Portais e colunistas, se querem fazer jornalismo, devem consultar os médicos do ex-presidente e o próprio Lula. É o decente

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Há quem acredite que, na democracia, a crítica não tem limite. Nas páginas de humor, por vezes, a falta de limite é aquilo que melhora a criação. Porém, quando se está reportando a sério, certos limites, impostos pela responsabilidade e decência, são essenciais. Recebo, desde quarta ou quinta-feira, informações de que o ex-presidente Lula da Silva está doente e se tratando no Hospital Sírio-Libanês. De fato, há algum tempo, o petista-chefe se tratou de um câncer neste hospital — um dos melhores da América Latina (a fotografia abaixo mostra o ex-presidente no hospital, ao lado de sua mulher, Marisa Letícia). Estaria de volta às mãos de seus médicos?

O site Pensa Brasil, que estaria ecoando o jornalista Cláudio Humberto, do jornal “Metro”, publicou que Lula da Silva não está bem e retornou ao Sírio-Libanês para exames e tratamento. O Instituto Lula garante que se trata de boato inventado pelo Pensa Brasil. O propósito do portal, segundo o Instituto Lula, é “enganar a população brasileira com notícias inventadas”. O ex-presidente teria se tornado uma espécie de “alvo” de sites, jornais e jornalistas, na interpretação de seus aliados. As redes sociais massificaram o “boato”, que, na prática, se tornou “verdadeiro”. Diz-se, comumente: “Onde há fumaça… há fogo”.

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O Instituto Lula assegura que check-ups regulares mostram que Lula da Silva está bem, inclusive praticando exercícios físicos quase que diariamente.

Se os sites e colunistas querem fazer humor, tudo bem: escrevam o que passa por suas cacholas. Agora, se querem fazer jornalismo, que ouçam o próprio Lula, o Instituto Lula — seu porta-voz —, seus advogados e seus médicos no Hospital Sírio-Libanês. Se não fizerem isto, estarão propagando informações falsas, boatos, e apostando que a maldade gratuita pode e deve ser um instrumento da política, da pequena política.