Por Thiago Araújo

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Lei da Palmada institui a paternidade análoga à escravidão

Idealizada por pesquisadores da USP, com o apoio da ONU, a criminalização da palmada tem como objetivo abolir o pátrio poder, impondo às famílias a tutela totalitária do Estado José Maria e Silva O casamento, longe de ser uma expressão do amor romântico, é uma instituição do contrato social. A tradicional frase “enfim sós”, que os noivos se dizem mutuamente ao iniciar a lua de mel, não passa de uma figura de retórica. A rigor, desde o instante em que o casamento é celebrado, no cartório ou na igreja, os casais jamais ficarão a sós – a sociedade sempre estará entre eles. O casamento é uma espécie de triângulo social, formado pelos noivos que disseram “sim” e pela sociedade que lhes dirá “não” sempre que um deles quiser infringir o contrato social firmado diante dela. Mesmo quando se revela a própria chave da felicidade íntima, concretizando o amor romântico, o casamento nunca fecha totalmente suas portas à sociedade – ela está sempre espreitando o casal por meio das regras morais da religião, das leis civis do Estado e ou do legado familiar de cada um. Por isso, é natural que o Estado brasileiro, como qualquer outro Estado do mundo, queira se intrometer na vida dos casais. Essa intromissão é necessária devido aos filhos, que compõem o perfil da maioria das famílias. Por delegação da sociedade, o Estado, juntamente com outras instituições, tem o dever de zelar para que os filhos sejam educados e assistidos pelos pais até se tornarem capazes de cuidar da própria vida. No Brasil, a lei que deveria zelar pela saudável convivência familiar é o Estatuto da Criança e do Adoles­cen­te (ECA), promulgado em 13 de ju­lho de 1990. O problema é que ele não foi criado com o objetivo de fortalecer as relações familiares, prescrevendo deveres mútuos para pais e filhos, à luz dos costumes da própria sociedade; pelo contrário, o ECA é a principal arma dos movimentos revolucionários que usam o Estado capitalista para criar o utópico “homem novo” socialista. Prova disso é a chamada “Lei da Palmada”, que acaba de ser aprovada no Congresso Nacional e criminaliza os pais por uma simples palmada nos filhos.

Uma lei da universidade e da ONU
O Estatuto da Criança e do Adolescente, que se torna ainda mais nocivo com a Lei da Palmada, não foi pensado para atender os interesses da criança cordata, que respeita pai e mãe, mas para fazer as vontades do filho pródigo, que se rebela contra as normas familiares. O ECA não nasceu dos anseios legítimos da sociedade brasileira, mas de uma obsessão ideológica dos movimentos de esquerda com os menores de rua, que, a partir de meados da década de 1970 e até o final do século passado, tornaram-se a principal massa de manobra revolucionária, ocupando, na época, o papel de sementeiras de conflitos sociais que usuários de drogas e moradores de rua exercem hoje. Por isso, eu não fiquei surpreso nem indignado com a aprovação da “Lei da Palmada” pelo Congresso – o que me surpreende e indigna, de fato, é a sociedade não perceber que o Estatuto da Criança e do Ado­les­cente já continha, em si, o ideário da “Lei da Palmada” e não se revoltar contra ele. Sem atacar diuturnamente o Estatuto, é impossível evitar a aprovação de leis como essa. [caption id="attachment_6475" align="alignleft" width="768"]Presidente do Congresso, Renan Calheiros: senador se comporta como monarca levando neto ao Senado | Foto: Pedro França Presidente do Congresso, Renan Calheiros: senador se comporta como monarca levando neto ao Senado | Foto: Pedro França[/caption] A Lei da Palmada não nasceu no Congresso Nacional muito menos de uma inusitada sinapse do cérebro de Xuxa, transformada em sua garota-propaganda pelo senador Renan Calheiros (PMDB-AL), o ex-comunista do PCdoB que se especializou em lavagem de reputação pública por meio do uso de artistas globais. Essa perniciosa lei é uma criação dos intelectuais universitários brasileiros, com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU) e se inspira em leis similares de países europeus. A primeira tentativa de aprová-la partiu do Departamento de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), por meio do Laboratório de Estudos da Criança, que, há décadas, vem produzindo campanhas contra qualquer agressão física a crianças e adolescentes. O problema é que os psicólogos da USP confundem ralho e palmada com agressão física e opressão psicológica e vinham tentando aprovar no Congresso Nacional a criminalização da palmada – o que finalmente conseguiram, após convencerem a bancada evangélica. [caption id="attachment_6477" align="alignright" width="300"]Xuxa Meneghel: madrinha da Lei da Palmada polindo a reputação de políticos | Foto: Divulgação/ Globo Xuxa Meneghel: madrinha da Lei da Palmada polindo a reputação de políticos | Foto: Divulgação/ Globo[/caption] A primeira tentativa concreta de transformar em lei a criminalização da palmada ocorreu há dez anos, por intermédio de um projeto de lei da deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), que veio a ser ministra dos Direitos Humanos no governo Dilma Rousseff e deixou o cargo em abril deste ano para disputar o Senado Federal pelo PT gaúcho nas próximas eleições. Em 2 de dezembro de 2003, Maria do Rosário apresentou o Projeto de Lei 2.654/2003, que modificava o ECA e o Código Civil, estabelecendo o direito de crianças e adolescentes “não serem submetidos a qualquer forma de punição corporal, mediante a adoção de castigos moderados ou imoderados, sob a alegação de quaisquer propósitos, ainda que pedagógicos”. Como se vê, a criminalização da palmada – que se inclui entre os “castigos moderados” – era explícita, por isso o projeto da deputada gaúcha enfrentou forte resistência, não só da bancada evangélica no Congresso Nacional, mas também de articulistas laicos nos meios de comunicação. Há alguns anos, quando o assunto foi amplamente debatido na imprensa, levando à rejeição do projeto original de Maria do Rosário, os adversários da proposta acreditaram que ela estava completamente enterrada. Proibir os pais de darem, de vez em quando, uma mera palmada educativa nos filhos parecia uma ideia absurdamente radical, sem a menor chance de se transformar em lei. Com raras exceções, os articulistas que se insurgiram contra a Lei da Palmada não foram capazes de perceber que ela estava longe de ser uma proposta folclórica de uma parlamentar xiita – pelo contrário, era a tradução literal do pensamento predominante nas universidades brasileiras e, mais cedo ou mais tarde, haveria de ressurgir das cinzas, como fênix. Um intelectual universitário jamais desiste de suas ideias, por mais absurdas que sejam – elas são seu oxigênio e ganha-pão, pois seu salário mensal não depende do acerto de suas teses. Mesmo que professe teses socialmente deletérias (como o chefe do Departamento de Artes e Estudos Culturais da Univer­si­da­de Federal Fluminense, professor Daniel Caetano, que defendeu o evento sadomasoquista “Va­gina Satâ­nica”, realizado na ins­tituição), um docente de universidade pública continuará ven­do o seu bom salário cair religiosamente na conta todo final de mês. Por isso, mesmo rejeitada por ampla maioria da população brasileira, como provam as enquetes isentas sobre o assunto, a Lei da Palmada acabou vingando. É que a proposta original não era somente da deputada Maria do Rosário – ela foi respaldada pela “Petição por uma Pedagogia Não Violenta”, uma campanha multinacional do Laboratório de Estudos da Criança da USP, que teve início em 1994, portanto há 20 anos, e colheu mais de 200 mil assinaturas de apoio no Brasil, Peru e Argentina. Essa campanha teve o apoio do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), que, em 2005, publicou o livro “Direitos Negados: A Violên­cia Contra a Criança e o Adoles­cen­te no Brasil”, uma coletânea de artigos escritos por diversos pesquisadores. No artigo que abre o livro, as pesquisadoras Maria Amélia Aze­vedo e Viviane de Azevedo Guer­ra, ambas do Instituto de Psi­cologia da USP afirmam: “A luta mun­dial pela abolição de castigos imoderados e moderados (inclusive o famigerado tapinha no bumbum) já é vitoriosa em onze países: Suécia (1979); Finlândia (1983); Dinamarca (1983); Noruega (1987); Áustria (1989); Chipre (1994); Letônia (1998); Croácia (1999); Alemanha (2000); Israel (2000) e Islândia (2003)”.
Psicólogos da USP escreveram projeto de lei
Ora, o mundo tem quase 200 países. Isso significa que, apesar de toda a pressão exercida pela ONU, menos de 10% das nações dedicaram leis especiais contra castigos físicos em crianças. O que a maioria dos países pune – e com toda razão – é o espancamento dos filhos pelos pais, algo que o Código Penal Brasileiro e o próprio Estatuto da Criança e Adolescente também já condenam. Além disso, nos países citados pelas pesquisadoras, os menores de 18 anos que cometem crimes violentos não costumam ser inimputáveis como no Brasil e não têm o rosto totalmente protegido nas reportagens que relatam seus feitos. Sem contar que raramente um país impõe tantas restrições ao porte de arma como no Brasil, fazendo com que os bandidos, menores ou adultos, se comportem com a máxima ousadia e detenham o monopólio da pena de morte no País. Impor a um caldeirão de violência chamado Brasil, com quase 200 milhões de viventes, as mesmas leis de aldeolas escandinavas com menos de 5 milhões de habitantes, como fizeram os pesquisadores da USP com a Lei da Palmada, é não ter o mínimo senso de proporção. O que as pesquisadoras da USP chamam de “luta mundial pela abolição dos castigos imoderados e moderados em criança” é, na verdade, uma minoritária guerrilha intelectual pela abolição do pátrio poder, colocando as famílias sob o poder totalitário do Estado. A força dessa guerrilha – que se tornou hegemônica no meio acadêmico – não resulta do apoio que desfruta na sociedade, mas das fartas verbas que recebe de ONGs, fundações internacionais e da própria ONU. Desde a redemocratização, o Brasil se tornou o laboratório preferencial dos arautos do homem novo, uma espécie de projeto-piloto em forma de país, no qual os ideólogos de esquerda testam suas leis revolucionárias, como a Lei da Palmada, sem levar em conta as culturas locais. Prova disso é que a primeira versão da Lei da Palmada, apresentada em 2003, não foi redigida pela deputada Maria do Rosário, mas por uma equipe de pesquisadores do Laboratório de Estudos da Criança do Instituto de Psicologia da USP. [caption id="attachment_6478" align="alignleft" width="736"]Maria do Rosário: Lei da Palmada elaborada por pesquisadores da USP | Foto: Antônio Cruz/ABr Maria do Rosário: Lei da Palmada elaborada por pesquisadores da USP | Foto: Antônio Cruz/ABr[/caption] “A proposição que estamos apresentando à Casa foi elaborada pelo Laboratório de Estudos da Criança (Lacri) da Universidade de São Paulo (USP), sob a responsabilidade das coordenadoras, Dra. Maria Amélia Azevedo, Dra. Flávia Piovesan, Dra. Carolina de Mattos Ricardo, Dra. Daniela Ikawa e Dr. Renato Azevedo Guerra, e, como pode ser verificado na argumentação supra, está amparado por pesquisas e análises comparativas com as legislações mais avançadas do mundo” – escreveu a deputada Maria do Rosário na justificativa de seu projeto, ao apresentá-lo na Câmara no final de 2003. Como o seu projeto era lobo com garras e dentes expostos, dizendo já na ementa e reafirmando em seu primeiro artigo que até os castigos moderados estavam proibidos, ele acabou não vingando no Congresso, devido, sobretudo, à resistência da bancada evangélica. Então, sete anos depois, o Executivo tomou para si a tarefa de aprovar a Lei da Palmada e, em 14 de julho de 2010, um dia depois do aniversário de 20 anos do ECA, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou à Câmara um novo projeto de lei nesse sentido.
Exército público de delatores profissionais
Esse projeto de lei do Executivo, que acabou aprovado na semana passada, é lobo em pele de cordeiro. Ao a­crescentar três artigos ao Estatuto da Criança e do Adolescente, ele estabelece: “A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou tratamento cruel ou degradante, como forma de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los”. Em seguida, a lei define “castigo físico” como a “ação de natureza disciplinar ou punitiva com o uso da força física que resulte em sofrimento físico ou lesão à criança ou adolescente”. E define como “tratamento cruel ou degradante” a “conduta ou forma cruel de tratamento que humilhe, ameace gravemente ou ridicularize a criança ou adolescente”. Como se vê, a nova versão da Lei da Palmada, rebatizada casuisticamente de “Lei Menino Bernardo”, parece não oferecer nenhum perigo para as famílias. Quem pode ser a favor do “tratamento cruel ou degradante” de uma criança, expressão que mais se destaca quando se lê o primeiro parágrafo da lei? Ocorre que essa expressão entrou aí justamente para ofuscar a criminalização da palmada, que continua embutida na expressão “castigo físico”. Afinal, se “castigo físico” fosse apenas sinônimo de espancamento e não abarcasse também uma simples palmada, não haveria necessidade de acrescentar “tratamento cruel” ao texto. Além do mais, a lei ainda prevê que os direitos da criança nela previstos deverão ser objeto de ampla campanha e integrar os temas transversais dos Parâmetros Curriculares Nacionais do MEC. Ou seja, na interpretação da lei que será disseminada na sociedade, a definição prática de castigo físico vai abranger a palmada – algo que, sem dúvida, será corroborado pelo Ministério Público, ainda que um ou outro promotor, individualmente, possa pensar e até agir de forma contrária. Mas até isso será difícil, pois a lei também prevê que o profissional da saúde, da educação ou da assistência social, bem como qualquer pessoa que exerça cargo ou função pública, tem a obrigação de comunicar às autoridades competentes qualquer suspeita ou confirmação de castigo físico de uma criança, sob pena de incorrer em multa que varia de 3 a 20 salários mínimos. Ou seja, a lei cria um exército público de delatores profissionais, que, com o tempo, irão consolidar a criminalização da palmada, ainda que ela não esteja explicitamente escrita no texto da lei. Em breve, cada filho será o senhorzinho do lar e teremos a paternidade análoga à escravidão. Alguns parlamentares, como o senador Magno Malta (PR-ES), não se deixaram enganar pela Lei Menino Bernardo e denunciaram o seu caráter subjetivo, que continua criminalizando todo tipo de castigo físico, mesmo uma leve palmada. E o deputado Pastor Eurico (PSB-PE) criticou a presença de Xuxa como madrinha da lei, lembrando o seu passado de protagonista do filme “Amor, Estranho Amor”, de Walter Hugo Khouri, em que protagoniza cenas de nudez com uma criança. Ditatorialmente, o partido de Eduardo Campos tomou as dores de Xuxa e destituiu o deputado da Comissão de Constituição e Justiça. O clima bananeiro em que foi aprovada a Lei da Palmada pode ser medido pela entrada de Xuxa Meneghel no plenário do Senado. Ela trazia pela mão um garoto que, depois, se revelou ser o neto do presidente do Senado, Renan Calheiros. Num acintoso desrespeito aos rituais da República, o menino foi posto sentado à mesa diretora da Casa, entre o avô e Xuxa, como se o Brasil fosse uma monarquia, em que o poder se transmite hereditariamente e não há distinção entre o público e o privado. A transformação do neto de Renan Calheiros numa espécie de reizinho da República é reveladora da miséria moral reinante – simboliza a privatização da coisa pública e a estatização da vida privada, numa mistura que relembra a Itália fascista de Benito Mussolini. A Lei da Palmada já é consequência dessa indistinção entre um Estado cada vez mais possuído pelos grupos organizados e uma sociedade cada vez mais destituída de vida privada. É como se os bedéis do Estado, que batem ponto burocraticamente nas repartições, pudessem cuidar da educação de todas as crianças brasileiras – uma missão que exige dos pais de carne e osso enormes sacríficos, inclusive em madrugadas insones, quando velam pela saúde e o bem-estar de seus filhos.
Duplo grau de jurisdição na família
Os intelectuais bem-nascidos querem aplicar a todo mundo os seus próprios princípios de vida, sem levar em conta as circunstâncias em que vivem os destinatários de suas leis utópicas. O ideal é que uma criança jamais precise levar sequer uma palmada e aprenda a obedecer a um simples olhar. Mas esse é um ideal, que nem sempre pode ser posto em prática, especialmente nas classes mais pobres, em que a vida é muito dura, e os pais, machucados pela própria desesperança, nem sempre são capazes de dialogar com os filhos, depois de mais uma dura jornada de trabalho, em que enfrentam ônibus lotados para voltar ao barracão minúsculo onde a família se amontoa. Em famílias assim, uma palmada, um beliscão, um cascudo são quase inevitáveis e chegam a ser uma forma de diálogo, uma espécie de rude carinho físico entre pais e filhos, especialmente em famílias arcaicas em que beijos e abraços são raros ou inexistem. Uma pesquisa do próprio Laboratório de Estudos da Criança da USP mostrou que mais de 70% desses castigos físicos são aplicados pelas mães – um fator de desespero para os pesquisadores uspianos, que, volta e meia, promovem palestras, exibição de filmes, apresentações de teatro, concursos de desenhos e várias outras atividades educativas tentando evitar que as mães distribuam palmadas em seus rebentos. Eles nem se dão conta de que as famílias, instintivamente, criam e aplicam uma sábia justiça doméstica que reproduz um dos pilares do processo civilizatório – o duplo grau de jurisdição. A mãe, pelo fato de ficar mais tempo com o filho e, sobretudo por tê-lo carregado no ventre, tende a ter com ele uma relação muito mais emotiva, consequentemente mais fadada à impaciência, aos ralhos, às palmadas. Mas, como diz o provérbio, pé de galinha não mata pinto. Prova disso é que mal acaba de levar uma palmada da mãe, a criança já busca o seu colo para chorar, como se a palmada fosse o prenúncio do carinho. Só quando essa primeira instância da justiça familiar não surte efeito, é que entra a segunda instância – a justiça paterna. Mas o pai, ao contrário da mãe, deve ter maior distanciamento e evitar o castigo físico. Como sabiam os antigos, a mão do pai é pesada. Ele é o juiz de segunda instância, que só deve interferir nos casos mais graves, fazendo valer sua autoridade com um olhar severo, uma palavra firme e, no mais das vezes, com sua simples presença. Quando o pai precisa castigar fisicamente o filho, é porque esse duplo grau de jurisdição familiar está falhando e, nesse caso, sim, a criança tem grande chance de se tornar um filho rebelde, malcriado, às vezes um adulto traumatizado e sem rumo. A Lei da Palmada, ao proibir todo tipo de castigo físico, inclusive quando praticado afetivamente pela mãe, acaba com esse sábio sistema de pesos e contrapesos entre mãe e pai, privando a criança de seu primeiro e educativo contato com a Justiça – que é, antes de tudo, uma hierarquia moral de valores, em que a severidade das sanções é graduada pela gravidade dos atos. Ao desconsiderar essas nuances das relações familiares, a Lei da Palmada chega a desumanizar a criança, como se ela não passasse de um corpo sem alma, cujo maior sofrimento é a dor passageira de uma simples palmada.

Um espaço para as inovações

Em sua 10° edição, evento apresenta tendências e oportunidades de negócios, contribuindo com a economia do Estado Yago Rodrigues Alvim O Centro de Convenções de Goiânia recebe, de 31 de julho a 3 de a­gos­to, a 10° edição da Fei­ra do Empreendedor, realizada pela seccional goiana do Serviço Bra­sileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-GO). O objetivo da Feira é fomentar o empreendedorismo e contribuir, diretamente, com o processo contínuo de crescimento econômico do Estado. Além de parceiros, empreendedores, do Estado e no Brasil, com espaço no mercado, por suas inovações, participarão como expositores, na Feira. Bruno Carneiro é empresário. Suas empresas, Raddar Digital Media e Index Mídias Alternativas nasceram e se consolidaram. Em 2000, no intuito de desenvolver websites, Bruno criou a Raddar. A ideia inicial de um site de pesquisa não funcionou, e cresceu para uma agência. “Pode-se considerar que, hoje, somos vovôs”, brincou, sobre os 14 anos de vida, algo valioso para uma agência de web. Com implementação de outras ferramentas, a empresa atua, recentemente, com o marketing digital e soluções para empresas diversas, através da internet. [caption id="attachment_6458" align="alignleft" width="385"]Bruno Carneiro expõe suas duas empresas, Raddar e Index, na Feira  do Empreendedor, mostrando  que a inovação merece apostas | Foto: Arquivo Pessoal Bruno Carneiro expõe suas duas empresas, Raddar e Index, na Feira do Empreendedor, mostrando
que a inovação merece apostas | Foto: Arquivo Pessoal[/caption] “Teve uma evolução muito grande nessa área e culminou em várias em­presas afins”, disse. Com o Sebrae, fez parcerias. Ele fala sobre a linha Sebraetec, promovendo ações aos clientes do Serviço, na área de inovação e tecnologia. Já a Index nasceu há três anos, com o intuito de trazer uma nova modalidade de mídia interna, a chamada “Tv corporativa”. Ela pode ser utilizada de duas maneiras, explicou: para veiculação de mídia de clientes externos, dentro de ambientes internos – academias, salões de beleza, por exemplo; e como comunicação direcionada a colaboradores, um canal fechado da empresa, transmitido por televisão, para veiculação de anúncios, publicidade com um determinado público-alvo. Essas ideias que consolidaram e empreenderam, ganhando espaço no mercado goiano, serão expostas na Fei­ra do Empreendedor. Com Bru­no, será pela terceira vez. A feira está em sua décima edição. Porém, será a primeira vez que ambas as empresas participarão do evento. “A feira é in­teressante, pois, atrai novos e já consolidados empreendimentos. Tem um olhar peculiar. O Sebrae tem um grande nome e, ao expormos nosso produto, associado a esse olhar, conseguimos demonstrar nossas novas tecnologias ao mercado.” A Raddar é exemplo de uma ideia inovadora e arriscada para a época. O mercado para criação de sites não era tão estável como hoje. E, assim, se constitui como um caminho para os novos expositores que têm essa característica, valorizada pelo serviço, de inovação. “Pas­samos por dois, três anos com mui­tas tentativas e as pessoas não a­creditavam no produto. Somos jo­vens e inovadores e queríamos a­plicar essa tecnologia, que já era proposta em outros países. Depois de cinco anos, começou a mudar a de­manda, pois a internet começou a fazer parte do dia a dia das pessoas. Os bancos, as redes sociais contribuíram para isso. Com as redes houve uma explosão. Há um acesso contínuo. Hoje, como essa tecnologia está nos smartphones, se carrega a internet para todo la­do. A batalha surgiu, foi difícil. Mas hoje a internet está bem conso­lidada. É um mercado crescente, imaturo, por estarmos aprendendo a lidar com ele e, ainda assim, gera muito resultado para as empresas contratantes”, explicou sobre a jornada. Já sobre a oportunidade, ele res­saltou que expor novos produtos é bom para demonstrar, aos novos empresários, a capacidade de inovar. É este o tema do Sebrae, aliado ao melhor resultado à quem procura. “Temos novas tecnologias, novas ações” e existe a possibilidade de todos terem, o público, acesso a elas. A empresa, no mundo virtual, se bem estruturada, pode ser pequena ou grande que compete de igual para igual, explicou. Há uma democratização. O site de busca Google propiciou isso. “Se for uma empresa pequena, mas bem organizada, ela consegue disputar no mesmo mercado”, pontuou. A Raddar constata isso. São mais de mil sites publicados, além de assessoria em comunicação digital a tantas outras empresas.

Outros nomes
Ainda na área de Tecnologia da Informação (TI), atua o empresário Adriano Rocha. Ele criou a Siac Sistemas. É uma empresa com mais de 20 anos no mercado, atuando no desenvolvimento de softwares. A especialidade é um software para distribuição de medicamentos. Os outros são destinados à área comercial, prestação de serviços. Neste ano, Adriano falou sobre o desenvolvimento de gestão comercial para micro e pequenas empresas, na nuvem – um sistema web. “É um sistema acessado por qual­quer dispositivo móvel – tablet, smartphone, notebook, por exemplo – e a solução contempla, também, a hospedagem de dados em datacenter próprio. O software tem uma ca­ra­cte­rística de não limitar o número de usuários, acesso, emissão de boleto ou nota fiscal. O cliente loca, contrata e já tem disponível o uso do disposi­tivo”, explicou Adriano, seu produto. A participação na feira é para di­vulgá-lo. Assim, quem busca estruturar ou incrementar seu negócio, fazê-lo crescer, tem essa novidade. Adria­no comenta, também, sobre a possibilidade de encontrar parceiros na feira e sobre a estratégia de certificar canais de negócios, por ser especialista em treinamento e implantação, em suporte aos clientes. “É uma oportunidade a quem quer construir seu negócio com tecnologia nas nuvens”, disse sobre a assistência. Assim, ressalta-se a importância da troca de informações, de conhecimentos, para agregar, com a feira. “Divulgaremos para empre­en­dedores e levaremos oportunidade de negócios para quem quer uma parceria”, disse, complementando: “A nossa solução é uma solução agregadora. Leva­remos um conjunto de ferramentas, para que não só implante soluções, mas rentabilize seu negócio”. Adriano é exemplo de uma em­presa que tem experiência na gestão de negócios e com o estudo de mercado, das micro e pequenas empresas, pretende contribuir com o público-alvo da feira. “A expectativa é gran­de, pois é uma inovação.” Em outra área atua Mirian Flo­rêncio. Ela sempre teve o sonho de passar seu conhecimento em estética pa­ra outras empresas. Por isso, o in­tuito de criar uma franquia de alongamento de cílios e design de so­bran­celhas, com seu diferencial: a técnica que desenvolveu ao longo de 27 anos de mercado. “É um sonho, que está se realizando e se estruturando em uma franquia, para que atenda com qualidade os clientes” explicou Cladson Viana, que trabalha com Mirian na franquia Floren Cílios e Cia. [caption id="attachment_6460" align="alignleft" width="300"]Mirian Florêncio será uma das expositoras na Feira do Empreendedor | Foto: Arquivo Pessoal Mirian Florêncio será uma das expositoras na Feira do Empreendedor | Foto: Arquivo Pessoal[/caption] A franquia está funcionando há dois anos, nesta formatação. “A parceria com o Sebrae foi de grande valia, para prosseguirmos e aumentarmos a capacidade que temos”, disse Cladson. Houve uma consultoria que o auxiliou. Na Feira do Empreendedor vão expor seus produtos feitos com exclusividade e qualidade, o que serve a inovação proposta pelo Sebrae. É a primeira vez que participarão. Cladson diz sobre a expectativa: “Nós esperamos um retorno tanto na parte de novos clientes, como de pessoas que procuram investimentos no ramo de franquias, com algo diferenciado. Tenho certeza que o retorno que a feira trará será grande.” Da oportunidade de participação, ele contou sobre a janela para divulgação da marca Floren Cílios. Ele explicou da popularidade do nome Mirian Florêncio, já conhecida no ramo. A necessidade, agora, é espalhar o nome da empresa no mercado, no que a feira servirá de forma exemplar.
Proposta
A Feira do Empreendedor compõe um circuito nacional, coordenado pelo Sebrae nacional. Em Goiás, o evento, que é bienal, está em sua décima edição, todas realizadas no Centro de Convenções. O objetivo, da feira, além de capacitar, desburocratizar processos, é oferecer acesso ao crédito, tecnologia, conhecimento para o público-alvo do Sebrae – potenciais empresários e empreendedores, microempreendedores individuais (MEI), empresários de micro e de pequenas empresas e produtores rurais, atendidos por soluções, ofertadas pelo Serviço. A feira é aberta às pessoas com intenções de negócios e a quem quer abrir ou já tem um negócio oficialmente constituído. “Mercado, estratégia, plano de negócio, gestão profissional, vivências de negócios, mapa de oportunidades e pesquisa são os pilares que o público encontrará na Feira do Empreendedor em Goiânia”, contou o diretor superintendente do Sebrae-GO, Manoel Xavier Ferreira Filho. Todo o escopo do evento foi desenvolvido a partir das necessidades dos clientes em Goiás. A Feira do Empreendedor tem esse objetivo de fomentar a criação de um ambiente favorável para geração de oportunidades de negócio e estimular o surgimento, a ampliação e a diversificação de empreendimentos sustentáveis, além de difundir o empreendedorismo como um estilo de vida. [caption id="attachment_6459" align="alignleft" width="241"]Diretor do Sebrae-GO, Manoel Xavier: “A feira cumpre a missão de disponibilizar soluções para promover o empreendedorismo, o desenvolvimento  e a sustentabilidade dos pequenos negócios” | Foto: Edmar Wellington Diretor do Sebrae-GO, Manoel Xavier: “A feira cumpre a missão de disponibilizar soluções para promover o empreendedorismo, o desenvolvimento
e a sustentabilidade dos pequenos negócios” | Foto: Edmar Wellington[/caption] Nesta edição, o Sebrae elaborou um estudo sobre as tendências de consumo em Goiás. Do resultado, foram extraídas 18 macrotendências. E, vinculados a essas macrotendências, foram selecionados 70 atividades, negócios prioritariamente para se exporem na feira. O planejamento e a estruturação do evento teve como base esse estudo. Além dessas 70 empresas, de diversas regiões do país, que ampliam as possibilidades oportunas de negócios para o mercado goiano, com sua exposição de ideias, soluções, produtos e equipamentos (considerados inovadores), na feira haverá uma área de formação, com orientações e capacitações técnicas, informações institucionais, do Sebrae e de outros parceiros, que impactam na tomada de decisão do empreendedor e do empresário.
Prospecções
Esses expositores são prospecções de todo país. Há empresas goianas entre eles, com suas soluções e produtos inovadores, que podem ser disponibilizado para os demais empreendedores e empresários visitantes da feira. Em sua maioria, são de outras regiões do país. As tendências significam áreas propícias para negócios oriundos, por exemplo, da internet e conectividade. Há as novas profissões, ligadas à prestação em serviço; outro exemplo, o desenvolvimento de aplicativos para internet; um terceiro negócio, desenvolvimento de jogos eletrônicos; ou digitadores de documentos. Outra tendência é a de mercado pet. Para os negócios, existem as possibilidades de táxi pet ou hotel pet e, ainda, adestramento de cães. Outra tendência é a do envelhecimento populacional, cujas possibilidades são lojas retrôs, condomínios residenciais com foco nessa faixa etária, academias de ginástica para melhor idade, lojas de vestuário especializadas, entre outras. Além das três tendências exemplificadas, há Consumo Consciente e Sustentabilidade, Saúde e Beleza, Economia de Tempo e Praticidade, Consumo em Nichos de Mercado, O Atual Mundo das Crianças e dos Adolescentes, O Poder da Mulher no Mercado, Casais sem Filhos, Mer­cado Single, Trabalho e Quali­ficação, Busca da Espiritualidade, Consumo das Classes Emergentes, (In)Se­gurança, Morar Bem, Fran­quias e Agronegócios.
Parcerias
Na Feira do Empreendedor ha­verá um stand exclusivo para as entidades que compõem o Sistema S, onde divulgarão seus produtos, suas soluções disponíveis no estado de Goiás. O Sistema S é composto pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e Serviço Social da In­dústria (Sesi); pelo Serviço Na­cional de Aprendizagem Comercial (Senac) e Serviço Social do Co­mér­cio (Sesc); pelo Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de A­prendizagem do Transporte (Sest/Se­­nat) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Coopera­ti­vismo (Sescoop) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). Em outra linha, algumas entidades realizarão capacitações, em locais distintos. O Senai e o Senac, cada um, terá um espaço para oficinas. O Senar realizará palestras e, com o Sebrae, o encontro com filhos de produtores rurais, sobre a sucessão familiar, dentro das propriedades rurais. É um programa que trabalhará a gestão profissional da propriedade rural – com esses filhos. O Senac também realizará palestras. Ou seja, há esse espaço coletivo de divulgação e outro para capacitação, com palestras e encontros. A Feira é composta de 140 espaços. A entrada principal para a feira é pela Rua 4, no Pavilhão Azul, do Centro de Con­venções, que fica no setor central da capital goiana. Lá o público encontrará algumas parcerias nacionais, como Mercado Livre, Facebook, Market Up, que auxiliarão a formatar páginas, na internet, para venda de seus produtos de suas empresas. É um auxilio gratuito. No primeiro piso, os visitantes encontrarão o Centro Sebrae de Sustentabilidade. São soluções do Serviço disponível em todo Brasil, com o fim de levar expertises para as empresas, na redução de custos, com foco na sustentabilidade – todo processo com redução de desperdício, dentro da empresa. Haverá uma área de atendimento, inclusive com a presença de alguns parceiros. Por exemplo, o Vapt Vupt Empresarial. Será segmentado: um espaço para os visitantes que querem abrir um negócio e para os que já têm um negócio aberto, cuja orientação técnica, assessoria, estará disponível para sanar as dúvidas desde a área de marketing, recursos humanos, área de comércio exterior e outras, em 20 pontos de atendimento, com especialistas. Ainda no primeiro piso, haverá um espaço para os MEI. Infor­ma­ções, orientações, palestras específicas serão oferecidas. Além do Sebrae, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Se­cretaria da Fazenda, Corpo de Bombeiro es­tarão presentes nesse espaço. Pois, se um MEI quiser se formalizar, dentro da Feira, ele poderá e, assim, já pode contar com as entidades, para sanar dúvidas e dar informações. Outro espaço se cha­ma “Acesso a Crédito e Ser­­viços Financeiros”. Ins­titui­ções financeiras, co­mo Goiás Fomento, Ban­co do Povo, Banco do Brasil, Caixa Eco­nô­mica Federal e o San­tander, que tem linhas de crédito específico para esse público atendido pelo Sebrae, do MEI à Pequena Em­presa. Algumas lojas-conceito, como Loja do Vestuário e Loja da Beleza, estarão como vitrines, para que os empresários possam se espelhar e estruturar, modelando suas empresas. O espaço Start Up é para o público específico de Tecnologia da Informação, já citada TI. Ações simultâneas sobre empreendedorismo digital, com maratonas de negócios, mentorias e palestras – mais de 20 especialistas no assunto, de renome nacional e, também, goianos que fazem sucesso Brasil afora. Educação Empreendedora é um stand com exposição de soluções, para o estímulo do comportamento empreendedor dos estudantes do ensino médio, técnico e universitário. Será demonstrado, especialmente, para os dirigentes das escolas. “Quais as soluções que o Sebrae tem e podem ser desenvolvidas junto aos professores dessas instituições?”, indagou o gestor da Feira do Empreendedor, Marcos Fernando Passos. Isso, para que chegue aos estudantes esse conceito, através das disciplinas. Outro ambiente é Empre­endedorismo do Futuro, com o foco em crianças de 6 a 13 anos de idade. Serão desenvolvidas atividades lúdicas e interativas sobre o tema. “Não é uma brinquedoteca. É um espaço que trabalhará de maneira bem lúdica, com essa faixa etária”, explicou. Uma companhia teatral apresentará peças rápidas, até 15 minutos, sobre o assunto. Ainda no primeiro piso, serão realizadas as cinco rodadas de negócio, com o intuito de promover reuniões de negócio, entre grandes compradores e ofertantes de micro e pequenas empresas. Há toda uma metodologia, contou Marcos: uma equipe do Sebrae está contatando empresários do Setor e grandes compradores. O conceito da rodada é promover reuniões de negócios entre grandes compradores e ofertantes, de micro e pequenas empresas. São empresas de Franquias, Confecções, Agronegócios e Turismo. Por exemplo, dos grandes compradores, os supermercados Pão de Açúcar, Extra e Carrefour, dentre outros. “Todo o segmento está sendo convidado para participação dessa rodada”. Quem deseja participar deve se inscrever, previamente, junto ao Sebrae.
Cerrado
No piso superior, as exposições compõem o espaço Cerrado. Haverá sete stands para os patrocinadores do evento, alguns já foram fechados, como Secretaria de Indústria e Comércio do Estado, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Correios e o Senar. Há, também, a Economia Criativa, dividida em três grandes áreas: exposição dos Circuitos Turísticos de Goiás, Passarela da Moda – com desfiles de peças criadas, exclusivamente, para Feira; oriundos dos polos de confecção dos municípios de Taquaral, Pontalina, Jaraguá e Goiânia – e a Exposição de Artesanato, com os premiados no Top 100, do Sebrae. Nesse ambiente ainda terá o stand do Sistema S, citado acima, e as capacitações realizadas por essas parcerias e de entidades de crédito, como o Banco do Brasil, Caixa e outros. São mais de 200 capacitações do Sebrae e parceiros. Além disso, haverá palestras magnas, como foco em empreendedorismo e inovação, no Auditório Lago Azul, com capacidade de 650 pessoas sentadas. Já estão confirmados alguns nomes. No primeiro dia da feira, o palestrante Walter Longo, autor dos livros “Tudo que você queria saber sobre propaganda e ninguém teve paciência de explicar” e “O Marketing na Era do Nexo”, palestrará sobre “Empresa do Futuro - como ampliar suas chances de sucesso”. No segundo dia, o designer Marcelo Rosenbaum falará sobre “Inovação - um despertar para o empreendedorismo criativo”. No mesmo dia, o administrador Max Gehringer também palestrará. Seu tema é “O Mercado de Opor­tunidades para o Jovem do Campo”. Já Marcos Fava Neves palestrará sobre as “Perspectivas do Setor Agropecuário para os Próximos 10 anos”. No penúltimo dia da feira, o jornalista Caco Barcellos vai falar sobre “Profissão Empreendedora”. “Os palestrantes são uma atração a mais para a feira. Toda a feira é uma atração, pois, são espaços diferentes, com temáticas diferentes e inovadoras para o mercado goiano. Em todos os espaços teremos atividades inovadoras que chamarão a atenção do público visitante”, afirmou o gestor. No total são cinco rodadas de negócios, mais de 200 capacitações, com uma expectativa que mais de 4 mil empreendedores tenham atendimento técnico e específico e que passe mais de 10 mil visitantes pela feira. Ainda, há 60 oportunidade de negócios, mais de 21 espaços destinados a parceiros, 16 salas de capacitação, 16 espaços para economia criativa e 6 patrocinadores distribuídos em mais de 10.000 m², de área ocupada. “A feira é um espaço onde negócios podem ser criados ou reinventados. A Feira do Em­preendedor cumpre com a missão do Sebrae de disponibilizar soluções para promover o empreendedorismo, o desenvolvimento e a sustentabilidade dos pequenos negócios”, ressalva Manoel Xavier, para que a população visite e possa usufruir da possibilidade de tornar seus sonhos e desejos profissionais, das diversas áreas, realidade.

Dois candidatos, um só dilema

Candidaturas de Vanderlan Cardoso, PSB, e Antônio Gomide, PT, convivem no eixo oposicionista e dividem o mesmo drama: baixa densidade eleitoral e isolamento Afonso Lopes Não está nada fácil a vida de dos candidatos oposicionistas em Goiás. No PMDB, Júnior Friboi se cansou da guerra contra Iris Rezende e tirou o time dele de campo, mas o sobrevivente enfrenta uma violenta divisão interna que não lhe permite ter a menor confiança na militância partidária. Solidariedade e PDT ensaiaram alguns passos rumo a um acordo que envolvesse também o DEM, mas as conversações não evoluíram além das intenções iniciais. Antônio Gomide, do PT, e Vanderlan Car­do­so, do PSB, precisam diariamente reafirmar a posição de candidatos, e insistirem que não vão desistir. artigo_jose maria e silva.qxd O problema de Vanderlan é o mesmo de Gomide. Ambos são bons candidatos, tem discursos afiados, alguma experiência política, mas estão hoje com a mesmíssima musculatura que estavam às vésperas de se definirem candidatos. Vanderlan tem até um pouco menos, já que no início mantinha boas perspectivas de ter o PDT em sua coligação. Hoje, essa possibilidade é nula. Ele permanece apenas com o seu PSB, além dos nanicos PRP e PSC. Gomide não perdeu nada desde o momento em que resolveu abandonar três anos de mandato como prefeito de Aná­polis. Mas nem isso serve de consolo. Ele não perdeu apoio porque só conta com o seu PT, e mais nada. É certo que o quadro atual poderá sofrer mudanças de agora até o final deste mês, quando se encerra o prazo final para a realização das convenções partidárias. O sonho dos petistas é juntar e repetir em Goiás a base da aliança da presidente Dilma Roussef. É apenas um sonho. Inúmeros partidos que estão com Dilma em nível nacional formam a base aliada estadual liderada pelo governador Marconi Perillo, como o PSD e o PTB. Nem mesmo o PCdoB, velho aliado automático dos petistas, inclusive no plano federal, fechou com o PT de Gomide. Antes, os comunistas integravam o exército de Friboi. Hoje, se declaram abertos às negociações com todas as candidaturas. Vanderlan surgiu no cenário eleitoral deste ano no rastro produzido nas eleições de 2010, quando colheu mais 16% dos votos válidos. Mas esse Vanderlan que aí está é nanico em comparação com o Vanderlan 2010. Além de não ter mais apoio do Palácio das Es­meraldas, como teve, ele ficou sem PP e PDT, e não conseguiu agregar nada. A única coisa que ele conseguiu manter até aqui é a perspectiva de votos, na mesma faixa da eleição de 2010, conforme as pesquisas mais recentes.

Não deslancham
Em tese, Vanderlan e Gomide não deslancham, mas também não perdem substrato eleitoral. Já é um lucro enorme, sem dúvida. No mínimo, eles já conseguiram chegar às vésperas das definições partidárias com direito a se sentarem à mesa de negociações. Mas não há o que oferecerem aos demais parceiros do campo oposicionista. Antes de se lançarem candidatos, havia muita expectativa sobre o desempenho que eles alcançariam nas pesquisas eleitorais, ou pelo menos na militância pessoal. Deu chabu. Gomide, que entrou na corrida por último, no início de abril, está do jeito que estava. Vanderlan também não vai nem pra frente e nem pra trás. Por si só, isso seria ótimo, se eles estivessem com porcentuais suficientes para reivindicarem apoio dos demais parceiros de oposição. Gomide, por exemplo, mal conseguiu chegar aos dois dígitos nas pesquisas. É muito pouco para convencer outros partidos a apostarem em seu nome. Como não mostram poder de atração, o PMDB de Iris Rezende tenta atraí-los para resolver os próprios problemas internos. A passagem de Friboi pelo processo de afunilamento interno peemedebista resultou numa das profundas e intensa divisão interna. O que, por sinal, tem interferido na construção de certa perspectiva de poder de Iris Rezende. Essa perspectiva é fundamental para o peemedebista amenizar os problemas internos. Então, sem condições de avançar internamente, ele procura uma ponte nos vizinhos de oposição, Vanderlan e Gomide, o que termina por minar os esforços deles para crescer. Para Vanderlan e Gomide, a aproximação do prazo final das definições partidárias soa como hora da verdade. Eles precisam urgentemente crescer, se não nas pesquisas, ao menos politicamente, agregando aliados. É isso, crescer, ou conviver com a ameaça que a praia passou a representar para ambos.  

Quando uma marca pode se tornar crime no Brasil

Fabricar, comercializar, distribuir e veicular emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda com símbolos que remetam a discriminação de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional prevê pena de até três anos de reclusão Frederico Vitor No início deste ano, garçom de um restaurante de comida japonesa, localizado no Bair­ro da Liberdade, em São Paulo, foi fotografado usando um polêmico emblema em seu uniforme de trabalho. A fotografia caiu na internet e gerou grande repercussão nas redes sociais. O ornamento bordado na camisa do funcionário era uma cruz suástica sustentada por um águia, ou seja, um dos símbolos do Nacional Socialismo alemão, mais conhecido como partido nazista, grupo político de ideário ultranacionalista, xenófobo e racista de Adolf Hitler, que governou a Alemanha de 1933 a 1945.   Não demorou muito para que o caso fosse replicado maciçamente na rede mundial de computadores, e os donos do estabelecimento fossem chamados de racistas pelos internautas. A proprietária, uma imigrante sul-coreana, disse à imprensa que comprou os uniformes pela internet sem perceber a presença do controverso emblema. Ocorre que no Brasil usar ou divulgar qualquer símbolo de conotação nazista é considerado racismo, ou seja, crime inafiançável. Mas, de acordo com a lei, o autor da ofensa só pode ser considerado culpado se ficar provado que houve a intenção de fazer apologia ao nazismo. De acordo com a Lei nº 9.459, de 13 de maio de 1997, no Brasil, se define em crime de preconceito de raça ou de cor, a fabricação, comercialização, distribuição ou veiculação de símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo. A pena é de dois a cinco anos de reclusão e multa. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, por meio de símbolos também se configura em atividade criminosa. A constituição e o código penal não citam especificamente a suástica, mas usa a expressão “divulgação do nazismo”. A grande maioria dos símbolos antigos como a cruz gamada tem um senso de esoterismo em torno de si. O seu uso pelo partido nazista estigmatizou sua simbologia notadamente na cultura ocidental. Curiosamente, a insígnia tem sido sagrada em várias civilizações antigas em todo o mundo durante mais de 3 mil anos, representando a vida, sol, fogo, poder, força e boa sorte. Na Índia, por exemplo, continua a ser um dos símbolos religiosos mais importantes, usado principalmente no budismo, no hinduísmo e no jainismo. Nesta última corrente religiosa, a suástica delineia o sétimo santo e os quatro braços que representam os lugares possíveis de renascimento: o animal ou planta, inferno, terra ou o mundo espiritual. No budismo, a suástica representa a renúncia. Para os hindus, a insígnia simboliza a noite, a magia e a pureza. Por isso também é considerada como símbolo de boa sorte. A cruz gamada era um emblema para os arianos, uma das raças mais antigas que se instalou no Irão e no norte da Índia. Os arianos se acreditavam superiores em relação aos outros povos. Uma vez que os nazistas consideravam ter raízes arianas, usaram a suástica como estandarte. Desta forma, a cruz gamada tornou-se um símbolo de violência, morte e assassinato. Após a Segunda Guerra Mundial, a suástica passou a ser associada com negatividade e ódio, sendo que sua difusão no sentido de apologia ao regime de Hitler é considerada crime em diversos países, inclusive o Brasil. O diretor da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Goiás (UFG) e doutor em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFP) Pedro Sérgio dos Santos afirma que pelo princípio constitucional da liberdade de expressão, qualquer símbolo passa a ser proibido caso seja usado como instrumento de incitação ao ódio, racismo e discriminação religiosa. Caso um exemplar da suástica for usado dentro de um contexto pedagógico e informativo, como em livros de Histó­rias, palestras e aulas, não haveria nenhum problema. “Configura-se em crime racial o uso de qualquer símbolo quando for comprovada a atitude dolosa da situação.” [caption id="attachment_6422" align="alignleft" width="148"]Clodoaldo Moreira: “Pode, sem conotações ao racismo e injúria” | Foto: Arquivo Pessoal Clodoaldo Moreira: “Pode, sem conotações ao racismo e injúria” | Foto: Arquivo Pessoal[/caption] O advogado e professor de Direito da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) Clodoaldo Moreira dos Santos Júnior afirma que a utilização de símbolos relacionados ao nazismo, segundo a Constituição Federal, não é proibido desde que não haja apologia ao crime. Por exemplo, se a suástica for usada no incentivo de preconceito, racismo e injúria, até mesmo no contexto das redes sociais, é configurado como ação delituosa. “Um símbolo como a suástica sendo usado de forma isolada não tem caráter ofensivo. Para ser considerado crime, a insígnia deve ser acompanhada de dizeres e imagens de ódio.”

Oposição tem uma tarefa muito difícil: convencer o eleitor a não votar em Marconi

A tendência é de que o conjunto de realizações do governo comandado pelo tucano tenha ressonância na vontade do eleitor Cezar Santos O tucano Marconi Perillo lidera as pesquisas de intenção de votos para o governo estadual. A constatação é por demais sabida, mas cabe a reiteração por que volta e meia aparecem alguns levantamentos “mandraques” dando conta de que não é bem assim. Mas se Marconi lidera as pesquisas minimamente sérias, isso é o que menos deve preocupar a oposição. O mais difícil para Iris Rezende (PMDB), Vanderlan Cardoso (PSB) e Antônio Gomide (PT) — será que esses dois últimos vão ser mesmo candidatos? É quase certo que um deles não deve ser, mas aguardemos — será convencer o eleitor a não votar em Marconi Perillo. Depois disso, aí sim, convencer o eleitor a votar neles — é bom registrar que há eleitor que convictamente não vota em certos candidatos, e Marconi também sofre rejeição de parte do eleitorado, mas não se trata desse eleitor que estamos referindo. E porque o eleitor deixaria de votar num projeto que está sendo executado a contento? Afinal, Goiás sob o comando do tucano ostenta índices invejáveis tanto em realizações de obras físicas quanto em programas sociais. No tocante às obras, foi realizado um amplo programa de restauração de rodovias, justamente um dos motes que a oposição esperava contar para “bater” em Marconi, mostrando a situação precária de algumas vias, herança do desgoverno de Alcides Rodrigues. E além de restauração, o governo faz novas pavimentações. artigo_jose maria e silva.qxd E o que dizer do Hospital de Urgências da Região Noroeste de Goiânia (Hugo 2) que está praticamente concluído? A unidade vai desafogar o Hospital de Urgências de Goiânia, atendendo um amplo contingente daquela região, englobando dezenas de municípios. O novo hospital terá Centro Cirúrgico com 22 salas e uma ala para pacientes com queimaduras, composta por 13 leitos, serviço que ainda não é oferecido pelo SUS no Estado. Serão investidos mais de R$ 50 milhões em equipamentos. O custo total da obra gira em R$ 140 milhões. O Hugo 2, por si só, é uma obra que marca uma administração. O governo também reforma escolas num modalidade nova, repassando recursos para que as próprias comunidades escolares definissem as obras necessárias. E na quarta-feira, 4, o governo autorizou a construção, cobertura e reforma de quadras esportivas em 520 unidades. Inves­ti­mento na ordem de R$ 116,6 mi­lhões, sendo R$ 40,5 milhões do Fundo Nacional de Desenvolvi­men­to da Educação (FNDE) e contrapartida de R$ 16 milhões do Tesouro Estadual, para atender 41 escolas com cobertura e reforma de quadras e 74 escolas com a construção de quadras. Mais R$ 60 milhões de recursos próprios do Tesouro estão sendo repassados diretamente a 405 escolas para a construção de novas quadras, reformas e cobertura. A diferença do governo também se estabelece nos programas sociais, como o Bolsa Universitária, que em 15 anos de existência já beneficiou quase 150 mil estudantes com bolsas parcial e integral. E o que dizer do Restaurante Cidadão, que fornece refeição a 1 real? Além disso, Goiás comemora a terceira posição como gerador de empregos no Brasil. A confirmação se deu através de Índices do Ca­das­tro Geral de Empregados e Desem­pregados (Caged) e da Re­la­ção Anual de Informações Sociais (Rais), tabulados pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeco­nômicas (IMB). Os números confirmaram que de 2010 até março de 2014 – na comparação da taxa de crescimento com outros Estados – Goiás foi o terceiro maior gerador de empregos neste período. Alguém pode dizer que a segurança pública não está tão bem. Realmente, há problemas sérios nessa área. Mas qual cidade de médio e de grande porte no Brasil que não enfrenta problemas de segurança pública? A situação vem degringolando nos últimos dez anos, justamente por omissão do governo federal, que deixa para os Estados toda a responsabilidade. E mesmo aí o governo tem ações efetivas a mostrar, como a incorporação de voluntários para reforçar o policiamento ostensivo. Diante desse quadro, como Iris, Vanderlan e Gomide vão dizer ao eleitor para não votar em Marconi? E não se está dizendo aqui das dificuldades políticas de cada um deles: a divisão autofágica do PMDB de Iris; a total falta de articulação e de nomes para compor chapas ma­jo­ritária e proporcional de Van­derlan; o isolamento de Gomide, que ainda por cima terá sua campanha contaminada pelos maus resultados do companheiro Paulo Garcia na Prefeitura de Goiânia. Eleitor gosta de resultados. E certamente ele sabe quem está produzindo resultados.

Goiás como bola da vez

“A bola da vez do Brasil é a Região Centro-Oeste e, dentro da Região Centro-Oeste, é o Estado de Goiás.” A frase foi dita pelo governador Marconi Perillo, no 1º Exame Fórum Centro-Oeste, realizado em Goiânia na terça-feira, 3. O evento promovido pelo Grupo Abril/Re­vista Exame teve objetivo de discutir as potencialidades econômicas e sociais das regiões, e seus desafios estruturais. [caption id="attachment_6406" align="alignleft" width="660"]artigo_jose maria e silva.qxd Foto: Rodrigo Cabral[/caption] A partir do diagnóstico de que a região Centro-Oeste é, hoje, a economia mais próspera do País, com destaque para o volume do PIB, os palestrantes e mediadores debateram os caminhos que têm alavancado a região e as formas de mantê-la na dianteira do desenvolvimento econômico do País. O governador falou dos indicadores da região, lembrando que ela produz 50% dos alimentos do País e cresce muito acima da média nacional. “Enquanto o PIB do Brasil no primeiro trimestre cresceu 0,2%, na nossa região cresceu quase 4%. O crescimento do agronegócio foi de 3,6% no Brasil, puxado pela região Centro-Oeste. É a região que também tem feito o equilíbrio na balança comercial do País, e puxado o Brasil na geração de empregos.” Como o melhor mascate de sua gestão, Marconi “vendeu” seu peixe, lembrando que na última safra, Goiás alcançou 18 milhões de toneladas de grãos, e o rebanho bovino chega a 23 milhões de cabeças. Ressaltou que Goiás é um Estado que, nos últimos anos, agregou muito valor às matérias-primas, passou a industrializar os produtos primários e foi buscar novas fontes de receitas e empregos, garantindo a industrialização do setor metal-mecânico, e das montadoras de veículos, entre outros. “É uma economia bastante diversificada.” Com sua facilidade em esgrimir números, Marconi Perillo disse que Goiás já é o segundo maior produtor de etanol do País, e o segundo de cana-de-açúcar. Informou que o Estado recebeu, nesta gestão, R$ 10 bilhões em investimentos, e mais de R$ 30 bilhões do setor privado. Ele destacou o crescimento do PIB, de R$ 17,4 bilhões em 1998, para R$ 135 bilhões, atualmente. Falou também sobre os incentivos fiscais que foram prorrogados até 2040. Ressaltou o forte investimento na melhoria das malha rodoviária, na construção e duplicação de rodovias, em saneamento básico e na construção de pontes e viadutos, além da construção do maior aeroporto de cargas da Região Centro-Oeste, em Anápolis. Marconi falou dos investimentos e do trabalho do governo goiano para melhorar a hidrovia Paranaíba-Tietê-Paraná, que dá cesso aos portos, e do trabalho para que Goiás ganhe novas ferrovias. “O governo do Estado vai financiar projetos para construção de mais pelo menos duas ferrovias importantes: uma saindo de Ilhéus (BA), até Campinorte, no Norte de Goiás, na Ferrovia Norte-Sul, que é Ferrovia de Integração Oeste-Leste; e um ramal da Norte-Sul na região Sudoeste e Sul. Vamos investir aproximadamente R$ 11 milhões na elaboração dos projetos para que essas rodovias sejam viabilizadas.” Ao falar sobre o desafio da re­gião Centro-Oeste, Marconi observou a questão de forma a englobar todo o País nos quesitos que precisam ser transformados para garantir o de­sen­volvimento de todas as re­giões, e do Brasil como um todo. l

11 craques que não se renderam ao sistema

Pela personalidade, por ações humanitárias ou posicionamentos políticos, um ranking subjetivo sobre jogadores que pensaram o esporte muito além das quatro linhas do gramado Elder Dias Para quem olha de fora, o mundo do futebol é habitado por seres completamente alienados. Um preconceito sob uma base real: está claro que os jogadores colaboram para essa impressão virar estereótipo. E nem só por aqui — a seleção inglesa que jogará a Copa do Mundo ficou hospedada em Miami antes de vir para o Brasil e somente um atleta, Leighton Baines, reparou que aquele senhor grisalho acomodado no mesmo hotel era o cantor Morrissey, lenda do rock britânico. A maioria das celebridades do futebol pisa na bola ao entrar (ou nem isso) no campo dos temas universais, provocados em assuntos que vão da política à cultura, da economia aos direitos humanos. Mas nem só de pagode e “vamos dar tudo de si” vivem os jogadores. Alguns deles — poucos, é bem verdade — se fizeram referência exatamente por fugir do padrão: tornaram-se não só grandes como atletas, mas também pessoas brilhantes. Pelo pensamento rápido, por uma personalidade contestadora, por ações humanitárias ou posicionamentos políticos, a lista destas próximas páginas estabelece um ranking totalmente aleatório e pessoal sobre alguns sujeitos que, sem dúvida, levaram o futebol muito além das quatro linhas de um campo. Tocantins_1885.qxd    

4 Caszely, o bravo

Tocantins_1885.qxd Considerado um dos maiores jogadores da história do Chile, o socialista Carlos Caszely, já craque da seleção, apoiou o governo de Salvador Allende no início dos anos 70 e foi também uma das celebridades do país a se opor frontalmente à ditadura de Augusto Pinochet. Tão frontalmente que, recebido com a seleção em La Moneda, o palácio presidencial, não estendeu a mão ao general, em solenidade pela conquista da vaga à Copa da Alemanha, em 74. Talvez isso tenha colaborado para que tivesse sua mãe sequestrada e torturada por agentes do governo naquele ano. Em 1980 e 1988, fez campanha contra o governo, respectivamente pela rejeição à nova Constituição e pela opção “não” no plebiscito que decidia sobre a manutenção de Pinochet no poder. Jogou as Copas de 1974 e 1982 e é o terceiro maior artilheiro da história da seleção chilena.

5 Varela, o digno

Tocantins_1885.qxd O principal causador da maior tragédia do futebol brasileiro era muito mais do que jogador e capitão da seleção uruguaia. Em 1948, liderou uma greve dos atletas do país por condições mais humanas no trabalho. Já no fim da carreira, se recusou a receber premiação diferente dos colegas. Quando seu clube fechou patrocínio, em 1954, a única camisa do time em que a marca do anunciante não estava estampada era a sua. Ele não permitiu. “Antes, nós, os negros, éramos puxados por uma argola no nariz. Esse tempo já passou”, justificou sua atitude. O durão Varela se disse arrependido de ganhar a Copa de 50, após consolar brasileiros nos bares do Rio na noite do Maracanazo. Condoeu-se por nunca ter imaginado que o futebol significasse tanto para aquela gente. Morreu pobre, em 1996.

6 Sócrates, o democrata

Tocantins_1885.qxd Sócrates, que jogou as Copas de 82 e 86, pode ser considerado o maior “antijogador” da história do futebol brasileiro. Revelação do Botafogo de Ribeirão Preto (SP), sua terra natal, recusou-se a ir para o Corinthians antes de terminar a faculdade de Medicina. No Timão, além de um dos maiores ídolos da história, foi um dos responsáveis pela implantação da Democracia Corintiana, movimento em que decisões sobre o time e o clube eram votadas por dirigentes, jogadores e funcionários. Outra prova de sua politização foi subir e discursar nos palanques das Diretas, em 1984. Era contra a concentração antes dos jogos. Fumava e bebia muito quando ainda era atleta. O álcool foi o causador de sua morte prematura, aos 57 anos, em 2011.

7 Cruijff, o sarcástico

Tocantins_1885.qxdVice-campeão mundial em 1974, ano em que a Laranja Mecânica comandada por ele em campo perdeu a decisão para a Alemanha, Johann Cruijff já jogava no Barcelona em 1973, quando resolveu dar ao terceiro filho o nome de Jordi, o padroeiro da Catalunha (no Brasil, São Jorge). Vivia-se ainda o período ditatorial do franquismo e tinha sido banida qualquer referência aos símbolos nacionais catalães. Como não pôde então registrar o filho em Barcelona, Cruijff se dirigiu ao país natal e Jordi pôde ser Jordi em Amsterdã. Para debochar de Franco, se deixou ser fichado como “máquina agrícola”, já que tinha sido considerado “muito caro” como jogador de futebol. Outra ditadura, a do argentino Jorge Videla, teria sido o motivo de sua não ida à Copa de 78. Por atitudes como essas, Cruijff é reverenciado por torcedores do Barcelona e nacionalistas da Catalunha muito além do craque que foi em campo. É um dos maiores jogadores de todos os tempos e o maior da Holanda.

8 Redondo, o indomável

Tocantins_1885.qxdUm dos mais talentosos jogadores argentinos dos anos 90, Fernando Redondo foi um habilidoso volante que se destacou especialmente no Real Madrid. Depois de jogar a Copa de 1994, envolveu-se em uma polêmica por causa de uma ordem bizarra do então técnico da seleção Daniel Passarella em 1998: para serem convocados, todos os atletas deveriam ter cabelos curtos. “Eu disse a Passarella que não iria cortar meu cabelo, porque ele faz parte da minha personalidade. E, antes de ser jogador, eu sou uma pessoa.” A personalidade forte do cabeludo Redondo já havia sido demonstrada em 1990, ao recusar a convocação do técnico Carlos Bilardo para a Copa. Mais tarde ele confirmaria que não concordava com o estilo de jogo proposto pelo treinador.

9 Romário, o ferino

Tocantins_1885.qxdUm dos maiores camisas 9 (embora jogasse com a 11) da história do futebol mundial, o “Baixinho” espalhou tanto talento quanto desafetos no futebol: teve atritos (alguns com vias de fato) com os colegas Edmundo, Zico, Andrei, Pelé, Ronaldo e o argentino Simeone, entre outros; com os treinadores Alexandre Gama, Zagallo e Luxemburgo; e com os dirigentes Roberto Dinamite (Vasco), Edmundo dos Santos Silva (Flamengo) e Ricardo Teixeira (CBF). Poderia ter jogado cinco Mundiais (entre 1986 e 2002), mas, de fato, apesar de ter estado em 1990 como reserva — só entrando contra a Escócia —, brilhou quatro anos depois: a conquista do tetra foi também a “Copa do Romário”. Além de boêmio — amava a noite, dizia que não era atleta e achava que jogava melhor quando antes fazia sexo —, foi um frasista polêmico. Entre elas disse: “Pelé, calado, é um poeta” e “O cara entrou no ônibus agora, não está nem em pé e já quer sentar na janela” (sobre Alexandre Gama, então técnico do Fluminense). Hoje sua língua ferina o ajuda nos debates no Congresso, como deputado federal pelo PSB do Rio. Grata surpresa da política e ferrenho crítico da CBF, em outubro Romário deve disputar o Senado.

10 Best, o boêmio

Tocantins_1885.qxdÉ do norte-irlandês talvez a frase mais sarcástica de um jogador de futebol para definir hedonismo: “Gastei muito dinheiro com bebidas, mulheres e carros potentes. O resto eu desperdicei.” Em plena efervescência da beatlemania, George Best foi o primeiro jogador pop star do futebol mundial e o maior frasista de seu ramo. Nunca disputou uma Copa do Mundo — sua seleção, a Irlanda do Norte, não conseguiu êxito nas eliminatórias de 1962 a 1978 —, mas é considerado um dos maiores jogadores da história do Manchester United. Sua vida de “bon vivant” foi também o que o matou: ainda tinha carreira em alta quando se entregou ao álcool. Sofrendo de cirrose, passou por transplante de fígado em 2002, mas voltou a beber mesmo assim. Morreu em 2005, aos 59 anos. Como último e digno ato, deixou-se fotografar moribundo no hospital Cronwell, em Londres, pedindo para que o registro fosse legendado com uma última grande frase: “Não façam como eu.” O aeroporto de Belfast, sua cidade natal, foi rebatizado com seu nome.

11 Breitner, o sincero

Tocantins_1885.qxdPaul Breitner penou por dizer sempre o que pensava. No tempo em que o Muro de Berlim ainda estava de pé, tinha fortes posições políticas e não fugia de polêmicas. Campeão mundial em 1974 pela Alemanha, só voltaria a jogar pela seleção em 1981. É que chamara o então técnico Helmut Schön de “senil”, o auxiliar Jupp Derwall de “idiota” e seus colegas de time de “burros”. Em plena guerra fria, foi considerado maoísta por confessar que tinha um livro do ditador chinês. Foi também o técnico da seleção com recorde negativo de tempo de permanência: 17 horas, tempo que levou para ser reprovado pelo conselho da federação alemã. Sobre o motivo da rejeição, disse Breitner à época: “Talvez seja sincero demais para ser técnico da seleção.”

Duelo das Famílias Scolari: qual seleção é melhor, a de 2002 ou a de 2014?

Num olhar superficial, a comparação pode parecer injusta, pois a primeira já foi campeã. É um risco, mas futebol não é para fracos — às vezes é preciso entrar de sola Ademir Luiz Especial para o Jornal Opção No excelente livro “As Melhores Seleções Brasileiras de Todos os Tempos”, o jornalista Milton Leite defendeu que o melhor time já montado para uma Copa foi o escrete de 1970, vencedor no México. Embora respeite essa opinião, discordei dela e escrevi o artigo “1958 – rei de Copas”, publicado em março de 2010 no Jornal Opção, no qual, obviamente, defendi nossa primeira equipe campeã. Retomo a discussão, enfocando as duas Famílias Scolari: a do mundial 2002 e a atual. Num olhar superficial pode parecer injusto, considerando que a primeira já foi campeã. Certamente, é um risco, mas, futebol não é para fracos — às vezes é preciso entrar de sola. A possível conquista de 2014 será mais importante do que a de 2002. O próprio patriarca da família admitiu que a Seleção tem obrigação de vencer em casa. Não se pode repetir 1950, o mal fadado Maracanazo, quando o Brasil perdeu para o Uruguai por 2 a 1. Objetivamente, a equipe de 2002 era favorita simplesmente pela tradição, mas estava fresca a acachapante — e para muitos suspeita— derrota de 1998, para a França de Zidane. Scolari não havia comandado todo o processo: foi o substituto de Leão, que substituíra Vanderlei Luxemburgo. A situação se repetiu agora, com Scolari na vaga do decepcionante Mano Menezes. Tocantins_1885.qxd Scolari não mudou muito as peças. Não por ser uma geração de unanimidades, mas pela oferta de nomes selecionáveis se mostrar escassa desde a Segunda Era Dunga, em 2010, que deveria representar renovação à vencedora geração anterior, encerrada em 2006 e que começou a se desenhar em 1990, a Pri­meira Era Dunga. Scolari não enfrentou polêmicas. Divergências foram pontuais. Alguns defenderam veteranos como Ro­naldinho Gaúcho, Kaká e Robinho; outros, que Diego Cavalieri deveria ter vaga de goleiro reserva; ainda outros lamentaram o corte de Lucas. Nada que colocasse em xeque a legitimidade dos eleitos. Nada parecido com a balbúrdia pela ausência de Romário em 2002. O que essa calmaria representa? Trata-se de confiança, de descrédito ou apatia quanto à Seleção? Difícil, mas a vitória na Copa das Confederações deu crédito à segunda Família Scolari. Em termos de nível de dificuldade na 1ª fase, 2014 supera 2002, quando os adversários foram Turquia, China e Costa Rica. Em 2014, serão Croácia, México e Camarões. A Turquia surpreendeu em 2002, mas o México é sempre um time complicado de bater, a Croácia costuma apresentar um futebol ofensivo e perigoso e Camarões é uma incógnita, variando de letal até semiamador. Mas é provável que se repita o 1º lugar do grupo. O esquema de Scolari em 2002 foi considerado exageradamente defensivo, com três zagueiros. Poucos perceberam que essa formação permitia que os laterais Cafu e Roberto Carlos e o volante Kléberson fossem livres para atacar. Efeito surpresa fundamental para o sucesso. Por outro lado, a seleção agora é claramente ofensiva, contando com três atacantes de ofício: Hulk, Fred e Neymar. Contrapondo os titulares de cada uma das gerações o que se pode observar? Começando pelo gol, Júlio César não é rival para Marcos. Bom goleiro, Júlio César é alvo de desconfiança desde sua falha contra a Holanda em 2010. Não se mostra muito acima dos reservas Jefferson e Victor. Ironicamente, recusou o número 1 e vai usar o 12 nesta Copa. Marcos, independentemente das defesas milagrosas que realizaria em 2002, já na preparação conquistou a confiança de Scolari e dos torcedores. Coisa de santo. A zaga de 2002 era eficiente e disciplinada, com Lúcio, Edmílson e Roque Júnior. Mas a dupla Thiago Silva e David Luiz parece mais sólida e técnica. Edmilson, que usava a camisa 5, deve ser comparado ao volante Fernandinho. Talvez Ed­milson devesse perder, mas seu fantástico desajeitado gol de bicicleta contra a Costa Rica lhe concede o empate. O mesmo vale para os dois camisa 8, Gilberto Silva e Paulinho. O segundo volante em 2002 era Kléberson. Não existe no time de 2014 ninguém com função tática parecida. Sua guisa de comparação, então, seria o atacante Hulk. Entre os dois, a superioridade técnica de Kléberson é evidente, embora Hulk, jogador muito esforçado, mereça crédito de ser uma das forças motriz do time. Nas laterais, duas situações diferentes. Na direita duelam Cafu — versátil, velocista e líder equilibrado, mas que parecia ser melhor do que era — e Daniel Alves, tecnicamente melhor, mas que não se mostrou insubstituível ou decisivo. Por conta disso, outro empate. Na esquerda, Roberto Carlos e Marcelo. Não se pode chamar de duelo: Roberto Carlos foi o segundo melhor lateral esquerdo do Brasil, e talvez mundial, de todos os tempos, só atrás do lendário Nilton Santos, bi em 1958 e 1962. Marcelo é bom jogador, titular do Real Madri, e com medalhas olímpicas em 2008 e 2012, mas ainda não é História. Roberto Carlos, apesar das meias em 2006, é. A seleção de 2014 possui só um armador, o discretíssimo Oscar, que não usa a 10, mas a 11. A mesma de Ronaldinho Gaúcho em 2002. Apesar de Oscar ser promissor, Ronaldinho já era uma realidade. Lembro-me da “Placar” o comparar ao rei Pelé. Exagero? Muito. Mas o fato de esse exagero ter sido cometido já indica algo. A 10 de 2014 pertence a Neymar Jr. Ele venceria fácil todos os citados, com exceção de Ronaldinho, mas os dois últimos nomes de 2002 são gênios. Infelizmente, para o esbelto topetudo, seu rival imediato é o brilhante Rivaldo, escolhido o melhor do mundo em 1999. O mal de Rivaldo foi a humildade. Se tivesse a saudável petulância de um Romário poderia conseguir vaga na galeria das lendas futebolísticas, ao lado de gigantes como Cruyff, Puskas, Maradona e Eusébio. Não poderia ser rei, pois só existiu Pelé, mas seria um grande príncipe. Rivaldo, embora o laureado oficial tenha sido o goleiro alemão Oliver Kahn, foi o melhor jogador da Copa de 2002. É até provável que Neymar se torne um dos melhores do mundo e de todos os tempos, mas ainda não é. Liderando o ataque de hoje está Fred. Em 2002 havia Ronaldo. Davi contra Golias, e desta vez o gigante esmaga o pequeno. Fred é bom jogador, parece ser ótimo sujeito e tem a confiança de Scolari, mas Ronaldo é simplesmente gênio. Não por acaso, após uma séria contusão, terminou a Copa como o maior artilheiro brasileiro de uma edição da competição em todos os tempos. A partir dessa opinião, a Família Scolari de 2002 vence a de 2014 por 6 a 2, com três empates. Para terminar, relembro que em 2002 havia um reserva de luxo, Denílson, vendido como uma espécie de Garrincha mirim. Não era para tanto, mas Denílson cumpriu muito bem sua função na Copa. A cena dele sozinho, segurando a bola perseguido por um esquadrão de turcos é antológica. Esse ano tal papel deveria ser representado por Lucas. Não deu. Espero que Lucas, mesmo preterido, torça tanto para o escrete canarinho quanto Romário torceu em 2002. A Família Scolari agradece. Ademir Luiz é doutor em História e professor da UEG.

Cinco pessoas morrem em queda de helicóptero. Um primo do governador e o Fernandão, ex-atacante do Goiás, estão entre as vítimas

O futebolista iniciou sua trajetória nos gramados do Goiás. Atualmente trabalhava no SporTV como comentarista esportivo [gallery type="slideshow" ids="6337,6336,6335,6334,6333,6332"] Ex-atacante do Goiás Esporte Clube e do Sport Club Internacional, Fernando Lúcio da Costa, conhecido como Fernandão, morreu na madrugada deste sábado (7/6), na queda de um helicóptero na cidade de Aruanã, cerca 315 quilômetros de Goiânia. O acidente ainda vitimou mais quatro pessoas. Segundo a Policia Civil (PC), a aeronave caiu por volta da 1h. Dentre as vítimas está Milton Ananias, coronel reformado da Policia Militar (PM), Edmilson de Sousa Lemes, vereador de Palmeiras de Goiás pelo PSDB e cabo da PM, Lindomar Mendes Vieira e Antônio de Pádua Ferreira, primo do governador Marconi Perillo. Fernandão chegou a ser levado para um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Técnicos da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) são aguardados no local para fazerem a perícia da aeronave  para determinarem as causas do acidente. fernandao-site-blogs-jovempan-uol-com-br1 O futebolista iniciou sua trajetória nos gramados do Goiás. Entre 1995 e 2001 conquistou junto com time cinco campeonatos estaduais, duas Copas Centro-Oeste e um Brasileiro da Série B. Depois, se transferiu para o futebol europeu onde jogou pelo Olympique de Marseille e também o Toulouse. Na volta ao país, atuou pelo Internacional. O Sport Club Internacional divulgou em nota oficial que está de luto. “O momento é de profundo pesar pela partida prematura do ídolo de 36 anos, mas o que fica são lembranças gloriosas de um atacante que honrou a camisa do Internacional com seu espírito de liderança, sendo um dos jogadores mais importantes dos 105 anos do Clube”. O ex-atacante retornava de sua casa do interior para a capital. O eterno atleta alviverde e colorado estava fora dos gramados há três anos. Atualmente trabalhava no SporTV como comentarista de futebol e estaria cobrindo a Copa do Mundo, que começa no próximo dia 12 de junho.

Revista CartaCapital traz como manchete o mistério da ascensão do frigorífico Friboi, oriundo de Anápolis

Mais uma vez um personagem, empresa ou fato do estado de Goiás é capa da revista semanal CartaCapital, da editora Confiança. A edição 803 traz na capa a manchete: “A misteriosa ascensão da Friboi - De modesto frigorífico a (quase) maior empresa privada do Brasil”. 760aa95f-dd5f-496a-b110-c4e9f77f2bf3 A Friboi é uma empresa do Grupo JBS – fundada em 1953 em Anápolis, e que hoje é a terceira maior empresa de alimentos do mundo, com atuação em 22 países de cinco continentes. No ano passado a companhia registou uma receita líquida de R$ 92,9 bilhões, um aumento de 22,7% em relação a 2012. Em 2013, José Batista Junior, o Júnior Friboi, vendeu suas ações no frigorífico JBS-Friboi para seus irmãos Joesley e Wesley Batista. Neste ano, Júnior Friboi pretendia candidatar-se ao governo de Goiás  pelo PMDB. Mas, segundo o próprio peemedebista, por infidelidades dentro do partido foi necessário desistir do processo. Iris Rezende teria prometido a ele que não disputaria a indicação do partido para a disputa do governo, porém manteve fortes articulações nos bastidores. Na próxima semana Iris deve oficializar o retorno de sua pré-candidatura. A revista “A misteriosa ascensão da Friboi” chega às bancas de Goiânia no próximo domingo (8/6).

Líderes mundiais se reúnem para comemorar 70 anos do Dia D

Líderes mundiais estão participando hoje (6), na França, das comemorações dos 70 anos do desembarque das tropas aliadas na Normandia, operação conhecida como Dia D, que deu início à libertação da Europa ocupada pelas tropas nazistas de Adolf Hitler durante a 2ª Guerra Mundial. Entre os chefes de Estado que viajaram ao local para prestar homenagens aos heróis da guerra, estão os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama; da Rússia, Vladimir Putin; da Ucrânia, Petro Poroshenko; a chanceler alemã Angela Merkel, além do presidente francês, François Hollande, e da rainha do Reino Unido, Elizabeth II. A celebração oficial, com a presença de 20 líderes mundiais, acontece nesta tarde, na praia de Ouistreham. Antes, porém, se deram alguns encontros bilaterais, como entre a chanceler Angela Merkel e o presidente Putin, e entre Poroshenko e Putin. Trata-se do primeiro encontro entre os presidentes da Ucrânia e da Rússia, desde a eleição do atual presidente ucraniano. Os dois países enfrentam uma crise sem precedentes na história das relações entre os dois países, desde a anexação da Crimeia pela Rússia. De acordo com oficial francês que acompanhou os encontros, as conversas trataram de possíveis medidas para reduzir a crise, incluindo como Moscou poderia reconhecer a eleição de Poroshenko. Paralelamente às comemorações, a reunião dos líderes é importante por ser a primeira vez em que Putin se reúne com dirigentes ocidentais, juntos, desde a anexação da Crimeia. Também é a primeira vez, desde então, que ele e Obama, um dos principais críticos de Putin na crise com a Ucrânia, dividem o mesmo espaço. Mais cedo, o presidente norte-americano discursou ao lado de Hollande no cemitério de Colleville-sur-Mer, próximo à praia de Omaha, onde estão enterrados cerca de dez mil militares norte-americanos. Na presença de veteranos de guerra, Obama disse que "o grito dos Estados Unidos, o nosso compromisso com a liberdade, com a igualdade, com a liberdade (...) está escrito com sangue nestas praias" e acrescentou que a Normandia tem “a praia do inferno” e “as praias da democracia”. No dia 6 de junho de 1944, cerca de 150 mil soldados, sobretudo ingleses, franceses, americanos e canadenses, deram início à libertação da Europa ocupada pela Alemanha nazista. Vinte mil civis morreram na batalha da Normandia. As cerimônias terminarão com um jantar de Estado oferecido pelo presidente francês no Palácio do Eliseu, em homenagem à rainha do Reino Unido, em visita oficial à França.

Jovem reafirma que retrato falado de suspeito de matar Ana Maria é muito parecido com o assassino de sua namorada

Especialista em saúde mental garante que mesmo em estado de choque uma pessoa pode registrar os traços do rosto e os gestos de um criminoso Clayton Junior, 18 anos, namorado da adolescente Isadora Cândido, 15 anos, morta no último final de semana numa suposta tentativa de assalto, esclareceu ao Jornal Opção Online, nesta sexta-feira (6/6), que após o crime teve acesso ao retrato falado do suspeito de matar a assessora parlamentar Ana Maria Victor Duarte, de 26 anos, no dia 15 de março deste ano. “O rosto do retrato falado é muito parecido com o rosto do homem que matou Isadora, até a camiseta, a expressão, tudo”, afirmou Clayton com a voz embargada. [caption id="attachment_6137" align="alignleft" width="198"]Untitled-1 A menor foi atingida com um tiro nas costas após deixar o celular cair na hora de entregá-lo ao suposto assaltante.[/caption] O jovem disse que logo após o assassinato de sua namorada, alguns amigos lhe mostraram o retrato falado do caso de Ana Maria, divulgado pela Polícia Civil (PC) doze dias depois do crime. O caso de Isadora Cândido está com a equipe do delegado Eliton Carlos Miranda da Delegacia de Investigações de Homicídios (DIH). Nesta sexta-feira o delegado disse à reportagem que ainda não existe nenhum termo de reconhecimento oficial. “Essa informação é temerária, ainda mais partindo do pressuposto de uns amigos terem mostrado essa imagem”. No entanto, ainda muito abalado, Clayton assegurou que informou às autoridades acerca da semelhança do retrato falado com o assassino de Isadora. Consultado pela reportagem, o psicólogo clínico e especialista em saúde mental Marcio Ferreira de Freitas assevera que em situações traumáticas, perigosas ou dolorosas as pessoas registram na memória os traços mais fortes – nariz, olho, sobrancelhas – dos indivíduos causadores dessas circunstâncias. “Quando uma pessoa vê a morte de uma namorada, ela registra a imagem traumática no cérebro. Depois da situação, a pessoa vai lembrar desses traços mais fortes como um mecanismo de proteção. Assim, ela pode identificar o autor”, certifica Marcio Ferreira de Freitas. Na tarde de hoje a família da menina e o namorado irão se reunir com o secretário de Segurança Pública do Estado, Joaquim Mesquita. O encontro será no gabinete do secretário. A família pede agilidade nas investigações.

Caso Isadora Cândido: namorado reconhece retrato falado de suspeito de matar assessora parlamentar como autor do crime

Homem que assassinou a assessora parlamentar Ana Maria Duarte, em março, pode ser o mesmo que matou Isadora Cândido no último final de semana. Circunstâncias dos crimes são semelhantes

Lei que exige nota informando imposto cobrado começa a valer na próxima semana

O consumidor tem o direito de saber o valor dos tributos cobrados sobre mercadoria ou serviços separadamente.  O governo deve publicar nos próximos dias o detalhamento de regras para que as empresas comecem a discriminar, na nota fiscal, os tributos incidentes sobre o produto ou serviço vendidos ao consumidor. Em audiência pública na Câmara nesta-quinta (5/6), o assessor jurídico da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, José Levi do Amaral Júnior, lembrou que, a partir da próxima semana, as empresas que não prestarem as informações na nota fiscal já começarão a ser multadas. Prevista na Lei 12.741/2012, a obrigação passaria a ser cobrada no dia 10 de junho do ano passado, mas o governo acatou os pedidos de adiamento dos empresários, que queriam mais tempo para colocar a medida em prática, e adiou por um ano a aplicação de multa pelo descumprimento. O argumento do setor privado recai principalmente sobre a falta de uma regulamentação que oriente os empresários sobre a novidade. Durante o debate de hoje, alguns empresários afirmaram que já detalham impostos, mas o gerente executivo de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, alertou sobre a complexidade dessa obrigação. Segundo ele, o setor terá problemas ao detalhar valores pagos às diferentes esferas de governo. A CNI defendeu que a informação prevista na lei limite-se à porcentagem cobrada por cada tributo. Pela lei, o consumidor tem o direito de saber o valor dos tributos cobrados sobre mercadoria ou serviços separadamente. A regra inclui os impostos sobre Operações Financeiras (IOF) e sobre Produtos Industrializados (IPI), o relativo ao Programa de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep), as contribuições para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), além dos impostos sobre Serviços (ISS) e sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS). José Levi do Amaral Júnior reconheceu o grau de dificuldade que o setor privado terá que enfrentar, mas lembrou que os valores serão aproximados, já que muitos tributos são cumulativos, porque são cobrados nas diversas etapas da cadeia de produção. A Secretaria da Micro e Pequena Empresa ficará responsável pela fiscalização da medida.

Sisu: número de inscritos passa de 1,2 milhão e cresce 54% sobre 2013

O curso mais procurado foi medicina na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com 26,2 mil inscritos e uma concorrência de 163,8 candidatos por vaga

Inscrições para festival de cinema internacional em Goiânia se encerram dia 13 de junho

Podem se inscrever filmes produzidos em qualquer formato de captação, sobre qualquer tema e com qualquer duração, vindos de todas as partes do mundo [caption id="attachment_6146" align="alignright" width="851"]fronteira Festival acontece no final de agosto e começo de setembro | Foto: divulgação[/caption] As inscrições para a Mostra Competitiva da primeira edição do Festival Internacional do Filme e Documentário  (Fronteira) se encerram no dia 13 de junho. A primeira edição do Fronteira acontece entre 30 de agosto e 7 de setembro na capital. Podem se inscrever filmes produzidos em qualquer formato de captação, sobre qualquer tema e com qualquer duração, vindos de todas as partes do mundo. O júri da Mostra Competitiva Internacional vai conceder o Troféu Fronteira para o melhor filme e para a melhor direção. Será concedido também o prêmio da Crítica Jovem, oferecido por um conjunto de críticos de cinema em formação que residem em Goiás, sob coordenação de um crítico já experiente. A ideia do Festival é reunir filmes inéditos em Goiás e muitas vezes inéditos no Brasil, oriundos de diferentes países,  culturas, e dimensões estéticas, percebidos como “zonas de fronteira” da indústria cinematográfica e cultural. Realizado pela Balaio Produções Culturais, pela Barroca Filmes e por produtores independentes associados, a primeira edição do Festival vai acontecer no Cine Cultura, em Goiânia. Ao longo do mês de setembro, o Festival realiza também exibições na Aldeia Buridina – Terra Indígena Karajá em Aruanã (GO), e na zona rural de Crixás (GO) – no Garimpo da Lavra, na Vila de Auriverde e em três assentamentos agrários. As inscrições e o Regulamento para a Mostra Competitiva Internacional pode ser feita clicando aqui.