou José Mauricio Nunes Garcia e Francisco Manuel da Silva

Elizabeth II: uma rainha que adorava música

Elizabeth gostava de trilhas sonoras de musicais e de músicas da Guarda Britânica

200 anos da independência do Brasil – surpresas e curiosidades

Estamos a celebrar os 200 anos da Independência do Brasil no dia 7 de setembro. A data carrega muitos significados históricos, culturais e políticos. Com uma independência que não aconteceu da noite para o dia, vários fatos no decorrer da história brasileira, foram perdidos pelo caminho.
Uma dessas histórias é a do nosso tradicional Hino Nacional Brasileiro.

Representando um dos quatro símbolos oficiais da República Federativa do Brasil, o Hino Nacional Brasileiro, tão ouvido, cantado e reverenciado possui algumas curiosidades históricas.

O Hino Nacional Brasileiro que conhecemos hoje, não foi composto com a essa finalidade. A melodia de Francisco Manoel da Silva (1785-1865), que tem letra de Joaquim Osório Duque Estrada (1870-1927), foi incorporada ao hino original cerca de quarenta e quatro anos após a morte do compositor da melodia.

“O maestro Francisco Manuel ditando o hino nacional”
Óleo sobre tela (1850) por José Correia de Lima  (1814 -1857)

O maestro e compositor Francisco Manoel da Silva nasceu no Rio de Janeiro e deixou boa quantidade de obras, que estão espalhadas em arquivos cariocas, mineiros e paulistas e abrangem música sacra, modinhas e lundus, além do famoso Hino Nacional Brasileiro.

Francisco Manoel teve grande destaque na vida musical do Rio de Janeiro no período compreendido entre a morte de Padre José Maurício Nunes Garcia (1830) e o apogeu de Carlos Gomes (Segundo Império), e muito contribuiu para a história da música no Brasil, pois fundou, entre outras instituições, o Conservatório Imperial de Música (1848).

Museu Nacional, onde funcionou o Conservatório de Música de 1848 a 1854,
Campo da Aclamação, atual Praça da República.

Quando, em 7 de abril de 1831, D. Pedro I (1798-1834) foi  aconselhado a renunciar e abdicar do trono em favor de seu filho Pedro II (1825-1891), a época com apenas 5 anos de idade, Francisco Manoel compôs a música do atual hino que, em primeira execução, apareceu com letra de Ovídio Saraiva de Carvalho e Silva.

Em 1841, na coroação de Pedro II, esse hino foi executado novamente, com letra diferente da primeira - e de autor desconhecido. A melodia seguiu sendo executada sem letra, em solenidades civis e militares, até a Proclamação da República em 1889. 

Coroação de Pedro II, 18 de dezembro de 1841
Obra de 1824 retrata o ato de coroação de D. Pedro II.
Óleo sobre tela, 2,38 x 3,10 m, de François-René Moreaux (1807-1860)

Considerando uma herança do Império, em janeiro de 1890,  houve um concurso, no Teatro Lírico do Rio de Janeiro, para a escolha, entre 29 candidatos, de um novo Hino Nacional Brasileiro que representasse a República Brasileira.

O vencedor do concurso foi Leopoldo Miguéz (1850-1941). Curiosamente, depois de executados os hinos concorrentes e escolhida a obra de Miguéz, o proclamador da República, Marechal Deodoro da Fonseca (1827-1892), preferiu o Hino de Francisco Manoel e o manteve como Hino Nacional apresentado sem letra.

Leopoldo Miguéz (1850-1941)

Deodoro da Fonseca  decidiu então que ao vencedor da música, Leopoldo Miguéz, e letra, José Joaquim Medeiros e Albuquerque, caberia o título de “Hino da Proclamação da República”. O Brasil passava então a ter o seu hino oficializado, porém, de forma incompleta, pois, faltava-lhe a letra.

Marechal Deodoro da Fonseca (1827-1892)
óleo sobre tela, (1892) 75 X 60 cm por Benedito Calixto (1853 – 1927)

O vencedor do concurso foi Leopoldo Miguéz (1850-1941). Curiosamente, depois de executados os hinos concorrentes e escolhida a obra de Miguéz, o proclamador da República, Marechal Deodoro da Fonseca (1827-1892), preferiu o Hino de Francisco Manoel e o manteve como Hino Nacional apresentado sem letra.

Assim, oficializado o concurso, foi assinado o Decreto n° 171, de 20.01.1890, que conservava o “Hino Nacional” e adotava o “Hino da Proclamação da República”.

Tal situação permaneceria ignorada até julho de 1909, quando o governo instituiu um novo concurso “para escolha de uma composição poética a se adaptar com todo o rigor à melodia do Hino Nacional”.
O vencedor desse concurso foi o poeta Joaquim Osório Duque Estrada (1870-1927) que ainda esperaria vários anos para afinal ser declarada oficialmente a letra do “Hino Nacional Brasileiro”, pelo Decreto n°15.671, de 06.09.1922.  

 Ouviremos uma gravação histórica da música de Francisco Manoel da Silva com letra de autor desconhecido utilizado na celebração nacional, em 1840, na coroação do jovem dom Pedro II de Bragança.

Observe, foi um hino tão representativo do império, que até os dias de hoje, é um dos símbolos oficiais da República Federativa do Brasil.


https://www.youtube.com/watch?v=9TBlvmwix2g

Franz Joseph Haydn (1732 -1809)

Um dos compositores mais importantes do classicismo, com uma produtividade insana, Haydn compunha de maneira constante

Estercio Marquez Cunha: o compositor goiano é tema de curta-metragem

"Estercio é um dos compositores mais prolíficos do cerrado"