Imprensa
A Companhia das Letras lança, em junho, mais um livro da jornalista e escritora bielorrussa Svetlana Aleksiévitch, Nobel de Literatura de 2015: “A Guerra Não Tem Rosto de Mulher” (392 páginas, tradução de Cecília Rosas). Quase 1 milhão de soviéticas lutaram (muitas morreram) na Segunda Guerra Mundial. Mas a história não se “lembra” delas.
Release da editora: “A história das guerras costuma ser contada sob o ponto de vista masculino — soldados e generais, algozes e libertadores. Trata-se, porém, de um equívoco e de uma injustiça. Se em muitos conflitos as mulheres ficaram na retaguarda, em outros estiveram na linha de frente.
“É esse capítulo de bravura feminina que Svetlana Aleksiévitch reconstrói neste livro absolutamente apaixonante e forte. Quase um milhão de mulheres lutaram no Exército Vermelho durante a Segunda Guerra Mundial, mas a sua história nunca foi contada. Svetlana Alexiévitch deixa que as vozes dessas mulheres ressoem de forma angustiante e arrebatadora, em memórias que evocam frio, fome, violência sexual e a sombra onipresente da morte.”
De Svetlana Aleksiévitch, a Companhia das Letras já publicou o magnífico “Vozes de Tchernóbil — A História Oral do Desastre Nuclear” (383 páginas, tradução de Sonia Branco) e pretende editar seus outros livros, como “O Fim do Homem Soviético — Um Tempo de Desencanto” (Porto Editora, 469 páginas, tradução de António Pescada), editado em Portugal.

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A jornalista e escritora da Bielorrússia recebeu o Prêmio Nobel de Literatura porque escreveu uma obra devastadora, ancorada em depoimentos de pessoas comuns, sobre o sofrimento provocado pelo acidente nuclear

[caption id="attachment_66570" align="alignleft" width="620"] Ricardo Melo e Laerte Rimoli: jornalistas competentes e sérios[/caption]
Não há referências desabonadoras à trajetória profissional de Ricardo Melo. Mas o fato de tentar “permanecer” como diretor-presidente da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), num governo que não o indicou, sugere que seus patrocinadores, os petistas, querem deixar um cavalo-de-troia na gestão do presidente Michel Temer.
Ao reivindicar o cargo, alegando que a lei lhe confere um mandato de quatro anos, o jornalista abdica de entender o que é legítimo e decente. Perde-se em abstrações atípicas num jornalista de sua experiência, exímio conhecedor do que é a realpolitik. Ora, se era indicado pela presidente Dilma Rousseff, e se ela foi afastada, nada mais natural, até por uma questão ética e de legitimidade, que Ricardo Melo pedisse demissão imediatamente.
Porém, talvez instigado pelos petistas, decidiu “manter-se” no cargo. Faz bem Michel Temer ao mudar as regras da EBC. Se o diretor não é sabatinado pelo Senado, se não é eleito, não deve mesmo permanecer no cargo no caso de mudança do titular do governo, se este não o quiser.
Jornalistas que “trotam” ao lado dos petistas apressaram-se na tentativa de desqualificar o indicado por Michel Temer. Repórteres apresentaram Laerte Rimoli como ligado ao deputado federal Eduardo Cunha e ao senador Aécio Neves — sem esclarecer com precisão quem o indicou.
O fato é que o PT queria — e quer — manter nacos de poder no governo de Michel Temer, que, por uma questão de autoridade, não aceita. É uma pena que um profissional sério, como Ricardo Melo, esteja se sujeitando ao papelão de “agente rebelde” e “infiltrável” do PT.
“Mário de Andrade — Exílio no Rio” (Autêntica, 226 páginas), de Moacir Werneck de Castro, é o livro mais desabrido sobre Mário de Andrade, o Ezra Pound dos trópicos. Não destrata o poeta, prosador e crítico literário, mas é o que mais vasculha sua vida sexual. Há quem aponte que o autor de “Macunaíma” era homossexual, bissexual ou pansexual.
O livro não é, porém, tão-somente sobre a vida sexual do autor de Macunaíma. É sobre o intelectual e homem múltiplo que era Mário de Andrade. Ele e Moacir Werneck de Castro eram amigos.
Mário de Andrade viveu no Rio entre 1938 e 1941, longe de sua São Paulo, a Pauliceia Desvairada.

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