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Publicação de todos os contos revela uma Clarice Lispector poderosa como escritora

Nem tudo de Clarice Lispector é bom, mas muito da autora é excelente

Livro resgata duelo econômico entre Keynes e Hayek, tido como o maior da história

O inglês Keynes e o austríaco Hayek são dois dos mais importantes pensadores econômicos do século 20

Perito da Unicamp diz em livro que é verdadeira gravação de Júnior Friboi admitindo cartel da carne

Ricardo Molina relata que o empresário, ex-sócio da JBS-Friboi, assinala na gravação que o Friboi havia assinado um contrato de gaveta com o BNDES

Tentando se livrar da depressão, cartunista Angeli não vai produzir tirinhas pra Folha de S. Paulo

Thaïs Gualberto, autora da série “Olga, a Sexóloga”, vai substitui-lo na “Ilustrada”, caderno de entretenimento do jornal

Joice Hasselmann lança livro sobre Sérgio Moro, o juiz que prende e condena corruptos

A ex-apresentadora da TV Veja vai além da Operação Java Jato e mostra as ações anteriores do magistrado que atua no Paraná Sérgio Moro 1 capa do livro A jornalista Joice Hasselmann (foto abaixo), ex-apresentadora da TV Veja, lança o livro “Sérgio Moro — A História do Homem Por Trás da Operação Que Mudou o Brasil” (Universo dos Livros, 208 páginas). O livro já pode ser encomendado nas principais livrarias do país. Na Livraria Cultura custa R$ 39,90, na Amazon vale R$ 29,31 e na Livraria Travessa custa R$ 31,52. Sinopse do livro divulgado pela Editora Universo do Livro: “Afinal, quem é Sérgio Moro? Teria ele motivações para agir com justiça diante de políticos? Como ele consegue manter a serenidade diante dos ataques sofridos? Ele pensou em desistir? Como será o Brasil depois de sua atuação? Será que ele pretende limpar toda a corrupção do Brasil? “Sérgio Moro — A História do Homem Por Trás da Operação Que Mudou o Brasil” é um mergulho no caso conhecido como o maior escândalo de corrupção do país. Aqui, a autora imerge no passado e na trajetória do juiz de primeira instância que atuou contra famosos casos de corrupção até liderar a investigação da Operação Lava Jato com o Ministério Público e a Polícia Federal. Joice Hasselmann 2 “O leitor conhecerá também o caso do Banestado” — que remete “ao final da era Fernando Henrique Cardoso, e do Mensalão, duas investigações de grande importância que contaram com o trabalho de Moro. “A ideia deste livro é entender o ‘fenômeno Moro’ e, por meio de conexões, será possível conhecer a carreira do magistrado que está mudando o país. Para além do espírito verde-e-amarelo dos protestos, mostraremos quem é o homem por trás do mito. Percorra essas páginas e compreenda a grande personalidade na busca pela verdade sobre a Operação Lava Jato. Descubra o que a República do Paraná fez pelo restante do país.”

Desejar a morte da deputada Adriana Accorsi mostra o nível do debate “político” nas redes sociais

A delegada foi assaltada, ao lado da filha Verônica, e pessoas sugeriram que deveria ter sido morta por ser do PT

Economista propõe ajustes no Bolsa Família e universidade gratuita para quem não pode pagar

O doutor em economia Ricardo Paes de Barros, professor do Insper, sugere o congelamento do salário mínimo e o aumento do salário-família

Perito Ricardo Molina lança livro e diz que telefone de Dilma Rousseff não foi grampeado

3282e6ad-ca0c-4968-ac81-85c8289bd56eUm livro que parece imperdível será lançado pela Editora Record: “O Brasil na Fita — De Collor a Dilma, do Caso Magri à Lava Jato, O Que Vi e Ouvi em Mais de Vinte Anos” (406 páginas), do perito Ricardo Molina, professor-doutor da Unicamp. Um dos temas quentes é o exame das conversas entre a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula da Silva. Aliados do petista-chefe queriam saber se o telefone da gestora federal havia sido grampeado. A perícia constatou que não havia sido. O Caso Magri foi investigado por Ricardo Molina (o capítulo pode ser lido na internet). Antônio Rogério Magri era ministro do Trabalho de Fernando Collor. Numa conversa gravada, admitiu que havia recebido um pixuleco — de fato, era um pixuleco — de 30 mil dólares.

Por falta de apoio para pesquisa, neurocientista Suzana Herculano-Houzel troca o Brasil pelos EUA

2342 A revista “Piauí” publicou um artigo espantoso de Suzana Herculano-Houzel — “Bye, bye Brasil” —, no qual a neurocientista explica os motivos pelos quais está trocando o Brasil pelos Estados Unidos. O país abençoado por Deus não incentiva a pesquisa e as universidades não valorizam o esforço criativo, diferenciado, optando por igualar todos (talentosos e medíocres ganham a mesma coisa). Não há dinheiro, mesmo o básico, e sequer espaço para laboratórios. Depois de muito relutar, a notável Suzana Herculano-Houzel aceitou convite para ser professora associada dos departamentos de Psicologia e de Ciências Biológicas da Universidade Vanderbilt, que “abrigarão” seu laboratório. “Terei escritórios amplos em ambos os prédios. Minha carga de aulas não precisa ser mais do que trinta horas por semestre. Com estabilidade e salário mais do que confortável, poderei dedicar todo o resto do tempo à minha pesquisa.” Em Harvard, Suzana Herculano-Houzel foi recebida com tapete vermelho. Um chefe de departamento disse-lhe: “Harvard só se interessa por pessoas que estão mudando o mundo — como você”. No Brasil, como faz pesquisa a sério, mas não é militante política, especialmente de esquerda, a cientista é tratada praticamente como pária. Pior para o país e melhor para os Estados Unidos.

Bernardo Pericás lança biografia notável de Caio Prado Júnior

Livro de historiador examina a trajetória do intelectual rigoroso e militante da esquerda

Análises de “O Popular” são tudo, menos análises. São comentários perfunctórios

É louvável que, ao lado ou abaixo de uma reportagem, “O Popular” publique o que chama de “análise”. Percebe-se, porém, que a maioria das ditas análises pode ser tudo, menos análises. São comentários leves, perfunctórios, insossos — não raro repetindo o conteúdo das reportagens. O editor-executivo Fabrício Cardoso, jornalista de inegável talento — suas crônicas são muito bem escritas —, aos poucos, por certo, vai redimensionar o recurso, válido, mas, no momento, mal utilizado. Com uma redação composta por jornalistas competentes, o jornal tem condições de melhorar suas análises. De torná-las, de fato, análises.

Militar russo de 25 anos morreu para salvar Palmira do controle do Estado Islâmico

rambo-russo-OK A história do soldado Alexander Prokhorenko (foto acima) comoveu a Rússia. O militar russo, de 25 anos, segundo relato do jornal espanhol “La Vanguardia”, “lutou durante várias semanas para liberar a antiga cidade síria de Palmira até que foi cercado por militares do Estado Islâmico”. Com receio de ser capturado e torturado, Prokhorenko “decidiu morrer com dignidade e chamou um ataque aéreo sobre sua própria posição. O jovem sacrificou sua própria vida para poder recuperar, com isso, um ponto de vital importância que estava nas mãos de jihadistas desde maio” de 2015. “No seu último contato com integrantes do Exército da Rússia, o jovem pediu que dissessem à sua família o quanto a amava e que vingassem sua morte.” O governo russo revelou a identidade do soldado heroico na semana passada e o homenageou. O presidente Vladimir Putin outorgou-lhe o título de Herói da Federação da Rússia. Prokhorenko está sendo chamado de o “Rambo russo”. A mulher de Prokhorenko, Ekaterina — estavam casados há 18 meses —, espera o primeiro filho. Ela não sabia que o marido estava numa missão secreta do Exército da Rússia na Síria. A função dele era entrar no território dos jihadistas e informar, passo a passo, as coordenadas dos locais onde estavam os integrantes do Estado Islâmico — para que fossem bombardeados por aviões russos.

Livro de historiador explica por quais motivos o ex-presidente Fernando Collor sofreu impeachment

Roubava-se no governo de Fernando Collor, com PC Farias na comissão de frente, e o presidente não articulava com o Congresso Nacional e com as elites empresariais

Jornal de Brasília contrata Jorge Eduardo como editor e Hélio Doyle como colunista

O “Jornal do Brasil” demitiu metade de sua redação, alegando contenção de despesas. Na semana passada, anunciou a contratação do jornalista Jorge Eduardo para o cargo de editor-executivo. Trata-se de um jornalista competente, que, aliado a outros profissionais, terá condições de melhorar o jornal. Hélio Doyle, professor apo­sentado da UnB, será um dos colunistas do “JBr”.

Morte de Tonhão, baterista de primeira linha e jogador de futebol de estilo parecido com o de Dunga

Tonhão Carabina, que tocou num conjunto musical de Porangatu e tinha pouco mais de 50 anos, teve um infarto Antônio Carabina 2 10552620_358291974326898_1219436808275260526_n A infância é a cicatriz eterna na vida e na alma de um indivíduo. O que está lá nunca é esquecido, mesmo que às vezes se precise de um exercício, de se forçar a memória, para que os fatos venham à tona com nitidez. Lembro-me de minha infância — nem falo da adolescência — com relativa precisão. Por vezes, quando estou deitado, penso sobre minha vida em Porangatu, onde vivi de 1961, quando nasci, a 1979, quando mudei para Goiânia. Era uma vida disciplinada, dado ter um pai, Raul de França Belém, rigoroso, normativo. Ainda assim, havia liberdade para pescarias, futebol, bolinha de gude (o Artur da vó Conduxa tinha as melhores bolinhas americanas, presentes dos padres franciscanos, salvo engano), bete, finca, pique-esconde, queimada (não era negócio só de mulher, não), peão (ou pião, como dizíamos). Nós fazíamos carrinhos a partir de latas — quadradas — de óleo comestível (de um litro), com molas, e com pneus extraídos de sandálias havaianas. As mães tinham de brigar para que não pegássemos as “lambretas” novas. Nos carrinhos transportávamos gado (feito de ossos de vacas e, na época da fruta, de manga verde; as "pernas" eram palitos de fósforos usados). As estradas e pontes eram feitas nos quintais. Entre as décadas de 1960 e 1970, não se tinha a fartura de brinquedos que se tem hoje. Nosso sonho era ganhar um carrinho de loja, uma bola dente de leite ou de “capotão” e um kichute. Comecei a jogar futebol muito cedo e não estou sendo cabotino quando digo que era craque. Neilton Borges, um de meus melhores amigos durante toda a infância e adolescência, é uma das minhas testemunhas. Jogávamos futebol todos os dias, à tardinha, até escurecer, no campinho da Praça da Matriz, que alguns chamam de Praça Velha (meu pai detestava quando diziam Praça Velha). Éramos uma grande família, unida e solidária. De vez em quando, por causa de uma entrada mais dura e de palavrões mais candentes, a gente brigava, ficava de mal, mas, no dia seguinte, estava lá jogando, como se nada tivesse acontecido. Carlão do conjunto The Brothers 10366020_595503177272442_490347335068237923_n Lembro-me de cada jogador e de sua características. Milton, o Pituca, era um driblador insuperável, um craque. Antônio Oliveira, o Tonhão do Conjunto (foto acima), era um marcador implacável, uma espécie de Dunga. O filho de Nicinha e irmão do Paulo e do Carlão era esfuziante, barulhento, amigo e agregador (quando aparecia, a roda logo se formava). Sua especialidade eram os chutões, as entradas duras, mas leais. Zezinho (o Zezinho da dona Luzia) era o nosso Nelinho. Quando chutava todo mundo saía da frente. Não era muito calmo (quando apelava, fechava o semblante), mas era (e é) uma excelente pessoa. Carlos, irmão de Pituca, era veloz e bom jogador. Poucos tinham a energia e a brabeza de Zé Adilson, irmão de Pituca e Carlos. Modesto não era craque, mas era firme. Nilton e Neilton, irmãos de Pituca, Carlos e Zé Adilson, eram bons jogadores. Nilton, grande figura humana, sempre gentil, não era um cracaço. Neilton jogava melhor. João Bereta, sempre amigo e cordato, era o nosso perna de pau. Eu, embora pequeno e frágil fisicamente, era um excelente driblador (depois, passei a jogador no infanto-juvenil do Porangatu. O técnico era o Chapa e um dos craques era o João Roberto Naves, filho do Raulino Naves. Outros bons jogadores eram o Teves, o Periquito e o Valdemarzinho). Nós éramos peladeiros. Sobretudo, nada era tão prazeroso quanto nossos jogos de todos os dias. Tonhão, que os mais ousados chamavam de Mucura, era um sujeito de uma energia impressionante. Bravo, sorridente, amigo. Ele e os irmãos Paulo e Carlão formaram um conjunto musical e sobreviviam disso. Tonhão era o baterista e Carlão (acima) tinha um belo vozeirão, no estilo de Orlando Silva. Eram artistas de qualidade, afinados, de repertório eclético — cantavam e tocavam muito bem. Animavam festas e tocaram em festivais. Nossa geração tinha o maior respeito pela família do conjunto — The Brothers. Carlão morreu há pouco tempo. Tonhão, que se apresentava como Antônio Carabina, inclusive no Facebook, morreu na quarta-feira, 4, com pouco mais de 50 anos. Era jovem e forte, mas teve um infarto. É uma parte de minha infância e adolescência que desaparece, mas fica como memória. Dream time A fotografia antiga registra, segundo Neilton Borges, “o melhor time de todos os tempos”. A legenda é de sua autoria: “Pituca, Zé Malha Doze (fazia rede de pesca), João Bereta (tinha uma bereta de dois canos que nunca atirou), Zé Adilson, Modesto, Tonhão Carabina (cabeludo e baterista dos bons), Nilton Borges, Neilton Borges, Euler Belém”. Euler Belem foto de minha infância 541190_423354974347130_43476842_n